quarta-feira, 29 de maio de 2019

Incêndio em estação da CEB deixa 17 mil imóveis de Brasília sem energia elétrica

DF
Companhia investiga causas do acidente. Apagão atingiu Hospital Regional da Asa Norte e Hemocentro; consultas ambulatoriais foram desmarcadas, diz Secretaria de Saúde.
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FOTO: REPRODUÇÃO G1
Um incêndio atingiu uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB), na Asa Norte, e deixou 17.007 imóveis sem energia na manhã desta quarta-feira (29). A interrupção foi por volta das 9h e, segundo a CEB, há previsão é de que o serviço seja retomado às 18h.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter as chamas. A fumaça podia ser vista de longe e chegou a ultrapassar a altura do Estádio Mané Garrincha. De acordo com os militares, não há feridos. O trabalho de resfriamento do local foi finalizado às 10h.
Incêndio atinge subestação da CEB na Asa Norte, em Brasília — Foto: Maria Ferreira/G1Incêndio atinge subestação da CEB na Asa Norte, em Brasília — Foto: Maria Ferreira/G1Incêndio atinge subestação da CEB na Asa Norte, em Brasília — Foto: Maria Ferreira/G1

Transtornos

O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e a Fundação Hemocentro de Brasília foram atingidos pela queda de energia. Em nota, a Secretaria de Saúde informou que todas as consultas ambulatoriais do Hran previstas para esta quarta foram suspensas.
A pasta indicou que os pacientes devem aguardar o contato dos servidores da unidade. Segundo a secretaria, o pronto-socorro, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o centro cirúrgico do Hran "estão em pleno funcionamento, com fornecimento de energia feita pelo gerador da unidade".
Além dos centros de saúde, órgãos públicos, hotéis e shoppings enfrentaram o apagão (veja lista abaixo).
  • Hemocentro
  • Hran
  • Edifício de Clínicas
  • Setor Hoteleiro Norte
  • Conjunto Nacional Brasília
  • Brasília Shopping
  • Shopping ID
  • Edifício Varig
  • Liberty Mall
  • Central Park
  • Setor de Rádio e TV Norte
  • Centro Empresarial Norte
  • Monumental Residence
  • Quadras 102 a 104; 202 a 204; 302 a 304; e 402 a 404
Por causa da falta de energia, 13 semáforos da Asa Norte ficaram intermitentes e motoristas enfrentaram congestionamento nas principais vias da região.
Agentes de trânsito Detran começaram a fazer o controle de tráfego na região e nos cruzamentos das vias N2 e N3 com a W3 Norte, e na via W5.

Causas do incêndio

Equipes de manutenção da CEB foram ao local, que fica próximo à 5ª Delegacia de Polícia, para averiguar as causas do acidente. Por volta das 10h20, integrantes da administração da companhia conseguiram acessar a subestação.
O presidente da CEB Holding (conglomerado que reúne todas as estruturas administrativas da empresa pública), Edison Garcia, disse que o suposto aquecimento de um produto teria causado o incêndio.
"Houve um aquecimento de combustível, do óleo que resfria o transformador, aí pegou fogo. Mas rapidamente os bombeiros vieram e controlaram as chamas."

Bombeiros resfriam transformador de subestação da CEB, em Brasília, que pegou fogo
G1 DF
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Bombeiros resfriam transformador de subestação da CEB, em Brasília, que pegou fogo
O governador do DF exercício, Paco Britto (Avante), esteve na região do acidente e afirmou ao G1 que um laudo será feito entre os bombeiros e a companhia para confirmar a suspeita apontada pelo presidente da CEB Holding.
"Essa subestação já tem dado alguns problemas internos. Vamos fazer esse laudo para saber o que realmente aconteceu."
Segundo Garcia, a CEB faz vistorias permanentes em todas as instalações e que nenhum problema teria sido constatado nas últimas vistorias. A subestação atingida pelas chamas foi construída em 1973 e tem três transformadores de energia.
"A CEB tem feito um acompanhamento histórico em todo o seu parque de distribuição. O que se relata é que, em um passado distante, essa subestação teve problemas, mas foram feitas as manutenções."
Fogo atinge subestação da CEB na Asa Norte, em Brasília — Foto: Flávia Alvarenga/TV GloboFogo atinge subestação da CEB na Asa Norte, em Brasília — Foto: Flávia Alvarenga/TV GloboFogo atinge subestação da CEB na Asa Norte, em Brasília — Foto: Flávia Alvarenga/TV Globo
O capitão do Corpo de Bombeiros Souza Mendes disse que o prédio da CEB, na Asa Norte, não sofreu danos estruturais. "Ele está intacto, já que os transformadores ficam em caixotes de concreto." A Defesa Civil foi chamada para vistoriar a construção.
Leia mais notícias sobre a região no G1 DF.

Ministério Público mantém interditado galpão onde fumacê era produzido no DF

DF
Segundo órgão, condições no local são precárias. Serviço está suspenso há duas semanas.

   Carro do fumacê da Vigilância Sanitária do DF — Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
O Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT) manteve interditado o galpão onde era preparado o fumacê – mistura que inibe a proliferação do mosquito da dengue – no Distrito Federal. O composto era espalhado na capital em carros da Secretaria de Saúde, mas o serviço foi suspenso após a interdição pelo MPT.
Nesta segunda-feira (27), o órgão enviou nova notificação à pasta. Segundo o Ministério Público, a documentação apresentada pela Secretaria de Saúde para tentar liberar o espaço “não é minimamente suficiente para liberar a atividade, nem sequer para ensejar nova visita in loco”.
Trecho de notificação enviada pelo MPT à Secretaria de Saúde do DF — Foto: ReproduçãoTrecho de notificação enviada pelo MPT à Secretaria de Saúde do DF — Foto: ReproduçãoTrecho de notificação enviada pelo MPT à Secretaria de Saúde do DF — Foto: Reprodução
O relatório do MPT afirma ainda que a pasta não apresentou esclarecimentos quanto à qualificação dos profissionais que atuam no local, nem sobre a higienização do espaço, entre outras falhas. Por isso, o órgão dá prazo de 48 horas para que a Saúde apresente novos documentos, caso queira liberar a utilização do local.
Ao G1, a Secretaria de Saúde informou que "as exigências feitas foram atendidas. A documentação complementar solicitada será entregue ao Ministério Público do Trabalho nas próximas horas".

Interdição

A interdição do galpão ocorreu há cerca de duas semanas. Após uma vistoria no local, o MPT encontrou uma série de irregularidades. O produto era feito de forma improvisada, no fundo de uma garagem da Administração Regional de Taguatinga (entenda abaixo).
Tonéis de inseticida em galpão improvisado na administração regional de Taguatinga, no DF, onde o fumacê contra dengue era preparado — Foto: TV Globo/ReproduçãoTonéis de inseticida em galpão improvisado na administração regional de Taguatinga, no DF, onde o fumacê contra dengue era preparado — Foto: TV Globo/ReproduçãoTonéis de inseticida em galpão improvisado na administração regional de Taguatinga, no DF, onde o fumacê contra dengue era preparado — Foto: TV Globo/Reprodução
No local, inseticidas vencidos eram misturados a venenos ainda dentro da validade, segundo a inspeção do Ministério Público.
Tudo era feito em cima de uma bancada improvisada e os funis eram, na verdade, galões de água cortados. Sujeira e falta de ventilação também integravam o cenário.
A vistoria do MP deu conta, ainda, de que o manuseio do venenos e a borrifação nas ruas eram feitos por trabalhadores sem qualificação técnica comprovada.

Epidemia de dengue

número de casos de dengue disparou no Distrito Federal neste ano. Segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde na segunda (27), 21 pessoas já morreram por conta da doença nos primeiros cinco meses de 2019.
Casos de dengue disparam no DF — Foto: Acácio Pinheiro/Agência BrasíliaCasos de dengue disparam no DF — Foto: Acácio Pinheiro/Agência BrasíliaCasos de dengue disparam no DF — Foto: Acácio Pinheiro/Agência Brasília
Ao todo, foram registradas 21.360 notificações de dengue, sendo 18.649 de casos prováveis da doença. Do total, 31 foram considerados extremamente graves pela secretaria e 309 com "sinais de alarme".
No mesmo período de 2018, foram confirmados dois casos graves e um óbito por dengue.

Após falha no Metrô-DF, passageiros quebram vidros e invadem trilhos

DF
Energia precisou ser desligada. Problema foi entre estações Concessionária e Praça do Relógio; trens ficaram parados durante 90 minutos.
Por G1 DF
Trilhos precisaram ser desenergizados para que 
os passageiros descessem — Foto: Arquivo pessoal
Passageiros do Metrô do Distrito Federal quebraram vidros de um trem, no final da tarde desta terça-feira (28), após o vagão apresentar falha elétrica. O problema foi entre as estações Praça do Relógio e Concessionárias.
Os passageiros desceram dos vagões e saíram caminhando pelos trilhos. A energia precisou ser desligada. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados.
Passageiros desceram dos vagões e saíram caminhando pelos trilhos — Foto: Arquivo pessoalPassageiros desceram dos vagões e saíram caminhando pelos trilhos — Foto: Arquivo pessoalPassageiros desceram dos vagões e saíram caminhando pelos trilhos — Foto: Arquivo pessoal
Ao G1, a assessoria do metrô, informou que a falha aconteceu por volta de 17h30. Os trens no sentido Ceilândia ficaram parados cerca de 90 minutos. A operação só foi retomada por volta das 19h.
Os funcionários do Metrô estão em greve desde o dia 2 de maio. Apenas 30% dos trens circulam na maior parte do dia. Em horários de pico, o quantitativo sobe para 75%.
Vidro de vagão do Metrô-DF foi quebrado após pane em um trem, nesta terça-feira (28) — Foto: Arquivo pessoalVidro de vagão do Metrô-DF foi quebrado após pane em um trem, nesta terça-feira (28) — Foto: Arquivo pessoalVidro de vagão do Metrô-DF foi quebrado após pane em um trem, nesta terça-feira (28) — Foto: Arquivo pessoal

Greve do Metrô

A pane acontece no 27ª dia de paralisação dos funcionários do Metrô. A categoria entrou em greve no dia 2 de maio.
Apenas 30% dos trens circulam na maior parte do dia. Em horários de pico, o quantitativo sobe para 75%.
De acordo com o sindicato, os metroviários reivindicam o cumprimento de sentenças judiciais que ainda não foram cumpridos pela empresa. Entre elas, estão o reajuste dos salários dos servidores pelo INPC e a manutenção do acordo coletivo de trabalho que venceu em abril.
O governo diz que ofereceu 4,67% no auxílio-alimentação e no ressarcimento do auxílio-saúde, mas não fala em reajuste de salário. A proposta do Metrô-DF sugere ainda a manutenção, até 2020, dos termos do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) fechado em 2017 e que vence no dia 31 de maio.