terça-feira, 14 de maio de 2019

Projeto garante descanso e limite máximo de horas trabalhadas para bombeiros

13/05/2019 - 18h46


Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Homenagem ao Dia da Vitória e aos Expedicionários. Dep. Guilherme Derrite (PP - SP)
Guilherme Derrite, autor: a ideia é recompensar esses profissionais pelo trabalho insalubre e perigoso que executam
O Projeto de Lei 1137/19 assegura aos bombeiros militares pelo menos três horas de descanso para cada uma hora trabalhada dentro do regime ordinário de trabalho. O texto também prevê um limite máximo de 24 horas de trabalho operacional ininterrupto.
A proposta, do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), tramita na Câmara dos Deputados.
O texto inclui um parágrafo na Lei de Reorganização da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (Decreto-Lei 667/69). A ideia é recompensar esses profissionais pelo trabalho “insalubre e perigoso” que executam.
“Em sua atividade profissional, bombeiros militares são expostos às mais diversas formas de agentes nocivos, especialmente fumaça, ruídos, vibrações, calor excessivo, frio, umidade, eletricidade, pressões anormais e até radiações”, lista Guilherme Derrite. “É necessário assegurar a eles tempo de recuperação e de descanso para que os efeitos sejam mitigados em seu organismo”, esclareceu.
Ele ressalta que o projeto não fixa horário de trabalho, mas apenas estipula uma carga horária máxima e um período de descanso a ser observado pelos estados e pelo Distrito Federal, cabendo a estes disciplinar o tema conforme as suas especificidades.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Geórgia Moraes

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Proposta cria incentivos para agricultura orgânica e preservação ambiental

13/05/2019 - 19h04


Cleia Viana / Câmara dos Deputados
Reunião para discussão do parecer do relator da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer. Dep. Rubens Otoni (PT-GO)
Deputado Rubens Otoni: proposta vai ajudar a combater o custo do processo de produção de orgânicos
O Projeto de Lei 1123/19 cria incentivos para produtores rurais que desenvolvam agricultura orgânica ou protejam o ecossistema natural de suas propriedades. A proposta, do deputado Rubens Otoni (PT-GO), tramita na Câmara dos Deputados.
Entre os incentivos estão: priorizar esses produtores nas compras governamentais, adotar medidas fiscais e tributárias diferenciadas e implementar política de preços mínimos.
Atualmente, a Lei Agrícola (8.171/91) já estabelece cinco tipos de incentivos para esses produtores, como o fornecimento de mudas de espécies nativas ou adaptadas e a prioridade para crédito rural e cobertura do seguro agrícola.
Segundo Otoni, a proposta vai ajudar a combater o custo do processo de produção de orgânicos que gera preços mais altos nas gôndolas. Para ele, a proposta também prestigia a vida no campo ao elevar os ganhos dos agricultores, assegurando uma vida mais digna.
O texto é semelhante à proposta (PL 3579/15) do ex-deputado Marco Maia, arquivada ao final da legislatura.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Roberto Seabra

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Proposta prevê recuperação de militar com problemas mentais que cometeu crime

13/05/2019 - 19h24


Rodrigo Pertoti/Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a proposta da Reforma da Previdência para a Segurança Pública. Dep. José Medeiros (PODE-MT)
Deputado José Medeiros: "lei vigente é incompleta, já que não prevê medidas menos rígidas para a recuperação desses militares"
O Projeto de Lei 1306/19 altera o Código Penal Militar (Decreto-Lei nº 1.001/69) e passa a prever a possibilidade de tratamento ambulatorial de militares que cometerem crimes puníveis com detenção e sofram de problemas mentais ou dependência química.
Atualmente, segundo o Código Penal Militar, militares com patologias psíquicas que cometem crimes puníveis com detenção devem ser internados em estabelecimento psiquiátrico ou penal.
Ao propor a reapresentação do Projeto de Lei 4675/16, do ex-deputado Cabo Sabino, o deputado José Medeiros (PODE-MT) concorda com o argumento de que a lei vigente é incompleta, já que não prevê medidas menos rígidas para a recuperação desses militares em alternativa à internação em estabelecimento psiquiátrico ou penal.
Apesar de recomendar o tratamento ambulatorial em alguns casos, em analogia ao Código Penal Civil, a Justiça Militar ainda não unificou entendimento sobre a questão.
Tramitação 
A proposta será analisada conclusivamente pelas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

ÍNTEGRA DA PROPOSTA:

Reportagem – Murilo Souza 
Edição – Roberto Seabra

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Comissão debate nova política de crédito agropecuário

13/05/2019 - 19h31


A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta quinta-feira (10) para discutir a nova política de crédito agropecuário que o governo Jair Bolsonaro pretende implantar.
A iniciativa do debate é do deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). Ele afirma que o Executivo deseja reduzir o papel do Banco do Brasil no crédito agrícola, dando mais espaço para instituições financeiras não vinculadas ao setor público.
“A ideia é ampliar a concorrência e incentivar a entrada dos agentes privados, além de aumentar o volume de crédito”, explica o parlamentar.
Foram convidados para a reunião representantes dos ministérios da Economia; e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Banco do Brasil, da Caixa, do BNDES e do Banco Central.
A audiência será realizada no plenário 6, a partir das 10 horas.
Da Redação – MO

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Reforma da Previdência reduz valor de pensão por morte e aposentadoria por invalidez


  
Da Redação | 13/05/2019, 14h47
Selo_ReformaPrevidencia2.jpgA maquiadora Michelle Peres Gomes, 33 anos, moradora de Valparaíso de Goiás (GO), tem direito a pensão pela morte do marido, causada pela infecção por hantavírus em 2017. Ele trabalhava como vigilante e ela agora recebe R$ 1,9 mil para cobrir as despesas com os dois filhos do casal, de 12 e 8 anos. O dinheiro é usado principalmente no transporte deles para a escola e na compra de roupas, além de pagar as contas de luz, água e condomínio.
Para complementar a renda, Michelle passou a trabalhar fora e conta com a ajuda da avó das crianças em casa.
— A pensão é fundamental. Eu dependo dela para quase tudo, sem ela nem tinha como sobreviver. Só que até para a alimentação, ou para a escolinha de futebol dos meninos, eu tenho que pagar por fora, com o dinheiro do meu trabalho — explica.

Novas regras

Assim como Michelle, milhões de pessoas no Brasil dependem da pensão por morte para sustentar a família. Atualmente o valor do benefício equivale a 100% da aposentadoria recebida pelo segurado ou ao valor a que teria direito se fosse aposentado por invalidez. Se houver mais de um dependente, a pensão é dividida entre eles.
Se a reforma da Previdência proposta pelo governo federal (PEC 6/2019) for aprovada sem alterações no Congresso Nacional, haverá novas regras no pagamento do benefício para dependentes de servidores públicos, do Regime Próprio de Previdência Privada (RPPS), e trabalhadores da iniciativa privada, do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O valor da pensão passará a ser gradual, de acordo com o número de dependentes.
A regra geral para o cálculo da pensão será a seguinte: 50% do valor do benefício que o segurado recebia (parcela fixa) mais 10% por dependente (cota individual para o cônjuge ou o filho não emancipado menor de 21 anos), até atingir o máximo de 100%. O limite do RGPS é o valor do teto do INSS: R$ 5.839,45 em 2019.
O valor de 60% corresponde a 20 anos de contribuição previdenciária. Se os pagamentos ultrapassaram esse período, o valor será acrescido de 2% para cada ano.
O benefício será de 100% em caso de morte por acidente de trabalho e doenças profissionais.
As pensões concedidas antes da nova lei entrar em vigor não terão seus valores alterados.

Salário mínimo

Um questionamento de analistas da proposta é que não foi estipulado nenhum valor mínimo para o pagamento do benefício, abrindo a possibilidade de a pensão ficar abaixo de um salário mínimo, o que é proibido pela Constituição.
Na avaliação do economista Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, a questão deve ser discutida pelo Congresso para solucionar o problema de vincular as políticas sociais ao salário mínimo.
— Vamos acabar então com a indexação? Não necessariamente. Você pode criar um indicador social para indexar os benefícios sociais. Você pode colocar valores que sejam um pouco abaixo para evitar essa correção automática. Então, há vários caminhos que podem ser escolhidos para que, inclusive, a política de salário mínimo tenha mais liberdade para ser corrigida — analisa.

Acúmulo de benefícios

Além disso, a proposta do governo é limitar o acúmulo da pensão por morte com a aposentadoria. Atualmente é permitida a soma desses benefícios de forma integral. Também é possível o acúmulo de aposentadorias de diferentes tipos de regimes (público e privado).
Pelo texto da PEC, o segurado escolherá o benefício de maior valor, mantido em 100%, e receberá um percentual adicional do segundo, que terá descontos em percentuais crescentes em função do valor, até quatro salários mínimos. Quanto maior a soma dos benefícios, maior será esse limite.
A nova regra não será aplicada nas exceções prevista em lei: caso dos médicos e professores ou no acúmulo das aposentadorias do INSS com as do serviço público.

Servidores

Caso a reforma seja aprovada, as mudanças serão mais sentidas pelos dependentes dos servidores falecidos com a redução dos valores pagos pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).
Quanto menor for a média do salário de contribuição. menor será o valor da pensão por morte, independentemente do valor da última remuneração do servidor falecido.
A projeção dos analistas é de que os atuais servidores e os que ingressaram no serviço público antes da criação da previdência complementar (pela Lei 12.618, de 2012) e não migraram para o novo regime, ou antes da promulgação da emenda constitucional, sejam bastante onerados.

Aposentadoria por invalidez

A proposta de reforma da Previdência também reduz o valor do benefício do segurado que precisa se afastar do trabalho por estar sem condição física ou mental de exercer a sua atividade profissional. O texto substitui o conceito de aposentadoria por invalidez permanente para o de “incapacidade permanente para o trabalho”, quando for impossível reabilitar ou reaproveitar o trabalhador em outra área.
Pelas regras atuais, um segurado incapaz de trabalhar, e que contribuiu para a Previdência por 20 anos, receberá 100% da sua média salarial calculada sobre as maiores remunerações.
Com a reforma, esse mesmo segurado sem condições de voltar ao trabalho receberá valor equivalente a 60% da média salarial, contando todos os salários. Se ele tiver mais de 20 anos de contribuição terá direito a acréscimo de 2% para cada ano de recolhimentos da Previdência.
A exceção é a aposentadoria por acidente de trabalho ou doença profissional, em que o segurado receberá 100% da média de remunerações, independentemente do tempo de contribuição.
Em qualquer dos casos previstos, o valor de um salário mínimo ficaria garantido como benefício por invalidez.

Doenças

José Antonio Milet Freitas, representante do Grupo Vítimas da Invalidez (GVI), lembra que a aposentadoria integral é concedida somente aos que ingressaram no serviço público até 2003 e forem vítimas de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, como prevê a Constituição.
— Lei que contempla menos de uma dúzia de doenças. Aos demais é garantida somente a paridade. Ou seja, a grande maioria dos servidores públicos recebem [o benefício] proporcional com paridade. Muitos recebem valor abaixo do salário mínimo, pois não há lei que regulamente a questão — lamenta.
O grupo agora trabalha junto aos parlamentares para o oferecimento de uma emenda ao texto da reforma. A emenda é oriunda de outra proposta, a PEC 56/2014, da ex-deputada Andreia Zito, desarquivada a pedido do senador Paulo Paim (PT-RS).
A proposta concede proventos integrais ao servidor que ingressou no serviço público até 2003, e for aposentado por invalidez permanente, independentemente da circunstância que motivou a aposentadoria. Dessa forma, os benefícios já concedidos deverão ser recalculados.
— Mas o relator já se manifestou contrário ao pagamento dos proventos de aposentadoria integral com paridade aos aposentados da ativa que cumprirem o tempo exigido. Imagine a nós, aposentados por invalidez, que o governo tem como privilegiados — completou Milet.

Impacto

Com a reforma das pensões por morte e aposentadorias por invalidez, os cálculos da IFI apontam para um economia nas contas públicas em torno de R$ 175 bilhões em dez anos. Nas estimativas do governo, esse valor chega a R$ 190 bilhões.
— É um efeito muito relevante em dez anos, aliás, todo efeito, do ponto de vista da IFI, é relevante. Porque como nós temos um déficit público elevado, qualquer centavo é importante — ressalta Felipe Salto, da IFI.

Críticas

Para os críticos da reforma, como o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH, Paulo Paim, nestas como em outras alterações propostas no texto, o trabalhador de baixa renda e que sempre contribuiu para a Previdência é o mais prejudicado.
— Vai na mesma linha porque tanto os aposentados por invalidez quanto os pensionistas, como também os deficientes, todos serão prejudicados. O governo diz que vai combater os privilégios. Me diga, quais? Eu não consigo enxergar um privilégio que ele combata ali. O servidor, como já está no regime acima do teto do regime geral, como já está na capitalização, o governo paga metade e eles pagam a outra metade, também não são tão prejudicados. Os maiores prejudicados são os pobres. Porque hoje a aposentadoria por invalidez é integral, então como vai ser parcial todos perderão. Não tem ninguém que ganhe com essa reforma, o servidor não ganha, o trabalhador do regime geral não ganha e os tais dos privilégios de que eles falam, eles não atacam — avaliou Paim.

Série de reportagens

Ao longo do mês de maio, uma série de oito reportagens especiais da Agência Senado vem abordando os impactos da proposta de reforma da Previdência (PEC 6/2019) sob diversos aspectos.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Sessão especial lembra 150 anos de morte de Allan Kardec


  
13/05/2019, 15h40
Sessão especial no Senado lembrou os 150 anos da morte de Allan Kardec, propagador da doutrina do espiritismo. Segundo o senador Eduardo Girão (Pode-CE), que pediu a homenagem, a doutrina espírita, associada a políticas públicas, pode contribuir para dar um sentido às vidas das pessoas, ajudando a melhorar suas vidas e inclusive evitar o suicídio. Nesse sentido, o presidente da Federação Espírita Brasileira (FEB), Jorge Godinho Nery, avaliou que a infelicidade do ser humano se deve ao seu afastamento da sua própria natureza. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) ressalta que a missão do espiritismo é levar o bem e ajudar a humanidade, com grande semelhança ao que é feito na vida política. Ouça mais detalhes no áudio da repórter da Rádio Senado, Iara Faria Borges.

 
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Obras de saneamento básico devem ser priorizadas, diz Kajuru


  
Da Rádio Senado | 13/05/2019, 16h03
O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) criticou nesta segunda-feira (13) a existência de 477 obras de saneamento básico sem conclusão no Brasil. Segundo o parlamentar, a situação é decorrente da falta de pagamento por parte do Estado, aliada a burocracia e a ineficiência dos órgãos.
No país, 30 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água potável e à coleta e tratamento de esgoto, declarou Kajuru, avaliando que essa falta de infraestrutura tem ligação direta com a saúde da população.
— A falta de saneamento está associada a surtos de diarreia e hepatite A, e a doenças transmitidas pelos mosquitos causadores da dengue, Zika e Chikungunya, ou por ratos causadores de leptospirose e outras enfermidades que pressionam de forma acentuada o Sistema Único de Saúde — analisou.
O parlamentar disse que, na próxima reunião de líderes no Senado, vai pedir prioridade ao projeto de lei (PLS 326/2017), de autoria da senadora Rose de Freitas (Pode-ES), que institui preferência na alocação de recursos federais para a conclusão de obras de saneamento básico em andamento.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)