sábado, 18 de maio de 2019

MPF discute ações contra intolerância religiosa na Baixada Fluminense

Publicado em 18/05/2019 - 16:17
Por Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
O Ministério Público Federal (MPF) organiza uma reunião aberta, em 30 de maio, para discutir com o governo do estado do Rio de Janeiro e o município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, medidas de combate à intolerância religiosa. Entre elas, estão ações de valorização da cultura africana e afro-brasileira nas escolas, a imunidade tributária a terreiros, acolhimento das vítimas e a repressão a grupos criminosos que atacam sacerdotes, terreiros e adeptos de religiões afro.
O evento é um desdobramento da audiência pública realizada em 6 de maio. Na ocasião, o governo do estado já se comprometeu com o MPF a financiar um serviço de atendimento de orientação jurídica e psicossocial, em parceria com a prefeitura, por meio da Secretaria de estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
O MPF tem inquérito civil público aberto para investigar a intolerância religiosa em Nova Iguaçu, um dos municípios que mais registraram episódios de violência no estado nos últimos anos, segundo dados da própria Secretaria de Direitos Humanos. No último domingo (12), Dia das Mães, um terreiro de candomblé, aberto há 15 anos no bairro Parque Flora, pela terceira vez foi invadido. Traficantes, apontados por frequentadores como os invasores, fizeram um churrasco no local. Antes, em março, eles já tinham pichado a frase “Jesus é dono do lugar” e destruídos objetos.
O episódio não é um caso isolado. O crime organizado nos bairros mais pobres de municípios da Baixada, somado à intolerância, tem se tornado uma ameaça à liberdade religiosa, afirmam lideranças ouvidas pela Agência Brasil. Por causa desses ataques, no fim de 2018, o então Ministério de Direitos Humanos chegou a divulgar Nota Pública de Repúdio, denunciando agressões feitas pelos “traficantes jesus”, identificados como neopentecostais.

Ações coordenadas

Integrantes da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa participam de ato em solidariedade às vítimas de atentados no Brasil, Nigéria e França. Ao centro, o babalaô Ivanir dos Santos (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Ao centro, o babalaô Ivanir dos Santos - Fernando Frazão/Arquivo Agência Brasil
Ações coordenadas do Poder Público, em todas as esferas, são soluções apontadas para acabar com os ataques e enfrentar o preconceito, segundo o Relatório Intolerância Religiosa no Brasil, do Laboratório de História das Experiências Religiosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Estado do Rio (CCIR), lembra o babalaô Ivanir dos Santos, interlocutor da comissão.
“Um dos caminhos é a investigação dos casos pela Polícia Civil e campanhas que “deixem claro: a intolerância não será admitida”, acrescenta a ativista e ekedi do terreiro Ilê Omi Oju Arô, de Mãe Beata de Iemanjá, Lúcia Xavier.
“Antes, a religião era proibida, atacada pelo Estado, reprimida pela polícia. Alegavam que era reduto de marginais para reprimir. Ocorre que agora, nos últimos anos, essa intolerância tem a ver com os fundamentalistas de origem pentecostal e que encontram aquiescência do Estado”, afirmou.
Segundo Lúcia, que é também coordenadora da organização não governamental Criola, “a experiência institucionalizada, da violência contra os terreiros, indica que a não há preocupação do Estado em enfrentar verdadeiramente o racismo por trás dos ataques”.
Em Nova Iguaçu, outra forma de enfrentar os ataques, de acordo com os religiosos, é por meio da urbanização dos bairros pobres. A localização de terreiros, em áreas de difícil acesso, sem esgoto, iluminação ou pavimentação deixa os templos vulneráveis, afirma Roberto Braga, sacerdote do Lumujacarê Junçara. “Aqui, em volta de 90% das igrejas evangélicas e católicas, a rua é cuidada, não tem vala na porta, não tem esgoto, tem luz, tem jardim”, disse. “Queremos a mesma dignidade, até para a própria população não nos marginalizar. Não falo nem de asfalto porque, para asfalto chegar, vai demorar muito. Eu falo é de trator, de menos lama”.
Além de ampliar o atendimento a vítimas com apoio do governo do estado, nas audiências com o MPF, a prefeitura de Nova Iguaçu se comprometeu com ações de valorização dessas religiões. Entre elas, a organização de um cadastro das casas religiosas iguaçuanas – que chegou a ser feito em 2008, mas foi perdido, e a elaboração da lei municipal de isenção tributária.
O Ministério Público quer avançar ainda mais na cultura, antecipa o procurador da República responsável pelo caso, Julio José Araújo. “Na cultura, infelizmente, [o diálogo] está frágil, a pasta está pouco solícita, julgando que a pauta é só de segurança”. De acordo com o procurador, no entanto, as medidas de combate à intolerância religiosa devem ser intersetoriais. “O MPF considera que, obviamente, devemos ter diálogo com a segurança pública, mas esse não pode ser um fator impeditivo para políticas públicas de outras áreas”.
O coordenador de patrimônio imaterial da Secretaria de Cultura de Nova Iguaçu, Geraldo Bastos, explica que o município “tem um componente mais problemático: os chamados traficantes jesus”, ligados a religiões neopentecostais. “Não é uma questão que conseguimos sozinhos resolver”, disse. “Sem o braço do governo do estado, esse problema, que atinge todo o Rio, não terá o devido tratamento”. Ele também pede envolvimento de outros seguimentos religiosos.
Na área de segurança, a aproximação é mais lenta, admite o coordenador de Promoção da Liberdade Religiosa, da Secretaria de Direitos Humanos do estado, o escritor Márcio de Jagun. “Esse é um setor bastante complexo porque é preciso identificar, em cada região, as áreas conflagradas, as peculiaridades dessa intolerância. Em Nova Iguaçu, por exemplo, os casos são extremamente violentos e envolvem, além do tráfico de drogas e milícias, a grilagem de terras”.
Em nota, a Polícia Militar (PM) disse que “os batalhões realizam o patrulhamento dinâmico, atendendo ocorrências e também o policiamento em locais onde a mancha criminal é acentuada”. Procurada, a Polícia Civil não respondeu à Agência Brasil até a divulgação desta matéria.
Como parte das atividades que discutem o impacto da intolerância na vida dos religiosos, está prevista para sexta-feira (24) uma oficina da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro). O evento será no Ilê Omolu Oxum, em São João de Meriti, também na Baixada Fluminense.
Para denunciar atos de intolerância religiosa, vítimas e testemunhas podem discar 100, serviço do governo federal que funciona 24 horas, ou (21) 2334-9550, número do Disque Combate ao Preconceito, vinculado ao governo do estado do Rio.
Interessados na reunião do MPF com gestores públicos podem se inscrever enviando e-mail para prrj-sjm-gaboficio3@mpf.mp.br ou pelo número (21) 2753-7918.
Edição: Graça Adjuto

Menores vítimas de violência sexual costumam mostrar sinais


Pais e professores devem estar atentos a mudanças de comportamento

Publicado em 18/05/2019 - 16:20
Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil  São Paulo
Crianças e adolescentes vítimas de violência sexual costumam demonstrar sinais ou apresentar mudanças comportamento, denotando que algo de grave ocorreu. Alguns dos sinais mais comuns são mudanças bruscas de comportamento sem causa aparente, atitudes agressivas ou regressivas, baixa autoestima, insegurança, comportamento sexual inadequado para a idade, busca de isolamento, evasão escolar, lesões ou hematomas sem explicação clara e perda ou excesso de apetite.
No entanto, a existência de um ou mais desses sinais nem sempre indica, com precisão, se essa criança sofreu algum tipo de abuso ou de exploração sexual. Cabem aos órgãos encarregados da investigação apurar e atestar se houve, de fato, a agressão.
“Geralmente as crianças têm mudanças bruscas de comportamento. Começam a ter medo de adultos, a urinar na cama. Passam a ficar muito tristes ou parecendo estar em depressão. Algumas delas se isolam, conversam menos com as pessoas, [se tornam] menos participativas. De repente, era uma criança que brincava bastante e deixa de brincar. Perde o apetite. Existem vários sinais. Se ela [a criança] mudou o comportamento corriqueiro de repente, é preciso identificar”, descreveu o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em direitos da criança e do adolescente e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo (Condepe).
“Ela pode se tocar mais, descobrir um local prazeroso”, citou ainda a professora e psicóloga Dalka Chaves de Almeida Ferrari, especialista em Violência Doméstica pelo Laboratório de Estudos da Criança da Universidade de São Paulo e coordenadora do Centro de Referência às Vítimas de Violência de São Paulo do Instituto Sedes Sapientiae.
Por isso, ressaltam os especialistas, pais e professores precisam sempre estar atentos a esses sinais e a eventuais mudanças no comportamento. “Muitas crianças começam a apresentar rebeldia na sala de aula ou a cometer atos de indisciplina. O desempenho escolar também pode cair bastante ou ela aparecer com marcas mais visíveis como hematomas e escoriações”, alertou Alves.
Ele lembrou que, em muitos casos, o papel do professor é importante na identificação da violência sexual infantil porque há muitas situações em que ela pode ocorrer dentro da própria casa da criança ou do adolescente. “Sempre os educadores precisam estar preparados e capacitados por profissionais qualificados para que possam atuar diante dessas situações”, disse o advogado.
Profissionais da área de saúde, destacou Alves, também precisam estar atentos. “Na vacinação ou em um atendimento com um pediatra ou consulta, o médico é obrigado a verificar se existem marcas de violência ou se a criança pode estar sofrendo algum tipo de abuso, violência ou exploração. Os professores também têm essa obrigação. Inclusive, a lei prevê punição para os profissionais de saúde e de educação que se omitem diante destes casos”, acrescentou.
O Ministério da Saúde classifica as violências contra crianças e adolescentes como “problemas de saúde pública e violação dos direitos humanos”, que “geram graves consequências nos âmbitos individual e social”, segundo um boletim epidemiológico divulgado no ano passado.
De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a violência sexual pode ocorrer de diversas formas. As mais comuns são o abuso sexual e a exploração sexual. O abuso acontece quando a criança ou adolescente é usado para satisfação sexual de uma pessoa mais velha. Já a exploração sexual envolve uma relação de mercantilização, onde o sexo é fruto de uma troca – financeira, de favores ou presentes.
Para a Childhood Brasil, instituição criada pela Rainha Silvia, da Suécia, em 1999, reconhecer situações de violência sexual é importante “para que se possa dar encaminhamento adequado para as vítimas e seus familiares e responsabilizar o agressor. O objetivo disso é o enfrentamento da situação e a amenização do trauma e das consequências sociais, psicológicas e físicas decorrentes dessa violação de direitos”, alerta a organização, em seu site.

Diálogo

O diálogo dentro de casa ajuda o menor a falar sobre o problema ou a identificar os abusos e a violência da qual podem estar sendo vítimas. Crianças e adolescentes que conversam com os pais, educadores ou responsáveis abertamente têm maior proteção contra eventos violentos.
“É necessário que os pais tenham essa dedicação, de conversar com a criança sobre o corpo e mostrar os pontos vulneráveis e perigosos. E que ela [a criança] sempre tenha confiança em alguém da família ou eleger alguém de confiança para quem ela possa pedir ajuda”, explicou Dalka.
Ao perceber esses sinais, os pais devem agir, segundo Dalka, com muito afeto, buscando descobrir o que está acontecendo com a criança ou com o adolescente. Isso, ressaltou ela, nunca deve ser feito de forma punitiva. “Com muito afeto, nada de bronca ou de punição, porque senão a criança se fecha”, acrescentou. Identificado o abuso ou a violência sexual, o caso deve ser denunciado aos órgãos competentes.
Edição: Wellton Máximo

PAVÊ DE LIMÃO COM BOLACHA MAIZENA

RECEITAS

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PREPARO15 MIN
Ingredientes:
  • 1 lata de leite condensado
  • 1 caixinha de creme de leite – 200g
  • suco de 3 limões ou 100 ml
  • bolachas maizena quanto baste
  • raspas de limão para enfeitar

MODO DE PREPARO

  1. Umedeça as bolachas com água sem abusar.
  2. Forre o pirex com estas bolachas umedecidas com água.
  3. Bata no liqüidificafor a lata de leite condensado, o creme de leite e o suco de limão puro.
  4. Despeje sobre as bolachas e enfeite com um pouco de raspas de limão.
  5. Sirva bem gelado.
  6. Pronto. Simples e deliciosa.  


  7. FONTE: TUDO GOSTOSO

Vitória conservadora surpreende em eleições da Austrália

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, com a esposa Jenny, os filhos Abbey e Lily depois de vencer as eleições gerais deste sábado (18) na Austrália

   AAP Image/Dean Lewins/via Reuters/Direitos reservados

Publicado em 18/05/2019 - 17:13
Por Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)  Camberra
A conservadora Coalizão Liberal/Nacional, liderada pelo primeiro-ministro Scott Morrison, venceu as eleições gerais deste sábado (18) na Austrália, contrariando as pesquisas de intenção de voto. Segundo a Comissão Eleitoral Australiana, com pouco mais de dois terços dos votos contados, a coalizão tinha 73 assentos, contra 67 do Partido Trabalhista, o favorito nas enquetes.
Animados pelo otimismo que lhes davam as pesquisas das últimas semanas, em campanha ancorada na proteção do clima, e após um começo promissor das apurações, os trabalhistas liderados por Bill Shorten tiveram que abrir mão de sua esperança a partir do voto decisivo dos eleitores do estado de Queensland.
Assim, o grupo liderado por Morrison parte para um terceiro mandato de três anos. O político, de 51 anos, do Partido Liberal, de centro-direita, assumiu em agosto último, depois que a ala linha dura da legenda fez cair o mais moderado Malcolm Turnbull. Morrison parecia fadado a ter o mandato mais breve da história australiana, mas conseguiu virar a mesa com uma intensa campanha negativa e o apoio da maior organização de mídia do país, de propriedade do magnata do setor Rupert Murdoch.
Ainda não está claro se os conservadores governarão sozinhos: para isso precisam conseguir pelo menos 76 dos 151 assentos na Câmara dos Deputados, e o resultado final depende da contagem de mais de 4,7 milhões de votos postais, que ainda podem definir a distribuição dos últimos mandatos.
Cerca de 16 milhões de australianos estavam convocados a eleger os 151 deputados da Câmara, entre 1.056 candidatos, assim como 40 dos 70 senadores que servem durante um período de seis anos, entre 458 candidatos.
A Comissão Eleitoral Australiana estabeleceu 90 centros de votação no exterior, assim como outros 500 dentro do país para receber, nos dias anteriores, os votos de mais de 4 milhões de australianos que não puderam ir às urnas hoje.
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Líder da Áustria pede eleições antecipadas após escândalo

O chanceler federal da Áustria, Sebastian Kurz, durante pronunciamento na televisão.

         Reuters/Leonhard Foeger/Direitos Reservados

Publicado em 18/05/2019 - 17:24
Por Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)  Viena
O chanceler federal da Áustria, Sebastian Kurz, anunciou neste sábado (18) que decidiu dissolver sua coalizão de governo e pediu que sejam realizadas eleições antecipadas no país, após um escândalo ter levado à renúncia de seu vice, Heinz-Christian Strache, horas antes.
Em pronunciamento na televisão, Kurz disse que pediu ao presidente austríaco, Alexander Van de Bellen, para que definisse uma data para as novas eleições "o mais cedo possível".
Strache, líder do ultradireitista Partido da Liberdade (FPÖ), renunciou hoje ao cargo depois de a imprensa alemã ter revelado um vídeo em que ele aparece oferecendo futuros contratos governamentais a uma suposta magnata russa, em troca de apoio ao seu partido nas últimas eleições parlamentares, em 2017.
O político reconheceu que a gravação, feita em julho de 2017 com uma câmera escondida na ilha espanhola de Ibiza, é "catastrófico", mas negou ter infringido a lei.
Kurz – um conservador cujo Partido Popular Austríaco (ÖVP) formou uma coalizão de governo com o FPÖ há um ano e meio – afirmou que o escândalo envolvendo Strache foi a gota d'água no relacionamento entre os dois partidos.
"Após o vídeo de ontem, preciso dizer honestamente que basta", declarou o chanceler federal, listando uma série de outros escândalos menores que provocaram tensões entre as legendas desde o início da coalizão, no final de 2017.
Ao longo dos meses, vieram à tona incidentes quase semanais, geralmente relacionados com declarações antissemitas ou relações com grupos neonazistas.
A polêmica mais recente ocorreu no final de abril, quando um político do FPÖ escreveu um poema discriminatório, em que comparou imigrantes a ratos. O texto, publicado num folheto da legenda, provocou críticas generalizadas e deixou irritado o chanceler.
O poema intitulado "O rato urbano" foi impresso numa publicação local do partido nacionalista em Braunau am Inn, cidade localizada na fronteira com a Alemanha e famosa por ser o local de nascimento de Adolf Hitler. O texto escrito pelo vice-prefeito de Braunau am Inn, Christian Schilcher, advertia contra imigrantes e a mistura de culturas.
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Mais de 70% da violência sexual contra crianças ocorre dentro de casa

Corrida contra a pedofilia "Federal Kids", organizada pela Polícia Federal, em alusão ao 18 de maio - Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, no Parque da Cidade, em Brasília.

   Valter Campanato/Agência Brasil

Campanha nacional de conscientização é realizada no mês de maio

Publicado em 18/05/2019 - 17:52
Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil  Brasília
Em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrados neste sábado (18), pais e crianças de 0 a 14 anos participaram de uma corrida no Parque da Cidade, em Brasília. O evento, que reuniu cerca de 800 pessoas, é uma iniciativa da Polícia Federal, com o apoio do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e do governo do Distrito Federal. O objetivo é alertar a sociedade sobre esse tipo de crime e envolver a família na prevenção e combate. 
Dados do Disque 100 mostram que, só no ano passado, foram registradas um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há denúncias também de exploração sexual (3.675). Só nos primeiros meses deste ano, o governo federal registrou 4,7 mil novas denúncias. Os números mostram que mais de 70% dos casos de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes são praticados por pais, mães, padrastos ou outros parentes das vítimas. Em mais de 70% dos registros, a violência foi cometida na casa do abusador ou da vítima.  
"Há uma cultura dos maus-tratos no país, e a gente precisa implementar a cultura dos bons tratos às crianças e aos adolescentes, os bons tratos em família", afirma Petrúcia de Melo Andrade, secretária nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos. A secretária cita o Estatuto da Criança e do Adolescente para ressaltar a responsabilidade da família nos cuidados dos menores de idade, e pede maior envolvimento.
"É uma campanha que envolve a família. Quando a gente resgata o Artigo 227 [do Estatuto da Criança e do Adolescente], no topo do cuidado da criança e do adolescente, está primeiro a família, em segundo a sociedade em geral e, por último, o Estado. Então, esse é o momento dessa família trazer seus filhos e estar no cuidado com eles. Momento de confraternização e alegria e, ao mesmo tempo, trazer essas crianças para um reflexão de um crime que o Brasil não pode suportar", acrescenta.
Ensinar as crianças
Para Adriana Faria, subsecretária de Políticas para Crianças e Adolescentes da Secretaria de Justiça do DF, as crianças, em boa parte dos casos, não têm noção do que é o abuso sexual. "Aquilo incomoda, ela geralmente sabe que aquilo é errado, mas não necessariamente que é um abuso sexual que precisa ser denunciado. A gente precisa criar mecanismos para que elas conheçam o próprio corpo, saibam proteger o próprio corpo e saibam identificar que tem algo de errado e como elas podem buscar ajuda, justamente porque muitas vezes acontece dentro de casa e não dá para procurar nem pai, nem mãe. Tem que saber procurador um professor na escola, ou um conselho tutelar", explica. 
A autônoma Daíza Vaz Cortella participou da corrida com a filha Elisa, de 5 anos. Ela também concorda que é preciso educar as próprias crianças para se prevenirem da violência, e os pais não podem ter vergonha de abordar a educação sexual com os próprios filhos.   
"Nós, pais, temos sim que conversar com nossas crianças e explicar sobre os perigos, esclarecer sobre as partes íntimas, como identificar um abuso. Não podemos ter vergonha de educar as crianças com essa consciência", diz. 
Ao lado do filho Pedro, de 7 anos, Maria de Fátima Sampaio era só sorrisos e um pouco de cansaço após correr cerca de 250 metros empurrando a cadeira de rodas da criança, que tem paralisia cerebral. Para ela, crianças com deficiência são ainda vulneráveis a situações de abuso e violência sexual e, nesse sentido, a conscientização do núcleo familiar e a capacitação de profissionais da educação e conselhos tutelares é crucial para o enfrentamento do problema. 
"As crianças especiais, muitas vezes, ficam mais vulneráveis porque não têm os mesmos mecanismos de defesa que outras. Por isso, o envolvimento da família, dos pais, da escola e Poder Público é fundamental", afirma. 
Edição: Graça Adjuto

Vale inicia construção de barreira para rejeitos em Barão de Cocais

Mina Gongo Soco, no município de Barão de Cocais (MG).

        Reprodução Google Maps

Publicado em 18/05/2019 - 17:38
Por Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil  Rio de Janeiro
A mineradora Vale iniciou na última quinta-feira (16) a construção de uma contenção de concreto, que vai funcionar como uma barreira física caso haja rompimento da barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, em Minas Gerais. Em nota divulgada à hoje (18), a Vale informou que iniciou a terraplanagem para a construção, a 6 quilômetros da barragem.
Segundo informações obtidas pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) com a própria mineradora, a barragem pode se romper entre amanhã (19) e 25 de maio. 
"Além dessa estrutura que, após concluída, fará a retenção de grande parte do volume de rejeitos da barragem Sul Superior em caso de rompimento, a Vale está realizando intervenções de terraplenagem, contenções com telas metálicas e posicionamento de blocos de granito. Essa obra atuará como barreira física no sentido de reduzir a velocidade de avanço de uma possível mancha, contendo o espalhamento do material a uma área mais restrita", diz a mineradora. 
A empresa informa que, devido ao trabalho, haverá um aumento na circulação de caminhões e equipamentos pela cidade de Barão dos Cocais, o que poderá causar eventuais transtornos ao trânsito. 
"A Vale ressalta que continua monitorando a barragem e o talude norte da cava de Gongo Soco 24 horas por dia e mantendo contato permanente com as autoridades competentes no sentido de prevenir e informar a toda a população sobre o andamento dos trabalhos e da situação da barragem Sul Superior e da cava de Gongo Soco", acrescenta a nota.
Na última quinta-feira (16), o Ministério Público de Minas Gerais recomendou que a empresa adotasse medidas imediatas para informar a população sobre os riscos de rompimento da barragem. O MPMG determinou que a empresa comunique, "por meio de carros de som, jornais e rádios, informações claras, completas e verídicas” sobre a condição estrutural da barragem. O MP quer que moradores e pessoas que estejam transitoriamente na cidade, no sudeste de Minas Gerais, saibam dos "potenciais danos e impactos de eventual rompimento”. 
A Vale realizou hoje à tarde,em Barão de Cocais, um simulado de evacuação dos moradores. Outra simulação foi feita em 25 de março, dois dias depois que a barragem chegou ao nível máximo de risco.
Edição: Graça Adjuto

Enem 2019 tem 6,3 milhões de inscritos

Ensino médio

        Imagem de Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 18/05/2019 - 18:27
Por Agência Brasil*  Brasília
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou 6.384.957 inscritos para a edição de 2019. As inscrições terminaram nessa sexta-feira (17).
Os estudantes têm até o dia 23 de maio para pagar a taxa, no valor de R$ 85. O total de participantes confirmados será divulgado no dia 28 deste mês.

Quem teve direito à isenção do pagamento da taxa e concluiu a inscrição no prazo tem participação garantida. As provas do Enem 2019 serão aplicadas em dois domingos, 3 e 10 de novembro, com quatro provas objetivas e 180 questões, além da redação.

O Enem é realizado anualmente Inep, vinculado ao Ministério da Educação. Em 21 edições, o exame recebeu quase 100 milhões de inscrições.
O exame avalia o desempenho do estudante e viabiliza o acesso à educação superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Programa Universidade para Todos (ProUni) e instituições portuguesas.

*Com informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil*

Torta de Limão

RECEITAS
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INGREDIENTES:
  • 200 g de bolacha maisena
  • 3 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
  • 1 envelope de gelatina em color
  • 4 colheres (sopa) de água
  • 1 lata de leite condensado
  • 1 caixinha de creme de leite
  • 1 xícara (chá) de suco de limão natural
  • raspa de limão para decorar a gosto
  • Modo de Preparo

    1. Modo de fazer a massa:
    2. Misturar todos os ingredientes com a mão até formar uma massa homogênea, abrir a massa em uma forma com fundo falso
    3. E fazer uns furinhos com o garfo pra não estufar o meio.
    4. Assar em forno pré aquecido em 180º por uns 8 minutos
    5. Modo de fazer o recheio
    6. Misturar o leite condensado com o limão na hora de colocar no forno
    7. Modo de fazer a cobertura:
    8. Bater as claras em neve e ir adicionando o açúcar aos poucos até formar um suspiro denso.
    9. Montagem:
    10. Após pré assar a massa, colocar o recheio em seguida colocar a cobertura e fazer biquinhos com uma colher
    11. Polvilhar raspas de 1 limão por cima do suspiro e levar ao forno até ficar bem dourado.

    FONTE: MAIS GOSTOSAS RECEITAS