sexta-feira, 22 de março de 2019

Governo trabalha para zerar déficit carcerário no Pará até 2022

 

Plano estratégico

 


Um plano estratégico de ações a serem executadas para melhorar o sistema prisional nos próximos quatro anos foi encaminhado nesta quinta-feira (21) ao Núcleo de Projetos da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe), por meio da Diretoria de Logística e Patrimônio (DLPI). O Governo do Estado está construindo o plano estratégico voltado à segurança pública, com ações específicas a serem desenvolvidas pela atual gestão. As propostas também serão apresentadas à Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) para análise e viabilidade dos projetos, por meio de convênios de investimento nacional. 
“Uma das principais propostas do planejamento é zerar o déficit carcerário de vagas no Estado. A Susipe elaborou uma proposta baseada na análise dos resultados da operação Opus, com o objetivo de projeto de execução de obras, na construção e ampliação de unidades prisionais, visando à redução total do déficit carcerário com a criação de mais 8.414 vagas e construção de 31 casas penais no Estado”, informou a diretora de Logística, Patrimônio e Infraestrutura da Susipe, Kamila Costa.  
Para a Região Metropolitana de Belém estão previstas mais 1.510 vagas, em quatro novos centros de detenção: mais uma unidade prisional masculina, no Complexo de Santa Izabel; outra feminina para o semiaberto, em Ananindeua, e mais dois presídios, um masculino e outro feminino, em Marituba. As demais vagas seriam para o interior do Estado, nos município de Castanhal, Marabá, São Miguel do Guamá, Paragominas, Salinópolis, Tailândia, Cametá, Redenção, Santana do Araguaia, Parauapebas, Tucuruí, Breves, Soure, Itaituba, Santarém, Oriximiná e Altamira, contemplando todas as regiões.
O planejamento viabiliza a liberação de recursos para a construção de unidades penais, ajudando a diminuir a superlotação carcerária. “Com a criação de novos presídios vamos conseguir minimizar a deficiência de infraestrutura nas unidades do Estado. Além destas novas unidades, o plano também abrangerá a segunda etapa de ampliação da Colônia Penal Agrícola de Santa Izabel (Cpasi), gerando mais 200 vagas e dois blocos carcerários. A Susipe já tem previsto, por meio de investimentos do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), recursos de mais de R$ 7 milhões para ampliar o número de vagas na Cpasi e investir nos trabalhos de reinserção social de internos do regime semiaberto”, disse a diretora. 
Meta - Para o secretário Extraordinário de Estado para Assuntos Penitenciários, Jarbas Vasconcelos, a meta da atual gestão com a criação de novas vagas prisionais é garantir o devido tratamento penal e a reinserção social aos detentos. 
“Hoje, é inegável que o sistema prisional necessita de mais vagas pra conseguir reduzir a superlotação carcerária, para somente assim garantirmos o devido tratamento penal e de assistência jurídica, educação, saúde e trabalho aos apenados. Com um número equalizado de presos x vagas, teremos mais segurança para executar o nosso trabalho nas unidades prisionais. O planejamento estratégico também define ações integradas de Estado, com políticas públicas que venham reduzir o fluxo de entrada no cárcere e reduzir a reincidência criminal. Até 2022 pretendemos zerar o déficit carcerário no Pará e constituir uma nova história para o sistema penitenciário”, finalizou o secretário.
Atualmente, 17.801 presos estão custodiados em 48 unidades prisionais do Estado. A capacidade é para 9.970 vagas. O excedente carcerário é de 74% na Região Metropolitana de Belém e de 85% no interior. Com o planejamento estratégico definido para o sistema prisional pelo atual Governo, a meta é gerar um total de 18.384 vagas até 2022. (Por Tamiris Balieiro).
Por Melina marcelino

Sejudh discute recuperação de navio Abaré para atender ribeirinhos

 

Parceria

 


Levar serviços de cidadania, saúde e segurança pública a moradores das margens dos rios paraenses foi pauta do encontro entre representantes da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e da reitoria da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), na quarta-feira (20), em Santarém. O titular da Sejudh, Rogério Barra, se reuniu com o reitor da Ufopa, Hugo Diniz, para iniciar a discussão sobre a reativação do navio “Abaré”- administrado pela instituição -, com o objetivo de melhorar os serviços prestados e oferecer outros, igualmente necessários à população. 
Atualmente há parceria entre a Ufopa e os municípios de Santarém, Aveiro e Belterra, na qual a Universidade é responsável pela manutenção e guarda do “Abaré”, enquanto as Prefeituras utilizam o navio em ações de assistência à saúde das comunidades ribeirinhas da região do Tapajós, oferecendo atendimento médico com equipes multiprofissionais. Entretanto, a embarcação está com problemas estruturais porque a instituição não tem equipe técnica para fazer a manutenção adequada, que tem custo elevado, informou o secretário. 
Transferência - A proposta é articular com órgãos federais a transferência da gestão do navio à Marinha do Brasil, com experiência e conhecimento técnico para fazer os reparos necessários, sob a condição de manter a embarcação atendendo às demandas da Ufopa a partir de um Termo de Cooperação. “Operar um navio sem um sistema de manutenção poderá, em curto prazo, levar esse navio a um desgaste sem reversão, perdendo assim um ativo do Erário nacional”, justificou Rogério Barra.
Paralelamente, o objetivo é ampliar os serviços prestados a partir de uma parceria com o Governo do Estado, por meio da Sejudh e da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), para levar, respectivamente, ações de cidadania e delegacia itinerante, para combater a criminalidade nos rios da Amazônia, informou Rogério Barra, acrescentando que a intenção é levar o “Abaré” para outras localidades do Estado que também precisam desses serviços, beneficiando os demais municípios do Baixo Amazonas e de outras regiões, como o Arquipélago do Marajó.
“A reunião foi produtiva porque a Universidade demonstrou interesse na proposta, e o próximo passo será demandar uma audiência com os demais órgãos, que também já sinalizaram positivamente. Seguindo a diretriz do novo Governo para aproximar e integrar o Estado, vamos seguir na luta para executar esta ação integrada, cujo objetivo primordial é levar serviços essenciais à população ribeirinha que, na maioria das vezes, está também às margens de tudo aquilo que é garantido na Constituição”, enfatizou o secretário.
Por Claudiane Santiago

Seaster encerra Semana do Artesão com serviços de cidadania

Reconhecimento

 


Serviços de saúde, emissão de documentos e atendimento estético beneficiaram cerca de 500 pessoas na manhã desta quinta-feira (21), no encerramento da programação realizada entre os dias 19 e 21 de março, pela Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho Emprego e Renda (Seaster), para homenagear os artesãos paraenses.
“O artesanato mudou a minha vida. É através dele que hoje tenho renda e estou fazendo minha casa. Eu me sinto muito privilegiada em participar de um evento que está sendo feito para a nossa categoria, buscando melhorias para nós. Nosso trabalho precisa ser valorizado, e estou muito feliz com esse apoio do Estado nessa nossa luta”, disse Maria da Paixão, artesã no município do Acará, no nordeste paraense.
A programação da Semana do Artesão iniciou na terça-feira (19) com um debate sobre o novo projeto de lei que cria o Programa Estadual do Artesanato Paraense, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), em atendimento à sugestão da deputada Dilvanda Faro, com o apoio do Governo do Estado. Entre as melhorias previstas no novo projeto de lei estão a definição da Seaster como coordenadora da Política Estadual do Artesanato Paraense; o reconhecimento da profissão para fins de trabalho e previdência; promoção de associações, cooperativas, grupos de trabalho e pessoas vinculadas ao setor artesanal, objetivando sua autonomia; fomento a atividades autossustentáveis e implantação e consolidação de equipamentos públicos de comercialização do artesanato.
Na quarta-feira (20), a programação ocorreu no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC), e incluiu ciclo de palestras e capacitações sobre Economia Solidária e Empreendedorismo.
Valorização - Nesta quinta-feira, a programação prosseguiu no CIIC com serviços de saúde, como verificação de pressão arterial e glicemia, atendimento em odontologia e vacinação, além de emissão de certidão de nascimento, certidão de óbito, carteira de identidade, cadastro do artesão e carteira de trabalho. Também foram oferecidos serviços de estética facial e corporal, como corte de cabelo, curso de automaquiagem e limpeza de pele. Ao final da programação houve apresentações culturais.
“A Semana do Artesão foi produzida com o intuito de valorizar o artesanato paraense. Durante esta gestão assumimos o compromisso com esta categoria e vamos buscar, cada vez mais, melhorias para ela, como a aprovação desta lei com o apoio da Assembleia Legislativa”, afirmou Miriquinho Batista, secretário adjunto do Trabalho, da Seaster.
Por Mayara Albuquerque

Seminário atualiza profissionais sobre controle do câncer de colo do útero

Saúde da mulher

 

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    21/03/2019 20:06h
    Cerca de 200 profissionais de saúde, a maioria atuando na Atenção Básica, participaram nesta quinta-feira (21), no auditório do Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, do Seminário Técnico sobre Detecção, Diagnóstico Precoce e Tratamento do Câncer de Colo do Útero. O objetivo foi atualizar os profissionais sobre as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento e Controle do Câncer do Colo do Útero, cuja última edição foi lançada em 2018 pelo Ministério da Saúde.
    O evento integra a programação da Campanha “Março Lilás por todo o Pará – Prevenção e Controle do Câncer do Colo do Útero”, que visa mobilizar mulheres e chamar a atenção da população paraense para a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, que faz milhares de vítimas anualmente.
    A coordenadora estadual de Atenção Oncológica, Patrícia Martins, na palestra sobre “Epidemiologia e Rede de Serviços de Média e Alta Complexidade no Controle do Câncer de Colo do Útero”, afirmou que o grande desafio é o diagnóstico precoce da doença, e que tudo começa no primeiro atendimento às mulheres nas Unidades Básicas de Saúde. “É fundamental que o serviço de coleta do exame preventivo (PCCU) funcione bem, apesar das dificuldades que os municípios enfrentam. É importante que seja feita busca ativa, principalmente das mulheres que não voltaram para buscar os exames, cujos resultados apresentaram alguma alteração”, acrescentou a coordenadora estadual.
    Por não haver o diagnóstico precoce, as mulheres estão chegando aos serviços de média e alta complexidade em um estágio da doença sem possibilidade de tratamento curativo, a não ser assistência paliativa. Para ilustrar a gravidade dessa situação, ela informou que dos 20 leitos de cuidados paliativos do HOL, 10 são ocupados por pacientes com câncer de colo do útero, enfatizando, ainda, que precisa melhorar as informações no prontuário das pacientes que chegam aos serviços.
    Estatística – Sobre o panorama do câncer de colo do útero no Pará, Patrícia Martins apresentou dados preocupantes. De 2009 a 2016, a prevalência foi 4.668 casos da doença no Estado, e a estimativa para 2019 é de 860 novos casos da doença. “Só nos hospitais públicos foram atendidas 527 pacientes em 2015 e 646 mulheres em 2016”, informou a coordenadora, lembrando que no Pará, e demais Estados da Região Norte, o câncer de colo do útero é o primeiro entre as mulheres, enquanto no restante do Brasil fica em terceiro lugar, sendo superado pelo câncer de mama, que ocupa a primeira posição.
    A faixa etária mais atingida pela doença é de 35 a 49 anos, com 35% dos casos. Em seguida, estão mulheres de 50 a 64 anos, com 25% dos casos, e de 65 a 79 anos, com 23%.
    As estatísticas mostram ainda que o câncer de colo do útero foi responsável por 350 mortes em 2016; 346, em 2017, e 321 em 2018. "São números que precisam ser reduzidos, porque a morte de uma mulher é um sério problema social para a família", ressaltou Patrícia Martins. “Precisamos fortalecer a rede de serviços desde a prevenção, começando com a vacinação contra o HPV para meninas e meninos e a realização do PCCU, até o tratamento”, disse ela, acrescentando que a meta é realizar cerca de 250 mil exames preventivos do câncer do colo do útero, visando alcançar 40% do indicador de saúde 11, que é a razão de exames citopatológicos do colo de útero em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, pois em 2018 mais de 100 mil exames não foram realizados.
    Segundo Patrícia Martins, também é preciso melhorar a qualidade dos exames e incluir as informações no Sistema de Informação do Câncer, já implantado nos 144 municípios paraenses. Ela informou, ainda, que quando há alteração no PCCU a paciente é encaminhada ao Serviço de Referência em Diagnóstico e Tratamento de Lesões Precursoras do Câncer de Colo do Útero, onde pode realizar exames e procedimentos especializados, como colposcopia, biópsia, exérese da zona de transformação do colo uterino e ultrassonografia pélvica.
    Já funcionam 14 Serviços de Referência em 12 municípios (Belém, Marituba, Barcarena, Castanhal, Paragominas, Santarém, Altamira, Conceição do Araguaia, Marabá, Parauapebas, Itaituba e Tucuruí). Porém, parte deles ainda não oferece todos os exames às mulheres. Quando há necessidade de serviços de alta complexidade, as pacientes são encaminhadas aos hospitais que dispõem de serviço de oncologia.
    Agenda - A Campanha Março Lilás por todo o Pará prossegue até 31 de março (domingo), com busca ativa de mulheres de 25 a 64 anos de idade para realizarem o exame preventivo do câncer do colo do útero nas unidades de saúde; estímulo à vacinação contra HPV e realização de mutirões de procedimentos de diagnóstico e tratamento de lesões precursoras do câncer de colo uterino, por meio de consultas e exames especializados.
    O próximo evento da Campanha é o Curso de Atualização no Controle do Câncer de Mama, Colo de Útero e Coleta de Papanicolau, que ocorrerá de 25 a 29 de março, promovido pela Escola Técnica do Sistema Único de Saúde (ETSUS), em parceria com a Uremia (Unidade de Referência Materno Infantil e Adolescente), para 20 enfermeiros da Região Metropolitana de Belém (RMB).
    O encerramento da Campanha será com uma grande caminhada no Parque Estadual do Utinga, promovida em parceria com a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio).
    Por Roberta Vilanova

    Graesp resgata com agilidade criança acidentada no Rio Arapiuns

    Atendimento

     

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    21/03/2019 19:42h
    A agilidade do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) será determinante para a recuperação do menino Marielson Isaac dos Santos, de 4 anos, que sofreu, no fim da tarde de quarta-feira (20), um trauma na cabeça em um acidente doméstico, na Vila Gorete, no Rio Arapiuns, em Santarém, no oeste do Para. A mãe dele, Elizete Maria dos Santos, conta que o filho passou a noite toda com fortes dores na cabeça. A preocupação era grande porque não há transporte fluvial diariamente na comunidade onde moram.
    “Foi bem rápido o atendimento. O helicóptero chegou com o médico, que fez o primeiro atendimento e nos trouxe para Santarém. Agora vou torcer para que tudo dê certo e ele volte bem para casa", disse a mãe, contando que Marielson está internado no Hospital Municipal de Santarém, onde faz uma bateria de exames.
    O comandante do helicóptero, Armando Gonçalves, disse que a equipe chegou em 20 minutos à casa do menino após o relato do acidente. Ele integra a equipe do Graesp que está em Santarém  por conta do programa Governo por Todo o Pará, que transferiu a sede do governo estadual para o oeste paraense no período nesta semana.
    O comandante contou que o Graesp já teve, há dois anos, um helicóptero na base de Santarém, mas que o serviço foi desativado. Sempre que um helicóptero se desloca para a cidade, auxilia no resgate de pacientes. “É comum a gente prestar serviços aeromédicos com as nossas aeronaves, principalmente quando estão aqui em Santarém. Como a região tem muitos lagos e rios, afastados do centro, não tem outra opção a não ser fazer a remoção com o helicóptero ideal", pontuou.
    Ampliação – O Graesp tem helicópteros nas cidades de Belém, Marabá e Altamira, e um projeto de ampliação para Santarém, Xinguara e Redenção. A média é de 400 atendimentos ao ano, a maior parte na região do Marajó. O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, disse que o governo estuda a ampliação da frota de helicópteros do Graesp para o oeste e outras regiões do Pará.
    "O Pará é um Estado de dimensões continentais, isso é fato. O governo reconhece a necessidade. Temos isso como meta para um futuro investimento. O Garesp faz muito atendimento na região do Marajó. São atendimentos quase diariamente. Em Marabá e Altamira, eles dão apoio em operações, apesar de ter um ou outro atendimento”.
    Por Kátia Aguiar

    Conselho Nacional de Justiça apresenta programa para modernizar sistema penal

    'Justiça Presente'

     


    Membros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresentaram ao Tribunal de Justiça do Pará e a órgãos ligados ao Sistema Penitenciário o Programa Justiça Presente, idealizado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para o enfrentamento da crise no sistema penal. A reunião ocorreu na quarta-feira (20), no prédio Tribunal de Justiça. O objetivo das visitas aos Tribunais de Justiça do País é mobilizar membros do Poder Público e de outros segmentos sociais para pactuar a implementação do programa, além de mapear fluxos e conhecer iniciativas em andamento. O cronograma de apresentação do sistema prosseguirá até maio deste ano.
    No TJ-PA, a comitiva do CNJ foi recebida pelo presidente do Tribunal, desembargador Leonardo de Noronha Tavares. A equipe foi composta pelo juiz auxiliar da presidência do CNJ e coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas, Luís Geraldo Lanfredi; pelo secretário-geral do CNJ, desembargador Carlos Adamek, e pelo gerente executivo e juiz auxiliar da presidência, Bráulio Gusmão.
    Os magistrados do Conselho Nacional assistiram a uma exposição sobre o Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), desenvolvido pelo TJ-PA para permitir o controle informatizado da execução penal, e sobre dados do sistema carcerário no Estado. A apresentação foi realizada pelo juiz auxiliar da presidência do TJ-PA, Geraldo Leite.
    O juiz Luís Lanfredi ressaltou que o Tribunal se mostrou proativo com a criação do SEEU. “O Pará já avançou bastante com esse sistema. O nosso objetivo, com este programa novo do CNJ, é realmente auxiliá-los na consolidação desse levantamento de dados. Agora, o Tribunal poderá contar com o nosso apoio para informatização e unificação procedimental da execução penal em todo o País”, ressaltou.
    Unificação - O desembargador Carlos Adamek explicou que o CNJ está propondo aos Tribunais a implantação de um sistema nacional unificado. “Esse sistema é basicamente o mesmo que já existe aqui, porém, mais evoluído. Queremos nacionalizar a execução penal através desse sistema eletrônico único, permitindo que não só todo o País esteja trabalhando numa mesma linguagem, como também que os atores externos tenham acesso, em tempo real, à situação prisional de cada apenado”, explicou o magistrado.
    Luís Lanfredi destacou que o sistema criado pelo CNJ garantirá maior eficácia no enfrentamento dos problemas do sistema carcerário. “Essa é uma situação que gera grandes oportunidades para que nós, instituições comprometidas com o sistema prisional, passemos a sofisticar as nossas ações e iniciativas, buscando superar uma situação que já não é mais uma crise, pois quando falamos em crise pressupomos algo temporário, o que não é o caso. Na verdade, trata-se de uma adversidade estrutural”, frisou.
    Também participaram da reunião o procurador-geral de Justiça, Gilberto Valente; o secretário Extraordinário para Assuntos Penitenciários, Jarbas Vasconcelos; a defensora Pública Geral, Jeniffer de Barros Rodrigues; o representante da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará, Isaac Magalhães; a vice-presidente do TJ-PA, desembargadora Célia Regina de Lima Pinheiro; o supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do TJ-PA, desembargador Ronaldo Marques Valle; a corregedora da Região Metropolitana de Belém, desembargadora Maria de Nazaré Saavedra, e o presidente da Comissão de Informática do TJ-PA, desembargador Luiz Neto.
    “Tenho que agradecer a iniciativa do CNJ. Nós temos que aproveitar essa oportunidade. E quando falo nós, não falo só do Tribunal, mas de todas as instituições do nosso Estado. Devemos nos fortalecer e agarrar essa oportunidade com toda a nossa boa vontade, para termos sucesso nesse projeto”, afirmou o presidente Leonardo Tavares.
    Justiça Presente – O programa apresentado será desenvolvido em três fases e tem como diferencial, entre outros quesitos, a ação simultânea nos gargalos da execução penal. Em curto prazo (de um a três meses), o “Justiça Presente” pretende informatizar e unificar os procedimentos de execução penal no Brasil, por meio de um único sistema.
    Em médio prazo (de três a nove meses), o programa objetiva identificar a população carcerária, inclusive pela biometria; melhorar a calibração dos fluxos de entrada e saída dos presídios; melhorar a monitoração do Sistema Carcerário, e fortalecer as assistências e as estratégias para fomentar a empregabilidade de pessoas egressas do sistema prisional.
    De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), a população carcerária do Estado atualmente é de 19.873 presos. Deste total, 9.746 são presos provisórios. O Estado dispõe de 9.970 vagas em presídios.
    Por Melina marcelino

    Ação Cidadania realiza mais de 5 mil atendimentos em Santarém

    Por Todo o Pará

     

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    21/03/2019 19:00h
    Mais de 5 mil atendimentos foram realizados durante a Ação Cidadania do Programa ParáPaz, que integrou a programação do Governo Por Todo o Pará. O evento, que durou cerca de sete horas, foi realizado, nesta quinta-feira (21), transformando a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Madre Imaculada, em Santarém, em um grande centro de serviços direcionados à população.
    Junto com o programa ParáPaz, estiveram reunidos diversos órgãos estaduais e instituições parceiras. As Secretarias de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), de Saúde (Sespa), de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), de Cultura (Secult), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Fundação Hemopa, Defensoria Pública, Polícias Civil e Militar, além de Universidades Públicas e Privadas e empreendedores locais concentraram todos os serviços na unidade escolar, facilitando o acesso e o atendimento aos moradores.
    De acordo com Ray Tavares, presidente do programa ParáPaz, os serviços mais procurados foram a emissão de documentos e os atendimentos de saúde. “Fizemos a emissão de vários documentos, como identidade, carteira de trabalho, certidão de nascimento, primeira e segunda via de óbito e certidão de nascimento. Os serviços de saúde também tiveram uma procura muito grande. Foram sete especialidades ofertadas”, comemorou. 
    O professor e morador de Santarém, Marcos Cota, conseguiu uma carteira nova de identidade e ainda trouxe toda a família para a Ação Cidadania. “A minha carteira de identidade tinha mais de 10 anos e estava bem deteriorada. A dinâmica foi bem legal, já estou com a nova identidade na mão, com a foto mais bonita. A proposta é louvável: permitir o acesso fácil aos cidadãos. Nos dias comuns, a burocracia é grande, então, facilitou para gente, trouxe meus filhos e minha esposa, e todos estão fazendo os serviços de vacinação, saúde, documentação. Bem legal, está ótimo, parabéns ao Governo do Estado”, elogiou Marcos.
    O Sebrae também esteve com uma equipe na ação, levando uma programação direcionada aos empreendedores da região. “É um pré-atendimento, já que temos uma base em Santarém, que atende toda a região do Baixo Amazonas. Estamos fazendo algumas aberturas de Mei, além de pequenas capacitações, mas, prioritariamente, mostrando para o empreendedor os serviços que o Sebrae tem. Viemos junto com o Governo do Estado, porque queremos um Pará melhor e presente nos 144 municípios”, ressaltou Rubens Magno, superintendente do Sebrae, no Pará.
    O secretário de Estado de Saúde, Alberto Beltrame, falou sobre os serviços oferecidos, entre eles, consultas com especialistas, exames rápidos para HIV, hepatite, sífilis, medida de pressão e orientações para a prevenção do câncer de colo de útero. “Foi um conjunto de ações e serviços públicos para diminuir a espera do cidadão e procurar facilitar o acesso aos serviços públicos de saúde”.
    A costureira Nelma Pinto conseguiu consulta com um endocrinologista e comemorou a facilidade. “Consultas com especialistas demoram meses para se conseguir e hoje eu consegui vindo aqui. Fiquei mais aliviada, porque eu estava com uma alteração na tireóide, que tava me deixando preocupada. Estou muito feliz. Ações como essa têm que ser feitas mais vezes, sempre!”, sugeriu Nelma.
    A autônoma Nelma Pimentel saiu da escola satisfeita. Ela não imaginou que conseguiria ser atendida por diversos órgãos em um único dia. “Pensei que só ia ser atendida em um dos serviços, mas consegui a segunda vida da minha certidão de nascimento, uma consulta com endocrinologista, exame de mamografia e tomei duas vacinas. Tudo isso só hoje. Essa ação foi muito boa, precisa vir mais vezes”, pediu.
    Por Tayná Horiguchi

    População participa de sessão especial da Assembleia Legislativa em Santarém

    Por Todo o Pará

     

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    21/03/2019 18:40h
    O governador do Estado, Helder Barbalho, e o vice-governador, Lúcio Vale, participaram, nesta quinta-feira, (21), da sessão especial da Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), em Santarém. O evento ocorreu no auditório da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e teve a presença de 28 deputados, além de vereadores do município; do presidente em exercício do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Cipriano Sabino; e do procurador-geral de Justiça do Estado, Gilberto Martins. A sessão fez parte do programa Governo por Todo o Pará, que objetiva fazer uma gestão mais próxima das pessoas.

    Além dos parlamentares, a sociedade civil também participou da reunião. A professora de educação física Rithia Vieira disse que nunca viu uma ação como essa. "Esse é um momento que nunca antes aconteceu. Quem mora longe da capital se sente privilegiado. Percebemos que temos voz, que o governo atual nos escuta, assim como os deputados. Tem uma diferença muito grande entre alguém lhe dizer que uma escola está em situação precária e você ver a precariedade de uma escola. Acredito que esse é um passo enorme para que o governo tenha uma excelente atuação", disse.
    O presidente da Assembleia Legislativa, Daniel Santos, por sua vez, destacou a importância de fazer não apenas essa ação, mas outras que possam aproximar ainda mais a Alepa das pessoas. "Estamos aqui, sobretudo, para ouvir. Só assim vamos poder criar políticas públicas que sejam do interesse da região. Todos os deputados presentes têm um único propósito: cuidar das pessoas. Quando atuamos de forma conjunta, quem ganha é a população. Assim, vamos, a partir de agora, vivenciar a realidade do Baixo Amazonas para executar as emendas necessárias", afirmou.
    O vice-governador do Estado, Lúcio Vale, disse que esse novo formato de governo vai aproximar o Executivo da população. "Ontem atendemos mais de 20 prefeituras. Ouvimos de cada prefeito as demandas da sua cidade e agora podemos executar políticas públicas que vão de encontro ao que é interessante para o município. Estamos aqui unidos: presidente do TCE, procurador-geral de Justiça do Estado, todos unidos nesse novo formato. Tenho a convicção de que, assim, a gente perde o cheiro de gabinete e ganha o cheiro das ruas, e esse cheiro vai marcar todo o nosso mandato. Esse é só o primeiro passo para ouvir as pessoas e estar antenado ao que as pessoas precisam", pontuou.
    O governador Helder Barbalho disse que o programa Governo Por Todo o Pará vem atender a uma expectativa da população do oeste do Estado, que durante anos se ressentiu por um acumulado passivo de ausência por parte do governo. "Nós nos elegemos para governar para os 144 municípios e para oito milhões e meio de paraenses, e é isso que a nossa gestão vai fazer. Estamos hoje em Santarém, mas vamos ainda a Marabá e depois para Breves, e essa será uma constante desse novo modelo de governar para cada um dos paraenses e por todo o Pará".
    Por Catarina Barbosa

    Diabéticos recebem orientação sobre cuidados com alimentação

     

    Saúde

     


    O Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA) realizou, na quarta-feira (20), quatro palestras para orientar pacientes diabéticos e seus familiares sobre alimentação adequada, medicamentos e controle da doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 420 milhões de pessoas possuem diabetes no mundo. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, houve um aumento de 60% de casos entre 2006 e 2016. Cerca de 14 milhões de brasileiros possuem a doença.
    O projeto do hospital pretende garantir que o grupo de diabéticos da região Oeste do Pará tenha acesso às informações que podem proporcionar um tratamento eficiente e principalmente com qualidade de vida. Além do paciente, um familiar foi convidado a participar, para que tenha condições de auxiliar ao longo de todo o processo.
    “Essas palestras têm alguns diferenciais. Em relação à alimentação, fizemos uma apresentação prática com uma mesa repleta dos mais variados tipos de alimentos do nosso dia a dia, já que nosso foco são os pacientes diabéticos. A partir desse treinamento,  eles terão todas as informações corretas para seguir e até mesmo orientar um familiar ou amigo”, explica o endocrinologista Manoel Alvarenga, idealizador da iniciativa. 
    Além da questão alimentar, o especialista repassou orientações sobre os tipos de diabetes, como reduzir os riscos, tratamento medicamentoso e alimentação. “A importância de receber essas informações é saber como que realmente eu posso controlar a minha glicemia e viver melhor. A diabetes está me prejudicando muito, já era para eu estar bem, mas ainda não consigo, estou muito fraco”, diz Pedro de Lima, de 53 anos. Há 7 anos ele convive com a doença.
    A diabetes se apresenta de duas formas. O tipo 1 é o de menor frequência, representando de 5 a 10% de todos os casos diagnosticados. Nessa forma, o organismo não produz a insulina para controlar o açúcar do sangue. Já no tipo 2, o mais comum, o corpo produz insulina em pouca quantidade ou há um distúrbio que não permite que ela atue corretamente, resultando no mesmo problema.
    “Genericamente, o tipo 1 é mais da criança e do adolescente. O tipo 2 é mais do adulto e do idoso, é o que chamamos de diabetes adquirida, estando mais relacionada, principalmente, a fatores alimentares e sedentarismo”, afirma Alvarenga. “Após receber o diagnóstico de diabetes, a pessoa não sabe nem o que comer. Pensa que não pode comer quase nada, não recebe a orientação correta e é aí que começa o problema”, destaca.
    O Hospital Regional do Baixo Amazonas atende a uma população estimada em mais de 1,1 milhão de pessoas residentes em vinte municípios do Oeste do Pará. Público e gratuito, pertencente ao Governo do Pará, é gerenciado, desde 2008, pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
    Por Joab Ferreira

    Servidores são treinados para acolher detentos portadores de HIV

     

    Saúde

     

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    21/03/2019 18:13h
    Na manhã desta quinta-feira (21), na Unidade Básica de Saúde do Complexo de Santa Izabel (Região Metropolitana de Belém), técnicos de enfermagem e enfermeiros das 10 unidades prisionais do Complexo participaram de um treinamento para construção do fluxo de entrada de presos portadores de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), incluindo HIV. Esse fluxo facilita a logística e o deslocamento dos presos para receber o atendimento necessário. A equipe técnica da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) recebeu orientações sobre os procedimentos iniciais no atendimento aos internos diagnosticados com o vírus HIV.
    “O objetivo desse treinamento é construir uma rede de fluxo para que possamos ter o controle no acompanhamento dos internos diagnosticados com a doença, já na entrada do sistema penal. Os testes rápidos são realizados na triagem do preso. Após a realização dos testes rápidos, os presos diagnosticados com a doença são encaminhados para a Central de Atendimento e Acolhimento (CTA) de Castanhal, onde recebem atendimento médico com infectologista, realizam os exames e recebem os medicamentos", informou a diretora da UBS do Complexo Santa Izabel, Soraya Reis.
    Durante o treinamento, um grupo de 40 internos do Centro de Recuperação Penitenciário do Pará I (CRPPI) realizou testes rápidos para o diagnóstico de HIV e sífilis. A ação faz parte de um programa de atendimento e prevenção de DSTs voltado às pessoas privadas de liberdade.
    Prevenção - “Quando o preso ingressa no sistema, ele passa por uma triagem que avalia sua saúde, um direito garantido por lei. Buscamos realizar regulamente campanhas de conscientização, prevenção e também vacinação contra doenças. O objetivo é fazer com que esse preso já siga imunizado para os presídios, e possa ter um acompanhamento adequado em caso de alguma doença pré-adquirida, como no caso do HIV”, disse Ana Paula Frias, diretora de Assistência Biopsicossocial da Susipe.
    No total, 2.400 testes rápidos foram disponibilizados pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) para serem realizados com detentos custodiados nas 48 unidades prisionais do Estado. A meta estabelecida pela Susipe é realizar testes rápidos até o final do mês de março. Atualmente, 114 presos são diagnosticados com HIV nas unidades prisionais do Pará e estão em tratamento. (Por Walena Lopes).
    Por Melina marcelino