sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Iluminação especial no Congresso lembra Dia Mundial das Doenças Raras



Da Comunicação Interna | 27/02/2020, 19h15
O Congresso Nacional receberá até 4 de março uma iluminação especial para marcar o Dia Mundial das Doenças Raras, celebrado no último dia de fevereiro. As quatro cores utilizadas para simbolizar a data estarão distribuídas na fachada do Congresso da seguinte forma: verde e rosa para o Senado Federal; lilás e azul para a Câmara dos Deputados.
No Senado, a iluminação especial alusiva ao dia foi iniciativa do gabinete da senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que encerrará a homenagem em sessão especial no Plenário do Senado, às 10h do dia 4 de março.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estima-se que 13 milhões de pessoas tenham doenças raras no país. O Ministério da Saúde aponta para a existência entre 6 mil e 8 mil tipos diferentes de doenças raras, definidas como as enfermidades de caráter degenerativo ou proliferativo que afetam até 65 em cada 100 mil indivíduos. Essas doenças não têm cura e não têm um número amplo de opções terapêuticas.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil conta com oito estabelecimentos especializados no atendimento em doenças raras:
  • Hospital de Apoio de Brasília 
  • Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Anápolis (GO)
  • Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no Recife (PE)
  • Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba 
  • Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), no Rio de Janeiro
  • Hospital de Clínicas de Porto Alegre 
  • Ambulatório de Especialidade da Faculdade de Medicina da UFABC, em Santo André (SP)
  • Associação de Pais e Amigos Excepcionais de Salvador
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Contrato Verde e Amarelo é tema de debate na Comissão de Direitos Humanos



Da Redação | 28/02/2020, 09h34
As mudanças recentes nos direitos trabalhistas e previdenciários voltarão ao debate na Comissão de Direitos Humanos (CDH) nesta segunda-feira (2). Desta vez, o foco da audiência pública será o relatório da Medida Provisória 905/2019, que instituiu o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. O debate foi requerido pelo presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS), e está marcado para as 10h, na sala 2 da Ala Senador Nilo Coelho.
Entre os convidados, estão:
  • Márcio Amazonas Cabral de Andrade, procurador do Trabalho e secretário de Relações Institucionais do Ministério Público do Trabalho (MPT)
  • Luiz Antonio Colussi, vice-presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)
  • Ângelo Fabiano Farias da Costa, presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT)
  • Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical — Central da Classe Trabalhadora
  • Clóvis Scherer, técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (Dieese)
  • Antonio Augusto Queiroz, diretor de documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap)
  • Jair Pedro Ferreira, diretor-presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica (Fenae)
  • Magda Barros Biavaschi, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp
  • Alessandra Camarano Martins, presidente da Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas (Abrat)
  • José Reginaldo Inácio, vice-presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
  • Rodrigo Zerbone, subsecretário de Capital Humano da Secretaria de Políticas Públicas para o Emprego do Ministério da Economia  

Contratação de jovens

O Contrato de Trabalho Verde e Amarelo é uma modalidade destinada à criação de novos postos de trabalho para as pessoas entre 18 e 29 anos de idade, para fins de registro do primeiro emprego em carteira de trabalho e Previdência Social, com salário-base mensal limitado a um salário-mínimo e meio e contrato de trabalho por até 24 meses. A MP limita esse tipo de contratação a 20% do total de empregados da empresa.
A nova modalidade de contrato isenta as empresas de parcelas incidentes sobre a folha de pagamentos do contratos e altera a CLT (Decreto-Lei 5.452, de 1943) para, entre outras medidas, autorizar o trabalho aos domingos e feriados.

COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR

Participe:
http://bit.ly/audienciainterativa
Portal e-Cidadania:
senado.leg.br/ecidadania
Alô Senado (0800 612211)
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Pagamento por preservação ambiental será tema de debates na CMA



Da Redação | 28/02/2020, 12h08
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) fará um ciclo de debates sobre o projeto que cria a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. Prevista no Projeto de Lei (PL) 5.028/2019, a política busca regulamentar o pagamento, em dinheiro ou não, para ações que ajudem a conservar o meio ambiente. O primeiro debate acontece na terça-feira (3), a partir das 10h.
São considerados serviços ambientais as atividades individuais ou coletivas que favorecem a manutenção, a recuperação ou a melhoria dos ecossistemas — um complexo formado por plantas, animais, micro-organismos e minerais que interagem entre si para formar um ambiente específico. O texto prioriza o pagamento aos serviços ambientais oferecidos por comunidades tradicionais, povos indígenas e agricultores familiares.
“A possibilidade de instituir tal política é fundamental para garantir, finalmente, a valoração da floresta em pé e a premiação para aqueles que contribuem para a elevação do patamar de qualidade ambiental no Brasil. A relevância da matéria requer tratá-la com esmero”, justificou o autor do requerimento dos debates, senador Fabiano Contarato (Rede-ES), presidente da CMA.
Serão três audiências públicas, duas já agendadas, sendo a primeira no dia 3 de março, na sala 9 da ala senador Alexandre Costa, quando serão discutidas experiências de pagamento por serviços ambientais. Para esse primeiro debate, foram convidados:
  • Beto Mesquita, diretor de Políticas e Relações Institucionais do Instituto BVRio;
  • Marcus Peixoto, Consultor Legislativo do Senado Federal;
  • Fernando Cesar da Veiga Neto, diretor de Conservação da ONG The Nature Conservancy, responsável pelo programa Conservador de Água;
  • Tibério Pinheiro, representante da Agência Nacional de Águas, responsável pelo programa Produtor de Águas;
  • Marcos Sossai, gerente do Programa Reflorestar, do governo do Espírito Santo.
A segunda audiência, no dia 5, vai detalhar aspectos econômico-financeiros e jurídicos do pagamento por serviços ambientais. Essa reunião ocorrerá na sala 15 da ala senador Alexandre Costa, a partir das 10h. Foram convidados:
  • Joaquim Álvaro Pereira Leite, diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente;
  • Raul Silva Telles do Valle, representante da WWF – Brasil;
  • Gustavo Luedemann, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea);
  • Linda Murasawa, sócia da Fractal Assessoria e Desenvolvimento de Negócios;
  • Marcos Fujihara, sócio da Radce Consultoria e Participações;
  • Ludovino Lopes, sócio da Ludovino Lopes Advogados.

COMO ACOMPANHAR E PARTICIPAR

Participe:
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Alô Senado (0800 612211)
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Novas alíquotas da Previdência passam a valer em 1º de março




Da Redação | 28/02/2020, 12h10
As novas alíquotas de contribuição à Previdência pagas por trabalhadores da iniciativa privada e por servidores públicos entram em vigor a partir de domingo, dia 1º de março. As alíquotas progressivas, estabelecidas pela Reforma da Previdência (Emenda Constitucional 103, de 2019), incidirão sobre cada faixa de remuneração, de forma semelhante ao cálculo do Imposto de Renda.
Ttabela1.jpgPara o empregado da iniciativa privada, hoje há três percentuais de contribuição para o INSS, de acordo com a renda: 8%, 9% e 11% (o cálculo é feito sobre todo o salário). A partir de 1º de março, esses percentuais vão variar de 7,5% a 14%, aplicados sobre cada faixa de remuneração, e não sobre todo o salário.
Quem recebe um salário mínimo por mês, por exemplo, terá alíquota de 7,5%. Já o trabalhador que recebe o teto do INSS (atualmente R$ 6.101,06) pagará uma alíquota efetiva total de 11,69%, que é o resultado da soma das diferentes alíquotas que incidirão sobre cada faixa da remuneração.
No caso dos servidores federais, a alíquota máxima atual é de 11% sobre todo o salário. Quem aderiu à Funpresp (a Previdência complementar dos servidores) ou ingressou no funcionalismo público depois de 2013 vai recolher 11,69% sobre o teto do INSS. Para receber mais na hora de se aposentar, esse servidor pode optar por contribuir para o fundo complementar.
Ttabela2.jpgPorém, para os servidores que continuarem ligados ao Regime Próprio da Previdência Social (RPPS) da União, haverá novas alíquotas incidindo também sobre as faixas salariais que ultrapassem o teto do regime geral. Essas alíquotas podem chegar até 22%, e também serão calculadas sobre cada faixa de salário.
A contribuição efetiva — ou seja, o desconto total sobre o salário para esses servidores — vai variar de 7,5% a 16,79% para quem ganha até R$ 39,2 mil por mês ( teto do funcionalismo).
Como a incidência da contribuição será por faixas de renda, será necessário calcular caso a caso para ver quem vai pagar mais ou menos. O governo disponibilizou uma calculadora de contribuição na página da Previdência Social na internet, em que é possível verificar a alíquota efetiva e comparar os descontos antes e depois da reforma.

Tramitação

A Reforma da Previdência foi promulgada pelo Congresso em novembro do ano passado e é resultado da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, apresentada pelo governo federal em fevereiro de 2019. A proposta tramitou por seis meses na Câmara dos Deputados e quase três no Senado.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Projeto institui Dia Nacional de Luta contra a Endometriose



Da Redação | 28/02/2020, 12h22
A Comissão de Educação (CE) analisa um projeto de lei que institui o dia 13 de março como Dia Nacional de Luta contra a Endometriose. O PL 414/2020, do deputado Roberto de Lucena (Podemos-SP), também estabelece a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose.
O objetivo do projeto, que aguarda designação de relator, é sensibilizar a sociedade para os problemas da doença. A intenção é democratizar informações sobre diagnóstico e tratamento e ações preventivas e terapêuticas.
A endometriose é uma doença inflamatória que ataca o tecido do útero, os ovários, a bexiga e até o intestino. Os sintomas podem surgir na adolescência e incluem dores durante relações sexuais, entre as menstruações, ao defecar e ao urinar, sangramento na urina ou nas fezes, além de forte cólica menstrual. O processo inflamatório progressivo causado pela enfermidade pode comprometer a função de órgãos e tecidos, causando infertilidade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 180 milhões de mulheres enfrentam a endometriose. No Brasil, são 7 milhões de casos, o que corresponde a aproximadamente uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva. Caso seja aprovada, a lei entrará em vigor 180 dias após a publicação.
Fernando Alves com supervisão de Dante Pereira
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Coronavírus: senadores usam rede social para divulgar medidas de prevenção



Da Redação | 27/02/2020, 17h25
Depois do primeiro registro de coronavírus no Brasil, na última terça-feira (25), os senadores usaram o Twitter para divulgar medidas que podem evitar o contágio da doença. O senador Luiz do Carmo (MDB-GO) disse que o importante neste momento é ter calma. Segundo o senador, o Ministério da Saúde tem estratégias para enfrentar a situação, e as medidas cabíveis já estão sendo tomadas.
— Vamos ser confiantes! Felizmente [o primeiro caso] foi identificado no início e as pessoas próximas do paciente já estão em observação — ressaltou.
Alvaro Dias (Podemos-PR) observou que, após a notícia do primeiro caso no Brasil, as reações negativas foram rapidamente registradas no mercado financeiro, com o dólar chegando a cotações acima de R$ 4,40. Ele destacou que medidas simples, porém bastante eficazes, como lavar as mãos com sabão após usar o banheiro, sempre que se chegar em casa ou antes de manipular alimentos, podem ajudar na proteção contra o coronavírus.
Para Eduardo Braga (MDB-AM), informação é a arma mais importante contra essa epidemia. Marcos do Val (Podemos-ES) lembrou os principais sintomas da doença: febre, tosse e dificuldade para respirar. Izalci Lucas (PSDB-DF) anunciou uma “Live” para esta quinta-feira (27), às 19h30, quando vai receber o infectologista André Bom para tratar de prevenção e sintomas de doenças virais — como coronavírus, dengue e outras.
O senador Marcelo Castro (MDB-PI), médico e ex-ministro da Saúde, também lembrou medidas que podem evitar o contágio. O senador, no entanto, alertou os seguidores para evitar “compartilhar mensagens que causem pânico na população, sobretudo se você não tem certeza de que não se trata de fakenews”. Major Olimpio (PSL-SP) ressaltou a importância da prevenção com doenças contagiosas, em especial o coronavírus.
— Saúde pública, saúde para todos acima de tudo! — defendeu o senador no Twitter.

Propostas

No início de fevereiro, o Senado aprovou o projeto (PL 23/2020) que regulamenta as medidas que devem ser adotadas pelas autoridades sanitárias em caso de emergência de saúde pública provocada pelo coronavírus. Entre outros pontos, o texto prevê isolamento, quarentena e fechamento de portos, rodovias e aeroportos para entrada e saída do país. Algumas dessas medidas já foram adotadas com os brasileiros que vieram da China e ficaram em uma base aérea em Anápolis (GO). Eles foram liberados no último dia 23, após 14 dias de isolamento.
Também está em tramitação no Congresso a medida provisória que abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Defesa, no valor de R$ 11 milhões (MP 921/2020). O dinheiro se destina às ações de “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional Decorrente do Coronavírus”.
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) já aprovou a realização de audiência pública com a presença do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para discutir as medidas adotadas pelo governo federal na prevenção do coronavírus em território brasileiro. O requerimento para a audiência, que ainda não tem data confirmada, é de autoria da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA).
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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Astrónomos registaram a maior explosão de sempre no Espaço




A energia resultante bate em cinco vezes o resultado da anterior maior explosão

Astrónomos registaram a maior explosão de sempre no Espaço
Notícias ao Minuto Brasil
28/02/20 08:10 ‧ HÁ 5 HORAS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
TECH ESPAÇO
Um grupo de astrônomos detectou a maior explosão no Universo alguma vez registrada, um evento provocado por um buraco negro gigante localizado a 390 milhões de anos-luz.
 
Segundo a CNN, a explosão foi tão grande que teria sido possível encaixar uma fila quinze galáxias do tamanho da nossa Via Láctea, só para ter uma ideia da dimensão. A detecção foi possível depois de serem combinados os dados obtidos por via de telescópios terrestres e espaciais da NASA, da Agência Espacial Europeia e de outros países como a Austrália e a Índia.
A energia resultante desta explosão quebra todos os recordes anteriores e é cinco vezes maior que a anterior maior explosão registrada.

Agricultura publica registro de 32 produtos técnicos para defensivos





Crédito: Divulgação


O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, publicou nesta sexta-feira, 28, no Diário Oficial da União (DOU), o Ato número 12 com o registro de 32 produtos técnicos. “Os produtos técnicos são utilizados como matéria-prima na elaboração dos defensivos agrícolas formulados, não sendo, portanto, efetivamente utilizados pelos agricultores”, informa o ministério, em comunicado.

O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, Bruno Breitenbach, ressalta no comunicado que “é importante destacar que nenhum desses 32 produtos registrados estarão disponíveis para compra pelos agricultores por se tratarem de produtos técnicos. Os produtos técnicos são produtos químicos com alto grau de pureza e concentração de ingrediente ativo que serão posteriormente utilizados como componentes na produção dos produtos formulados. Destacamos também que não houve o registro de nenhum produto contendo ingrediente ativo inédito no Brasil”.
Todos os produtos que tiveram o registro publicado nesta sexta já estão registrados e em uso no Brasil como ingredientes ativos de outros agrotóxicos já comercializados. O registro de defensivos agrícolas genéricos constitui uma importante política para a diminuição dos impactos dos monopólios e oligopólios no mercado de determinados ingredientes ativos. Uma dinâmica que beneficia a livre concorrência e a competitividade da agricultura nacional.
Nenhum desses produtos é inédito no mundo: todos já foram registrados pelo menos nos Estados Unidos, Europa ou Austrália.
O coordenador reitera que todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais. Os produtos que tiveram o registro publicado nesta sexta foram analisados pelo Ministério da Agricultura, pelo Ibama e pela Anvisa nos últimos meses.

DINHEIRO RURAL








Risco para epidemia de coronavírus no mundo sobe para 'muito alto'


Risco para epidemia de coronavírus no mundo sobe para 'muito alto'
Foto: Reprodução / Agência Brasil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou nesta sexta-feira (28) o risco mundial para epidemia de Covid-19, a infecção causada pelo novo coronavírus, para “muito alto”. 

O aumento veio após avaliação do risco de propagação e do risco de impacto do Covid-19 para em um nível global. "Nossos epidemiologistas têm monitorado esses desenvolvimentos continuamente", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

De acordo com o G1, o executivo reforçou que os casos em cada país são vinculados a pequenos grupos e disse que a agência de saúde da ONU não vê evidências de que o vírus esteja se espalhando livremente entre os países.

NÚMEROS DA DOENÇA
Na China, foram confirmados 329 casos nas últimas 24 horas, segundo o balanço mais recente da OMS. Esse é o menor número de novos casos diários em um mês. O país tem, até o momento, um total de 78.959 casos reportados à agência e ao menos 2.791 mortes.

"O aumento contínuo do número de casos de Covid-19, e o número de países afetados nos últimos dias são motivo de preocupação", disse Ghebreyesus em entrevista coletiva.



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Os sinais que indicam nova alta da dengue no Brasil em 2020

SAÚDE
Resultado de imagem para DENGUE

FOTO: REPRODUÇÃO
No mesmo mês em que o Brasil confirmou seu primeiro caso de paciente com um novo tipo de coronavírus surgido na China, um velho conhecido dos brasileiros deu sinais de que vai infectar ainda mais pessoas em 2020: o vírus da dengue, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

O mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde com dados sobre a dengue aponta que o número de casos prováveis da doença — aqueles que são notificados à pasta pelos estados — cresceram 19% nas cinco primeiras semanas do ano em comparação com o mesmo período de 2019.
Foram notificados 94.149 casos prováveis até a quinta semana do ano (mais precisamente de 29/12/2019 a 01/02/2020), ante 79.131 no mesmo período no ano passado.

Neste início de 2020, há a confirmação de que pelo menos 14 pessoas morreram por dengue no país. A comparação de óbitos com 2019 ainda é incerta, já que os números ainda podem mudar bastante conforme chegam os resultados de análises laboratoriais e à medida que os Estados e municípios enviam seus informes ao ministério. 
Os dados do boletim atual, por exemplo, ainda não computam os casos e as mortes registrados a nível local em fevereiro.Mas o ministério já trabalha com um cenário de aumento de casos de dengue para este ano, e alguns municípios e estados pelo país decretaram alerta para uma epidemia de dengue — que é definida quando há uma taxa de 300 casos confirmados de doença para cada 100 mil habitantes.
Hoje, o país tem em média uma incidência de 44,8 casos prováveis para cada 100 mil habitantes, valor que também é maior do que o registrado no boletim de mesmo período do ano passado (26,3 casos por 100 mil; a comparação entre boletins de diferentes anos deve ser feita com cautela, já que há muitas alterações e atualizações de números depois que eles são publicados).A situação varia drasticamente dentro do país, e três Estados já dispararam com mais de 200 casos por 100 mil habitantes: Acre (taxa de 281,65/100 mil); Mato Grosso do Sul (249,98/100 mil) e Paraná (220,75/100 mil).

No entanto, a tendência de alta da dengue neste ano só poderá ser confirmada nos próximos meses — historicamente, o número de doentes cresce a partir de março.

Especialistas e representantes de governos entrevistados pela BBC News Brasil atribuem a tendência de alta da dengue em 2020 a uma combinação de fatores: primeiro e talvez mais importante, um novo ciclo poderoso de circulação do sorotipo 2 ( existem 4 sorotipos do vírus da dengue, uma classificação que corresponde à resposta de diferentes anticorpos no infectado); soma-se a isso condições meteorológicas particulares nos últimos meses e fatores culturais e comportamentais da população.

Mais 8 mil doentes em uma semana no Paraná


Mapas de casos da doença deixam claro o destaque em uma faixa do país que começa no Acre, passa pelo Centro-Oeste e por parte do Sudeste, terminando no Paraná. Estados do Nordeste, como Paraíba e Pernambuco, tiveram poucos casos em comparação com unidades de outras regiões.No Paraná, os dados do crescimento da dengue impressionam. Em fevereiro do ano passado, o Ministério da Saúde apontou que o Estado tinha 14 doentes por 100 mil habitantes; já hoje, esse número chega a 220,7 — alta de 1.471% na incidência na comparação entre boletins dos dois períodos.Desde agosto, quando o estado passou a contar um novo período epidemiológico, foram confirmados quase 35 mil casos da doença. Só na última semana, foram 8,2 mil novos doentes. Ainda de acordo com o governo estadual, 14 pessoas morreram de dengue neste ano — por serem fornecidos pelo estado, esses dados são mais atualizados do que os compilados pelo Ministério da Saúde."Nesse momento, estamos com um quadro de curva ascendente da doença. A tendência é de uma situação de piora impactante, pois o período de maior incidência ainda vai começar em março", diz Ivana Belmonte, coordenadora de vigilância ambiental da Secretaria de Saúde do Paraná.Segundo ela, a alteração do tipo de vírus circulante é uma das explicações para o aumento da dengue no Estado e em boa parte do Brasil. De 2010 ao ano passado, a grande maioria das pessoas que teve dengue no Paraná foi infectada pelo tipo 1 da doença. Já a partir de agosto de 2019, o sorotipo 2 foi responsável por 83% das infecções por dengue no estado.Uma pessoa pode ter os quatro sorotipos da doença, mas uma vez ocorrida a infecção por um deles, adquire-se imunidade permanente para este tipo."Quando você pega o tipo 1, fica imunizado contra ele. Por isso que, depois de uma alta, o número de casos tende a diminuir por um período. Porém, quando o sorotipo circulante se altera para o 2, as pessoas não estão imunizadas e acabam contraindo a doença. É isso o que está acontecendo no Paraná e em outros lugares", explica Belmonte.Sorotipo 2 da dengue avança no paísDe fato, segundo informações enviadas pelo Ministério da Saúde à BBC News Brasil, a participação do sorotipo 2 no número de casos de dengue cresceu nos últimos cinco anos no país, chegando em 2019 ao maior percentual: 65,6% dos casos, seguido pelo sorotipo 1 (30,4%) e sorotipo 4 (3,9%). Os dados para 2019 são preliminares e, para 2020, não estão disponíveis ainda."No fim de 2018, o tipo 2 do vírus da dengue voltou a circular depois de 10 anos e vem encontrando populações suscetíveis à doença desde então", explicou o ministério em nota enviada à reportagem.A bióloga Denise Valle, pesquisadora do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e idealizadora da campanha "10 minutos contra o Aedes", explica que, em 2019, o sorotipo 2 já puxou para o alto o número de casos de dengue em vários Estados. No entanto, para vários outros lugares, a chegada deste tipo de vírus é uma novidade e, por isso, os números para 2020 devem ser altos também."Em 2019, o sorotipo 2 circulou muito, mas não circulou em todas as regiões do Brasil. Além disso, estamos tendo um verão muito molhado, com bastante chuva — o que também colabora para aumentar a quantidade de criadouros", aponta.Valle explica que o país é "hiperendêmico para a dengue, com períodos epidêmicos" — o que significa, com "endêmico", que as infecções ocorrem o ano todo, apesar de crescerem no verão; e, com "hiper", que há mais de um sorotipo circulando.

 A pesquisadora destaca também que, por ter dimensões continentais, o país tem padrões diferentes de contaminação por estado e até dentro de uma mesma cidade.Mas, para a bióloga, é digno de nota o que vem sendo observado no Sul nos últimos anos, simbolizado neste 2020 com a presença do Paraná entre os Estados brasileiros com mais casos."O Brasil tem dengue o tempo todo, mas o Sul, com clima mais frio, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) maior e cidades melhor estruturadas, vinha atrasando a instalação do Aedes aegypti. Hoje vemos uma consolidação da instalação da dengue na região Sul também", aponta Valle.
'Não dá para ficar esperando o poder público limpar o seu quintal'Apesar de apontar para a importância do saneamento e da urbanização no controle do mosquito Aedes aegypti — que também transmite zika e chicungunha —, Valle chama a atenção para o papel das pessoas no combate à dengue e outras doenças."O Aedes é um mosquito doméstico. De cada 10 criadouros, 8 estão dentro da casa das pessoas", destaca.Ivana Belmonte também menciona questões climáticas, como o aumento das chuvas em determinadas regiões, além de questões culturais para explicar o avanço da dengue no Paraná neste ano."A cultura da eliminação de criadouros do mosquito ainda é pequena no Brasil. É preciso sensibilizar ainda mais a população de que o risco é real, de que você ou um parente pode morrer de dengue", explica.Segundo ela, municípios do Paraná têm feito mutirões para verificar e eliminar criadouros do Aedes aegypti, mas, mesmo assim, os dados de contágio têm subido."Os servidores fazem checagens a cada dois meses em residências, mas isso precisa partir das pessoas também. Não dá para você ficar esperando o poder público limpar o seu quintal", diz.Santa Catarina, embora ainda não tenha tido um aumento significativo dos casos de dengue em 2020, já projeta uma alta nos próximos meses. O número de focos do mosquito — quando as cidades identificam criadouros do Aedes aegypti — cresceu 54% até 15 de fevereiro, chegando a mais de 7.600 pontos. O último boletim epidemiológico também aponta que 100 dos 295 municípios de Santa Catarina enfrentam uma "infestação" de Aedes aegypti."Pela proximidade com o Paraná e a circulação de turistas, enxergamos um cenário de crescimento da dengue", diz Tharine Dal Cim, bióloga da Secretaria de Saúde de Santa Catarina. "Nós tivemos verões mais quentes e invernos menos rigorosos. Normalmente, o inverno mais frio controla a proliferação do mosquito. Mas as temperaturas mais amenas, e o fato de o Aedes estar se adaptando a essas condições, têm feito aumentar os focos no Estado".Para a bióloga, parte da região Sul ainda não está acostumada a enfrentar a dengue, pois, no imaginário da população, Estados mais frios são livres da doença — a temperatura alta de fato é um fator importante na proliferação dos mosquitos, mas isso não blinda a região Sul do país."As pessoas pensam que aqui não tem dengue, que ela só atinge o Sudeste e Nordeste. Então, acaba existindo um descuido com a proliferação do mosquito", diz Dal Cim.


FONTE: UOL