quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

PEC da Regra de Ouro vai provocar debates intensos em 2020




Proposta prevê medidas para gerar receitas e conter despesas, entre elas a redução da jornada de trabalho e do salário de servidores
08/01/2020 - 14:53  
Michel Jesus/Câmara dos Deputados
João Roma: a proposta favorece o cumprimento das funções básicas do poder público
Governistas contam com a aprovação da chamada PEC da Regra de Ouro (Proposta de Emenda à Constituição 438/18) para reequilibrar as contas públicas, enquanto a oposição aposta no ano eleitoral para derrubar a proposta ou, pelo menos, atrasar a tramitação.
O texto polêmico já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) e será analisado agora por uma comissão especial, antes de passar por dois turnos de votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
A proposta prevê 20 medidas para conter despesas e outras 11 para gerar receitas a fim de preservar a “regra de ouro”, ou seja, a proibição de o governo contrair dívidas para o pagamento de folha salarial e manutenção de órgãos públicos e de programas sociais, entre outros compromissos.
Diante da atual crise nas finanças públicas, o relator da PEC na CCJ, deputado João Roma (Republicanos-BA), cobra a votação rápida da matéria. “A nossa expectativa é que ocorra uma tramitação célere para que, já no início dos trabalhos legislativos, essa medida possa ser aprovada”, afirmou.
“A proposta vai fortalecer o Estado brasileiro para que possa cumprir suas funções básicas e, assim, proteger especialmente o cidadão que mais precisa de serviços do Estado”, disse o deputado. “Para que o cidadão não fique à mercê de nuances e de aventuras – às vezes, até mesmo populistas – especialmente em final de gestão, quando há uso de recursos para finalidades diversas”, declarou.
Entre as medidas previstas na PEC da Regra de Ouro estão a redução de incentivos fiscais, a suspensão de repasses ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cortes de gastos com publicidade e venda de ativos e bens públicos.
A PEC também permite a redução da jornada de trabalho e do salário de servidores públicos e a demissão de concursados que ainda não têm estabilidade e de funcionários que ocupam cargos em comissão. Durante a tramitação na CCJ, o relator João Roma retirou da proposta o artigo que permitiria ao governo reduzir as contribuições ao Sistema S, como Sebrae, Senac e Senai.
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Alencar Santana Braga: a PEC da Regra de Ouro prejudica os trabalhadores
Dívida pública
O autor da proposta, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), argumenta que a dívida pública do País já chegou a 80% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele também lembrou que, no ano passado, o governo teve de pedir ao Congresso Nacional crédito extraordinário de R$ 248 bilhões para equilibrar as contas públicas.
Já para o deputado Alencar Santana Braga (PT-SP), esse desequilíbrio fiscal é resultado de “incompetência” dos gestores públicos e é inconstitucional por prever possibilidade de redução dos vencimentos dos servidores públicos. "Juiz, deputado, presidente, prefeito, governador, vereador e secretários não vão ter o salário reduzido, enquanto o servidor efetivo pode ter o salário reduzido por incompetência daqueles que gerem o poder. É a PEC da incompetência”, declarou.
Braga argumenta que a PEC da Regra de Ouro prejudica os trabalhadores. “O ano de 2019 já foi um ano muito duro para o trabalhador, com redução de direitos, por exemplo, na reforma da Previdência. Esperamos que os deputados ponham a mão na consciência e assumam a responsabilidade de votar a PEC da Regra de Ouro em ano de eleição e digam aos servidores dos municípios que eles podem ter o salário reduzido. Digam ao trabalhador que recebe abono e que ganha até dois salários mínimos que, por conta dessa PEC, ele pode deixar de receber o abono”, criticou.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Pierre Triboli
DA : AGÊNCIA CÂMARA 

Maia quer votar propostas sobre autonomia do Banco Central e nova lei cambial




O compromisso de pautar os temas foi firmado na noite desta quarta-feira, em reunião com o presidente do Banco Central
22/01/2020 - 20:45   •   Atualizado em 23/01/2020 - 17:37
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Rodrigo Maia quer organizar os esforços de votação neste semestre


O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que pretende pautar neste primeiro semestre os projetos de autonomia do Banco Central (PLP 112/19) e do novo marco legal para o mercado de câmbio no Brasil (PL 5387/19). Ele esteve reunido com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, na noite desta quarta-feira (22). "A partir do início de fevereiro, queremos construir maioria para aprovar essas propostas que estão prontas para ir a voto", afirmou Maia.
O presidente da Câmara informou que reunirá os líderes partidários para organizar os esforços para a votação. Ele quer submeter aos líderes o parecer do deputado Celso Maldaner (MDB-SC) à proposta de autonomia do Banco Central, apresentado na legislatura passada.
Meio Ambiente
Para garantir o crescimento da economia neste ano, Rodrigo Maia afirmou que cada um dos poderes deve fazer a sua parte. O Legislativo, segundo ele, deve organizar a pauta para garantir sinalização positiva em várias áreas, sobretudo, meio ambiente.
Ele destacou como prioridade proposta que penaliza com mais rigor as queimadas. Segundo o presidente, o tema já teria sido negociado com as frentes parlamentares da Agropecuária e do Meio Ambiente. A Câmara analisa diversos projetos sobre o tema.
Reforma ministerial
Questionado por jornalistas, o presidente da Câmara comentou a possibilidade de o governo recriar os ministérios da Segurança Pública e da Cultura. Maia ressaltou que a recriação das pastas não necessariamente representa aumento de gastos. No caso da segurança pública, ele considera um equívoco a sua extinção no início do governo. "Recriar vai sinalizar uma prioridade para a área", declarou.
Maia considera o mesmo sobre a cultura. "Vai reorganizar a relação da pasta com a sociedade, tão machucada nos últimos tempos", afirmou.
Reportagem – Geórgia Moraes
Edição – Pierre Triboli
 'Agência Câmara Notícias'.

"Antissemitismo é uma enfermidade mortal", diz presidente de Israel



Fórum em Jerusalém lembra 75 anos da libertação do campo de Auschwitz

Publicado em 23/01/2020 - 21:24
Por María Laura Carpineta, enviada especial da Télam  JERUSALÉM
O 5º Fórum Internacional do Holocausto, do qual participam 40 líderes mundiais, foi aberto nesta quinta-feira (23), em Jerusalém, com um discurso em que o presidente de Israel, Reuven Rivlin, classificou de “enfermidades mortais” o antissemitismo e o racismo.
“Israel é uma democracia forte e um Estado que precisa de parceiros na luta contra o racismo e o novo antissemitismo, que surge hoje de forma preocupante”, afirmou Rivlin, na abertura do evento que marca a passagem do 75º aniversário da liberação do campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia.
Rivlin disse que o racismo e o novo antissemitismo surgem na forma de “pureza racial e xenofobia, que vai penetrando nos corações e custando muitíssimas vidas humanas”. Para Rivlin, “o antissemitismo é uma enfermidade crônica”, que tanto pode vir da direita quanto da esquerda. "Não haverá um Estado judeu que não seja democrático, porque os judeus não podem viver fora desse sistema. E assim continuaremos", afirmou.
Participam do fórum cerca de 40 mandatários de todo o mundo, entre os quais, Alberto Fernández, da Argentina, único país latino-americano presente ao evento.
A maioria dos líderes chegou ontem (22) a Jesusalém. Na manhã de hoje, chegaram os últimos mandatários, entre eles o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que manteve um encontro público com o presidente Rivlin e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do país anfitrião.

Grêmio goleia Santos e avança à semifinal contra o Juventude




Tricolor Gaúcho vai em busca do oitavo título da Copa Santiago

Publicado em 23/01/2020 - 21:52
Por Agência Brasil  Rio de Janeiro
O Grêmio se classificou na noite desta quinta-feira (23) para as semifinais da 32ª Copa Santiago de Futebol Juvenil ao aplicar uma goleada de 4 a 1 sobre o Santos, no Estádio Alceu Carvalho, na cidade de Santiago (RS). O adversário do Grêmio na semifinal será outro time gaúcho, o Juventude, que também assegurou vaga hoje (23) ao derrotar nos pênaltis o 3 de Febrero, do Paraguai. A partida da semifinal entre Grêmio e Juventude será amanhã (24), às 21h, com transmissão ao vivo pela TV Brasil.
O Grêmio é o segundo clube com maior número de títulos da Copa Santiago - foram sete conquistas - atrás somente do Intenacional, o terceiro gaúcho classificado hoje (23), que lidera com 14 títulos. Já o Juventude, time da Serra Gaúcha, luta pelo título ainda inédito na história do clube.

Jogo

O Tricolor Gaúcho entrou em campo colocando pressão. Aos 22 minutos, após escanteio, o zagueiro Lucão subiu mais alto que a zaga adversária e marcou de cabeça. E ele mesmo fez o segundo, também de cabeça, oito minutos depois, em bola levantada em cobrança de escanteio. O Grêmio ainda teve mais chances de ampliar, mas foi para o intervalo com a vantagem de 2 a 0 no placar. No segundo tempo, o Santos diminuiu logo aos oito minutos, com um golaço de Fernando. Em busca do empate, o Peixe avançou, mas ficou vulnerável na defesa. O terceiro gol do Grêmio foi construído a partir de uma bela jogada do volante Sarará pela esquerda, que cruzou para Luís Pedro finalizar com categoria. E teve mais: nos minutos finais Matheus Machado soltou uma bomba de fora da área e completou a goleada de 4 a 1, colocando o Grêmio na semifinal da Copa Santiago.

Jogos da Copa Santiago

Você pode rever as partidas da Copa Santiago aqui.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Brasil quer que Índia use mais etanol em seu combustível, diz Bolsonaro

GOVERNO

Para presidente, uso de mais álcool na mistura vai ajudar a equilibrar preço do açúcar no mercado internacional

Rio de Janeiro – Numa transmissão numa rede social, gravada antes de embarcar para a Índia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil está interessado em que o país utilize mais etanol em seu combustível.
— Há interesse por parte do Brasil de que a Índia use cada vez mais o etanol no seu combustível.  No caso do Brasil, o teor de etanol está em 27%, e lá fica em 7% — afirmou o presidente.
Segundo ele, essa prática representará vantagem para o Bra— Se eles usarem mais etanol, é vantajoso para o Brasil. Afinal de contas, a origem, a matéria-prima para o etanol e o açúcar é a mesma, e, se utilizarem mais etanol, logicamente vão produzir menos açúcar e assim haverá um equilíbrio do preço dessa commodity no mercado — explicou.
Entre os motivos alegados por Bolsonaro, está a poluição local.— A poluição na capital da Índia é terrível. Há no país, se não me engano, 1,3 bilhão de habitantes. E o etanol é menos poluente. Assim, todo mundo ganha com isso, a Índia e o Brasil.O presidente também mencionou como objetivo da viagem a ampliação do “mercado enorme” de exportação de commodities.— Temos muito a exportar. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está lá tratando desse assunto e, se Deus quiser, será uma viagem muito proveitosa — disse.Entre os motivos alegados por Bolsonaro, está a poluição local.— A poluição na capital da Índia é terrível. Há no país, se não me engano, 1,3 bilhão de habitantes. E o etanol é menos poluente. Assim, todo mundo ganha com isso, a Índia e o Brasil.
O presidente também mencionou como objetivo da viagem a ampliação do “mercado enorme” de exportação de commodities.— Temos muito a exportar. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está lá tratando desse assunto e, se Deus quiser, será uma viagem muito proveitosa — disse.

FONTE:Agência O Globo

Governo publica decreto para contratar militares no serviço público




Decreto foi assinado pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão

Publicado em 23/01/2020 - 22:47
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O decreto que regulamenta a contratação de militares inativos para atividades em órgãos públicos foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta quinta-feira (23). De acordo com o Palácio do Planalto, os militares poderão ser contratados, por meio de um edital específico de chamamento público, para trabalhar em órgão ou entidade federal ganhando adicional com valor igual a 30% sobre o salário recebido na inatividade.
Pelo texto do decreto, assinado pelo presidente em exercício Hamilton Mourão, a contratação dependerá de autorização prévia tanto do Ministério da Defesa quanto do Ministério da Economia. A pasta da Defesa vai examinar se a contratação não compromete eventual necessidade de mobilização de pessoal, além de estabelecer o quantitativo máximo de militares inativos passíveis de contratação, por posto ou graduação, observada a compatibilidade com as atividades indicadas pelo órgão ou pela entidade requerente. Já a equipe econômica vai examinar se há recursos para o pagamento do adicional e se há necessidade real de contratação.
"Como já de conhecimento público, existe a intenção de aplicar o ato para resolver problema do INSS [Instituto Nacional de Seguridade Social]. Contudo, tecnicamente, o decreto não se restringe ao INSS e poderá ser utilizado em dezenas de outras situações. A hipótese do INSS é apenas destacada por ser a com maior escala", informou o Planalto, em nota enviada à imprensa.
Ainda segundo o governo, a contratação não será automática. "Ainda se precisará analisar o pleito de cada órgão ou entidade interessado na nova forma de alocação de mão de obra, fazer o edital de chamamento público para cada hipótese e verificar a disponibilidade orçamentária e financeira em cada caso", acrescenta a nota.

Militares da reserva

Na semana passada, o governo anunciou que pretende contratar temporariamente cerca de 7 mil militares da reserva para atuar nos postos da Previdência, pagando o adicional de 30%. Esse percentual está definido na lei que trata da estrutura da carreira militar, aprovada em 2019 pelo Congresso Nacional. 
A medida foi a forma encontrada pelo governo para reduzir o estoque de pedidos de benefícios em atraso no INSS. A expectativa é que o acúmulo de processos caia para próximo de zero até o fim de setembro. Atualmente, o número de pedidos de benefícios previdenciários com mais de 45 dias de atraso está em cerca 1,3 milhão.
A contratação direta dos militares pelo INSS chegou a ser questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que considerou que o governo poderia estar rompendo o princípio da impessoalidade, ao direcionar a contratação exclusivamente para o grupo militar. Nesta quinta pela manhã, antes de embarcar para Índia, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo estava aguardando apenas um ajuste no entendimento com o TCU para poder publicar o decreto e iniciar o processo de contratação temporária dos militares. Para o presidente, a medida está prevista na legislação e exige menos burocracia que a contratação de civis. “Não é privilegiar militar, até porque não é convocação, é um convite, é a facilidade que nós temos desse tipo de mão de obra”, disse.

Custo

De acordo com o Ministério da Economia, caso haja o pagamento do adicional de reserva remunerada para os militares, no caso do INSS, a medida custará R$ 14,5 milhões por mês ao governo, mas o custo deve ser compensado pela diminuição da correção monetária paga nos benefícios concedidos além do prazo máximo de 45 dias depois do pedido. A proposta inicial do governo é que os militares sejam treinados em fevereiro e março, devendo começar a trabalhar nos postos em abril. 
O decreto que regulamenta a contratação dos militares inativos ainda define que, para o órgão contratante, o prazo máximo de contrato é de até quatro anos, vedada a prorrogação. Para o militar inativo, esse prazo máximo é de até oito anos, consecutivos ou não, ainda que em diferentes órgãos ou entidades.
Edição: Fábio Massalli



Decreto foi assinado pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão

Publicado em 23/01/2020 - 22:47
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil  Brasília
O decreto que regulamenta a contratação de militares inativos para atividades em órgãos públicos foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta quinta-feira (23). De acordo com o Palácio do Planalto, os militares poderão ser contratados, por meio de um edital específico de chamamento público, para trabalhar em órgão ou entidade federal ganhando adicional com valor igual a 30% sobre o salário recebido na inatividade.
Pelo texto do decreto, assinado pelo presidente em exercício Hamilton Mourão, a contratação dependerá de autorização prévia tanto do Ministério da Defesa quanto do Ministério da Economia. A pasta da Defesa vai examinar se a contratação não compromete eventual necessidade de mobilização de pessoal, além de estabelecer o quantitativo máximo de militares inativos passíveis de contratação, por posto ou graduação, observada a compatibilidade com as atividades indicadas pelo órgão ou pela entidade requerente. Já a equipe econômica vai examinar se há recursos para o pagamento do adicional e se há necessidade real de contratação.
"Como já de conhecimento público, existe a intenção de aplicar o ato para resolver problema do INSS [Instituto Nacional de Seguridade Social]. Contudo, tecnicamente, o decreto não se restringe ao INSS e poderá ser utilizado em dezenas de outras situações. A hipótese do INSS é apenas destacada por ser a com maior escala", informou o Planalto, em nota enviada à imprensa.
Ainda segundo o governo, a contratação não será automática. "Ainda se precisará analisar o pleito de cada órgão ou entidade interessado na nova forma de alocação de mão de obra, fazer o edital de chamamento público para cada hipótese e verificar a disponibilidade orçamentária e financeira em cada caso", acrescenta a nota.

Militares da reserva

Na semana passada, o governo anunciou que pretende contratar temporariamente cerca de 7 mil militares da reserva para atuar nos postos da Previdência, pagando o adicional de 30%. Esse percentual está definido na lei que trata da estrutura da carreira militar, aprovada em 2019 pelo Congresso Nacional. 
A medida foi a forma encontrada pelo governo para reduzir o estoque de pedidos de benefícios em atraso no INSS. A expectativa é que o acúmulo de processos caia para próximo de zero até o fim de setembro. Atualmente, o número de pedidos de benefícios previdenciários com mais de 45 dias de atraso está em cerca 1,3 milhão.
A contratação direta dos militares pelo INSS chegou a ser questionada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que considerou que o governo poderia estar rompendo o princípio da impessoalidade, ao direcionar a contratação exclusivamente para o grupo militar. Nesta quinta pela manhã, antes de embarcar para Índia, o presidente Jair Bolsonaro disse que o governo estava aguardando apenas um ajuste no entendimento com o TCU para poder publicar o decreto e iniciar o processo de contratação temporária dos militares. Para o presidente, a medida está prevista na legislação e exige menos burocracia que a contratação de civis. “Não é privilegiar militar, até porque não é convocação, é um convite, é a facilidade que nós temos desse tipo de mão de obra”, disse.

Custo

De acordo com o Ministério da Economia, caso haja o pagamento do adicional de reserva remunerada para os militares, no caso do INSS, a medida custará R$ 14,5 milhões por mês ao governo, mas o custo deve ser compensado pela diminuição da correção monetária paga nos benefícios concedidos além do prazo máximo de 45 dias depois do pedido. A proposta inicial do governo é que os militares sejam treinados em fevereiro e março, devendo começar a trabalhar nos postos em abril. 
O decreto que regulamenta a contratação dos militares inativos ainda define que, para o órgão contratante, o prazo máximo de contrato é de até quatro anos, vedada a prorrogação. Para o militar inativo, esse prazo máximo é de até oito anos, consecutivos ou não, ainda que em diferentes órgãos ou entidades.
Edição: Fábio Massalli

Governo pretende mudar período usado para corrigir salário mínimo



INPC entre dezembro e novembro será usado para calcular reajustes

Publicado em 23/01/2020 - 17:00
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil  Brasília
O projeto de lei com a nova política de correção do salário mínimo incluirá uma mudança no período usado para definir os reajustes. Em vez do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior fechado, de janeiro a dezembro, o governo pretende usar o índice entre dezembro do ano anterior e novembro do exercício atual para calcular o valor do mínimo para 2021.
A informação foi passada pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. Em reunião com jornalistas, ele explicou que a medida tem como objetivo prevenir situações como a deste ano, em que o salário mínimo primeiramente foi reajustado para R$ 1.039 e depois aumentou para R$ 1.045, porque a alta dos preços da carne fez o INPC fechar o ano além do previsto.
O sistema é semelhante ao do teto de gastos, em que o governo usa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho do ano anterior a junho do exercício atual para corrigir o limite das despesas federais para o ano seguinte. Segundo Rodrigues, a mudança terá pouco impacto prático no valor final para o salário mínimo, mas dará mais transparência aos reajustes e mais previsibilidade para o governo e os trabalhadores.
O secretário assegurou que o governo preservará a reposição do salário mínimo pela inflação, como está determinado pela Constituição. “Vamos alterar a sistemática de correção do salário mínimo. O INPC só é divulgado dias após o fim do ano. Vamos mudar sem que haja perda”, declarou.
O governo tem até agosto deste ano, antes do envio da proposta do Orçamento de 2021, para apresentar o projeto de lei ao Congresso com a política para o salário mínimo. Rodrigues não especificou se o governo pretende definir o valor do mínimo ano a ano ou se o projeto terá uma política definitiva até o fim do atual governo.

Fontes de recursos

Ao todo, o reajuste do salário mínimo de R$ 1.039 para R$ 1.045 terá impacto de R$ 2,13 bilhões para o governo neste ano. Isso porque o mínimo está atrelado a 80% dos benefícios da Previdência Social, além de corrigir o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego, entre outros. Além disso, há um impacto de R$ 1,5 bilhão decorrente da elevação do valor do salário mínimo em relação ao valor original enviado no Orçamento de 2020, de R$ 1.031.
Segundo o secretário especial de Fazenda, o governo pode usar diversas fontes para bancar a correção do salário mínimo. Além de prever maior pagamento de dividendos de estatais (parcela dos lucros que as empresas públicas federais destinam ao Tesouro Nacional), a equipe econômica conta com receitas não incluídas no Orçamento deste ano. Ele citou os leilões das novas rodadas de partilha do pré-sal e de concessão do petróleo na camada pós-sal e os leilões dos excedentes da cessão onerosa dos campos de Atapu e Sépia, que não foram vendidos no leilão realizado em novembro.
Rodrigues mencionou ainda um eventual crescimento da arrecadação federal decorrente da recuperação da economia. Há cerca de dez dias, o governo aumentou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,4% em 2020. Segundo o secretário, o próximo Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, a ser divulgado em março, deverá trazer uma estimativa maior.
Edição: Aline Leal
 Tags: SALÁRIO MÍNIMO
da Agência Brasil 

Santos só empata com o Bragantino em seu primeiro jogo no Paulistão




Na estreia do técnico Jesualdo Ferreira, equipe não conseguiu superar atual campeão da Série B e iniciou campanha no torneio estadual com um 0 a 0

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Jogo na Vila Belmiro foi bastante disputado, mas terminou sem gols

Jogo na Vila Belmiro foi bastante disputado, mas terminou sem gols

MAURÍCIO DE SOUZA/ESTADÃO CONTEÚDO



A torcida do Santos estava empolgada. O time, vice-campeão brasileiro no ano passado, estreava na temporada 2020 dentro de casa, na Vila Belmiro, com direito ao primeiro jogo do técnico português Jesualdo Ferreira.
Porém, faltou combinar com o Red Bull Bragantino, que endureceu a partida e segurou o 0 a 0 nesta quinta-feira (23).
Com um ponto somado cada um, os dois agora se concentram para entrar em campo apenas na segunda-feira. E justamente contra times que se enfrentaram na abertura do campeonato. Enquanto o Alvinegro da baixada encara o Guarani, fora de casa, a equipe de Bragança Paulista recebe a Inter de Limeira.
O jogo
Logo que a bola rolou, Santos e Red Bull Bragantino não demoraram a mostrar o motivo de serem dois times com grande expectativa para 2020. Mostrando esquemas de jogo definidos e grande qualidade técnica, as equipes fizeram um primeiro tempo de alto nível. Porém, talvez pelo equilíblio, as chances de gol foram poucas. No melhor momento da primeira etapa, Carlos Sánchez mostrou categoria ao arriscar um chute cruzado de três dedos. A bola passou perto do gol de Júlio César.
O primeiro tempo de equilíbio obrigou o estreante técnico Jesualdo Ferreira a mexer no time da casa. Para isso, logo no início da segunda etapa entraram Raniel e Arthur Gomes. A primeira boa chance do time foi aos 16, em chute de longe de Pará. Júlio César espalmou para escanteio.
A partir daí, o Bragantino foi quem passou a ter as melhores chances. Aos 20, Artur puxou contra-ataque e encontrou Ytalo. O camisa 9 tabelou com Thonny Anderson e ficou na cara do gol. Na finalização, ele tentou tirar Everson, que conseguiu fazer a defesa.
Poucos minutos mais tarde, Thonny Anderson voltou a dar boa bola para Ytalo. Dessa vez, porém, ele parou no travessão.

As duas equipes voltaram a criar chances, mas não conseguiram tirar o 0 a 0 do placar.
SANTOS X RED BULL BRAGANTINO
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data-Hora: 23 de janeiro de 2020, às 19h15
Árbitro: Raphael Claus (SP) 
Assistentes: Risser Jarussi Correa (SP) e Evandro de Melo Lima (SP)
Cartão Amarelo: Carlos Sánchez (Santos) Ligger; Edimar; Barreto; Artur (RB Bragantino)
Público e renda: 12.412 / R$ 511.705,00
SANTOS: Everson; Pará, Luan Peres, Luiz Felipe e Felipe Jonatan; Alison, Diego Pituca e Carlos Sánchez; Marinho (Derlis González
29' 2ºT), Eduardo Sasha (Arthur Gomes 17' 2ºT) e Kaio Jorge (Raniel-Intervalo). Técnico: Jesualdo Ferreira
RED BULL BRAGANTINO: Júlio César; Aderlan, Léo Ortiz e Ligger e Edimar; Uillian Correia, Barreto (Vitinho 42' 2ºT), Claudinho (Morato 37' 2ºT) e Bruno Tubarão (Thonny Anderson 19' 2ºT); Artur e Ytalo. Técnico: Vinícius Munhoz
POR: R7



Rally da Safra: rendimento da soja precoce melhora no médio-norte e oeste de MT


Crédito: Divulgação


Lavoura de soja (Crédito: Divulgação)

Estadão Conteúdo

São Paulo, 23 – A primeira etapa do Rally da Safra observou rendimentos da soja precoce melhores do que os do ano anterior no médio-norte e oeste de Mato Grosso na semana passada (de 13 a 17 de janeiro), disse o coordenador da Equipe 1 e analista da Agroconsult, Fabio Meneghin, em vídeo oficial do Rally divulgado na página do evento. Segundo Meneghin, algumas áreas dessas duas regiões enfrentaram problema de falta de chuva no plantio, mas as lavouras se recuperaram com boas precipitações ao longo do ciclo. Nas primeiras colheitas da soja precoce, foi possível observar “grandes produtividades”.
“Os produtores, de forma geral, estão colhendo lavouras entre 10% e 15% acima do início da safra do ano passado”, disse Meneghin, no vídeo. Algumas áreas chegaram a ter falta de chuva também no desenvolvimento. Em Lucas do Rio Verde, 150 mil a 200 mil hectares enfrentaram “um bolsão de seca”, mas isso não teve tanto efeito sobre o desempenho das lavouras, segundo o analista. Meneghin relatou pouca incidência de pragas, com exceção de alguns ataques de percevejos e lagartas Spodoptera, e doenças bem controladas.
No que tange ao milho e ao algodão, o coordenador da Equipe 1 destacou que produtores visitados pelo Rally estavam inicialmente receosos quanto ao calendário de plantio da safrinha. “Mas, no fim desse ciclo, nós tivemos um tempo um pouco mais seco. Produtores conseguiram dessecar as lavouras, e o dessecante acabou funcionando num tempo menor”, apontou o analista, no vídeo. “Isso ajudou a antecipar um pouco o ciclo das lavouras, e, com isso, os produtores foram abrindo mais calendário em relação ao previsto inicialmente para o plantio do algodão e do milho safrinha.” A dessecação da soja, com uso de herbicida, é uma prática usada para uniformizar a área da soja, controlar plantas daninhas e antecipar a colheita.
Conforme Meneghin, produtores das áreas visitadas durante o Rally relataram maior intenção de plantio da safrinha de milho este ano em virtude do bom momento do mercado. “A gente está vendo preços realmente muito bons em Mato Grosso com as novas indústrias de etanol mudando um pouco da perspectiva de mercado que a gente tinha antes, que era mais ligada à paridade de exportação”, disse no vídeo. “A gente vê hoje os produtores aumentando a área plantada de milho safrinha, inclusive até acima do planejado inicialmente, e o investimento nessas lavouras.” Segundo ele, produtores das duas regiões visitadas pela Equipe 1 estão optando por híbridos simples e incremento na adubação média.
A segunda equipe do Rally da Safra vai a campo entre 27 e 31 de janeiro para verificar as condições das lavouras de soja nas regiões sudeste de Mato Grosso, sudoeste de Goiás e norte de Mato Grosso do Sul. Segundo nota da Agroconsult, a chuva demorou para cair em Goiás e, quando o clima se normalizou, produtores aceleraram o plantio. “Houve atraso, mas boa parte dos produtores conseguiu plantar na janela mais adequada. As lavouras de soja precoce estão com um bom desenvolvimento até o momento”, disse o coordenador da Equipe 2, André Debastiani, na nota. Em Mato Grosso do Sul, os veranicos em novembro também atrasaram o plantio da soja mas, após a regularização do clima, as lavouras recuperaram o potencial e a expectativa é de elevação da produtividade em 10,8% ante 2018/19, chegando a 55,8 sacas/hectare, conforme a consultoria.
A 17ª edição do Rally terá 11 equipes, das quais nove avaliarão as lavouras de soja até o mês de março e três irão a campo entre maio e junho para verificar as áreas de milho segund
por: Dinheiro RURAL