sexta-feira, 22 de março de 2019

Styvenson defende mais transparência com dinheiro das multas de trânsito


  
Da Redação | 21/03/2019, 19h27
O senador Styvenson Valentim (Pode-RN) quer que parte do dinheiro arrecadado com a aplicação de multas de trânsito seja destinado a ações e serviços públicos de saúde voltados para condutores reincidentes em infrações devido ao uso de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência. Também defende que o Código Brasileiro de Trânsito (CBT) seja mais transparente quanto ao uso dos recursos provenientes de multas.
É o que está previsto no projeto de lei que ele apresentou hoje (PL 1334/2019) e que será analisado pelas Comissões de Constituição, Justiça e Cidadania e de Assuntos Econômicos.
Durante pronunciamento nesta quinta-feira (21) o parlamentar defendeu a aprovação da matéria. Para ele, as pessoas flagradas várias vezes conduzindo veículos ou motocicletas pela influência de álcool ou drogas precisam receber tratamento e não serem tratadas apenas como quem cometeu uma infração.
Styvenson avalia que a medida é importante para que sejam evitados problemas mais sérios e até mesmo contribuir para a redução do numero de mortes em acidentes. Ele relatou que, como policial, pode constatar que o maior número de ocorrências de violência é causada pela ingestão excessiva de álcool e outras drogas.
A proposta do senador inclui uma forma mais clara de divisão dos recursos. Atualmente, pelo o Código Brasileiro de Trânsito (CBT), o dinheiro deve ser investido em melhorias de trânsito sem especificar porcentagem.
— Então, seriam esses 25%, para a saúde, 25% para a manutenção da segurança, 25% para a educação de trânsito feita nas escolas, conforme o próprio Código de Trânsito já prevê, e esses 25%, que também já existem na lei, para sinalização e fiscalização. Do meu ponto de vista, seria uma forma equilibrada de destinar esse montante todo de dinheiro — defendeu.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Audiência alerta para grande risco de desastre em bairro de Maceió


  
Da Redação | 21/03/2019, 21h06
Em debate sobre os tremores de terra, o afundamento do solo e as rachaduras em vários imóveis do bairro Pinheiro, em Maceió, pesquisadores alertaram que há risco de grandes danos humanos e materiais, principalmente com a chegada do período chuvoso, que começa em abril em Alagoas. Durante audiência pública realizada na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC), alguns dos participantes pediram a urgente evacuação da população de Pinheiro e das localidades vizinhas, como os bairros Mutange e Bebedouro, mesmo antes da conclusão dos laudos que investigam as causas dos problemas.
Para o coordenador da Defesa Civil de Alagoas, Tenente Coronel Moisés Melo, “está bem claro que é possível haver um desastre como nunca foi visto no país”.
— A Defesa Civil trabalha com a pior das hipóteses. A chuva vai chegar em questão de tempo. Se o gatilho é a chuva, temos que retirar toda a população dessa área — defendeu .
Rachaduras têm surgido em ruas e imóveis da região desde o início de 2018. De acordo com o relatório elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a situação não se estabilizou e, por isso, está sendo monitorada. Segundo o pesquisador e geólogo do CPRM Tales Queiroz, o afundamento do solo está acelerado desde 2017. Ele explicou que parte do solo se move de forma contínua, em movimento de rastejo, mas não descarta que parte do solo se quebre e afunde mais rapidamente.
— Não sabemos hoje se esse rastejo vai evoluir para um movimento mais brusco ao longo de 10, 20, 50 anos ou se já vai se tornar brusco no próximo ano, talvez até mesmo na próxima chuva — advertiu Queiroz.
A área de risco do bairro foi dividida pela Defesa Civil em três cores: vermelha, laranja e amarela. Cada uma representa um grau de risco, sendo a vermelha a mais grave. Porém, de acordo com a recomendação do Ministério Público, as áreas laranja e amarela também deverão ser evacuadas até a área chuvosa.
O senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), presidente da CTFC, recomenda que os moradores não esperem o início das chuvas.
— Se não há condição de antecipar o laudo, nós temos responsabilidade. Algo está acontecendo. Não se sabe quando pode virar um desastre — disse.
Participantes também pediram decretação de estado de calamidade pública no município, reforço dos esquemas de segurança e auxílio-moradia para realocação dos moradores.
Laudo
Os estudos, que devem ser concluídos até o final de abril, avaliam se as atividades de mineração da companhia petroquímica Braskem, que há 40 anos atua na extração de sal-gema na região, estariam relacionadas ao surgimento de fissuras no solo e em imóveis. Também analisa se a exploração de poços pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) teria provocado algum impacto no solo.
O representante da Braskem, Alexandre de Castro, afirmou que empresa vem prestando apoio às autoridades públicas e participado com estudos e ações adicionais para contribuir com as investigações das causas.
Já o assessor técnico da Casal, Jorge Briseno Torres, afirmou que o órgão nunca explorou poços profundos ou galerias subterrâneas na região de Pinheiro. Outras hipóteses que estão sendo verificadas são causas naturais, decorrentes da atividade tectônica no bairro, que tem uma falha geológica.
De acordo com Serviço Geológico do Brasil, só após a conclusão dos estudos será possível avaliar se obras de contenção e drenagem serão suficientes para interromper a movimentação acelerada do solo.
— É preciso que os organismos municipais, estaduais e federal trabalhem desde já para evitar consequência danosa à vida dos seres humanos – disse o diretor de Hidrologia da CPRM, Antonio Carlos Bacelar Nunes.
O diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Victor Bicca, aponta que várias podem ser as causas do problema:
— O sistema, que estava até então em equilíbrio, se rompeu. Precisamos saber se uma causa prepondera sobre as demais ou se foi o conjunto que causou o rompimento — disse.
Comunidade
Representantes dos moradores de Pinheiro criticaram a atuação das autoridades locais desde as primeiras ocorrências de afundamento do solo na região. Eles não rejeitam a possibilidade de uma evacuação das áreas de risco, mas questionam os termos da operação e pedem mais assistência à comunidade.
— Enquanto o poder público e os governantes não decidirem unir forças e trabalhar em um proposito só, vamos continuar participando de estudos e reuniões e a população vai continuar sofrendo — resumiu Joelinton Góis, do Núcleo Comunitário de Defesa Civil de Maceió (Nudec).
Representante do Movimento SOS Pinheiro, Geraldo Vasconcelos de Castro Júnior, relatou que os moradores do bairro vivem sob constante pressão. Ele considerou que a prefeitura e o governo estadual por se ausentaram da crise, mas ressaltou que o Ministério Público tem prestado apoio. Quanto a uma evacuação, ele demonstra ceticismo.
— Para tirar as pessoas do bairro seria preciso realizar uma operação de guerra. Nossas defesas civis, por mais que tenham boa vontade, não terão condições. Acho que isso é coisa para as Forças Armadas.
Para o presidente da Associação dos Empreendedores do Bairro Pinheiro, Alexandre Sampaio, a polícia não tem estrutura para proteger os estabelecimentos comerciais, que ficariam desguarnecidos no caso de um esvaziamento do bairro. Sampaio destacou que o bairro possui cerca de 2 mil empresas em atividade, que geram mais de 30 mil empregos e movimentam entre R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão por ano.
A hipótese de evacuação deve ser tratada com delicadeza, assegurou o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun. Ele mostrou preocupação com a “questão psicossocial” que poderia ser provocada pelo abandono forçado das residências.
— As pessoas são apegadas as suas casas, que passaram a vida construindo. Não podemos culpá-las quando elas não querem sair daquela área. Temos que compreender, mas temos que fazer o necessário para retirar.
Poder público
O Ministério Público do Estado (MPE), a Defensoria Pública e o Ministério Público do Trabalho (MPT) explicaram as providências que estão tomando diante da situação. O promotor José Antônio Marques informou que um grupo do MPE vem monitorando o caso e pressionando para a execução de medidas consideradas emergenciais. Entre elas, a desocupação da área crítica e a interrupção do tráfego nas vias e de serviços de gás, água e luz.
Representando o MPT, Rosemeire Lobo destacou que o órgão tem focado sua atenção nos pequenos empresários do bairro, para os quais uma ajuda importante seria a liberação da dívida ativa para que eles possam se beneficiar de linhas de crédito e se estabelecerem em outras localidades. O MPT também acompanha a situação dos trabalhadores do bairro, entre eles os funcionários da Braskem.
A Defensoria Pública trabalha para liberar o aluguel social para os moradores que precisem ou queiram deixar o bairro desde já. O defensor Carlos Eduardo de Paula Monteiro apontou que alguns casos têm sido indeferidos sem motivo claro. Ele explicou que muitos moradores não têm a situação devidamente regularizada, por motivos de usucapião ou herança, por exemplo.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Polícia Militar terá mais de 700 homens no esquema de segurança do Re x PA

 

Campeonato Paraense

 

  •  

    21/03/2019 16:53h
    A Polícia Militar vai atuar com 710 homens nas ações de policiamento ostensivo geral, no próximo domingo (24), durante o clássico Remo x Paysandu, no Estádio Olímpico do Pará, o Mangueirão. Integram o efetivo destacado para o clássico militares dos comandos de Policiamento da Capital I e II (CPC I e II), de Missões Especiais (CME), de Policiamento Ambiental (CPA) e de Policiamento Especializado (CPE), além do Centro de Inteligência da PM. O evento faz parte da tabela de jogos do Campeonato Paraense da 1ª Divisão de Futebol Profissional de 2019, organizado pela Federação Paraense de Futebol, evento tradicional do calendário esportivo do Estado, e que sempre atrai um público expressivo.
    Diante da importância da competição, o Comando de Policiamento Especializado (CPE) planejou um esquema especial de reforço da segurança, com concentração do efetivo a partir de 12 h, nas áreas externa e interna do Mangueirão.
    Durante o evento, a PM vai desenvolver ações motorizadas em áreas estratégicas, policiamento ostensivo e preventivo, por meio de patrulhas, policiamento montado (Regimento de Polícia Montada/Cavalaria) e policiamento de choque (Batalhão de Polícia de Choque).
    Pontos estratégicos - A corporação também realizará a Operação Visibilidade Estática (OVE), das 12 às 22 h, com a finalidade de prevenir crimes que possam ocorrer em locais de grande concentração de torcidas organizadas. Haverá viaturas em pontos-base estratégicos (PBE) mapeados pela polícia, ao longo das avenidas Almirante Barroso, Júlio César, Centenário, Pedro Álvares Cabral, Augusto Montenegro e Arterial 18, além da Rodovia BR-316.
    A Polícia Militar atuará em parceria com os diversos órgãos do Sistema Estadual de Segurança e Defesa Social – Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup), Polícia Civil (Delegacia de Meio Ambiente), Corpo de Bombeiros Militar, Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) e Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) -, além da Secretaria Municipal de Economia (Secom), Guarda Municipal de Belém (Gbel) e Associação dos Ambulantes.
    Por Lene Alves

    Governo trabalha para zerar déficit carcerário no Pará até 2022

     

    Plano estratégico

     


    Um plano estratégico de ações a serem executadas para melhorar o sistema prisional nos próximos quatro anos foi encaminhado nesta quinta-feira (21) ao Núcleo de Projetos da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), por meio da Diretoria de Logística e Patrimônio (DLPI). O Governo do Estado está construindo o plano estratégico voltado à segurança pública, com ações específicas a serem desenvolvidas pela atual gestão. As propostas também serão apresentadas à Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) para análise e viabilidade dos projetos, por meio de convênios de investimento nacional. 
    “Uma das principais propostas do planejamento é zerar o déficit carcerário de vagas no Estado. A Susipe elaborou uma proposta baseada na análise dos resultados da operação Opus, com o objetivo de projeto de execução de obras, na construção e ampliação de unidades prisionais, visando à redução total do déficit carcerário com a criação de mais 8.414 vagas e construção de 31 casas penais no Estado”, informou a diretora de Logística, Patrimônio e Infraestrutura da Susipe, Kamila Costa.  
    Para a Região Metropolitana de Belém estão previstas mais 1.510 vagas, em quatro novos centros de detenção: mais uma unidade prisional masculina, no Complexo de Santa Izabel; outra feminina para o semiaberto, em Ananindeua, e mais dois presídios, um masculino e outro feminino, em Marituba. As demais vagas seriam para o interior do Estado, nos município de Castanhal, Marabá, São Miguel do Guamá, Paragominas, Salinópolis, Tailândia, Cametá, Redenção, Santana do Araguaia, Parauapebas, Tucuruí, Breves, Soure, Itaituba, Santarém, Oriximiná e Altamira, contemplando todas as regiões.
    O planejamento viabiliza a liberação de recursos para a construção de unidades penais, ajudando a diminuir a superlotação carcerária. “Com a criação de novos presídios vamos conseguir minimizar a deficiência de infraestrutura nas unidades do Estado. Além destas novas unidades, o plano também abrangerá a segunda etapa de ampliação da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (Cpasi), gerando mais 200 vagas e dois blocos carcerários. A Susipe já tem previsto, por meio de investimentos do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), recursos de mais de R$ 7 milhões para ampliar o número de vagas na Cpasi e investir nos trabalhos de reinserção social de internos do regime semiaberto”, disse a diretora. 
    Meta - Para o secretário Extraordinário de Estado para Assuntos Penitenciários, Jarbas Vasconcelos, a meta da atual gestão com a criação de novas vagas prisionais é garantir o devido tratamento penal e a reinserção social aos detentos. 
    “Hoje, é inegável que o sistema prisional necessita de mais vagas pra conseguir reduzir a superlotação carcerária, para somente assim garantirmos o devido tratamento penal e de assistência jurídica, educação, saúde e trabalho aos apenados. Com um número equalizado de presos x vagas, teremos mais segurança para executar o nosso trabalho nas unidades prisionais. O planejamento estratégico também define ações integradas de Estado, com políticas públicas que venham reduzir o fluxo de entrada no cárcere e reduzir a reincidência criminal. Até 2022 pretendemos zerar o déficit carcerário no Pará e constituir uma nova história para o sistema penitenciário”, finalizou o secretário.
    Atualmente, 17.801 presos estão custodiados em 48 unidades prisionais do Estado. A capacidade é para 9.970 vagas. O excedente carcerário é de 74% na Região Metropolitana de Belém e de 85% no interior. Com o planejamento estratégico definido para o sistema prisional pelo atual Governo, a meta é gerar um total de 18.384 vagas até 2022. (Por Tamiris Balieiro).
    Por Melina marcelino

    Sejudh discute recuperação de navio Abaré para atender ribeirinhos

     

    Parceria

     


    Levar serviços de cidadania, saúde e segurança pública a moradores das margens dos rios paraenses foi pauta do encontro entre representantes da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e da reitoria da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), na quarta-feira (20), em Santarém. O titular da Sejudh, Rogério Barra, se reuniu com o reitor da Ufopa, Hugo Diniz, para iniciar a discussão sobre a reativação do navio “Abaré”- administrado pela instituição -, com o objetivo de melhorar os serviços prestados e oferecer outros, igualmente necessários à população. 
    Atualmente há parceria entre a Ufopa e os municípios de Santarém, Aveiro e Belterra, na qual a Universidade é responsável pela manutenção e guarda do “Abaré”, enquanto as Prefeituras utilizam o navio em ações de assistência à saúde das comunidades ribeirinhas da região do Tapajós, oferecendo atendimento médico com equipes multiprofissionais. Entretanto, a embarcação está com problemas estruturais porque a instituição não tem equipe técnica para fazer a manutenção adequada, que tem custo elevado, informou o secretário. 
    Transferência - A proposta é articular com órgãos federais a transferência da gestão do navio à Marinha do Brasil, com experiência e conhecimento técnico para fazer os reparos necessários, sob a condição de manter a embarcação atendendo às demandas da Ufopa a partir de um Termo de Cooperação. “Operar um navio sem um sistema de manutenção poderá, em curto prazo, levar esse navio a um desgaste sem reversão, perdendo assim um ativo do Erário nacional”, justificou Rogério Barra.
    Paralelamente, o objetivo é ampliar os serviços prestados a partir de uma parceria com o Governo do Estado, por meio da Sejudh e da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), para levar, respectivamente, ações de cidadania e delegacia itinerante, para combater a criminalidade nos rios da Amazônia, informou Rogério Barra, acrescentando que a intenção é levar o “Abaré” para outras localidades do Estado que também precisam desses serviços, beneficiando os demais municípios do Baixo Amazonas e de outras regiões, como o Arquipélago do Marajó.
    “A reunião foi produtiva porque a Universidade demonstrou interesse na proposta, e o próximo passo será demandar uma audiência com os demais órgãos, que também já sinalizaram positivamente. Seguindo a diretriz do novo Governo para aproximar e integrar o Estado, vamos seguir na luta para executar esta ação integrada, cujo objetivo primordial é levar serviços essenciais à população ribeirinha que, na maioria das vezes, está também às margens de tudo aquilo que é garantido na Constituição”, enfatizou o secretário.
    Por Claudiane Santiago

    Seaster encerra Semana do Artesão com serviços de cidadania

    Reconhecimento

     


    Serviços de saúde, emissão de documentos e atendimento estético beneficiaram cerca de 500 pessoas na manhã desta quinta-feira (21), no encerramento da programação realizada entre os dias 19 e 21 de março, pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho Emprego e Renda (Seaster), para homenagear os artesãos paraenses.
    “O artesanato mudou a minha vida. É através dele que hoje tenho renda e estou fazendo minha casa. Eu me sinto muito privilegiada em participar de um evento que está sendo feito para a nossa categoria, buscando melhorias para nós. Nosso trabalho precisa ser valorizado, e estou muito feliz com esse apoio do Estado nessa nossa luta”, disse Maria da Paixão, artesã no município do Acará, no nordeste paraense.
    A programação da Semana do Artesão iniciou na terça-feira (19) com um debate sobre o novo projeto de lei que cria o Programa Estadual do Artesanato Paraense, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), em atendimento à sugestão da deputada Dilvanda Faro, com o apoio do Governo do Estado. Entre as melhorias previstas no novo projeto de lei estão a definição da Seaster como coordenadora da Política Estadual do Artesanato Paraense; o reconhecimento da profissão para fins de trabalho e previdência; promoção de associações, cooperativas, grupos de trabalho e pessoas vinculadas ao setor artesanal, objetivando sua autonomia; fomento a atividades autossustentáveis e implantação e consolidação de equipamentos públicos de comercialização do artesanato.
    Na quarta-feira (20), a programação ocorreu no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC), e incluiu ciclo de palestras e capacitações sobre Economia Solidária e Empreendedorismo.
    Valorização - Nesta quinta-feira, a programação prosseguiu no CIIC com serviços de saúde, como verificação de pressão arterial e glicemia, atendimento em odontologia e vacinação, além de emissão de certidão de nascimento, certidão de óbito, carteira de identidade, cadastro do artesão e carteira de trabalho. Também foram oferecidos serviços de estética facial e corporal, como corte de cabelo, curso de automaquiagem e limpeza de pele. Ao final da programação houve apresentações culturais.
    “A Semana do Artesão foi produzida com o intuito de valorizar o artesanato paraense. Durante esta gestão assumimos o compromisso com esta categoria e vamos buscar, cada vez mais, melhorias para ela, como a aprovação desta lei com o apoio da Assembleia Legislativa”, afirmou Miriquinho Batista, secretário adjunto do Trabalho, da Seaster.
    Por Mayara Albuquerque

    Seminário atualiza profissionais sobre controle do câncer de colo do útero

    Saúde da mulher

     

  •  

    21/03/2019 20:06h
    Cerca de 200 profissionais de saúde, a maioria atuando na Atenção Básica, participaram nesta quinta-feira (21), no auditório do Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, do Seminário Técnico sobre Detecção, Diagnóstico Precoce e Tratamento do Câncer de Colo do Útero. O objetivo foi atualizar os profissionais sobre as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento e Controle do Câncer do Colo do Útero, cuja última edição foi lançada em 2018 pelo Ministério da Saúde.
    O evento integra a programação da Campanha “Março Lilás por todo o Pará – Prevenção e Controle do Câncer do Colo do Útero”, que visa mobilizar mulheres e chamar a atenção da população paraense para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, que faz milhares de vítimas anualmente.
    A coordenadora estadual de Atenção Oncológica, Patrícia Martins, na palestra sobre “Epidemiologia e Rede de Serviços de Média e Alta Complexidade no Controle do Câncer de Colo do Útero”, afirmou que o grande desafio é o diagnóstico precoce da doença, e que tudo começa no primeiro atendimento às mulheres nas Unidades Básicas de Saúde. “É fundamental que o serviço de coleta do exame preventivo (PCCU) funcione bem, apesar das dificuldades que os municípios enfrentam. É importante que seja feita busca ativa, principalmente das mulheres que não voltaram para buscar os exames, cujos resultados apresentaram alguma alteração”, acrescentou a coordenadora estadual.
    Por não haver o diagnóstico precoce, as mulheres estão chegando aos serviços de média e alta complexidade em um estágio da doença sem possibilidade de tratamento curativo, a não ser assistência paliativa. Para ilustrar a gravidade dessa situação, ela informou que dos 20 leitos de cuidados paliativos do HOL, 10 são ocupados por pacientes com câncer de colo do útero, enfatizando, ainda, que precisa melhorar as informações no prontuário das pacientes que chegam aos serviços.
    Estatística – Sobre o panorama do câncer de colo do útero no Pará, Patrícia Martins apresentou dados preocupantes. De 2009 a 2016, a prevalência foi 4.668 casos da doença no Estado, e a estimativa para 2019 é de 860 novos casos da doença. “Só nos hospitais públicos foram atendidas 527 pacientes em 2015 e 646 mulheres em 2016”, informou a coordenadora, lembrando que no Pará, e demais Estados da Região Norte, o câncer de colo do útero é o primeiro entre as mulheres, enquanto no restante do Brasil fica em terceiro lugar, sendo superado pelo câncer de mama, que ocupa a primeira posição.
    A faixa etária mais atingida pela doença é de 35 a 49 anos, com 35% dos casos. Em seguida, estão mulheres de 50 a 64 anos, com 25% dos casos, e de 65 a 79 anos, com 23%.
    As estatísticas mostram ainda que o câncer de colo do útero foi responsável por 350 mortes em 2016; 346, em 2017, e 321 em 2018. "São números que precisam ser reduzidos, porque a morte de uma mulher é um sério problema social para a família", ressaltou Patrícia Martins. “Precisamos fortalecer a rede de serviços desde a prevenção, começando com a vacinação contra o HPV para meninas e meninos e a realização do PCCU, até o tratamento”, disse ela, acrescentando que a meta é realizar cerca de 250 mil exames preventivos do câncer do colo do útero, visando alcançar 40% do indicador de saúde 11, que é a razão de exames citopatológicos do colo de útero em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, pois em 2018 mais de 100 mil exames não foram realizados.
    Segundo Patrícia Martins, também é preciso melhorar a qualidade dos exames e incluir as informações no Sistema de Informação do Câncer, já implantado nos 144 municípios paraenses. Ela informou, ainda, que quando há alteração no PCCU a paciente é encaminhada ao Serviço de Referência em Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer de Colo do Útero, onde pode realizar exames e procedimentos especializados, como colposcopia, biópsia, exérese da zona de transformação do colo uterino e ultrassonografia pélvica.
    Já funcionam 14 Serviços de Referência em 12 municípios (Belém, Marituba, Barcarena, Castanhal, Paragominas, Santarém, Altamira, Conceição do Araguaia, Marabá, Parauapebas, Itaituba e Tucuruí). Porém, parte deles ainda não oferece todos os exames às mulheres. Quando há necessidade de serviços de alta complexidade, as pacientes são encaminhadas aos hospitais que dispõem de serviço de oncologia.
    Agenda - A Campanha Março Lilás por todo o Pará prossegue até 31 de março (domingo), com busca ativa de mulheres de 25 a 64 anos de idade para realizarem o exame preventivo do câncer do colo do útero nas unidades de saúde; estímulo à vacinação contra HPV e realização de mutirões de procedimentos de diagnóstico e tratamento de lesões precursoras do câncer de colo uterino, por meio de consultas e exames especializados.
    O próximo evento da Campanha é o Curso de Atualização no Controle do Câncer de Mama, Colo de Útero e Coleta de Papanicolau, que ocorrerá de 25 a 29 de março, promovido pela Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (ETSUS), em parceria com a Uremia (Unidade de Referência Materno Infantil e Adolescente), para 20 enfermeiros da Região Metropolitana de Belém (RMB).
    O encerramento da Campanha será com uma grande caminhada no Parque Estadual do Utinga, promovida em parceria com a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).
    Por Roberta Vilanova

    Graesp resgata com agilidade criança acidentada no Rio Arapiuns

    Atendimento

     

  •  
  •  
  •  

    21/03/2019 19:42h
    A agilidade do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) será determinante para a recuperação do menino Marielson Isaac dos Santos, de 4 anos, que sofreu, no fim da tarde de quarta-feira (20), um trauma na cabeça em um acidente doméstico, na Vila Gorete, no Rio Arapiuns, em Santarém, no oeste do Para. A mãe dele, Elizete Maria dos Santos, conta que o filho passou a noite toda com fortes dores na cabeça. A preocupação era grande porque não há transporte fluvial diariamente na comunidade onde moram.
    “Foi bem rápido o atendimento. O helicóptero chegou com o médico, que fez o primeiro atendimento e nos trouxe para Santarém. Agora vou torcer para que tudo dê certo e ele volte bem para casa", disse a mãe, contando que Marielson está internado no Hospital Municipal de Santarém, onde faz uma bateria de exames.
    O comandante do helicóptero, Armando Gonçalves, disse que a equipe chegou em 20 minutos à casa do menino após o relato do acidente. Ele integra a equipe do Graesp que está em Santarém  por conta do programa Governo por Todo o Pará, que transferiu a sede do governo estadual para o oeste paraense no período nesta semana.
    O comandante contou que o Graesp já teve, há dois anos, um helicóptero na base de Santarém, mas que o serviço foi desativado. Sempre que um helicóptero se desloca para a cidade, auxilia no resgate de pacientes. “É comum a gente prestar serviços aeromédicos com as nossas aeronaves, principalmente quando estão aqui em Santarém. Como a região tem muitos lagos e rios, afastados do centro, não tem outra opção a não ser fazer a remoção com o helicóptero ideal", pontuou.
    Ampliação – O Graesp tem helicópteros nas cidades de Belém, Marabá e Altamira, e um projeto de ampliação para Santarém, Xinguara e Redenção. A média é de 400 atendimentos ao ano, a maior parte na região do Marajó. O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, disse que o governo estuda a ampliação da frota de helicópteros do Graesp para o oeste e outras regiões do Pará.
    "O Pará é um Estado de dimensões continentais, isso é fato. O governo reconhece a necessidade. Temos isso como meta para um futuro investimento. O Garesp faz muito atendimento na região do Marajó. São atendimentos quase diariamente. Em Marabá e Altamira, eles dão apoio em operações, apesar de ter um ou outro atendimento”.
    Por Kátia Aguiar