quarta-feira, 3 de abril de 2019

País tem porco suficiente e não precisa importar dos EUA, dizem produtores

AGRONEGÓCIO
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Bol - Uol FOTO: REPRODUÇÃO

Associações de suinocultores do país demonstram irritação e preocupação com a possibilidade de o Brasil abrir o mercado para a importação de carne suína dos EUA em contrapartida à negociação para voltar a exportar carne in natura para os americanos."O setor está sendo usado indevidamente como moeda de troca. É um equívoco grande porque temos produção suficiente e viemos de um 2018 de muitas dificuldades, com o embargo da Rússia, nosso então maior importador", disse Valdecir Folador, presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul. A região Sul é a maior produtora e exportadora.

Brasil deverá exportar carne 'in natura' para EUA a partir de agosto

Exportações de carne bovina fecham 2018 com recorde históricoBrasil exporta até pênis de boi e farinha de sangue, penas e ossosNegociação da ministra com EUA preocupaMarcelo Lopes, presidente da ABCS (Associação Brasileira de Criadores de Suínos), disse estar preocupado com a negociação iniciada durante viagem da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, aos Estados Unidos. Segundo ele, o setor tem oferta de carne suficiente a preços acessíveis ao consumidor, exporta 21% de sua produção, emprega mais de 126 mil trabalhadores diretos e 923 mil indiretos e movimenta mais de R$ 149 bilhões por ano.Porcos nos EUA têm doenças inexistentes no Brasil

Além disso, a importação, disse Lopes, esbarraria na questão sanitária, já que o Brasil é livre de pelo menos duas doenças virais de alto impacto produtivo presentes no rebanho norte-americano: a PED (Diarreia Epidêmica dos Suínos) e a PPRS (Síndrome Respiratória e Reprodutiva dos Suínos). O dirigente solicitou ao ministério que a ABCS seja convidada para as discussões técnicas do assunto.Para o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Losivanio Luiz de Lorenzi, essa negociação faz parte do jogo de abertura de mercados, mas a importação não é viável porque, além da questão sanitária, o custo de produção da carne suína americana é mais alto.Na opinião dele, as empresas brasileiras que exportam a carne suína para mais de 90 países vão se opor à entrada no mercado interno de carne dos EUA sem a reciprocidade.Produtores também querem exportar para os EUAA ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que reúne as indústrias, disse que o setor de suínos do Brasil espera reciprocidade de tratamento com a autorização para todos os estados brasileiros exportarem carne suína para os EUA.

A visita dos inspetores americanos às unidades brasileiras para exportação da carne bovina foi marcada para 10 de junho. Na semana passada, o Ministério da Agricultura informou que não houve avanços na questão da contrapartida.Brasil é o 4º maior exportador de porco

O Brasil é o 4º maior produtor e 4º maior exportador de carne suína do mundo. Santa Catarina, com 8.000 produtores e único estado livre de vacinação contra aftosa, lidera o ranking brasileiro de exportação, com 53%.Segundos dados do MDIC (Ministério da Economia, Indústria Comércio Exterior e Serviços), o país exportou no ano passado 550,4 mil toneladas, ante as 592,6 mil de 2017, com uma receita de US$ 1,07 bilhão. O maior comprador foi a China, com 28%, seguida por Hong Kong (20%).No primeiro bimestre deste ano, as exportações subiram 5,4% em volume, mas caíram 2,5% em receita na comparação com o mesmo período de 2018. Segundo os produtores, a tendência é haver um aumento com as compras mais volumosas da China devido à epidemia que eliminou 16% do plantel chinês.

FONTE: UOL

Governo cria frente parlamentar para relação entre Brasil e China

AGRONEGÓCIO


Para o deputado Fausto Pinato, que preside a Comissão de Agricultura da Câmara, o papel da China na nossa economia, por si só, justifica a parceria do grupo
Plenário Câmara dos Deputadis
Foto: Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados
Duas frentes parlamentares serão lançadas no Congresso Nacional nesta quarta-feira, dia 3. Uma delas é sobre a relação Brasil-China e a outra sobre o grupo Brics, que envolve Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O evento contará com a participação de deputados e senadores, de autoridades e empresários brasileiros e chineses, além do embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. O deputado Fausto Pinato (PP-SP), coordenador das duas frentes, destacou a importância da relação com a China para o desenvolvimento econômico do Brasil. “A China é responsável pela compra da produção do país. É a maior importadora e o Brasil é o maior exportador pra China, de grãos, produtos bovinos, enfim. Ela é responsável por manter equilibrada a balança comercial do agronegócio no nosso país.” Para o deputado Fausto Pinato, que também preside a Comissão de Agricultura da Câmara, o papel da China na nossa economia, por si só, justifica a parceria do grupo.

FONTE: CANAL RURAL

Ponte na Escócia é conhecida por mortes misteriosas de cães

MUNDO
Moradores divergem sobre motivo de centenas de cães terem pulado da estrutura desde 1950
Alguns habitantes locais dizem que a Ponte Overtoun é assombrada pela viúva de John White, cujo pai construiu uma mansão nas redondezas.
Alguns habitantes locais dizem que a Ponte Overtoun é assombrada pela viúva de John White, cujo pai construiu uma mansão nas redondezas. Foto: Sophie Gerrard para The New York Times

 “Eu tinha certeza que ela tinha morrido", disse Lottie Mackinnon em voz baixa. Lottie estava descrevendo um dia, três anos atrás, quando estava passeando com sua border collie, Bonnie, pela ponte Overtoun, em Dumbarton, Escócia. “Bonnie foi tomada por alguma coisa assim que nos aproximamos da ponte", disse Lottie. “Primeiro ela empacou, imóvel, e em seguida ficou possuída por uma energia estranha, correu e pulou da beira da ponte.”
A cadela de Lottie faz parte das centenas de cães que os escoceses dizem ter pulado misteriosamente da estrutura gótica em pedra desde os anos 1950. Muitos animais acabaram mortos nas rochas do vale logo abaixo. “Foi um milagre ela ter sobrevivido", disse Lottie. Os moradores de Dumbarton, a noroeste de Glasgow, começaram a chamar Overtoun, uma ponte de mais de um século que transpõe um desfiladeiro de 15 metros de largura, de “ponte onde os cães se matam".

Apesar da reputação macabra, a região de Overtoun ainda é muito procurada por aqueles que desejam passear com seus cachorros. Pesquisadores locais estimam que mais de 300 cachorros pularam da ponte; para os tabloides, o número seria mais próximo de 600. Pelo menos 50 cães teriam morrido.
À distância, parece que a ponte, construída em 1895, é apenas a extensão do acesso a uma mansão vizinha, do século 19, construída pelo rico industrialista James White. Alguns dizem que há explicações racionais envolvendo o relevo e os odores dos mamíferos no despenhadeiro, que poderiam enlouquecer os cachorros.
Outras explicações apostam em algo mais paranormal. “Depois de 11 anos de pesquisas, estou convencido que o responsável por tudo isso é um fantasma", declarou Paul Owens, que cresceu em uma cidade perto da ponte e publicou recentemente um livro a respeito do mistério.
A teoria de Owens é popular entre alguns moradores locais, que cresceram ouvindo a respeito da “mulher de branco de Overtoun", a viúva de John White, filho de James. “A mulher viveu sozinha e em luto por mais de 30 anos após a morte do marido, em 1908", disse Marion Murray, moradora de Dumbarton. “O fantasma dela paira por aqui desde então.”
Em 2010, o especialista em comportamento animal David Sands investigou o fenômeno e excluiu a possibilidade de um suicídio deliberado por parte dos animais. Seus experimentos na ponte revelaram que os cães são atraídos pelo cheiro dos mamíferos no fundo do despenhadeiro. Sands calcula que a combinação da perspectiva limitada dos cachorros com sua ignorância do declive logo adiante e os cheiros trazidos pelo ar acaba excitando-os ao ponto de saltarem.

Para alguns moradores, essa teoria parece plausível, mas muitos aqui ainda perguntam por que o mesmo fenômeno não é observado em outras pontes onde as condições são parecidas. “Não há espíritos amaldiçoados assombrando as outras pontes", insistiu.

Ceylan Yeginsu, The New York Times

Reservas de petróleo aumentam e produção registra novo recorde nos EUA

MUNDO
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Os estoques de petróleo nos Estados Unidos registraram um aumento surpreendente na semana passada, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira pela Agência de Energia dos EUA (EIA), enquanto a produção atingiu um novo recorde.
Na semana encerrada em 29 de março, as reservas comerciais de petróleo aumentaram 7,2 milhões de barris, ficando em 449,5 milhões, quando analistas consultados pela agência Bloomberg antecipavam uma queda de 800 mil barris.
A produção dos Estados Unidos, por sua vez, atingiu um recorde de 12,2 milhões de barris diários.

AFP

Otan diz que não quer uma nova Guerra Fria

MUNDO
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FOTO: REPRODUÇÃO
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta quarta-feira que a aliança não está buscando uma nova "Guerra Fria" com a Rússia em seu 70º aniversário, mas pediu mais esforços para uma dissuasão.
"Não queremos uma nova corrida armamentista. Não queremos uma nova Guerra Fria. Mas não devemos ser ingênuos", disse Stoltenberg em discurso no Congresso dos EUA durante as celebrações pelos 70 anos da Otan em Washington.

AFP

LATAM oferece comprar parte de ativos da Avianca, após falência

AVIAÇÃO
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Foto: Alejandra Parra / Bloomberg
A LATAM Airlines, maior companhia aérea da América Latina, anunciou na quarta-feira que sua subsidiária no Brasil vai oferecer 70 milhões de dólares para adquirir ativos da companhia aérea Avianca Brasil, que em dezembro declarou falência.
Em comunicado, a companhia aérea chileno-brasileira disse que foi contatada pelos credores da Avianca para participar de uma proposta de reestruturação e lançar uma oferta em um futuro leilão para pelo menos uma unidade de produção independente (UPI) dos ativos da Avianca. A dívida acumulada chega a cerca de 126 milhões de dólares com fornecedores.
Os ativos incluem contratos, certificados de operação, permissões e slots (direito para decolar, ou aterrissar nos aeroportos) "por um valor mínimo de 70 milhões de dólares", informou a LATAM.
A compra dos ativos "está sujeita a todas as aprovações governamentais e de concorrência necessárias que sejam fornecidas em tempo hábil e antes da adjudicação da licitação no leilão da LATAM Airlines Brasil", acrescentou o comunicado.
Além disso, a LATAM concordou em entregar "direta ou indiretamente" à Avianca Brasil 13 milhões de dólares em empréstimos padrão para reestruturação e "em condições de mercado para financiar, em parte, capital de giro para apoiar a continuidade das operações".
A Avianca Brasil, marca comercial da Oceanair Linhas Aéreas S.A., não faz parte do grupo de companhias da Avianca Holdings S.A, com sede na Colômbia. Ambas integravam, porém, uma holding controlada pelo mesmo investidor colombiano-boliviano, German Efromovich.
A LATAM nasceu em 2012 após a fusão da chilena LAN e da brasileira TAM, transformando-se na principal companhia aérea da região e uma das 10 maiores do mundo. Tem filiais na Argentina, no Peru, na Colômbia, no Equador e no Paraguai, mais de 320 aeronaves, mais de 140 destinos, 53.000 funcionários e transporta cerca de 70 milhões de passageiros ao ano.

AFP

Interpol revê emissão de alertas para proteger dissidentes políticos

MUNDO
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FOTO: REPRODUÇÃO
Acusada de ser instrumentalizada por alguns Estados para rastrear seus oponentes, a Interpol anunciou a revisão de seus procedimentos de emissão dos famosos "alertas vermelhos".
Esses avisos de busca permitem informar os 194 Estados-membros dessa organização internacional de polícia criminal que um mandado de prisão foi emitido pela Justiça de um determinado país, em busca de suspeitos.
Foi com base nesse alerta emitido pela Interpol a pedido do Cairo que Sayed Abdellatif - perseguido e vítima de torturas no Egito e que havia deixado seu país e solicitado asilo à Austrália em 2012 - permaneceu detido por cinco anos em um campo de refugiados australiano até que o aviso fosse suspenso.
Esse caso é um apenas mais um dos muitos expostos pela ONG londrina Fair Trials, que mantém a Interpol em seu radar e alerta jornalistas e defensores dos direitos humanos, quando opositores são presos após a emissão dos "alertas vermelhos".
Entre eles, estão Dolun Isa - um líder uigure naturalizado alemão, que foi por muito tempo atormentado por um aviso emitido a pedido da China - e o autor turco-alemão Dogan Akhanli, bloqueado vários meses na Espanha em 2017 após um pedido de extradição disseminado pela Interpol.
Segundo a Fair Trials, dos mais de 13.000 alertas emitidos a cada ano, muitos são motivados por considerações "políticas", ou "abusivas". A ONG não soube precisar esse número.
Um de seus diretores, Alex Mik, disse à AFP que "exemplos foram observados por parte do Egito, do Azerbaijão, dos Emirados Árabes Unidos, da Venezuela, do Irã, da Indonésia, do Bahrein, assim como da Rússia, da China e da Turquia".
- Polêmicas -
A ação dos advogados do boliviano Mauricio Ochoa Urioste, refugiado no Uruguai e condenado a nove anos de prisão por associação criminosa em seu país, abriu caminho para esse questionamento na Interpol.
Desde o fim de 2014, seu novo secretário-geral, o alemão Jürgen Stock, alerta para uma reforma intitulada "política dos refugiados", instaurando novos controles.
A Interpol começou, então, a revisar o funcionamento da Comissão de Controle de Casos (CCF), que filtra os "alertas vermelhos" e, desde 2017, aqueles que contestam os avisos têm acesso a um sistema mais transparente.
Os refugiados continuam, porém, a ser afetados pelos alertas divulgados pela Interpol.
Um caso recente e emblemático foi o jogador de futebol do Bahrein Hakeem Ali Al-Araibi. Refugiado na Austrália, ele ficou 70 dias (do fim de novembro de 2018 a fevereiro de 2019) detido na Tailândia, com base em um mandado de prisão emitido por seu país de origem. O alerta foi emitido pela Interpol.
O incidente caiu mal para a organização, acontecendo logo depois da polêmica envolvendo a candidatura - rejeitada - do russo Alexandre Prokoptchouk ao cargo de presidente. Seu nome levantou suspeitas sobre as intenções do Kremlin.
À época, a Interpol já enfrentava a rocambolesca saída, em outubro de 2018, de seu presidente chinês, Meng Hongwei, preso por corrupção em seu país.
"Ainda resta muito por fazer para garantir que a Interpol ponha seu sistema em conformidade com os direitos humanos", garantiu Mik, pedindo uma "melhor coleta de dados" e mais recursos para monitorar "a eficácia das reformas".
Entrevistado pela AFP, o secretário-geral da Interpol explicou que "os controles dos alertas e sua difusão dependem da informação disponível no momento do pedido. Se novas informações pertinentes aparecem, o caso é reexaminado".

EUA preparam plano econômico para reconstruir Venezuela se Maduro cair

MUNDO
Plano deve incluir ajuda financeira e alimentar e meio de abastecer a economia venezuelana de dólares, segundo assessor da Casa Branca
Venezuelanos coletam água do Rio Guaire, um dos mais poluídos do país, em razão do desabastecimento causado pelo apagão que afeta o país há mais de quatro dias
Venezuelanos coletam água do Rio Guaire, um dos mais poluídos do país, em razão do desabastecimento causado pelo apagão que afeta o país há mais de quatro dias Foto: JUAN BARRETO / AFP
O assessor econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, disse nesta quarta-feira, 3, que os Estados Unidos têm planos para rapidamente revitalizar a economia da Venezuela caso o presidente Nicolás Maduro deixe o poder. O plano deve incluir ajuda financeira e alimentar.
Além disso, segundo Kudlow, o governo americano estuda alguma maneira de fazer dólares entrarem no país, com a ajuda de bancos privados latino-americanos.
Com a hiperinflação e a falta de papel para imprimir papel-moeda, os venezuelanos cada vez mais têm adotado a maneira americana de maneira informal. O governo chavista, no entanto, restringe o acesso ao dólar, que é comprado, na maioria das vezes, no mercado negro. 


REUTERS



Guaidó sob ameaça de detenção acusado de usurpar funções de Maduro

MUNDO
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O opositor Juan Guaidó enfrenta a possibilidade de ser detido, depois que a Assembleia Constituinte retirou sua imunidade parlamentar e autorizou um processo depois que ele se proclamou presidente interino da Venezuela.
Embora uma detenção não pareça iminente, pois o processo seguirá seu curso curso no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), Guaidó não descartou a possibilidade de terminar preso, uma ameaça que promete enfrentar com mais pressão nas ruas e da comunidade internacional contra o presidente socialista Nicolás Maduro.
"Sabemos que é um risco, estamos conscientes disso, mas não vamos sair do caminho", afirmou na terça-feira à noite o presidente do Parlamento, reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos.
Guaidó, que tem grande apoio popular, questionou, em tom de desafio, se há alguém disposto a efetuar sua detenção.
"Quero saber quem das Forças Armadas ou dos corpos de segurança vai aparecer para sequestrar o presidente da República", declarou o deputado, que tenta quebrar a principal base de apoio de Maduro: os militares.
Guaidó, 35 anos, foi detido durante uma hora em 13 de janeiro, o que Maduro atribuiu a uma ação independente de agentes de inteligência que foram punidos.
"Havia um que se considerava muito bonito, que não seria preso e aí está", afirmou o presidente da Constituinte, Diosdado Cabello, em referência a Leopoldo López, copartidário de Guaidó, que cumpre em prisão domiciliar uma pena de quase 14 anos pela acusação de incitar a violência.
Guaidó se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro, depois que o Parlamento de maioria opositora declarou Maduro "usurpador" por ter iniciado um segundo mandato, no dia 10 do mesmo mês, após eleições consideradas fraudulentas pelo Congresso.
Para rebater a perda de imunidade, Guaidó convocou protestos no próximo sábado, quando já estava previsto uma ação de uma estratégia que ele batizou de "operação liberdade".
Até o momento, ele afirmou apenas que a operação prevê uma mobilização nacional até o palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, para assusmir seu controle em uma data não estabelecida.
"Se o regime se atrever a sequestrar-me, a ordem para o povo da Venezuela é seguir mobilizado nas ruas até o fim da usurpação. Senhores das Forças Armadas, permitir meu sequestro é ficar contra a República", advertiu.
A marcha a Miraflores promete acirrar ainda mais os ânimos, no momento em que milhões de pessoas sofrem as consequências dos apagões e dos cortes de água no país.
Como é habitual, o chavismo também convocou mobilizações para o sábado.

Poluição do ar reduz expectativa de vida das crianças

MEIO AMBIENTE

Poluição do ar reduz expectativa de vida das crianças
A poluição do ar vai reduzir em 30 meses a expectativa de vida das crianças nascidas hoje no sul da Ásia - AFP/Arquivos
A poluição do ar vai reduzir em 20 meses, na média, a expectativa de vida das crianças nascidas este ano e terá um impacto maior no sul da Ásia – revela um estudo publicado em Hong Kong.
O relatório sobre a qualidade do ar no mundo, publicado pelo Health Effects Institute, com sede em Boston, indica que a contaminação do ar é o quinto fator de risco de mortalidade no mundo, à frente da malária, dos acidentes de trânsito, da desnutrição e do álcool.
A redução da expectativa de vida não acontece de forma igual ao redor do planeta, afirmam os autores, que destacam a queda de 30 meses na expectativa de vida das crianças no sul da Ásia em consequência da combinação de ar exterior contaminado e ar viciado dentro de casa.
Na América do Norte, as crianças perdem quatro meses de expectativa de vida.
Se a poluição do ar cair a níveis inferiores ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a expectativa de vida em Bangladesh aumentaria quase 15 meses, indicam os pesquisadores, com base nos dados de 2017.
Índia, Paquistão e Nigéria veriam a expectativa de vida aumentar quase um ano.
A China continua sendo o país com a maior taxa de mortalidade relacionada à poluição do ar.
Em 2017, a poluição do ar provocou 852.000 mortes.
No mesmo ano, a poluição fez a humanidade perder 147 milhões de anos de vida em boa saúde, uma média de quase sete dias para cada habitante do planeta.

Indústria da música no País tem crescimento acima da média internacional

TECNOLOGIA
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REPRODUÇÃO
Se tudo vai meio mal na economia do Brasil – as projeções mais recentes de crescimento do PIB no ano ficaram abaixo de 2% -, o setor musical teve boas notícias nesta terça-feira, 2. Dados dos Produtores Fonográficos Associados (Pro-Música Brasil) mostraram um crescimento de 15,4% das receitas do setor de música gravada no Brasil entre 2017 e 2018. O número é superior à alta do mercado global, que, segundo dados da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI), ficou em 9,7%. As receitas da indústria em 2018 somaram US$ 19,1 bilhões – em 2001, antes dos 13 anos de quedas contínuas, o valor era de US$ 23 bilhões.
A marca de 9,7% representa o maior crescimento para a indústria da música desde que a IFPI começou a contabilizar os dados globais, em 1997, e agora são quatro anos seguidos de altas.
Os números são puxados para cima pelo streaming. No Brasil, o faturamento do setor aumentou 38% em um ano e hoje representa 69,5% do total. No globo, o streaming cresceu 34% e hoje representa 46,9% das receitas da indústria da música. Segundo o Global Music Report, no mundo existem 255 milhões de assinantes das plataformas de streaming, como Spotify, Deezer e Apple Music. Uma parte dessas receitas também vêm da publicidade nesses serviços e no Youtube.
O mercado de mídia física prosseguiu com sua tendência de queda. No mundo, esse segmento caiu 10% em receitas em relação a 2017, no Brasil, a queda foi ainda mais vertiginosa: 69%.
“O mercado físico teve um declínio muito acentuado desde o meio dos anos 2000 no Brasil. A razão é um setor de varejo muito deteriorado”, explica o presidente da Pro-Música Brasil, Paulo Rosa. “Não se encontra mais lojas de música. Livrarias e lojas de departamento, que serviam de escoamento para a distribuição, continuam vendendo, mas com cada vez menos espaço. Isso se reflete no crescimento do setor digital brasileiro, acima da média mundial.”
Segundo Rosa, isso acontece porque existe uma demanda longamente reprimida para o mercado de streaming no Brasil. “A quantidade de aparelhos conectados à internet é muito grande, entre smartphones, tablets, PCs, etc. Talvez seja maior do que a população. Isso cria para o setor de streaming, que tem um modelo de negócio muito atrativo para o consumidor, uma situação favorável: oferecer com preços relativamente baixos qualquer música do mundo. Isso propicia para o mercado brasileiro um potencial que dificilmente se vê em outros mercados que já estão mais amadurecidos.”
Rosa acredita que o ambiente saudável da indústria também depende do quadro macroeconômico e do poder de consumo da população, bem como de alguma recuperação do mercado físico. “Mas são boas notícias para a indústria”, diz.
Gerações
Marcio Vidal, hoje com 68 anos, era uma criança quando seu pai sintonizava rádios de música caipira de São Paulo, na sala de estar, numa época em que a televisão era artigo raro. Foi ali que ele conheceu a música de Tonico e Tinoco, Nelson Gonçalves, Anísio Silva e Ângela Maria. Seis décadas depois, hoje ele pode redescobrir e explorar as canções da infância com um celular novo, no qual utiliza apenas o aplicativo do Youtube, conectado a uma caixinha de som via bluetooth. “Descobri um mundo novo.”
O gosto pela música – que a partir da sua adolescência ganhou contornos de rock and roll, Beatles, Stones e MPB e ganhou a materialidade dos vinis – foi transmitido para os filhos. A filha Renata Vidal hoje recorda-se que o pai colocava um rádio no berço “porque não queria criança enjoada com barulho”. Se o pai descobria Nat King Cole, Johnny Rivers e Celly Campelo pelo rádio, a filha tomava gosto por Alice Cooper, Metallica e companhia na coleção paterna, mas também nas danceterias da cidade e no programa Clipe Trip, da TV Gazeta. “O que a gente ouvia nas casas noturnas levava para dentro de casa. Meu pai é engraçado, ele esvaziava a sala, fazia decoração com luzes e botava música para a gente. Os policiais eram nossos amigos porque todo domingo batiam lá em casa”, conta, com saudades.
Na época, a mídia ainda era o vinil, e quando o CD apareceu, nos seus 17 anos, se iniciou um período de doação dos LPs antigos, comum em muitas famílias, hoje lembrado com angústia. “Quase choro”, brinca – uma de suas lembranças mais doídas é a doação de um disco do Alice Cooper, pela descrição que ela faz da capa, provavelmente School’s Out, de 1972. “Já fui em várias feiras e sebos, mas não acho”, lamenta. Ela manteve na coleção, porém, o compacto de papelão de Roberto Carlos lançado em 1964, quadrado, numa promoção das canetas Sheaffer, com O Calhambeque.
Hoje em dia, porém, ela se rendeu ao streaming e ainda ouve arquivos mp3 no carro (“os carros já não tocam CD”). “No streaming, coloco no aleatório e também uso para explorar novamente artistas que gosto muito, como Johnny Cash.”
A paixão da família por música acabou por influenciar decisivamente a escolha profissional da filha de Renata, Camila Cetrone, jornalista, 20 anos. Depois de crescer com as estantes de LPs e CDs, descobriu o gosto próprio assistindo clipes na Play TV e na Mix TV. “Comecei com CDs, até atrasada, tive um discman, na época escutava coisas de criança, como Felipe Dylon e Kelly Key. Depois comecei a criar gostos musicais, e ouvia num iPod Nano, por pouco tempo. Logo depois, foi celular.”
Uma marca de geração é o incômodo que sentia ao “baixar” música da internet. “Talvez por ter crescido com música, sempre vi uma importância de bancar o trabalho do artista, pagar pelo que escuto, mesmo que seja R$16 por mês”, conta. O streaming é hoje o protagonista de sua vida de exploradora musical, dadas as facilidades de acesso, mas ela também guarda um carinho para a coleção de vinis da família, que aos poucos ganha novas adições. “Vinil é caro. Gosto de comprar, ter um momento para escutar, é um ritual.” O investimento, porém, é menos frequente do que o play diário no seu aplicativo preferido.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Palmeiras perde por 1 a 0 e vê San Lorenzo assumir liderança do Grupo F

ESPORTES

Em jogo bem disputado na Argentina, M. Herrera marcou aos 05 do segundo tempo e time de Felipão não conseguiu igualar o placar



Reprodução
Herrera marcou o gol da vitória do San Lorenzo contra o Palmeiras na Taça Libertadores 2019

Na noite desta terça-feira (02) o Palmeiras enfrentou o San Lorenzo, no estádio Pedro Bidegain pela terceira rodada da fase de grupos da Taça Libertadores.
Com algumas mudanças no time em relação ao jogo do último fim de semana, contra o São Paulo, o time de Felipão fez um primeiro tempo equilibrado na Taça Libertadores
O San Lorenzo teve uma bola na trave nos minutos iniciais e assustou os palmeirenses.

Na mesma medida, Moisés recebeu dentro da grande área, dominou e chutou de bicicleta. 

A bola caprichosamente pegou no travessão superior. No lance seguinte, o meia ainda teve outra boa chance, mas o jogador não conseguiu empurrar para as redes.
Aos 36 minutos, o lateral Reniero chutou de fora da área e a bola passou próximo da trave esquerda de Ewerton.

Na volta do intervalo, Felipão fez duas alterações. 

Saiu Bruno Henrique para a entrada de Lucas Lima; Thiago Santos também saiu para Felipe Melo atuar no segundo tempo.Aos 05 minutos, Marcelo Herrera bateu no cantinho de Ewerton e abriu o placar para os donos da casa. O gol impediu que o Palmeiras completasse os três primeiros jogos sem ser vazado, marca que nunca foi alcançada na história da equipe.
Felipe Pires saiu para a entrada de Rafael Veiga, aos 17 minutos do segundo tempo. Apesar da mudança, o alviverde não conseguiu chegar ao gol de empate. Nos minutos finais, Deyverson cometeu falta, tentou adiantar a cobrança e levou cartão amarelo.Com a vitória, o San Lorenzo assumiu a liderança do Grupo F, um ponto a frente dos brasileiros. Leia também: Neymar e Medina aceitam convite de Netanyahu para visitar Israel; assistaNesta quarta-feira de Taça Libertadores , além do Palmeiras o Athletico Paranaense entra em campo. O time do Paraná enfrenta o Boca Juniors as 21h30 na Arena da Baixada. 

Veja abaixo os jogos de todos os brasileiros na competição:


Quarta-feira

Atlético Mineiro x Zamora FC - 19h15, no Independência; Internacional x River Plate – 19h15, no Beira Rio; Flamengo x Peñarol – 21h30, no Maracanã; Emelec x Cruzeiro – 21h30, no George Capwell

Quinta-feira

Universidad Católica x Grêmio – 19h00, no estádio San Carlos de Apoquindo

Fonte: Esporte - iG 

Japão divulga caso de ‘falha grave’ com Boeing 787 em aterrissagem

MUNDO
Governo do país diz que episódio, ocorrido com avião da companhia Jetstar na última semana, poderia ter terminado em 'sério acidente'

Um avião Boeing 787 da companhia aérea australiana Jetstar registrou uma falha em seus dois reatores que poderia ter terminado em “sério acidente” quando pousou na última semana em um aeroporto no Japão, informou o governo do país.
O incidente, que não deixou feridos ou danos materiais, ocorreu em meio à crise que afeta a Boeing, como resultado de acidentes causados por dois de seus modelos 737 Max, um na Etiópia em março – no qual 157 pessoas morreram – e outro na Indonésia em outubro do ano passado, onde 189 faleceram.
O Boeing 787 da Jetstar Airways, da cidade de Cairns, na Austrália, de repente perdeu energia em seus dois reatores quando descia para pousar no Aeroporto Internacional de Kansai, no dia 29 de março, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério dos Transportes.
O piloto conseguiu corrigir a perda de potência e pousou de forma segura, explicou a nota do ministério, onde também afirmou que essa falha “poderia ter causado um grave acidente”.
As autoridades japonesas estão inspecionando a aeronave para tentar descobrir a origem da falha nos motores.
Como resultado dos acidentes aéreos acima mencionados, a União Europeia, os Estados Unidos e outros países suspenderam voos das aeronaves Boeing 737 Max e cancelaram seus pedidos para estes e outros modelos da empresa americana, a maior fabricante mundial de aeronaves.
(Com EFE)

Brunei instaura apedrejamento para punir homossexualidade e adultério

MUNDO

Brunei instaura apedrejamento para punir homossexualidade e adultério
O sultão de Brunei, Hasanal Bolkiah, em 14 de agosto de 2014 em Bandar Seri Begawan - AFP/Arquivos
O pequeno sultanato de Brunei instaurou nesta quarta-feira a pena de morte por apedrejamento para punir as relações homossexuais e o adultério com uma reforma do código penal inspirada na sharia, o que provocou uma onda de indignação ao redor do mundo.
O pequeno Estado rico em combustíveis, situado na ilha de Bornéu e governado com mão de ferro pelo sultão Hassanal Bolkiah, se tornou o primeiro país do sudeste asiático a aplicar a nível nacional um código penal baseado na sharia mais rígida, seguindo o exemplo da Arábia Saudita.
A nova legislação também prevê a amputação de um pé ou de uma das mãos para os ladrões. O estupro pode ser punido com pena de morte, assim como ofensas ao profeta Maomé. Alguns artigos do código penal, como o apedrejamento por homossexualidade, se aplicam tanto aos muçulmanos como aos não muçulmanos.
O novo código penal foi criticado pela ONU e por vários governos e ONGs, assim como por várias personalidades do mundo do entretenimento, como George Clooney e Elton John, que pediram um boicote aos hotéis de luxo vinculados ao sultão de Brunei.
O sultão Bolkiah, que lidera a monarquia desde 1967, não fez referência à entrada em vigor das novas leis em um discurso pronunciado nesta quarta-feira, mas defendeu um islã mais forte.
“Quero que os ensinamentos islâmicos neste país sejam reforçados”, disse Bolkiah em um centro de convenções nas proximidades da capital Bandar Seri Begawan.
A convocação para a oração deve ser ouvida em todos os locais públicos, não apenas nas mesquitas, para recordar os deveres, disse o sultão.
– Condenação internacional –
“Brunei é um país justo e feliz”, afirmou o sultão em resposta às críticas. “Quem desejar visitar este país terá uma experiência agradável e se beneficiará de um ambiente seguro e harmonioso”.
Representantes do governo confirmaram a entrada em vigor do novo código nacional, que segundo os críticos atenta contra os direitos humanos.
Phil Robertson, subdiretor da ONG Human Rights Watch, considera que o texto é “bárbaro em sua essência” e “impõe castigos arcaicos por atos que nem sequer deveriam ser considerados crimes”.
Para a União Europeia (UE), alguns aspectos da legislação supõem “tortura ou atos cruéis, desumanos e degradantes”.
O governo dos Estados Unidos afirmou que a nova legislação é contrária às “obrigações internacionais relativas aos direitos humanos”.
O sultão, uma das maiores fortunas do mundo, anunciou em 2013 a progressiva aplicação da sharia.
Com o novo código, as relações homossexuais podem ser punidas com a pena de morte por apedrejamento no caso dos homens e de 10 anos de prisão no caso das mulheres.
Até agora as relações entre homens, que já eram ilegais em Brunei, eram castigadas com a pena máxima de 10 anos de prisão.
Um habitante gay de 33 anos do sultanato criticou as leis “injustas e cruéis”, que não deveriam ser aplicadas.
“Isto tira a alegria de viver, a liberdade de expressão, me deprime tanto”, disse à AFP sob a condição de anonimato.
Zulhelmi bin Mohamad, uma mulher transgênero de 19 anos que fugiu de Brunei no ano passado e pediu asilo no Canadá, afirma que a comunidade LGBT do país, que já vive “muito escondida”, sofrerá ainda mais.
“Alguns estão muito preocupados e gostariam de fugir do país antes que descubram que não são heterossexuais”, disse.
Os primeiros dispositivos do novo código foram instaurados em 2014, com multas ou penas de prisão por exibicionismo ou ausência na oração de sexta-feira.
É difícil avaliar o sentimento da população ante a aplicação da sharia em Brunei, já que a maioria dos 435.000 habitantes evitam criticar o sultão.
Mas se acredita que tem um amplo apoio entre os muçulmanos malaios, que representam 70% da população.
Para os analistas, o sultão Bolkiah busca reforçar sua imagem de líder islâmico diante dos mais conservadores no momento em que a economia nacional, baseada no petróleo, dá sinais de enfraquecimento.
De fato não há certeza de que a pena mais severa, o apedrejamento, será aplicada algum dia.
As condições para que a justiça determine uma sentença deste tipo permanecem excepcionais: um acusado deve confessar o crime ou cometê-lo na frente de pelo menos quatro testemunhas.