terça-feira, 2 de abril de 2019

'Estou pronto para fechar fronteira com México se preciso', diz Trump

MUNDO
Foto: Saul Loeb/AFP
Foto: Saul Loeb/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta terça-feira fechar a fronteira com o México por causa do fluxo imigratório, se necessário. Segundo ele, isso certamente teria um peso econômico negativo, mas na opinião dele a segurança é mais importante que o comércio.

Trump insistiu que o Congresso americano deve aprovar mudanças no sistema imigratório, de modo a garantir maior segurança na fronteira. Segundo ele, o sistema imigratório americano atual é "o mais estúpido do mundo", com estratégias como por exemplo prender e soltar ilegais antes de uma audiência que pode demorar muitos meses e na qual muitos imigrantes não comparecem. O presidente voltou a criticar os democratas, ao dizer que eles por questões políticas insistem em manter uma fronteira fraca.

O México também sofreu cobranças de Trump. Para ele, o vizinho precisa fazer mais para controlar o fluxo de imigrantes vindos da América Central. Segundo Trump, outra opção se não houver melhoras no quadro seria fechar parcialmente a fronteira. 

Trump comentou o assunto após reunião na Casa Branca com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg. Ele elogiou a Otan e comentou que houve progressos na arrecadação, mas insistiu que outras nações do grupo devem pagar mais para não sobrecarregarem os EUA. Stoltenberg, por sua vez, agradeceu o compromisso de Trump com a Otan.


FONTE: AE


Pelé diz que Mbappé pode ser o melhor do mundo no PSG: “Nunca deixei o Santos”

ESPORTES
Pelé e Mbappé se aproximaram pelas redes sociais durante da Copa da Rússia (Foto: FRANCK FIFE / AFP)
Depois de quase 10 meses da aproximação pelas redes sociais, Pelé e Mbappé finalmente se encontraram pessoalmente. Nesta terça-feira, o jovem francês do Paris Saint-Germain e o Rei do Futebol trocaram elogios, com auxílio da tradução, após serem apresentados em evento de uma patrocinadora de ambos realizado em um hotel de luxo de Paris. O ídolo brasileiro, inclusive, aproveitou para aconselhar o atacante de 20 anos.
“Ele não precisa sair do PSG para ser o melhor do mundo. Ele deve continuar a jogar da mesma maneira, porque ele se tornará o melhor do mundo. Isso é importante. Se tivermos que fazer uma comparação com Pelé, o Pelé nunca deixou Santos para ser o melhor jogador do mundo”, disse o tricampeão do mundo durante entrevista coletiva.
“Ele treina para se tornar o rei. Ele está passando por testes para se tornar o rei. Ele ainda tem muitos passos pela frente, é jovem, acabou de começar. No futebol, você nem sempre sabe tudo. Sempre há algo para aprender. Se posso dar alguns conselhos, cuide do corpo. A técnica, ele já tem. O físico é o aspecto mais importante para um atleta”, completou.
Perguntado sobre o que falta para Mbappé alcançá-lo, Pelé citou as diferenças do futebol praticado na época em que atuava se comparado com o de atualmente. Além disso, o Rei disse que o prodígio francês precisava melhorar sua capacidade de arremate com a cabeça.
“Ele não pode ser como eu porque meus pais fecharam a fábrica [risos], mas ele tem a oportunidade de ter a mesma sorte que eu tive no futebol. Eu tive este presente, esse presente de Deus. Depois, é o que eu sempre digo aos mais jovens: hoje, o futebol é muito mais físico do que no meu dia. Será necessário que Mbappé esteja muito bem preparado fisicamente para alcançar seus objetivos”, declarou.
“O que está faltando para ele? Não muito. Talvez o jogo com a cabeça, o impulso e o salto. Isso é o que nos faz diferentes. Eu tive muito impulso. Eu pulava bem alto e marquei muitos gols de cabeça”, disse.

O encontro entre Mbappé e Pelé estava inicialmente programado para novembro do ano passado, mas, por conta de problemas de saúde do ídolo do Santos e do futebol brasileiro, foi adiado. Na última segunda-feira, através de suas redes sociais, o atleta do Paris Saint-Germain já havia demonstrado sua expectativa em conhecer o Rei.


FONTE: GAZETA ESPORTIVA

Brasil cai para 27º lugar entre os maiores exportadores do mundo

MUNDO
Divulgação/ Portal Governo Brasil
Divulgação/ Portal Governo Brasil
O Brasil caiu da 26ª posição para o 27º lugar entre os maiores exportadores do mundo, em 2018, segundo relatório anual divulgado nesta terça-feira (2) pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Entretanto, houve aumento de 10% nas vendas em comparação a 2017.

No ano passado, as exportações chegaram a US$ 239,5 bilhões, com aumento de 9,6%. As importações cresceram 19,7% ao totalizarem US$ 181,2 bilhões. O saldo da balança comercial em 2018 ficou em US$ 58,3 bilhões.

O 26º lugar foi assumido pelo Vietnã. O primeiro lugar no ranking é da China, seguida por Estados Unidos e Alemanha. O último lugar é da Indonésia, em 30º lugar.

Comércio mundial
 
Segundo dados preliminares da OMC, o comércio mundial cresceu 3%, em 2018, abaixo do previsto em setembro pela organização (3,9%). O resultado menor que o esperado é explicado principalmente por piora no comércio mundial, no quarto trimestre.

Para 2019, a previsão é crescimento de 2,6% no comércio mundial, em linha com a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 2,6%. Em 2020, o comércio mundial deve atingir crescimento de 3%, com previsão para o PIB em 2,6%.




Fome extrema atinge mais de 113 milhões no mundo, diz relatório da ONU

MUNDO
Relatório apresentado pela União Europeia, FAO e PAM destaca que o problema da insegurança alimentar afeta principalmente o continente africano. Causa maior são os conflitos armados.

Foto de 2018 mostra pernas de Abdelrahman Manhash, de 5 anos de idade,que refletem o severo grau de subnutrição em que o menino iemenita se encontra em uma clínica de tratamento em Khokha, na província de Hodeidah, no Iêmen. Levantamento da ONG Save the Children aponta que no mínimo 85 mil crianças com menos de 5 anos morreram de fome ou doenças desde 2015 no país em guerra — Foto: AFP
Mais de 113 milhões de pessoas em 53 países sofreram "insegurança alimentar aguda" em 2018, afirma um relatório global da ONU sobre a crise alimentar divulgado nesta terça-feira (2).
O relatório apresentado pela União Europeia (UE), Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Alimentar Mundial (PAM), entre outras organizações, destaca que o problema afeta principalmente o continente africano.
Os países que atravessaram as mais graves crises alimentares são IêmenRepública Democrática do CongoAfeganistãoEtiópiaSíriaSudãoSudão do Sul e o norte da Nigéria.
Dominique Burgeon, chefe de emergências da FAO, afirmou que os países africanos são atingidos de forma "desproporcional" pela fome aguda, com quase 72 milhões de pessoas afetadas. Segundo o documento, nos últimos três anos, cerca de 50 países vivem dificuldades cada vez maiores para alimentar a suas populações.
A principal causa da insegurança alimentar em todo o mundo foram as guerras. Cerca de 74 milhões de pessoas, ou seja, dois terços da população que enfrenta a fome aguda, estavam em 21 países ou territórios localizados em zonas de conflito, assim como já havia ocorrido em 2017.
"Nesses países, até 80% das populações afetadas dependem da agricultura", afirmou Burgeon. "Estas pessoas precisam receber assistência humanitária de emergência para poder se alimentar e condições para impulsionar a agricultura."
Em 2018, o número total de pessoas que sofreram fome aguda apresentou leve redução em comparação a 2017 (124 milhões). Isso pode ter ocorrido em razão de alguns países estarem menos expostos a riscos climáticos violentos, como secas, inundações ou chuvas.
"Este recuo no valor absoluto é um epifenômeno", minimizou Burgeon. A redução ocorreu "devido à ausência do fenômeno climático 'El Nino', que afetou muito as culturas na África Austral e no Sudeste Asiático em 2017".
"Por causa dos violentos ciclones e tempestades em Moçambique e no Malawi este ano, já sabemos que esses países estarão no relatório do ano que vem", observou.
Médico alimenta criança desnutrida em um centro dos Médicos Sem Fronteiras em Maiduguri, Nigéria – foto de 2016 — Foto: Sunday Alamba/APMédico alimenta criança desnutrida em um centro dos Médicos Sem Fronteiras em Maiduguri, Nigéria – foto de 2016 — Foto: Sunday Alamba/AP
Médico alimenta criança desnutrida em um centro dos Médicos Sem Fronteiras em Maiduguri, Nigéria – foto de 2016 — Foto: Sunday Alamba/AP
José Graziano da Silva, diretor-geral da FAO, avalia que, apesar da ligeira queda em 2018 no número de pessoas com insegurança alimentar aguda, a forma mais extrema de fome, "o número ainda é alto demais".
Ele diz que é preciso investimentos de grande porte no desenvolvimento, ajuda humanitária e na construção da paz "para construir a resiliência das populações afetadas e pessoas vulneráveis", acrescentando que "para salvar vidas, também temos que salvar os meios de subsistência".
O diretor-executivo do PAM, David Beasley, observou que para erradicar a fome é necessário atacar suas causas fundamentais. "Conflitos, instabilidade, impacto dos choques climáticos. Rapazes e moças precisam ser bem nutridos e educados, as mulheres precisam ser verdadeiramente fortalecidas, a infraestrutura rural deve ser fortalecida para conseguirmos esse objetivo de fome zero", destacou.
O relatório pede o fortalecimento da cooperação entre a prevenção, preparação e reação no atendimento às necessidades humanitárias urgentes e às causas profundas, que incluem as mudanças climáticas, choques econômicos, conflitos e deslocamentos.

FONTE: Deutsche Welle

Otan, a maior organização de defesa coletiva do mundo


Otan, a maior organização de defesa coletiva do  mundo
Soldados checos que participam da Força Internacional de Assistência à Segurança da OTAN no Afeganistão, durante uma patrulha noturna em Parwan, em 29 de maio de 2014 - AFP/Arquivos
Há 70 anos, durante o início da Guerra Fria, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tornou-se a principal organização militar comum de defesa, dos 29 países membros da Europa e da América do Norte.
– 1949: ameaça soviética –
A Otan foi fundada em 4 de abril de 1949, em Washington, por 12 países, 10 europeus, Estados Unidos e Canadá.
Seu objectivo era então enfrentar a ameaça soviética, baseada no princípio da solidariedade mútua entre todos seus membros, definido no artigo 5º do Tratado: “As partes concordam que um ataque armado contra um ou mais deles, na Europa ou na América do Norte, será considerado como um ataque dirigido contra todos eles […] “.
Ao longo dos anos, novos parceiros aderiram: Grécia, Turquia (1952), Alemanha (1955) e Espanha (1982). Com a queda da União Soviética em 1991, uma nova etapa para a Aliança começou a tomar forma. Em maio de 1997, a OTAN e a Rússia assinaram o “Ato Fundador”, que encerrou a Guerra Fria.
– 1994: primeiros combates –
A Otan abriu fogo pela primeira vez em 28 de fevereiro de 1994 ao abater quatro aviões sérvios em uma zona de exclusão aérea imposta pela ONU na Bósnia Herzegovina.
Em 16 de dezembro de 1995, realizou sua primeira operação terrestre na Bósnia, onde mobilizou 60.000 tropas (operação Ifor).
Em 24 de março de 1999, a Otan lançou uma campanha de bombardeios aéreos para tentar impedir a repressão sérvia contra a população albanesa de Kosovo.
Esta campanha, de 78 dias e sob mandato da ONU, implicou a retirada dos sérvios da província, que ficou sob a administração da ONU, com uma força da Otan (Kfor) de 40.000 soldados garantindo a segurança.
O Parlamento do Kosovo proclamou a independência deste governo sérvio em fevereiro de 2008.
Em 1999, a Otan acolheu os primeiros países da antiga Europa comunista: a República Tcheca, a Hungria e a Polônia.
– 11 de setembro –
Em 2001, após os ataques de 11 de setembro, os Estados Unidos se tornaram o primeiro país a invocar o Artigo 5. A Otan apoiou Washington em sua “guerra contra o terrorismo”.
Assim, em 2003, a Aliança assumiu a liderança da Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão (Isaf), cuja missão de combate foi mantida até 2014.
Em março de 2004, sete países da Europa Oriental se uniram à Otan: Eslováquia, Eslovênia, Bulgária e Romênia.
A chegada de três ex-repúblicas soviéticas (Lituânia, Letônia e Estônia) irritou especialmente Moscou.
Em 2010, juntaram-se a Albânia e a Croácia e, em 2017, Montenegro tornou-se o 29º membro.
Em 31 de março de 2011, a Otan assumiu o comando da intervenção ocidental na Líbia, estabelecida sob mandato da ONU em nome da proteção de civis.
A operação do “Unified Protector”, que durou sete meses, levou à derrubada do coronel Muammar Kadhafi.
– Pirataria e ciberataques –
A OTAN também ajudou a prevenir a pirataria ao largo da costa do Chifre da África e, desde 2016, usa barcos de vigilância para combater o tráfico de seres humanos no Mar Mediterrâneo.
A Aliança também ajuda seus membros a fortalecer sua defesa cibernética e seus especialistas ajudam os aliados em caso de ataque.
– Tensões com a Rússia –
Em 2014, após a anexação da península da Crimeia pela Rússia e suas ações contra a Ucrânia, a Otan suspendeu sua cooperação com Moscou.
Em 2016, a Aliança implantou quatro grupos táticos multinacionais na Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia.
Este foi o reforço de sua mais importante defesa coletiva desde o final da Guerra Fria.
Em novembro de 2018, a Otan também realizou seu maior exercício militar desde aquela data, na Noruega, a poucas centenas de quilômetros da fronteira com a Rússia.