quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Ricardo Mendes: ‘Lavar as mãos é essencial para evitar não só o coronavírus’



Secretário-adjunto de Saúde lembra que o DF não tem qualquer caso confirmado da doença, mas alerta para o hábito necessário no combate à proliferação do vírus

Ricardo Tavares Mendes: “É importante ficar claro que a vacina da gripe não previne o coronavírus” | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília
Com a confirmação do primeiro caso de coronavírus no estado de São Paulo, a população brasiliense já começou a ficar preocupada com a possibilidade de a epidemia ter chegado ao Distrito Federal. Até o momento, 22 casos suspeitos foram descartados e outros cinco seguem sob a vigilância atenciosa da Secretaria de Saúde, que ainda providencia exames para detectar a presença do vírus.
“Por enquanto não registramos nenhum caso confirmado. Mas é importante que a população siga atenta à prevenção”, afirma o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Ricardo Tavares Mendes, em entrevista à Agência Brasília (leia a íntegra abaixo). Segundo ele, a melhor forma de prevenção é lavar as mãos. “Não só para o coronavírus, mas para todas as doenças virais, lavar as mãos é essencial”, acrescenta Ricardo.
“Nosso plano de contingenciamento do coronavírus foi muito elogiado pelo Ministério da Saúde, porque fizemos um plano casado da assistência à saúde com o perfil epidemiológico”Ricardo Mendes, secretário-adjunto de Saúde
O médico destaca que o DF já tem um plano de contingenciamento da doença e vai trabalhar com pelo menos três grandes centros de referência em doenças virais: Hospital de Base, Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e Hospital Materno Infantil da Asa Sul (Hmib). Ele esclarece ainda que nem todos os pacientes detectados com o vírus precisam de internação hospitalar, e tranquiliza: “Já sabemos que quase todos os casos que evoluíram para mortalidade são pacientes que tinham alguma outra doença de base crônica”.
CONFIRA A ENTREVISTA:
O que é o coronavírus?
O coronavírus é uma cepa de vírus existente no mundo inteiro. Em 2004, tivemos uma síndrome de angústia respiratória causada por um tipo de coronavírus. Em 2014, tivemos outra infecção deste mesmo vírus, que se espalhou pelo mundo inteiro. E, agora, identificamos uma nova cepa de coronavírus, que é o Covid-19. Os vírus têm essa capacidade de fazer mutação e, por isso, a gente pode se infectar mais de uma vez. Às vezes você está gripado e se imuniza para um tipo de vírus da Influenza. Mas aquele vírus pode sofrer mutação e, então, você se torna suscetível a pegar uma nova gripe. Quando a gente toma vacina de gripe, por exemplo, há um grupo de vírus para o qual você fique imune. Mas não para todos, porque não estão todos naquela vacina.
É uma doença respiratória?
É uma doença gripal, que tem uma predominância em afetar o sistema respiratório. O paciente contaminado pode apresentar desconforto respiratório, tosse, batimento de asa de nariz associado a febre.
Como diferenciar o coronavírus de uma gripe comum?
Só com perfil epidemiológico. Aliás, temos uma Subsecretaria de Vigilância Epidemiológica muito atuante no Distrito Federal. Tanto que o nosso plano de contingenciamento do coronavírus foi muito elogiado pelo Ministério da Saúde, porque fizemos um plano casado da assistência à saúde com o perfil epidemiológico. Para você ter ideia, os técnicos da vigilância epidemiológica entraram em contato com todos os casos suspeitos registrados no DF, verificaram a situação e o quadro de cada um. Por isso conseguimos excluir os 22 casos notificados, porque não se quadravam no perfil epidemiológico. O que temos agora são cinco casos suspeitos, mas ainda sem confirmação. Por enquanto não registramos nenhum caso aqui. Mas é importante que a população siga atenta à prevenção
Quem é suspeito de estar com o coronavírus?
Paciente com quadro gripal, que passou os últimos dias por algum dos países cujos casos identificados estão confirmados, como China, Itália e Estados Unidos, entre outros. Mas, do ponto de vista de Brasil, o primeiro caso registrado é de São Paulo, de um paciente que veio da Itália. Então, tem que ter histórico do paciente, ele precisa ter tido contato com alguém que tem um vírus, ou passado em alguma região onde o coronavírus está circulando. E, claro, a pessoa precisa apresentar o desconforto respiratório, tosse e batimento de asa de nariz associados a febre.
Há um grupo de risco para o coronavírus?
O coronavírus, na verdade, é um vírus que pode atingir qualquer pessoa, qualquer indivíduo, desde o recém-nascido ao idoso. Agora, é claro, que os mais suscetíveis e aqueles que têm um maior risco de evoluir para uma infecção mais grave são os pacientes do grupo de risco. Ou seja: idosos, diabéticos, crianças de baixo peso e desnutridas e pessoas imunodeprimidas. Já sabemos que quase todos os casos que evoluíram para mortalidade são pacientes que tinham alguma outra doença de base crônica.
Existe vacina para o coronavírus?
Não. Inclusive, o Ministério da Saúde estuda a possibilidade de antecipar a vacina da gripe neste ano. Mas é importante ficar claro que a vacina da gripe não previne o coronavírus, mas ajuda no diagnóstico diferenciado. Porque se eu atendo um paciente e eu sei que ele foi vacinado contra gripe, ele tem pelo 95% de chance de não ter uma Influenza, por exemplo. Já para o paciente que não tomou a vacina, um dos diagnósticos diferenciais é uma gripe comum, resultante dos vírus que já temos circulantes e atuantes por aí.
Quando a pessoa deve realmente buscar o hospital?
Se se sentir mal, com febre, tosse e dificuldade para respirar deve procurar uma unidade básica de saúde. Mas o importante é a prevenção. O brasileiro tem fama quando viaja para o exterior de tomar muito banho. Somos até motivo de chacota na Europa, porque adoramos tomar um banho. Vivemos num país tropical e esse hábito é comum, mas, infelizmente, a gente esquece muito de lavar as mãos. Não só para o coronavírus, mas para todas as doenças virais, lavar as mãos é essencial. Várias vezes por dia. Se for ao banheiro, se for alimentar, se for levar as mãos aos olhos, aos lábios, à boca, depois de apertar a mão de alguém. São hábitos que precisamos reforçar no nosso dia a dia. Evitar tocar corrimões em locais públicos de muita circulação e, se não for possível, lavar com água e sabão. Passar o álcool gel 70% é importante também.
Como o vírus é transmitido?
O vírus é transmitido na gotícula da saliva e dura em média 24 horas. Não sabemos ainda como ele se comporta no Brasil, porque aqui é um país tropical com clima diferenciado, e a avaliação que se tem de outros países pode não valer para a gente. É um vírus extremamente novo o Convid-19.
Como é o tratamento de quem está com coronavírus?
Não existe medicamento nenhum específico para combater o vírus. O tratamento é sintomático. Ou seja, tratam-se os sintomas apenas. É repouso, isolamento e medicamentos se febre e tosse. Depois de curado, o que deve acontecer entre 5 a 7 dias, a pessoa precisa ficar isolada por 14 dias para evitar que o vírus se espalhe. É importante dizer que nem todo paciente com coronavírus tem indicação de internação hospitalar. Isso foi feito na China, e apenas gerou uma sobrecarga no sistema de saúde.
Por que a quarentena é de 14 dias?
Quarentena é o termo que utilizamos para qualquer isolamento necessário. É o período que a pessoa pode transmitir o vírus e varia de doença para doença. No caso do coronavírus são 14 dias. É o prazo que a pessoa pode estar em expelindo gotículas infectadas com vírus.
Qual o comportamento ideal para não se espalhar um vírus?
O ideal é que a pessoa pegue um papel para tossir cima dele. Se não tiver coloque o cotovelo sobre o nariz para tossir.  Evite colocar a mão na frente da tosse para que você não transfira o vírus para outros objetos e assim, possa contaminar outras pessoas.
O senhor indica o uso das máscaras?
Não há indicação nenhuma no Brasil do uso de máscaras. A máscara é apenas para o paciente que chegou infectado; para as pessoas, que tiverem próximas daquelas em tratamento; e, ainda, para os profissionais de saúde no atendimento ao público. Mas não há motivo de pânico, nem de sair correndo para comprar máscaras. O que se deve é evitar locais aglomerados, e reforço: lavar as mãos com água e sabão.
Rússia e Tailândia não registram casos de contaminação há duas semanas, lembra o subsecretário | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília
Há uma série de “dicas” na internet para evitar ou até mesmo curar quem se infectou com o coronavírus. Há instruções para uso de chá de folha de abacate, vitamina C, Vitamina D…
Claro que a cultura popular tem seu valor. O brasileiro tem no perfil genético um pouco de médico. Eu digo sempre que ajuda, não vai matar o vírus. Mas é claro que um chazinho de limão com mel pode ajudar a pessoa a fortalecer a imunidade. A vitamina C, por exemplo, ajuda nesse processo da imunidade. Mas não é tomando a vitamina C que você vai matar o vírus. Apenas vai ajudar na imunidade.
Quem está com viagem marcada para o exterior, deve ou não viajar?
Primeira coisa é avaliar qual o país está indo. Se for um país onde há um número elevado de casos, eu aconselho a avaliar se realmente vale a pena. É uma viagem de trabalho? Não tem como evitar? Vá e tome todas as precauções. Lave bem as mãos, leve álcool em gel 70%, evite tocar em estruturas de ambientes públicos. Agora, se for uma viagem de férias, evitável, eu sugiro que desmarque e fique por aqui. Sei que é ruim desmarcar uma viagem, mas estamos com uma infecção que está se expandindo em todo mundo.
Quando estaremos livres dessa epidemia?
A tendência é que o vírus diminua com tempo. Todos os estudos mostram que em dois, três meses a gente saia desse quadro de epidemia que está ocorrendo. Como aconteceu nos dois outros anos, que esse vírus foi identificado. Alguns países que tiveram uma infecção grande por coronavírus, já não estão mostrando casos novos detectados há mais de duas semanas. A Rússia é um deles, Tailândia é outro. Ou seja, já estabilizou por lá. Significa que o vírus já está mais ou menos controlado naquela região.
Brasília está preparada para o coronavírus?
Sim. A gente lançou o nosso plano de contingenciamento. Já definimos os hospitais de referência. Os pacientes sem comorbidades, não imunodeprimidos e adultos serão atendidos no Hran. Crianças de 13 anos, 11 meses e 29 dias e grávidas, no Hmib. E os pacientes que estão tomando quimioterapia, em tratamento de câncer e AIDS, a unidade de referência será o Hospital de Base. Mas lembramos que nem todos os casos de coronavírus são indicação de internação hospitalar. Se está bem, estável e não apresenta nenhum sinal grave, a orientação é ficar em casa de repouso em isolamento, fazendo acompanhamento pela equipe de atenção primária da rede pública de saúde. O exame que detecta o vírus é feito pelo nosso Lacen, que realiza um painel viral. Na verdade, um exame minucioso que verifica a presença de 11 vírus, entre eles o coronavírus.
DA AGÊNCIA BRASÍLIA

Barragem de Santa Maria transbordou nesta quinta-feira (27)



Em 2019, o evento ocorreu no mês de maio. O Sistema Santa Maria (Santa Maria/Torto) é responsável por 27% do abastecimento do DF



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A Barragem de Santa Maria verteu nesta quinta-feira (27).  O volume útil de água da barragem é de 45,5 milhões de m3. O Sistema Santa Maria (Santa Maria/Torto) é responsável por 27% do abastecimento do DF e possui uma vazão de 1.470 l/s de água.  Devido ao grande volume de chuvas deste ano, o extravasamento ocorreu mais cedo do que em 2019, quando o evento foi observado em 17 de maio.
“É uma excelente notícia para a população do Distrito Federal e especialmente para a Caesb, porque Santa Maria tem sido utilizado como uma reserva técnica para o período de estiagem. Por isso, a importância de ter atingido 100% de sua capacidade”, afirmou o diretor de Operação e Manutenção da Caesb, Carlos Eduardo Borges.
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A água excedente do reservatório Santa Maria segue para o córrego Três Barras. De lá, se junta com o Ribeirão Tortinho, formando o Ribeirão do Torto, onde há captação da Caesb. No auge do período de estiagem, em novembro de 2017, o Santa Maria chegou à cota de 1.064,17 m, ou seja, 21,6% do seu volume útil.
A Barragem de Santa Maria está localizada dentro do Parque Nacional de Brasília e faz parte das bacias do Paraná, Paranaíba e Corumbá. Essa barragem possui um espelho d’água de 7,65 Km2 e uma área de drenagem de 101 Km2. Por ser uma água de excelente qualidade, a Caesb realiza o tratamento dessa água com poucos elementos químicos.
*Com informações da Caesb

Leny Valadão e o amor pela arquitetura e história brasilienses



Aos 32 anos, todos vividos no “Quadradinho”, a mestranda em História se dedica ao estudo do movimento sindical local enquanto valoriza os cartões-postais da região



55dias para os 60 anos de Brasília
Em homenagem à capital federal, formada por gente de todos os cantos, a Agência Brasília está publicando, diariamente, até 21 de abril, depoimentos de pessoas que declaram seu amor à cidade. 

Quando criança, Leny Valadão morava em Ceilândia e brincava de terra nas ruas ainda não asfaltadas do Setor O. Depois, alçou voos mais altos. Foto: Arquivo Pessoal
“Sou filha de pessoas que, assim como muitos, sonharam em ter uma vida melhor na capital que surgia no meio do Cerrado. Pai mineiro e mãe nordestina, brasiliense nascida em 1988 e criada entre monumentos e cidades satélites.
Quando criança eu morava em Ceilândia, brincava de terra nas ruas ainda não asfaltadas do Setor O. Minha relação com a Brasília dos cartões-postais começou cedo, indo com o meu pai ao trabalho, no Senado Federal.
E, de lá, dos interiores do Palácio do Congresso, é que tenho as lembranças mais antigas dessa linda cidade. Eu brincava acariciando carpetes verdes e azuis, em poltronas de Oscar Niemeyer, criando histórias imaginárias com bustos de presidentes e obras de arte, e tentando encontrar desenhos no meio dos azulejos Ventania, de Athos Bulcão.
Daí nasceu minha paixão pela arquitetura, pelas cores, pelo desenho e pela arte da cidade. Quando voltei a frequentar o Congresso como estagiária da Câmara dos Deputados, sendo monitora das visitas guiadas dos turistas, era maravilhoso.
Falava sobre aquelas obras de arte, entrava nos plenários, andava pelo Salão Verde e, mais que dar informações para os turistas, era um rememorar de minha própria infância.
Brasília chegando a 60 anos e eu chegando aos 32, todos vividos por aqui, e cada vez mais me envolvendo com a história das pessoas e da cidade. Atualmente, faço mestrado em História na UnB, me dedicando a uma história sobre o movimento sindical brasiliense, uma história regional, de luta e de como daqui surgiram nomes e lideranças importantes para a política brasileira.
São muitos os desafios que esperam essas duas jovens senhoras: eu e Brasília!
São muitos os desafios que esperam essas duas jovens senhoras: eu e Brasília! Pra mim, que meus estudos sejam frutíferos e que eu possa contar muitas histórias sobre as pessoas dessa cidade, e pra Brasília, que ela siga desenvolvendo sua própria identidade, cada vez mais. Parabéns, Brasília, e obrigada por tudo!”
Leny Vieira Valadão, historiadora, 32 anos, mora em Águas Claras
  • Depoimento concedido ao jornalista Freddy Charlson

Hospital Regional de Ceilândia abre unidade de curta permanência



Espaço é destinado a tratamento de pacientes com tempo de internação entre 12 e 72 horas



Foto: Divulgação / SES
O Hospital Regional de Ceilândia (HRC) agora conta com uma unidade de curta permanência (UCP) no pronto-socorro adulto. Destinada ao atendimento de pacientes que necessitam de internação breve, com previsão de permanência entre 12 a 72 horas, a sala é equipada com seis leitos e permite a observação, tratamento e recuperação dos doentes.
“Trata-se de um modelo de clínica alternativo às enfermarias comuns, aprimorando o fluxo de atendimento do pronto-socorro”, explica o gerente de enfermagem do HRC, Vanderson Rodrigues.
 “A UCP é um componente da metodologia Lean nas Emergências, permitindo um melhor gerenciamento do fluxo de pacientes no pronto-socorro, o que é fundamental em um hospital que opera acima da sua capacidade instalada”, enfatiza a superintendente da Região Oeste, Lucilene Florêncio.
Pacientes aprovam
O atendimento mais ágil e eficaz proporcionado pela unidade de curta permanência já é percebido pela população. A dona de casa Joana Alencar, 64 anos, estava com dores generalizadas pelo corpo e esperou por cerca de duas horas entre a chegada ao HRC, atendimento e realização dos exames para diagnóstico.
“Foi tudo muito rápido”, conta a moradora do Sol Nascente. “Logo fiquei sabendo que precisaria ficar apenas um dia em observação para tomar remédios”. Na manhã seguinte, ela já estava de alta médica.
 “A redução do tempo de permanência nesse modelo de clínica tem como consequência a melhoria no cuidado dos nossos usuários, redução de custos e do tempo de internação”, completa Vanderson Rodrigues. Com isso, os benefícios se estendem a todas as alas de internação convencional do HRC.
O projeto
Iniciativa do Hospital Sírio-Libanês em parceria com o Ministério da Saúde, o projeto Lean começou a ser utilizado em julho de 2019 no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).
Entre as evidências da eficácia do projeto, destaca-se o registro de uma queda de 13 para oito dias na média do tempo de internação. Houve também diminuição da superlotação no serviço de urgência, com queda de 27%.
* Com informações da Secretaria de Saúde (SES)

Justiça nega recurso e mantém pensão reduzida a Rose Miriam



Pensão continua em US$ 10 mil até análise da validade do pedido de união estável.

Justiça nega recurso e mantém pensão reduzida a Rose Miriam
Notícias ao Minuto Brasil
27/02/20 16:15 ‧ HÁ 17 MINS POR FOLHAPRESS
FAMA GUGU-LIBERATO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Justiça de São Paulo decidiu, na noite desta quarta-feira (26), manter a redução da pensão paga a Rose Miriam di Matteo, 52, viúva do apresentador Gugu Liberato, morto em novembro passado, em Orlando, nos Estados Unidos. A informação foi dada pelo colunista Lauro Jardim, da revista Veja, e confirmada à reportagem pelo advogado dela.
 
O valor da pensão tinha passado de R$ 100 mil para US$ 10 mil (cerca de R$ 42 mil), no início do mês, pelo desembargador Galdino Toledo, da 9ª Câmara de Direito Privado de São Paulo. Rose então apresentou recurso. 
Ao todo, existem dois processos correndo na Justiça que abordam o direito de Rose Miriam à herança do apresentador. O desembargador que analisa o direito de ela receber parte do montante, no entanto, decidiu nesta quarta, que deverá esperar a decisão sobre a validade da união estável do casal para dar um parecer. Com isso, a redução da pensão segue em vigor.  
Em nota, o advogado de Rose, Nelson Wilians, explica que "o desembargador asseverou que a questão depende de análise mais profunda perante o juízo onde tramita o pedido de reconhecimento de união estável, que é onde tudo se resolverá com o consequente reconhecimento".
A decisão desta quarta também negou o bloqueio dos bens do inventário do apresentador e manteve Aparecida Liberato, irmã de Gugu, como inventariante e curadora das filhas menores dele: Marina e Sofia. "O desembargador identificou também o conflito de interesses entre Rose e seus filhos ao deixar claro que ela reclama a parte deles na herança", afirmou, em nota, a advogada da família de Gugu, Lu Pentenado. 
Na época em que a pensão de Rose foi reduzida, o advogado dela não considerou a decisão uma derrota. "Seria [uma derrota] se o magistrado dissesse que não haveria direito a nenhuma pensão. Isso apenas quer dizer que o juiz entendeu que, por hora, US$ 10 mil bastam, e Rose, uma vez obtendo o direito a meação, terá direito a 50% de tudo. Não tenho dúvida nenhuma que ela tem esse direito", afirma. 
Mãe dos três filhos de Gugu Liberato, Miriam Rose não foi casada oficialmente nem foi incluída no testamento assinado por ele em 2011 e que dividiu sua herança apenas entre seus filhos e sobrinhos. Ela então recorreu à Justiça, se colocando em choque direto com os irmãos e os sobrinhos do apresentador. 
MÁGOA FAMILIAR
Mãe de Gugu, Maria do Céu, 90, chegou a afirmar que sua família foi desmoronada, sobretudo por conta da atitude da esposa de Gugu, Rose Miriam, de entrar na Justiça para travar uma batalha pela herança.
"Nunca vou perdoar a Rose por ter mentido para mim, dizendo que iria fazer um retiro religioso enquanto largou meus netos sozinhos nos Estados Unidos para vir ao Brasil armar essa briga na Justiça", comentou ela em entrevista à revista Veja.
Maria do Céu falou ainda sobre sua relação com Rose Miriam. Segundo Maria, Gugu e Rose "nunca tiveram nada um com o outro", mas ela sempre foi atendida quanto à questão financeira.
"Tudo que ela pedia, ele dava. Não era só pra ele, era para a família inteira. Ela tem uma bela de uma casa aqui em Alphaville. Quando ela vinha pra cá, ela tinha o dinheiro que ela queria para fazer o que ela queria", disse Maria em uma entrevista exibida pelo Fantástico (Globo). "Eu rezo para que tudo volte ao normal"

Coleta seletiva e reciclagem são temas da nova campanha da Adasa



Personagem Lixo Papão protagoniza ação de utilidade pública para simbolizar as más práticas urbanas

Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do DF (Adasa) lança a partir desta quinta-feira (27) uma nova campanha de utilidade pública para reforçar a importância da coleta seletiva de resíduos, com destaque para a prática da reciclagem. O personagem Lixo Papão – vilão na primeira campanha da agência sobre os riscos que o lixo nas ruas representa para a drenagem urbana – retorna desta vez sob ameaça de enfraquecimento, com a convocação da comunidade para a separação correta dos resíduos entre reciclável, orgânico e rejeitos.
“A reciclagem contra-ataca, seja herói da coleta seletiva” é o slogan da campanha, que destaca a prática como o principal instrumento na luta contra o vilão do lixo, personagem lúdico criado para atrair público de todas as idades.
Pelo site www.heroisdacoletaseletiva.com.br será possível acessar informações sobre os cuidados no descarte dos resíduos, especialmente vidros, pneumáticos e alumínio. Esses tipos de material levam mais de 100 anos para serem decompostos, segundo especialistas.
A coleta seletiva e o cuidado na separação do material que pode ser reaproveitado contribuem para o desenvolvimento sustentável e a redução do desperdício, além de gerar empregos nas oficinas de reciclagem e diminuir a extração de recursos naturais para a fabricação de novos produtos.
A campanha de utilidade pública se estenderá até 13 de março e será divulgada em emissoras de rádio e TV, redes sociais, estruturas de frontlight (espécie de outdoor), salas de cinema e painéis do Metrô. Confira e participe.

* Com informações da Adasa

Governo do RS assina acordo para reduzir o número de pacientes que entram na Justiça para garantir atendimento



Parceria com Defensoria Pública busca resolver impasses na área da saúde na esfera administrativa


Com o objetivo de reduzir o peso da judicialização na área da saúde, o governo do Estado assinou, nesta quinta-feira (27), um acordo de cooperação com a Defensoria Pública para que impasses sejam resolvidos, primeiro, na esfera administrativa. Conforme a secretária da Saúde do Rio Grande do Sul, Arita Bergmann, 24% do custo da pasta é no atendimento a demandas judiciais.

— Além disso, 66% dos pedidos judicializados de medicamentos são de remédios que não estão na lista ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) — observa.

Conforme o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Eduardo Freire, são cerca de 100 mil processos contra prefeituras gaúchas na área da saúde.
— Isso precisa mudar. O prefeito não tem acesso à Central de Regulação de Leitos. Precisa ficar mais claro a competência de cada esfera de governo — reclama.
Segundo a defensora pública Regina Rizzon Borges de Medeiros, responsável pela proposta original, o acordo permite que a Defensoria Pública e o Estado dialoguem, na esfera administrativa, para resolver a situação específica do

paciente, sem a necessidade de acionar a Justiça quando a solução pode ocorrer de outra forma.

— Em Santa Maria, o projeto piloto reduziu em 58% o número de judicializações por medicamentos — conta.
Além de Santa Maria, as cidade de Canela, Gravataí e Pelotas também foram piloto na iniciativa.
— Foram seis meses de reuniões até chegarmos no texto final do acordo. Nossa maior preocupação é garantir o acesso da população ao tratamento de saúde. Por isso, caso não seja resolvido na esfera administrativa, fica a cargo de cada defensor avaliar a necessidade de medidas judiciais, principalmente relacionados a pacientes com urgência — frisa.
Além do termo de compromisso entre Secretaria da Saúde e Defensoria Pública do Estado, também foi assinado um acordo de cooperação que inclui a Famurs e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS).
Presente na cerimônia de assinatura, realizada no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite comemorou a iniciativa, que busca o diálogo entre os poderes.
— São ações que permitem atender mais rapidamente à população e a um menor custo — avalia o governador Eduardo Leite.
GZH