terça-feira, 26 de março de 2019

Para não depender só do torcedor, Vasco alavancará patrocínio com produtos para empresas


Por Rodrigo Capelo
Jornalista especializado em negócios do esporte
São Paulo
 

Bruno Maia, vice-presidente de marketing, e Alexandre Campello, presidente do Vasco — Foto: Rafael Ribeiro / Vasco.com.brBruno Maia, vice-presidente de marketing, e Alexandre Campello, presidente do Vasco — Foto: Rafael Ribeiro / Vasco.com.br
Bruno Maia, vice-presidente de marketing, e Alexandre Campello, presidente do Vasco — Foto: Rafael Ribeiro / Vasco.com.br
Vasco anunciará seu novo patrocinador máster, o BMG, em entrevista coletiva a ser realizada na tarde desta terça-feira. O torcedor já tem noção de como funcionará a parceria. A marca laranja será estampada no peito, região nobre do uniforme, e a expectativa é de que o patrocínio amadureça em 2019 e chegue a 2020 com uma remuneração de R$ 15 milhões anuais. O que o torcedor ainda não sabe, e o blog antecipa, é da estratégia que o marketing vascaíno optou para bater essa meta.
O contrato que acaba de ser assinado segue lógica diferente da convencional. Em vez de ser remunerado pela mera exposição da marca do patrocinador no uniforme, o Vasco estabeleceu uma parte fixa e outra variável dentro da remuneração que espera obter. Atlético-MGCorinthiansCruzeiro e Flamengo assinaram contratos similares. Assim como nos casos deles, a parte variável está condicionada ao desempenho de um negócio conjunto com o patrocinador.
A diferença está nos meios para chegar a esse desempenho. O Vasco terá um banco customizado em parceria com o banco mineiro, Meu Vasco BMG, e receberá metade do lucro a ser contabilizado por essa "sociedade". Do mesmo modo que as demais associações, a diretoria cruzmaltina precisará convencer torcedores a abrir contas e movimentá-las com crédito e investimentos, taxas e juros. Este é um meio importante para rentabilizar o patrocínio, porém não o único.
Também está prevista a remuneração conforme produtos financeiros que o Vasco oferecerá a empresas. Estabelecimentos como padarias, mercados e postos de gasolina poderão adotar tal máquina de débito e crédito, por exemplo, e um pequeno percentual sobre cada transação será direcionado para o banco cruzmaltino. Esses comércios podem pegar crédito e pagar juros, ao antecipar receitas de compras parceladas por clientes. De novo, parte disso vai para o banco vascaíno.
A estratégia também abrange bares e micro empreendedores individuais, como ambulantes que possuem máquina para cartão, ambos muito próximos do ambiente do futebol. As hipóteses estão na mesa. A partir de agora, o marketing vascaíno está incumbido de finalizar a estratégia comercial e colocá-la em prática para alavancar o patrocínio.
Traduzindo para o linguajar do mercado, o Vasco aumenta as chances de sucesso do patrocínio ao trabalhar também com B2B (business to business), além do B2C (business to costumer) que todos os clubes farão uso. A jogada combina com o retrospecto recente do BMG. Em setembro do ano passado, o banco comprou 65% da empresa Pago Cartões e a rebatizou Granito, justamente a empresa que fornece máquinas para cartões e outros serviços financeiros para varejistas.
A novidade, a ser detalhada pelo marketing cruzmaltino nesta terça, também pode desarmar possível resistência de torcedores em relação ao patrocínio. Em outros clubes, a repercussão sobre o novo modelo de parceria oscilou entre o otimismo exagerado e a percepção de que fãs serão explorados, uma vez que contratos só renderão para valer caso os clientes paguem taxas e juros aos bancos customizados. Com o B2B, ao menos o Vasco tem mais uma opção para ganhar dinheiro.
    GLOBO ESPORTE 

Em visita de torcedora a Laranjeiras e ao CT, avô rubro-negro veste camisa do Fluminense

Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro
 
Em visita de torcedora a Laranjeiras e ao CT, avô rubro-negro veste camisa do FluminenseEm visita de torcedora a Laranjeiras e ao CT, avô rubro-negro veste camisa do Fluminense
Reprodução / Twitter
Laís, torcedora de 7 anos do Fluminense que viralizou em uma imagem nos ombros do avô Vanderlei, rubro-negro, no Fla-Flu de domingo, conheceu a sede de Laranjeiras e o CT Pedro Antonio nesta terça-feira. A visita foi mais um exemplo de convivência em harmonia: toda a família, independentemente do time, vestiu a camisa tricolor.
Vanderlei é torcedor do Flamengo assim como Leonardo, pais de Laís. Nathália, mãe da menina, é Vasco e fez o mesmo. A avó Nelcimar é tricolor.
A foto de Alexandre Cassiano, do jornal EXTRA, ganhou repercussão pois mostra Laís, com a camisa do Flu, em mar de rubro-negros. Por conta disso, o Fluminense fez o convite para ela conhecer o clube.
A família visitou ainda o CT Pedro Antonio. Está prevista a ida dela ao clássico de quarta-feira. Ela deve entrar com os jogadores do Fluminense em campo.
Laís ficou nos ombros do avô — Foto: Alexandre Cassiano / Agencia O GloboLaís ficou nos ombros do avô — Foto: Alexandre Cassiano / Agencia O Globo
Laís ficou nos ombros do avô — Foto: Alexandre Cassiano / Agencia O Globo
A ida ao jogo de domingo foi a primeira experiência de Laís em um estádio de futebol. Vanderlei e Leonardo, pai de Laís, torcedores do Flamengo, levaram a menina no Setor Leste inferior. Mesmo com a maioria de rubro-negros, nenhum problema foi registrado.
GLOBO ESPORTE