quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Neymar joga bem, dá 'passe de bumbum' e PSG se garante na final



Brasileiro participou dos três gols de sua equipee foi o melhor em campo na vitória para cima do Reims. Clube pegará o Lyon na decisão da Copa da Liga

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Neymar comemora classificação do PSG à final da Copa da Liga

Neymar comemora classificação do PSG à final da Copa da Liga

Lance
O Paris Saint-Germain vai decidir a Copa da Liga Francesa. Nesta quarta-feira, o time parisiense venceu o Reims, por 3 a 0, e está na final. Com gols de Marquinhos, Konan (contra) e Kouassi, a equipe de Thomas Tuchel se classificou. Neymar não marcou, mas participou dos três gols. O Lyon será o oponente na decisão.
POR:LANCE

Lei anticrime entra em vigor e pena máxima vai a 40 anos; veja regras



Tempo de cumprimento foi uma das alterações de projeto da Câmara que aproveitou sugestões de Moro; texto muda saidinhas e progressão de pena

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Penitenciária federal de segurança máxima em Catanduvas (PR)

Penitenciária federal de segurança máxima em Catanduvas (PR)

ESTADÃO CONTEÚDO
A Lei Anticrime entra em vigor nesta quinta-feira (23) e endurece parte das regras da legislação penal no país. Ela traz novidades como o aumento do tempo máximo de cumprimento de pena de 30 para 40 anos, o fim das saidinhas das penitenciárias por quem cometeu crime hediondo com morte de vítima e a criação de um banco multibiométrico e de impressões digitais, que vai manter registrados dados dos criminosos, como íris, face e voz.
O projeto foi sancionado em dezembro pelo presidente Jair Bolsonaro após ser aprovado pelo Congresso. O texto foi criado por um grupo de trabalho de deputados que analisaram durante o ano o projeto anticrime apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e de outro projeto elaborado por Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Os parlamentares também contribuíram com sugestões próprias.
Moro, que teve sugestões barradas

Moro, que teve sugestões barradas

FREDERICO BRASIL/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 05/12/2019
As regras que endurecem penas ou pioram a condição dos condenados só valerão para crimes cometidos a partir desta quinta. Isso porque a Constituição determina que a legislação penal só retroage quando beneficia o réu. Já as alterações na execução penal, quando não pioram a situação dos condenados, serão aplicadas para todos.
Um dos pontos polêmicos é a criação do juiz de garantias, medida que determina que dois juízes acompanharão parte dos processos no país, sendo um para a fase de instrução do processo, para obtenção de provas, e outro para o julgamento em si. Defensores afirmam que isso traz mais isenção, enquanto os críticos apontam que a medida pode beneficiar corruptos e que não há estrutura para implantar a medida no Judiciário brasileiro. No último dia 15, o presidente do STF, Dias Toffoli, suspendeu a criação do juiz de garantias por seis meses para que a implantação seja melhor estudada.
Nesta quarta-feira (22), o vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, suspendeu por tempo indeterminado a implantação da figura do juiz de garantia. A decisão irá valer até que o plenário do STF decida as novas regras.
Veja abaixo algumas das regras do projeto anticrime:
Aumento do período máximo de cumprimento de pena
Aumenta de 30 para 40 anos o tempo máximo de prisão permitido no país. O Código Penal determina que quando uma pessoa sofre condenação por período superior, a pena deve ser ajustada para não ultrapassar esse período. Esse período apenas será alcançado com a soma de penas, já que individualmente a legislação prevê penas máximas de até 30 anos para crimes como homicídio qualificado e extorsão mediante sequestro com morte de vítima.
Endurecimento de penas
Alterações no Código Penal permitirão aumento de penas para diversos crimes, como crescimento da pena para roubos. A pena, que é de até 10 anos, pode crescer a metade em caso de uso de arma branca ou até dobrar se o ato violento for cometido com arma de uso restrito.
Crimes hediondos
Amplia o rol de crimes considerados hediondos, incluindo roubo que resulta em lesão corporal grave da vítima e o furto com explosivo
Prescrição
O período em que tramitarem recursos em tribunais superiores, quando considerados inadmissíveis, não contará prazo para prescrição da pena. Outras regras também precisam ser atendidas para que isso ocorra.
Saída temporária
Veta 'saidinhas' para presos do regime semiaberto que tenham sido condenados por crime hediondo resultante em morte de vítima. Segundo advogados ouvidos pelo R7, a medida só vale para autores de crimes cometidos a partir desta quinta.
Legítima defesa
Passa a considerar também legítima defesa situação em que agente repele agressão ou risco de agressão à vítima mantida refém.
Progressão de regime
Altera a lei de execução penal para endurecer a progressão, especialmente para crimes mais graves. Pelas novas regras, os presos em geral não vão cumprir mais só um sexto da pena até estar apto para a progressão.
Agora, réu primário que tiver cometido crime sem violência poderá ser transferido após cumprir 16% da pena. Já os reincidentes em crimes hediondos com morte, caso mais grave, poderão solicitar progressão apenas após cumprimento de 70% da pena. Veja outros períodos mínimos de cumprimento de pena para progressão:
- 20%, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça
- 30%, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça
- 40%, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário
Banco Nacional de Perfil Balístico
Criação do Banco Nacional de Perfil Balístico, que pretende organizar a coleta de dados e o armazenamento de perfis balísticos de armas e munição para facilitar o esclarecimento de crimes.
Prisão de segurança máxima
Previsão de que a inclusão de preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima será excepcional e por prazo determinado de três anos, renováveis por igual período. A regra anterior previa prazo de 1 ano, podendo ser renovado excepcionalmente.
Estados poderão construir ou adaptar imóveis ao sistema.
Banco genético e impressões digitais
O prazo para a exclusão de perfis genéticos de condenados, hoje inexistente, passaria a ser de 20 anos após o cumprimento da pena. Cria o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais para registro de dados de criminosos, como íris, face e voz.
RDD (Regime Disciplinar Diferenciado)
O RDD passa a incluir a possibilidade de monitoramento de vídeo e áudio das reuniões entre presos e advogados, com autorização judicial.
Assista à íntegra da entrevista com especialista no tema
DO R7

Após denúncia do Ministério Público, relator de CPI cobra instalação de observatório sobre Brumadinho



Deputado Rogério Correia lamenta que, às vésperas do primeiro ano da tragédia, ainda não houve condenação definitiva de responsáveis
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Rogério Correia: existem pelo menos mais 20 barragens com risco iminente de rompimento
O deputado Rogério Correia (PT-MG) elogiou a denúncia do Ministério Público que apontou homicídio doloso e crimes ambientais da mineradora Vale, da empresa alemã Tüv Süd e de 16 pessoas envolvidas no rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG).
Correia foi o relator da comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que, em novembro, aprovou por unanimidade a sugestão de indiciamento das duas empresas e de 22 pessoas pelo crime socioambiental que deixou 270 vítimas, entre mortos e desaparecidos.
“Já era esperado que o Ministério Público iria na mesma linha que nós fomos na CPI. Primeiro, porque trabalhamos em conjunto e somos parceiros na apuração dos fatos. Em segundo lugar, porque ficou muito claro que tanto a Vale quanto a Tüv Süd agiram em conluio e sabiam do risco iminente de rompimento da barragem de Fundão: a barragem estava doente pelo menos desde 2017, e a situação foi se agravando”, disse o deputado. “Também ficaram muito claras as responsabilidades individuais, em especial a do ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman”, declarou.
relatório final da CPI de Brumadinho também sugere a instalação de um observatório permanente com foco na prevenção e reparação de danos. O órgão seria integrado por Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Federal, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Câmara dos Deputados, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e outros órgãos que investigam o crime socioambiental.
“Existem pelo menos mais 20 barragens com risco iminente de rompimento. Então, sugerimos a criação do observatório permanente para acompanhar tanto as ações relativas à recuperação das pessoas e do meio ambiente de Brumadinho e de Mariana quanto dessas outras barragens que também correm risco. Ficou ao encargo do Ministério Público marcar uma primeira reunião para nós inaugurarmos esse observatório permanente”, disse Correia.
Investigações
A denúncia do Ministério Público, apresentada na terça-feira (21), concluiu quase um ano de investigações conduzidas com a ajuda da Polícia Civil de Minas Gerais. O rompimento da barragem de Brumadinho ocorreu no dia 25 de janeiro de 2019, na hora do almoço. A maior parte dos 270 mortos estava em refeitórios da Vale localizados logo abaixo da barragem.
Os 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro percorreram quase 80 km e atingiram o rio Paraopeba. Os danos ambientais ainda são incalculáveis.
Felipe Werneck/Ibama
Lama que vazou de barragem da Vale causou mortes e provocou danos ambientais
Às vésperas do primeiro ano da tragédia, Rogério Correia lamenta que ninguém tenha sido definitivamente condenado pela Justiça. O deputado espera que o quadro se reverta agora, a partir da denúncia formal.
“Esta fase agora nos permite, em conjunto com o Ministério Público e com a sociedade, pressionar a Justiça para ter celeridade no julgamento. Claro, queremos que se tenha julgamento justo, mas que a Justiça seja célere e rápida e que esse procedimento não acabe em pizza nem se renda às pressões econômicas que a Vale e outras mineradoras possuem aqui no nosso país”, afirmou o deputado.
Projetos de lei
Também para acelerar as soluções para o caso, o relator da CPI de Brumadinho pede que, na volta dos trabalhos legislativos em fevereiro, o Senado conclua a tramitação de quatro projetos de lei já aprovados pela Câmara. As propostas tratam de ecocídio (PL 2787/19), direito das populações atingidas por barragens (PL 2788/19), maior rigor na política nacional de segurança de barragens (PL 2791/19) e reforço das ações de defesa civil antes do início dos empreendimentos de mineração (PL 2790/19).
O presidente da CPI, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), também elogiou a denúncia do Ministério Público e disse esperar rapidez na responsabilização dos culpados. “Não fizemos um trabalho concorrente, mas sim um trabalho complementar. Tenho certeza de que a apuração da CPI ajudou a denúncia do Ministério Público, assim como o Ministério Público, em todo momento, nos ajudou com suas informações”, afirmou.
Reportagem – José Carlos Oliveira
Edição – Pierre Triboli   Agência Câmara Notícias'.








Apostadores de loterias podem ter identificação obrigatória




Da Redação |Agência Senado

As apostas de loterias da Caixa Econômica Federal podem passar a ser identificadas com o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do apostador. É o que prevê o PL 3.972/2019, em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). A intenção é evitar que as loterias sejam usadas como meio para a lavagem de dinheiro.
“Não é novidade que os prêmios de loterias vêm sendo utilizados como instrumento para lavagem de dinheiro no Brasil. Essa prática, que já foi objeto de uma série de investigações por parte de diferentes autoridades, ainda não foi devidamente combatida. Precisamos restringir essa possibilidade de lavagem de dinheiro”, afirmou o autor do texto, senador Roberto Rocha (PSDB-MA).
De acordo com o projeto, a identificação do apostador passa a ser obrigatória, assim como a de quem for receber o prêmio. Caso os CPFs sejam diferentes, ambos deverão ser identificados e o sacador precisará apresentar uma justificativa para substituir o apostador original. Tanto as identificações quanto a justificação serão enviadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Nesses casos, os prêmios só poderão ser retirados depois de 30 dias corridos da apresentação do bilhete premiado junto à Casa Lotérica, para que o conselho tenha tempo de analisar o caso e faça uma investigação, se achar necessário.
O texto tem como relator o senador Rogério Carvalho (PT-SE).  A decisão da comissão é terminativa. Isso significa que o projeto, se aprovado, poderá ir direto para a Câmara dos Deputados, se não houver recurso para que seja analisado em plenário.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Senador sugere reconhecimento facial em aeroportos, estádios e outros pontos estratégicos




Rodrigo Baptista | Agência Senado
A instalação de câmeras de reconhecimento facial para facilitar a identificação de foragidos e investigados por crimes em pontos estratégicos como aeroportos e rodoviárias pode ganhar força no Brasil. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisa um projeto do senador Acir Gurgacz (PDT-RO) que obriga a União a financiar esse sistema de câmeras inteligentes que detectam quem é a pessoa da imagem captada.
Conforme o PL 6.197/2019, as câmeras também deverão ser instaladas em estações de trem e de metrô, estádios e ginásios de esportivos; além de postos de pedágio e de fronteiras. O projeto, que ainda aguarda escolha de relator, também permite o uso dessa tecnologia em outros pontos estratégicos de municípios com mais de 500 mil habitantes. Segundo o autor da proposta, é necessário aprimorar os instrumentos para a persecução criminal.
“Investigados por crimes graves como homicídios, estupros e latrocínios, quando não presos em flagrante delito, podem andar livremente, uma vez que a nossa capacidade de identificar e prender essas pessoas é muito limitada, dados os escassos recursos das agências policiais. Câmeras de vídeo instaladas em locais estratégicos, de grande fluxo de pessoas, igualmente são hábeis a identificar muito rapidamente esses investigados”, defende o senador.
O PL também reforça a coleta dos padrões de face, de íris e de voz de presos condenados ou provisórios, medida prevista no pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, sancionado no final do ano passado como Lei 13.964/2019. A norma, aprovada em dezembro pelo Senado, determina a criação do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais para armazenar dados de registros biométricos para subsidiar investigações criminais.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Normas de segurança bancária poderão ser federalizadas




Da Redação | Agência Senado

Está pronta para votação em Plenário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2018, do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que federaliza as regras para a segurança bancária e para o transporte de valores. Pelo texto, somente a União poderá definir as regras de funcionamento e da segurança das instituições financeiras e do transporte de valores, assim como caberá ao Congresso, com sanção presidencial, regulamentar serviços, funcionamento e segurança de estabelecimentos bancários.
A iniciativa atende uma reivindicação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com apoio do Sindicato dos Bancários. Segundo eles, o emaranhado de regras distintas nos estados e municípios brasileiros acaba enfraquecendo a segurança bancária. Por isso é necessária a uniformização dessas ações por norma federal.
Com a federalização, normas como uso de vidros blindados nas fachadas das agências, presença de vigilantes no autoatendimento após o expediente bancário, proibição de uso de celulares e outros temas, que hoje seguem regras distintas nas cidades brasileiras, serão sistematizadas.
“A segurança pública é tema de extrema relevância e fonte direta de preocupação para toda a população, que anseia por soluções para esse drama que aflige a todos. Assim, a federalização da legislação relacionada à segurança privada, nela inserida a bancária, permitirá que o tema seja tratado com mais racionalidade, facilitando a padronização de produtos, serviços, rotinas, processos, instalações e equipamentos aptos a produzir efeitos concretos, com um mínimo de falhas e impactos negativos”, argumenta Davi.
O relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Major Olimpio (PSL-SP), disse que a falta de previsão constitucional atribuindo competência privativa para a União legislar sobre segurança bancária levou à criação desse emaranhado de leis estaduais e municipais que versam sobre o tema.
“Embora tenhamos um grande número de leis, a segurança não vem aumentando; ao contrário, temos visto grande número de ataques a bancos, carros-fortes e caixas eletrônicos”, observa no relatório. Major Olimpio apresentou emenda apenas para ajustar a redação da proposta.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

Um novo destino para o Parque Urbano da Vila Planalto




Administração Regional do Plano Piloto assume o local e planeja ações para evitar invasões e depósitos de entulho. Criação da Vila Frutas provocou a mudança

Casados, Claudismar Zupiroli e Abadia Alves cuidam das plantas e impedem o abandono do local | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília
Localizado numa das áreas mais nobres de Brasília, o Parque Urbano da Vila Planalto vive um novo momento. Com uma área de pouco mais de 120 hectares e  vizinho ao centro do poder político nacional, o local foi transferido no final do ano passado à Administração Regional do Plano Piloto e, agora, deve finalmente ganhar um plano de ocupação.
Com o planejamento, o governo vai iniciar obras de infraestrutura e reforçar a limpeza, além de estimular iniciativas que visem o combate a invasões e a pontos de depósito de lixo e entulho. “É uma área que está precisando de um olhar mais cuidadoso e agora, sairá do abandono”, garante a administradora regional, Ilka Teodoro. “Inclusive, já destinamos parte do nosso orçamento para investir lá ainda neste ano”, adianta.
“É uma área que está precisando de um olhar mais cuidadoso e agora, sairá do abandono”Ilka Teodoro, administradora do Plano Piloto
Segundo Ilka, além do orçamento público haverá um empenho do governo em buscar parceiros para viabilizar as melhorias. “Neste momento estamos trabalhando na elaboração da minuta do plano de ocupação junto com a Seduh [Secretaria de Desenvolvimento Urbano] e o Brasília Ambiental”, detalha a administradora.

Vila Frutas

A transformação visual do local já está em curso com a chegada das primeiras mudas da Vila Frutas, uma iniciativa da comunidade que consiste no plantio de mais de 600 espécies de árvores frutíferas. “A administração cedeu o espaço e o Brasília Ambiental deu a licença”, explica o advogado Claudismar Zupiroli, que lidera o movimento.
Nos últimos dois finais de semana, ele, a esposa, Maria Abadia Alves, e outros dez moradores colocaram a mão na massa e iniciaram os plantios com a colocação de 300 mudas. A previsão é que sejam plantadas cerca de mil ramos de frutíferas ao todo. “Hoje já temos aqui pelo menos quatro tipos de jabuticaba, oito de araçá e uma centena de outras espécies exóticas”, comenta.
1.000 ramosde frutíferas serão plantados no parque
As mudas que já estão no chão fazem parte das doações dos viveiros da Administração do Lago Norte e do ParkWay, além de outras espécies que foram adquiridas pela própria comunidade. “Nossa ideia é fazer daqui um pomar representativo de frutas nativas brasileiras. E também de frutas raras, que muita gente não conhece.”
A administradora regional do Plano Piloto diz acreditar que a iniciativa é o pontapé inicial para novas parcerias e a “manutenção saudável do espaço”. “Além de cuidar da área, o pomar vai transformar aquele local em um ponto de encontro e lazer das famílias. Pode até mesmo ser mais um atrativo para o turismo gastronômico da Vila”, avalia Ilka Teodoro.
Mudas de limão imperial foram plantadas há cerca de duas semanas | Foto: Acácio Pinheiro / Agência Brasília

História

Vizinho do Palácio do Jaburu e do Palácio da Alvorada, o Parque Urbano da Vila Planalto foi criado em 2003, com objetivo de manter a conservação da vegetação nativa do Cerrado e proporcionar atividades de educação ambiental para a comunidade. Mas indefinições quanto à responsabilização do terreno dificultaram a definição de atribuições, deixando apenas no papel a finalidade protetiva da área.
A área do parque compreende uma extensão de mais de 126 hectares. “A gente orienta a população e pede para não jogarem lixo, mas não podíamos fazer muita coisa, porque a área até então não era nossa”, arremata Ilka Teodoro.
POR AGÊNCIA BRASÍLIA