sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Apetite sexual descontrolado: Hipersexualidade pode ser genética




A hipersexualidade caracteriza-se pelo descontrole da libido e por um apetite sexual exagerado. Um novo estudo destaca que a condição pode ser causada por uma modificação nos genes que eleva a produção do hormônio ocitocina

Apetite sexual descontrolado: Hipersexualidade pode ser genética
Notícias ao Minuto Brasil
31/01/20 09:00 ‧ HÁ 52 MINS POR NOTÍCIAS AO MINUTO
LIFESTYLE SEXUALIDADE
Apesar de se tratar de um problema bastante sério, que afeta tanto a vida pessoal como a profissional, a verdade é que hipersexualidade permanece um tema polêmico e algumas agências internacionais, como a Associação Americana de Psiquiatria, ainda não a categorizaram oficialmente como uma doença.
 
Agora uma nova pesquisa publicada na revista Epigenetics, procura desmistificar o distúrbio, que afeta 3% da população global, conforme avança a revista Galileu. “Investigamos os mecanismos epigenéticos reguladores por trás da desordem da hipersexualidade”, explica num comunicado o investigador Adrian Boström, da Universidade de Upsália, na Suécia.
O estudo revela que no caso de quem sofre de hipersexualidade, os genes que regulam a ocitocina operam de forma distinta, estimulando a produção excessiva do hormônio.
Para efeitos daquela pesquisa, os cientistas analisaram o DNA de 60 voluntários com a condição e 33 indivíduos saudáveis. Os dados apurados demonstraram que o problema pode estar associado à incapacidade de regular o ‘hormônio do amor’ ou ocitocina – aumentando assim para níveis exagerados a libido.
“Será necessário a realização de mais pesquisas, mas os dados apurados apontam que devemos examinar os benefícios de fármacos e da psicoterapia para reduzir a atividade do ocitocina”, informa o professor Jussi Jokinen, da Univerisade Umeå, também na Suécia.
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mostram desafios no ensino de inglês



No Brasil, só 10,3% dos jovens de 18 a 24 anos dizem saber o idioma

Publicado em 31/01/2020 - 06:55
Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil*  Londres
Formar melhor os professores e definir formas de ensinar que sejam mais atraentes aos estudantes são alguns dos principais desafios que o Brasil deve enfrentar para de fato aprender inglês. A partir deste ano, o país começa a implementar, no ensino fundamental, a Base Nacional Comum Curricular, um documento que define o mínimo que todos os estudantes no país têm direito de aprender, e o inglês está previsto nesse documento. 
Aulas de inglês não são novidade nem em escolas públicas, nem em particulares, uma vez que a maioria oferece o idioma, mas um estudo do British Council mostra que apenas 10,3% dos jovens, de 18 a 24 anos, dizem saber inglês. O percentual é menor se consideradas as pessoas mais velhas, com mais de 16 anos, chega a 5,1%. 
 aulas de inglês idioma
aulas de inglês idioma - Wilson Dias/Agência Brasil
“A gente não pára pra pensar por que não está aprendendo inglês. Então, se a gente quer mudar esse cenário, [precisa se perguntar] o que precisa mudar na maneira como se tem aprendido inglês porque provavelmente nao está funcionando”, diz a gerente sênior de Inglês do British Council Brasil, Cíntia Gonçalves. 
As respostas vêm de vários eixos, de acordo com o estudo do conselho, um deles a formação de professores. “O Brasil tem em torno de 62 mil professores de inglês no ensino fundamental e médio e há grande contingente de professores que não estão habilitados em língua estrangeira ou inglesa”, diz. 
Além disso, aulas muito voltadas para a gramática e aspectos pouco práticos tendem a não ser tão atraentes aos estudantes. “Buscamos nos currículos qual a visão que os estados têm de inglês e língua estrangeira porque isso vai orientar a sala de aula. Vimos que a maior parte dos estados têm uma visão predominantemente ou totalmente voltado para gramática”. Há bons exemplos em todo o país, mas, de acordo com Cintia, ainda é preciso definir um objetivo claro de onde queremos chegar como nação, para que as boas práticas cheguem a todas as escolas. “Antes de falar que precisa melhorar o ensino de inglês, [tem que se definir] onde quer chegar. A partir desses objetivos, traçar metas e ter plano de ação. Isso que o Brasil precisa definir como nação. O que a gente quer com os alunos aprendendo inglês? Para que? Porque é isso que vai pautar o ensino e aprendizado”.

No ensino superior

Ter um boa base de inglês é o que fará com que os brasileiros possam ter maior internacionalização do ensino superior, fazendo com que as pesquisas desenvolvidas no país ganhem uma dimensão global. “Hoje em dia, a informação que circula no mundo acadêmico é produção em inglês. Há demanda por ter acesso à produção corrente, à troca. Entrar no circuito de discussão sobre pesquisa a aprendizagem de inglês é fundamental”, diz a professora da Universidade Federal de Minas Gerais, Maria Lucia Castanheira. 
Maria Lucia é uma das responsáveis pelo estudo Paisagens de língua e letramento em mudança nas universidades brasileiras: o Inglês no desenvolvimento da política e da prática linguística, desenvolvido em parceria com a Universidade de Brasília e a Universidade de Birmingham, no Reino Unido. 
O grupo mostrou que as formas como cada instituição trabalha com o uso de outros idiomas além do português varia. Há disciplinas inteiramente ministradas em outros idiomas, há disciplinas nas quais os estudantes leem textos em idiomas estrangeiros, mas as discussões são feitas em português, entre outras.  
Assim como na fase escolar, quando as políticas públicas têm papel fundamental, os pesquisadores mostram que também as universidades sofrem influência das decisões políticas e dependem de recursos. “Acho que uma das conclusões a que a gente chega, muito clara, é que qualquer coisa que se faça nessa direção de implementar uma política linguística vai requerer recursos, que têm que estar na universidade para fomentar condições de trabalho”.

Universidades estrangeiras

O ensino e a aprendizagem de inglês em diversos países são feitos nas principais universidades do mundo. Uma das formas de ensinar é o chamado inglês como meio de instrução, cuja sigla em inglês é EMI. Trata-se de ensinar não apenas o inglês, mas determinada disciplina ou conteúdo em inglês, como é feito, por exemplo, em escolas bilíngues. 
“No passado, as pessoas colocavam muita ênfase em ensinar a língua, ensinar o inglês e assumiam que o conteúdo viria depois, que uma vez que soubessem a língua, seriam capazes de estudar geografia, matemática, o que fosse, em inglês. Na verdade, esse pode não ser o jeito mais eficiente de olhar para isso. Acho que muitos estudantes, pais e governos perceberam que é mais eficiente e prático ensinar a matéria no inglês. Assim, o estudante ganha o aprendizado, ganha o conteúdo e aprende inglês”, diz o professor associado em Educação de Língua Internacional da Universidade de Bath, no Reino Unido, Trevor Grimshaw. 
Estudos mostram, no entanto, que nem sempre os estudantes conseguem, sem uma base forte na língua estrangeira, absorver todo o conteúdo ensinado.  
“Observamos que os alunos [de universidades de outros países] que têm acesso a aulas de apoio de inglês com propósitos acadêmicos [ou seja, com os jargões de cada área] têm mais sucesso do que aqueles que têm acesso apenas ao conteúdo ensinado em inglês”, diz o   professor associado em linguística aplicada da Universidade de Oxford, Heath Rose.
"A repórter viajou a convite do British Council
Edição: Graça Adjuto

Temporal provoca alagamentos e queda de árvores no Rio de Janeiro


Chuva provoca queda de árvore no Rio de Janeiro

Vitor Abdala/ Agência Brasil

Entre as áreas mais afetadas estão a Tijuca e a região central

Publicado em 31/01/2020 - 07:08
Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
Um temporal com forte chuva e ventania provocou alagamentos e quedas de árvores nessa quinta-feira (30) à noite, na cidade do Rio de Janeiro. Entre as áreas mais afetadas estão a Tijuca e a região central.
Na Tijuca, várias vias ficaram bloqueadas com quedas de árvores, como as ruas Professor Eurico Rabelo e Ribeiro Guimarães. Essa última continua fechada, na esquina com a Rua Maxwell.
A prefeitura chegou a entrar, na noite de ontem, em estágio de atenção, o patamar intermediário em um sistema de cinco estágios. No primeiro minuto do dia de hoje, o município retornou ao estágio de mobilização.
Edição: Graça Adjuto

Mega-Sena sorteia R$ 70 milhões neste sábado



Se aplicado na poupança, prêmio pode render mais de R$ 181 mil mensais

Publicado em 31/01/2020 - 08:05
Por Agência Brasil  Brasília
O concurso 2.230 da Mega-Sena pode pagar amanhã (1º) um prêmio de R$ 70 milhões a quem acertar as seis dezenas. O sorteio será no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, em São Paulo.
Se aplicado na poupança, o prêmio pode render mais de R$ 181 mil mensais. Se o ganhador investir em bens, poderá adquirir 25 carros esportivos de uma das principais marcas da categoria.
As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em qualquer lotérica do país e também no portal Loterias Caixa. O valor da aposta simples da Mega-Sena é de R$ 4,50.
Para jogar pela internet, no portal Loterias Caixa, o apostador precisa ser maior de 18 anos e fazer um pequeno cadastro

Edição: -
Agência Brasil

Temporal leva plataforma da Petrobras próximo à orla de Niterói



Fortes ventos provocaram deslocamento da P-70

Publicado em 31/01/2020 - 08:19
Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
O temporal que atingiu o Rio de Janeiro na noite de ontem (30) fez uma plataforma da Petrobras se aproximar da orla de Niterói, no Grande Rio. Imagens feitas por moradores de Niterói, que circulam na internet, mostram que a P-70 chegou bem próximo da Praia de Boa Viagem, na Baía de Guanabara.
Segundo informações da Petrobras, os fortes ventos que atingiram a região metropolitana do Rio provocaram um deslocamento da P-70 durante seu processo de ancoragem.
Ainda de acordo com a empresa, não houve vítimas e a plataforma já foi reconduzida ao local onde ficará fundeada na Baía de Guanabara. A estatal petrolífera informou ainda que está apurando as causas da ocorrência.
Edição: Graça Adjuto

China tem mais de 200 mortos em consequência do coronavírus



Dressed up military medical officer delivers flyers at shopping center in Bangkok, Thailand January 30, 2020. REUTERS/Soe Zeya Tun

SOE ZEYA TUN

Número de infecções confirmadas ultrapassa 9.600

Publicado em 31/01/2020 - 08:40
Por NHK*  Pequim
Autoridades da China informaram que, atualmente, 213 pessoas morreram após contrair o coronavírus, e que o número de infecções confirmadas ultrapassou 9.600.
Trabalhadores do setor médico estão extremamente ocupados em Hubei, província em que apareceu o surto. Mais de 30 mil pessoas por dia têm procurado hospitais e clínicas locais com febre.
O número de casos está se elevando também fora da China continental. Mais de 120 casos de infecção foram constatados em mais de 20 países e territórios. A Itália acabou de confirmar os dois primeiros casos, ambos de turistas chineses.
Até agora, há suspeita de casos de transmissão do vírus entre pessoas no Vietnã, em Taiwan,no  Japão, na Alemanha, França e nos Estados Unidos.
O governo americano aumentou os alertas de viagens ao nível mais alto e está pedindo aos seus cidadãos que evitem ir à China e pensem em sair de lá, caso estejam naquele país.
A Organização Mundial da Saúde declarou a epidemia emergência global, em uma tentativa de evitar que o vírus se alastre ainda mais além das fronteiras. Esta é a sexta vez que a organização toma essa medida, que foi colocada em prática, entre outras, durante a gripe suína em 2009, a proliferação da poliomielite em 2014, e a epidemia do vírus Ebola em 2019.
*Emissora pública de televisão do Japão
Por NHK*  Pequim
AGÊNCIA BRASIL 

Taxa de desemprego no país fecha 2019 em 11,9%




Índice é inferior ao de 2018, que havia fechado o ano em 12,3%

Publicado em 31/01/2020 - 09:06
Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
A taxa média de desemprego no país caiu para 11,9% em 2019. A taxa é inferior à registrada em 2018, que havia fechado o ano em 12,3%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No quarto trimestre do ano, a taxa de desemprego ficou em 11%. No terceiro trimestre do ano, o índice havia sido de 11,8%.
Edição: Graça Adjuto

Lei de Incentivo à Cultura prevê investimento de R$ 12 milhões


 

Empresas privadas poderão, este ano, financiar ações culturais usando mecanismos de renúncia fiscal. Economia criativa é responsável por mais de 3% do PIB do DF 

Projetos e ações culturais poderão contar com mais de R$ 12 milhões em investimentos em 2020. O valor é referente ao teto para destinação de recursos no Programa de Incentivo Fiscal do Governo do Distrito Federal em 2020, definido em portaria conjunta (06/2020) das Secretarias de Cultura e Economia Criativa (Secec) e de Economia, publicada nesta quarta-feira (29).
O documento estabelece os valores que podem ser destinados ao mecanismo de fomento, por meio de isenção fiscal. A modalidade estimula produções realizadas em parceria com empresas privadas do Distrito Federal, fortalecendo a economia por meio de atividades artísticas e ampliando o investimento de capital privado na área cultural.
A fixação do teto de investimento na em projetos culturais por renúncia fiscal é feita anualmente, conforme prevê a Lei Orgânica da Cultura (LOC). Assim, o valor estabelecido para 2020 é de R$ 12.003.195,00.
De acordo com o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, a Lei de Incentivo à Cultura é mais um instrumento para fomentar a cultura local, por meio da parceria com as empresas privadas. “Esta política pública faz com que a iniciativa privada também contribua com projetos culturais de qualidade e acessíveis à população do Distrito Federal”.
Ele lembra que a economia criativa é responsável por mais de 3% do Produto Interno Bruto do DF, sendo grande responsável por geração de emprego e renda. Para ele, ao investir em ações e atividades culturais, gestores de empreendimentos contribuem duplamente para o desenvolvimento da cidade. “Além dos empregos gerados em suas empresas, o fomento à atividade cultural movimenta uma enorme cadeia produtiva, que traz benefícios econômicos e sociais”, afirma.
Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec)
    AGÊNCIA BRASÍLIA

Olimpíada Brasileira de Matemática inova e premia medalhistas em Natal




Participam 133 estudantes do ensino fundamental, médio e universitário

Publicado em 31/01/2020 - 08:51
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
A premiação da 41ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) e do 1º Torneio Meninas na Matemática (TM2), realizados no ano passado, ocorre hoje (31) à noite em Natal (RN). A cerimônia faz parte da 23ª Semana Olímpica, que acontece nessa capital desde 26 de janeiro e se estende até amanhã (1º de fevereiro). Participarão do evento 133 estudantes do ensino fundamental, médio e universitário. A OBM e a TM2 são promovidos pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e pela Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).
Um dos medalhistas de ouro é Gabriel Bastos Vasconcelos Duarte, de 13 anos. Ele concorreu na OBM pela primeira vez em 2018, quando estava na sexta série do fundamental, e tirou ouro. “Foi uma surpresa. Eu não esperava”, disse à Agência Brasil o pai de Gabriel, Gustavo Duarte, professor de matemática. Destacou que o filho foi o único representante das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste a tirar medalha de ouro naquele ano. Em 2019, Gabriel estudou mais e conseguiu novamente conquistar uma medalha de ouro.
Gustavo confidenciou que a matemática não é a única paixão do filho. No ano passado, ele trouxe para o Brasil o título de vice-campeão sul-americano de judô, quando tinha 12 anos e estava na faixa verde do esporte. Hoje, ele está na faixa roxa. “Foi o primeiro campeonato dele internacional”, vibrou o pai. Em conversa com a Agência Brasil, Gabriel relatou que estudou muito para a prova da OBM, tanto em 2018 como em 2019. “Eu não esperava ter esse resultado”, manifestou Gabriel. Em 2020, ele vai cursar a oitava série do ensino fundamental e pretende continuar estudando para ganhar de novo na OBM. Os planos não param por aí. Quando estiver no ensino médio, o menino quer aprender mais para, “quando ficar mais velho”, poder disputar até olimpíadas internacionais.
Gabriel Duarte quer continuar estudando matemática na universidade. Ele incentiva o estudo da disciplina para as crianças da sua idade, às quais faz uma recomendação: “Nunca é tarde demais para começar a estudar (matemática) de forma intensiva. Com isso, os resultados não vêm de forma rápida, mas quando vêm são de forma expressiva”.

Universitários

A 41ª edição da OBM, realizada no ano passado, marca a segunda medalha de ouro na categoria universitária para George Lucas Diniz de Alencar, 21 anos, aluno do Departamento de Matemática do Centro Técnico Científico da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CTC/PUC-Rio). A primeira foi conquistada em 2017. No ano seguinte, George foi prata. “Na última competição, a prova estava relativamente mais difícil, mas eu gostei do estilo de prova. Tive uma boa preparação durante esse ano porque algumas aulas na PUC eram voltadas para a olimpíada. Isso ajudou pra caramba!”.
George vai cursar o segundo ano de matemática na PUC-Rio este ano e está na dúvida entre ser pesquisador ou professor. Depois de graduado, pretende voltar para o Nordeste, onde nasceu. Ainda não decidiu se fará a pós-graduação no Rio de Janeiro ou no exterior. A primeira participação de George na OBM foi em 2012, quando estava na 9ª série do ensino fundamental, mas a primeira medalha, de bronze, ele ganhou somente em 2014. A partir daí foram mais duas medalhas de ouro no ensino médio. Ele fez as provas em novembro de 2019, com cerca de 1.290 jovens de todo o Brasil nessa categoria, e foi um dos quatro a conquistar ouro na OBM de nível mais alto. Com isso, a PUC-Rio obteve o único ouro de uma universidade fluminense na OBM 2019.

Meninas

O 1º Torneio Meninas na Matemática (TM2) representou para a medalhista de ouro do nível 2, que compreende a 8ª e 9ª séries do ensino fundamental, Fabricia Cardoso Marques, de Fortaleza (CE), 14 anos de idade, “uma experiência incrível”. Disse à Agência Brasil ter feito amizade com muitas participantes do torneio e afirmou que não esperava ganhar medalha. Fabricia acredita que o torneio pode incentivar outras garotas a cursar matemática e participar de competições como essa. Ela ainda não decidiu se quando concluir o ensino médio fará vestibular para matemática ou engenharia. “Ainda estou na dúvida”. A matemática é velha conhecida de Fabricia, que tem três medalhas de prata na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas e Particulares (OBMEP).
Outra medalhista de ouro do torneio foi Maria Clara Werneck, 18 anos, natural do Rio de Janeiro. Maria Clara acredita que muitas meninas que disputaram esse primeiro torneio se sentiram mais estimuladas a participar de olimpíadas de matemática. Esclareceu que isso não significa, contudo, que nas competições o número de meninas será igual ao de meninos. “Mas pode-se dizer que já é um começo”. Considerou que o torneio pode funcionar como uma “porta de acesso” feminina para as olimpíadas de matemática.
Quando disputou o torneio, no ano passado, Maria Clara estava concluindo a 3ª série do ensino médio. Fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e passou para matemática, na PUC-Rio, e para ciência da computação, na UFRJ. Lamentou que não dá para fazer simultaneamente os dois cursos, porque são em horário integral. Como ganhou bolsa na PUC, Maria Clara tende a ficar com essa primeira opção, porque tem a possibilidade de fazer o ciclo básico e depois decidir que rumo tomará.

Retrocesso

O diretor adjunto do IMPA, Claudio Landim, não tem dúvidas que o torneio vai estimular muito a participação feminina nas olimpíadas de matemática. Disse que pela primeira vez, o IMPA convidou um grande número de meninas a participar da Semana Olímpica para treinarem e se prepararem, “esperando, com isso, que a gente melhore o desempenho do Brasil nos torneios femininos de matemática. Por outro lado, esperando que isso estimule a participação de outras meninas nas olimpíadas de matemática”.
Segundo Landim, a baixa participação de meninas nas olimpíadas equivale mais a “um retrocesso”. Citou estatísticas que mostram que meninas com bom desempenho na primeira fase da OBM não participam da segunda fase. “É um fenômeno curioso que já foi observado em outros países. É como se elas não quisessem ter sucesso”. Landim afirmou a necessidade de se tentar explicar esse fenômeno para que possam ser encontrados mecanismos que incentivem meninas com talento para a matemática a desenvolverem seus potenciais.
As melhores colocadas na OBM e no TM2 serão convidadas pelo IMPA a participar de treinamento no Rio de Janeiro. As que tiverem melhor desempenho poderão integrar a equipe brasileira que disputará a ‘European Girls Mathematical Olympiad’ (EGMO) 2020, sediada em Egmond, Holanda.

Semana Olímpica

De acordo com informação do IMPA, a programação da Semana Olímpica foi elaborada por 31 professores especialistas em matemática olímpica de todo país e engloba aulas, sessões de estudo, palestras, simulados e provas. Durante a Semana Olímpica são realizados os primeiros testes de seleção para as equipes que vão disputar competições internacionais de matemática, entre as quais a Olimpíada do Cone Sul, no Paraguai; a Olimpíada de Matemática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (OMCPLP); e a EGMO 2020. A EGMO inspirou a criação pelo IMPA do Torneio Meninas na Matemática (TM2) que teve a primeira edição no ano passado e contou com a participação de 171 estudantes.
Edição: Valéria Aguiar

Placas com padrão do Mercosul entram em vigor em todo o país



Detran que ficar fora do padrão não conseguirá emplacar novos veículos

Publicado em 31/01/2020 - 06:00
Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil  Brasília
Após sucessivos adiamentos, começa a valer nesta sexta-feira (31) o prazo para uso obrigatório da placa do Mercosul em veículos de todos os estados.

A data está de acordo com o que estipula a Resolução nº 780/2019 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de julho do ano passado, que determina a adoção do novo modelo de placas de identificação veicular (PIV) a partir de 31 de janeiro de 2020. Segundo o Ministério da Infraestrutura, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que não aderir ao novo padrão, não conseguirá emplacar novos veículos.
A nova placa será obrigatória apenas nos casos de primeiro emplacamento. Para quem tiver o modelo antigo, a troca deverá ser feita no caso de mudança de município ou unidade federativa; roubo, furto, dano ou extravio da placa e nos casos em que haja necessidade de instalação da segunda placa traseira.
Nas outras situações, a troca da placa cinza pela do padrão Mercosul não é obrigatória. Com isso, os carros com a atual placa cinza podem continuar assim até o fim da vida útil do veículo.
O novo modelo apresenta o padrão com quatro letras e três números, o inverso do modelo atualmente adotado no país, com três letras e quatro números. O novo modelo permite mais de 450 milhões de combinações, o que, considerando o padrão de crescimento da frota de veículos no Brasil, pode levar por mais de 100 anos.
Também muda a cor de fundo, que passará a ser totalmente branca. A mudança vai ocorrer na cor da fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para carros de passeio, vermelha para os comerciais, azul para os oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis diplomáticos e prata para veículos de colecionadores.
Todas as placas deverão ter ainda um código de barras dinâmico do tipo Quick Response Code (QR Code) contendo números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante e estampador do produto. O objetivo é controlar a produção, logística, estampagem e instalação das placas nos respectivos veículos, além da verificação de sua autenticidade.
"O novo emplacamento seguirá a lógica da livre concorrência, não havendo definição de preços por parte do governo federal. Na prática, os Detrans estaduais vão credenciar empresas capacitadas para não só produzir as placas como também vendê-las ao consumidor final. Portanto, o proprietário do veículo poderá buscar o valor mais em conta na hora de adquirir o item", informou o ministério.
Desde que foi decidida a adoção da placa do Mercosul, a implantação no registro foi adiada seis vezes. A decisão foi anunciada em 2014, e a medida deveria ter entrado em vigor em janeiro de 2016. Disputas judiciais levaram ao adiamento da adoção da placa para 2017. Mais prazo foi dado para que os órgãos estaduais de trânsito pudessem se adaptar ao novo modelo e credenciar as fabricantes das placas.
As novas placas já são usadas na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Dos 26 estados brasileiros, já aderiram ao modelo Mercosul o Acre; o Amazonas; a Bahia; o Espírito Santo; a Paraíba; o Paraná; o Piauí; o Rio de Janeiro; Rondônia; o Rio Grande do Norte e o Rio Grande do Sul.
"Atualmente são quase 5 milhões de veículos emplacados com a nova PIV. O governo federal estima que, até o fim de 2023, o Brasil já esteja com quase toda sua frota circulando com a nova placa", informou a assessoria do Ministério da Infraestrutura.
Edição: Nádia Franco