A loja será inaugurada em abril, no piso Castanheira, do Manauara Shopping. Foto: Divulgação
Com a implantação de uma
nova franquia da Adidas na capital amazonense, o Grupo Gesta abre 12
novas oportunidades de trabalho e renda. As vagas na empresa têm
remunerações a partir de R$ 1,5 mil, com funções nas áreas de
vendas, gerência, estoque e caixa.
Para concorrer aos cargos,
é necessário ter o ensino médio completo, com exceção da
ocupação de gerente, para a qual é exigido nível superior. De
acordo com a diretora administrativa do Grupo Gesta, Renata Marinho,
os candidatos precisam ter experiência no segmento de vendas e
conhecimentos de informática básica.
“Para desempenhar a
função de vendedor é necessário ter uma boa comunicação verbal
e habilidade em negociação. Já para estoquista, é preciso
organização e planejamento de estoque. Os candidatos a caixa devem
ter conhecimento em controle operacional e os pretendentes à
gerência, controle organizacional, liderança, planejamento
estratégico, habilidade em negociação e desenvolvimento de
equipe”, explica a diretora.
Os interessados devem enviar um e-mail com currículo em anexo para o endereço selecao@grupogesta.com.br. Segundo
o empreendedor e franqueado da marca, André Gesta, a nova loja Adidas
ocupará um espaço físico de 271m² no Manauara Shopping e está prevista
para inaugurar em abril. “Com a saída das lojas próprias de Manaus,
estamos apostando que com esta franquia iremos consolidar a marca na
cidade, já que temos mais duas Adidas, sendo uma no Shopping Ponta Negra
e outra no Sumaúma Park Shopping”, diz o empresário. Com as
franquias em três centros de compras da capital, o empresário já visa
outros projetos, como a abertura de outros empreendimentos da marca. “Com
a abertura da Adidas, no Manauara, fechamos o primeiro ciclo da marca
em Manaus. A tendência é que a partir de 2018 começaremos o projeto das
franquias Adidas Originals em nossa cidade”, destaca Gesta. A loja
ficará situada no piso Castanheira, do Manauara Shopping (Avenida Mário
Ypiranga, Adrianópolis), e contemplará um mix de produtos de alta
qualidade, como artigos esportivos, calçados, acessórios, roupas para os
públicos infantil, feminino e masculino.
Mapeamento envolve 74 botânicos de 22 instituições, que
viajam para a floresta para coletar amostras. Foto: Mayra Pastore
Nem tudo são florestas e
árvores gigantes, quando se fala na vegetação amazônica. Na Serra
de Carajás, no sudeste do Pará, no topo de morros de 800 metros de
altitude, se espalha uma vegetação rasteira que recobre os campos
ferruginosos, também conhecidos como cangas. Uma pesquisa que reúne
74 botânicos de 22 instituições do País e do exterior propõe
revelar parte dessas espécies, algumas em risco de extinção.
O
grupo descreveu 600 espécies, entre samambaias, musgos, flores. O
estudo, parceria do Museu Paraense Emílio Goeldi e do Instituto
Tecnológico Vale (ITV), será publicado em três volumes da Rodriguésia,
prestigiada publicação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O primeiro,
lançado neste mês, descreve 235 espécies. “O bioma da floresta
amazônica é o mais desconhecido do País. São 11 mil espécies descritas. A
Mata Atlântica, uma tripa na parte leste do País, tem 15 mil espécies
conhecidas, mais do que na floresta amazônica. Só tenho uma conclusão:
falta conhecimento da flora amazônica”, afirma a botânica Ana Maria
Giuliette, uma das coordenadoras do projeto, ao lado do botânico Pedro
Viana. A dificuldade de acesso e o escasso financiamento para esse
tipo de pesquisa estão entre as causas para o pouco conhecimento da
região. Para alcançar as áreas de cangas, muitas vezes só é possível
chegar de helicóptero. “É muito difícil subir no ponto mais alto.
Estradas são péssimas e há muitas árvores caídas. E é quando floresce
que mais chove, o que dificulta ainda mais o trajeto”, diz ela. A
Floresta Nacional de Carajás tem 400 mil hectares. Entre 2% e 3% da
região é de cangas. O Museu Goeldi fez as primeiras pesquisas sobre as
plantas locais nos anos de 1970, no início da mineração em Carajás. Nos
afloramentos de minério de ferro, onde não crescem árvores,
pesquisadores iniciaram a coleta de pequenas plantas que recobriam a
região. Em 2015, botânicos voltaram às áreas de canga para nova coleta
sistemática. “É preciso ter ideia de como são as plantas na
natureza. Quando florescem? Quando produzem frutos? Tudo isso é
importante quando a gente pensa em recuperação da área. A legislação diz
que temos de usar sementes da mesma área para recuperar um trecho de
mata. semente? Só saberemos fazendo esse acompanhamento”, afirma Ana
Maria. “A União Internacional para Conservação da Natureza recomenda que
esse monitoramento dure 10 anos. Estamos só começando”. Catálogo Entre
as espécies estudadas está a flor de Carajás, espécie em perigo de
extinção. A planta, uma trepadeira, pode atingir três metros. Os
pesquisadores viajaram por dez dias na área da Serra Norte da Floresta
Nacional de Carajás, único local em que a planta foi achada. Após a
coleta, exames de DNA revelam quais plantas são filogeneticamente
próximas, ou “aparentadas”. A partir daí são identificadas família,
gênero e espécie. Cada uma ganha ilustração a bico de pena e algumas têm
fotografias de campo. Todas são georreferenciadas para permitir que
pesquisadores as encontrem na natureza, no caso de nova coleta. E a
flora é armazenada no Museu Goeldi. “Com esse contingente de
pesquisadores foi possível fazer a flora correta, autenticada, em pouco
tempo como fizemos. Em nenhum lugar se produz flora em dois anos, como
estamos fazendo com Carajás, com 600 espécies. Só pudemos fazer isso
porque tivemos essa base coletada anteriormente pelo Museu Goeldi e
porque contamos com todos os especialistas. Esse estudo permite que
sejam recuperadas áreas afetadas pela mineração”, diz Ana Maria.
O 'Arduino Day' é um evento global que acontece no mesmo dia em vários lugares do mundo. Foto: Divulgação
No dia 1 abril, de 8h ás 18h, acontecerá, em Manaus, o 'Arduino Day',
no Hub de Tecnologia e Inovação da Universidade do Estado do Amazonas
(Avenida Darcy Vargas, 1200, Chapada), um dia inteiramente voltado para
aprender tecnologias que vão estar presentes nas casas, nos
eletrodomésticos e até mesmo nas roupas do futuro. O investimento será
entre R$ 20 a R$ 80.
Serão mais de seis palestras e quatro
oficinas mostrando de maneira prática, por exemplo, como é possível
criar um interruptor de luz que liga e desliga por meio de comandos
enviados pelo celular a distância. Outra oficina ensinará como é
possível criar inteligências artificiais que podem aprender a dirigir um
carro, analisar preços de ações no mercado e até mesmo descobrir se um
paciente tem câncer. Segundo Glauco Aguiar, um dos organizadores, o
'Arduino Day' é um evento global que acontece no mesmo dia em vários
lugares do mundo, quando desenvolvedores, educadores, técnicos e
interessados se reúnem para aprender e ensinar novas tecnologias. “Esse
movimento de pessoas que criam através da tecnologia suas próprias
soluções e produtos ainda é algo recente no Brasil. Em outros lugares do
mundo a cultura do ‘Faça-você-mesmo’ já está enraizada. O evento tem
esse objetivo de juntar pessoas para ensinar, aprender e aplicar”,
afirma o organizador. "Em 2016 foram mais de 330 eventos ao redor do
mundo e este ano a expectativa é que sejam mais de 500". Em
Manaus, o evento é organizado coletivo Makers Manaus com o apoio do HUB
de Tecnologia e Inovação da UEA , StartHub Empresa Júnior UEA, Manaós
Tech, Tupinambot e Universo Acadêmico. Mais informações e programação completa podem ser obtidas no link https://goo.gl/Y8ZRQJ ou por meio das redes sociais Makers Manaus.
Brasília e Taguatinga estão rebaixados para a Segunda Divisão do
Campeonato Candango. Mesmo sem entrar em campo, o Brasília teve a queda
decretada porque o Taguatinga jogou neste domingo (23/6) contra o
Formosa e foi derrotado por 4 x 3, em partida disputada no estádio do
Abadião, em Ceilândia. Com a vitória, o Formosa chegou a 10 pontos na classificação,
pontuação que não pode ser alcançada nem por Brasília nem por
Taguatinga, ambos com seis. Resta apenas uma rodada do campeonato a ser
disputada, no próximo fim de semana. Finalista de três das últimas quatro edições do Candangão, campeão da
Copa Verde e única equipe candanga a participar de uma edição Copa
Sul-Americana, o Brasília sentiu a falta de investimentos com a troca da
diretoria da equipe. O Taguatinga montou equipe modesta para a
competição e desde os primeiros jogos dava sinais de que lutaria para
não ser rebaixado. A última rodada do Campeonato Brasiliense será disputada no próximo
sábado (1/4). O Gama lidera com 21 pontos, seguido por Brasiliense,
também com 21, e Ceilândia, com 20.
Plantas do cerrado atuam como uma imensa esponja, recarregando aquíferos que abastecem rios e reservatórios
Foto: Divulgação
O
rio São Francisco está secando, haverá cada vez menos água em
Brasília e a cidade de São Paulo terá de aprender a conviver com
racionamentos.
O alerta é do arqueólogo e
antropólogo baiano Altair Sales Barbosa, que há quase 50 anos
estuda o papel do Cerrado na regulação de grandes rios da América
do Sul.
Ele diz à BBC Brasil que a
rápida destruição do bioma está golpeando um dos pilares do
sistema: a gigantesca rede de raízes que atua como uma esponja,
ajudando a recarregar os aquíferos que levam água a torneiras de
todas as regiões do Brasil.
Formado em antropologia pela
Universidade Católica do Chile, doutor em arqueologia pré-histórica
pelo Museu de História Natural de Washington e professor aposentado
da PUC-Goiás, Barbosa conta que a água que alimenta o São
Francisco e as represas de São Paulo e Brasília vem de três
grandes depósitos subterrâneos no Cerrado: os aquíferos Guarani,
Urucuia e Bambuí.
Os aquíferos são
reabastecidos pela chuva, mas dependem da vegetação para que a água
chegue lá embaixo.
Barbosa afirma que muitas
plantas do Cerrado têm só um terço de sua estrutura acima da
superfície e, para sobreviver num ambiente com solo oligotrófico
(pobre em nutrientes), desenvolveram raízes profundas e bastante
ramificadas.
"Se você arrancar uma
dessas plantas, vai contar milhares ou até milhões de raízes, e
quando cortar uma raiz e levá-la ao microscópio, verá inúmeras
outras minirraízes que se entrelaçam com as de outras plantas,
formando uma espécie de esponja."
Esse complexo sistema
radicular retém água e alimenta as plantas na estação seca.
Graças a ele, as árvores do Cerrado não perdem as folhas mesmo nem
mesmo no auge da estiagem - diferentemente do que ocorre entre as
espécies do Semiárido, por exemplo.
Barbosa conta que, quando há
excesso de água, as raízes agem como esponjas encharcadas, vertendo
o líquido não absorvido para lençóis freáticos no fundo. Dos
lençóis freáticos a água passa para os aquíferos.
O professor diz que essa dinâmica começou a ser afetada radicalmente
nos anos 1970, com a expansão da pecuária e de grandes plantações de
grãos e algodão pelo Cerrado.
A nova vegetação tem raízes curtas e não consegue transportar a água para o fundo.
Pior: entre a colheita e o replantio, as terras ficam nuas, fazendo com
que a água da chuva evapore antes de penetrar o solo. Em alguns pontos
do Cerrado, como no entorno de Brasília, o uso de água subterrânea para a
irrigação prejudica ainda mais a recarga dos aquíferos.
Em fevereiro, Brasília começou a racionar água pela primeira vez na história - e meses antes do início da temporada seca.
Migração de nascentes
Conforme os aquíferos deixaram de ser plenamente recarregados, Barbosa
diz que se acelerou na região um fenômeno conhecido como migração de
nascentes.
Para explicar o processo, ele recorre à imagem de uma caixa d'água com
vários furos. Quando diminui o nível da caixa d'água, o líquido deixa de
jorrar dos furos superiores.
Com os aquíferos ocorre o mesmo: se o nível de água cai, nascentes em áreas mais elevadas secam.
Especialista afirma que, quando há excesso de água, as raízes agem como esponjas encharcadas
Foto: ICMBio / BBCBrasil.com
Ele diz ter presenciado o fenômeno num dos principais afluentes do São
Francisco, o rio Grande, cuja nascente teria migrado quase 100
quilômetros a jusante desde 1970.
O mesmo se deu, segundo Barbosa, nos chapadões no oeste da Bahia e de
Minas Gerais: com a retirada da cobertura vegetal, vários rios que
vertiam água para o São Francisco e o Tocantins sumiram.
O professor diz que a perda de afluentes reduziu o fluxo dos rios e
baixou o nível de reservatórios que abastecem cidades do Nordeste,
Centro-Oeste e Norte.
Em 2017, segundo a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
(Sedec), o número de municípios brasileiros em situação de emergência
causada por longa estiagem chegou a 872, a maioria no Nordeste.
Já em São Paulo as chuvas de verão aumentaram os níveis das represas e
afastaram no curto prazo o risco de racionamento. Mas Barbosa afirma que
a maioria dos rios que cruza o Estado é alimentada pelo aquífero
Guarani, cujo nível também vem baixando.
O aquífero abastece toda a Bacia do Paraná, que se estende do Mato
Grosso ao Rio Grande do Sul, englobando ainda partes da Argentina,
Paraguai e Uruguai.
Fotografia do passado
Bastaria então replantar o Cerrado para garantir a recarga dos aquíferos?
A solução não é tão simples, diz o professor. Ele conta que o Cerrado é
o mais antigo dos biomas atuais do planeta, tendo se originado há pelo
menos 40 milhões de anos.
Segundo ele, olhar para o Cerrado é como olhar para uma fotografia do passado.
Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil aponta que 872
cidades ficaram em situação de emergência por causa da estiagem em 2017
Foto: Rubens Matsushita, ICMBio / BBCBrasil.com
"O Cerrado já atingiu seu clímax evolutivo e precisa, para o seu
desenvolvimento, de uma série de fatores que já não existem mais."
Ele exemplifica: há plantas do Cerrado que só são polinizadas por um ou
outro tipo de abelhas ou vespas nativas, várias das quais foram
extintas pelo uso de agrotóxicos nas lavouras. Essas plantas poderão
sobreviver, mas não serão mais capazes de se reproduzir.
O Cerrado também é uma espécie de museu porque muitas de suas plantas
levam séculos para se desenvolver e desempenhar plenamente suas funções
ecológicas. É o caso dos buritis, uma das árvores mais famosas do bioma,
que costuma brotar em brejos e cursos d'água.
Barbosa costuma dizer que, quando Cabral chegou ao Brasil, os buritis que vemos hoje estavam nascendo.
Mesmo plantas de pequeno porte costumam crescer bem lentamente. O capim
barba-de-bode, por exemplo, leva mais de mil anos para atingir sua
maturidade. Barbosa diz ter medido as idades das espécies com processos
de datação em laboratório.
Parceria com animais
Sabe-se hoje da existência de cerca de 13 mil tipos de plantas no
Cerrado, número que o torna um dos biomas mais ricos do mundo. Dessas
espécies, segundo o professor, não mais que 200 podem ser produzidas em
viveiros.
Ele conta que a ciência ainda não consegue reproduzir em laboratório as
complexas interações entre os elementos do bioma, moldadas desde a era
Cenozóica.
Barbosa diz, por exemplo, que muitas plantas do Cerrado têm sementes
que são ativadas apenas em situações bem específicas. Algumas delas só
têm a dormência quebrada quando engolidas por certos mamíferos e
expostas a substâncias presentes em seus intestinos.
Há ainda sementes que precisam do fogo para germinar. Contrariando o
senso comum, Barbosa diz que incêndios naturais são essenciais para a
sobrevivência do Cerrado e podem ocorrer de duas formas.
O Cerrado tem hoje cerca de 13 mil tipos de plantas, número que o torna um dos biomas mais ricos do mundo
Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil / BBCBrasil.com
Uma delas se dá quando blocos de quartzo hialino, um tipo de cristal,
agem como lentes que concentram a luz do sol, superaquecendo a
vegetação.
A outra ocorre pela interação entre algumas plantas e animais do
Cerrado, entre os quais a raposa, o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o
cachorro-do-mato-vinagre.
Segundo Barbosa, esses mamíferos carregam no pêlo uma carga
eletromagnética que, em contato com gramíneas secas, provoca faíscas.
O professor diz que o fogo é necessário não só para ativar sementes,
mas para permitir que gramíneas secas, que não têm qualquer função
ecológica, sejam substituídas por plantas novas.
"Se a gramínea seca fica ali, não tem como rebrotar, então é preciso dessa lambida de fogo natural pra limpar aquele tufo."
Os incêndios também são importantes, segundo ele, para que o solo do
Cerrado continue pobre - afinal, foi nesse solo que o bioma se
desenvolveu.
"O fogo é paradigma para quem pensa na preservação. Se você pensa como
agrônomo, o fogo é nocivo, porque acentua o oligotrofismo do solo."
Estancar os danos
Quando deixa de haver incêndios naturais, os animais e insetos nativos
desaparecem e as plantas do Cerrado são derrubadas, é quase impossível
reverter o estrago, diz Barbosa.
Mesmo assim, ele defende preservar toda a vegetação remanescente para estancar os danos.
Barbosa diz torcer para que, um dia, a ciência encontre formas de recuperar o bioma.
Especialista diz que incêndios naturais são essenciais para a sobrevivência do Cerrado
Foto: Sedec/MT / BBCBrasil.com
"Claro que você não vai reocupar toda a área que está produzindo
[alimentos], mas você pode pelo menos tentar amenizar a situação nas
áreas de recarga de aquíferos."
Sua preocupação maior é com a fronteira agrícola conhecida como
Matopiba, que engloba os últimos trechos de Cerrado no Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos anos, a região tem experimentado
uma forte expansão na produção de grãos e fibras.
"Se esse projeto continuar avançando, será o fim: aí podemos
desacreditar qualquer possibilidade, porque não teremos nem matriz para
experiências em laboratório."
Nesse cenário, diz Barbosa, os aquíferos do Cerrado rapidamente se esgotarão.
"Os rios vão desaparecer e, consequentemente, vai desaparecer toda a
atividade humana da região, a começar das atividades agropastoris."
Ceilândia celebra 46 anos com desfile cívico e apresentações musicais
A população de Ceilândia deu início à comemoração dos 46 anos da
região neste sábado (25) com um desfile cívico que contou com a
presença do governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg. Uma manifestação
isolada não atrapalhou o evento, amplamente apoiado pelos moradores.
O
governador Rodrigo Rollemberg participou das comemorações dos 46 anos
de Ceilândia, que começaram com um desfile cívico. Foto: Pedro
Ventura/Agência Brasília
Participaram do desfile estudantes das escolas públicas da região e
crianças do Corpo de Bombeiros Mirim e da Guarda Mirim da Polícia
Militar. A festa teve também a apresentação de escolas de samba e do
cantor Denilson Bhastos, ceilandense que disputou o programa The Voice em 2016. Outro evento na manhã de hoje foi a cerimônia de corte do bolo de
aniversário, com 46 metros. Grupos de sanfoneiros locais tocaram Asa Branca, clássico do nordestino Luiz Gonzaga, e Parabéns pra Você. “Ceilândia tem muito o que comemorar. É uma cidade com, cada vez
mais, qualidade de vida e está recebendo investimentos importantes, como
toda a infraestrutura do Sol Nascente, o novo restaurante comunitário, dois terminais de ônibus, recapeamento de vias, entre outros”, citou Rollemberg.
As comemorações continuaram com uma homenagem aos produtores rurais e
a grupos de cavalgada na área comum da Escola Classe 3, na QNM 3. Sobre a interrupção do desfile por um grupo de professores que
invadiu a via, Rollemberg disse que não chegou a atrapalhar o evento.
“Essa é a manifestação de uma minoria que não respeita a democracia.
Demonstra uma grande falta de educação. É lamentável porque a comunidade
estava se apresentando de forma muito bonita.”
Feira Central agora tem estacionamento reformado
A entrega da reforma do estacionamento da Feira Central de Ceilândia,
na CNM 2, no Setor M, é um dos presentes que a região administrativa
recebe por seus 46 anos. O asfalto foi refeito, e as faixas, repintadas.
Os trabalhos custaram R$ 408.477,57, recursos da Companhia Urbanizadora
da Nova Capital do Brasil (Novacap).
Com isso, os comerciantes têm melhor condição de desenvolver as
atividades, de acordo com o governador Rollemberg, que reinaugurou o
estacionamento neste sábado (25). “Estamos fazendo muito mais, como a
expansão da praça de alimentação. A feira vai ficar melhor ainda”,
disse. A recuperação do estacionamento e dos acessos à feira beneficia
todos, segundo o presidente da Associação dos Feirantes de Ceilândia,
Johnatan Araujo. O feirante fica satisfeito, o cliente também.”
Antes da solenidade pelos 46 anos de Ceilândia, o governador vistoriou as obras da Escola Classe Guariroba, em Samambaia. O espaço tem 20,6 mil metros quadrados e atenderá 500 crianças. Serão 11 salas de aula, quadra poliesportiva, brinquedoteca e
biblioteca, além de quatro sanitários femininos, quatro masculinos e
dois adaptados para pessoas com deficiência. A estrutura terá ainda 25
vagas de estacionamento. A previsão de entrega é de 90 dias, e o
investimento foi de R$ 3,5 milhões.
Professor
do curso de Engenharia Civil da UCB dá orientações para período de
racionamento. Carlos Ferreira fala sobre como identificar vazamentos e a
correta instalação da caixa d’água. Foto: Divulgação
O
racionamento no DF não tem previsão para terminar. Neste cenário de
crise, muitas residências não contavam com reservatório de água e foram
surpreendidas, tendo que fazer instalações rápidas para não ficarem
completamente sem água. O professor do curso de Engenharia Civil da
Universidade Católica de Brasília (UCB) e especialista em hidráulica,
Carlos da Costa Ferreira, avalia que é fundamental o consumidor
conseguir identificar os vazamentos em sua residência.
Um
problema recorrente nas regiões que passam por racionamento é a pressão
nos canos com o retorno da água. Por isso, o professor Carlos Ferreira
orienta que não é necessário fechar os registros, pois aumenta ainda
mais as pressões na rede. “Durante o desabastecimento, as tubulações se
enchem de ar e, quando o fornecimento de água é reestabelecido, esse ar
tem dificuldade de sair da rede, o que pode causar rompimento nos tubos e
conexões”.
Outra
reclamação comum feita pelos moradores, com relação à qualidade e ao
aspecto da água, é a coloração escura e enferrujada. O professor explica
que a situação acontece devido à forte pressão e velocidade da água
durante o restabelecimento da rede. “A água faz uma verdadeira limpeza
das tubulações, que estavam com sedimentos acumulados. Muitos moradores
chegam a questionar a viabilidade do uso da água, mas basta realizar um
processo denominado ‘decantação’. Deixe a água descansar num recipiente
por um tempo e utilize para atividades diárias, como lavagem de carros,
quintais e calçadas, descarga do vaso sanitário e regar as plantas”.
Segundo
Carlos, a operação das redes é de responsabilidade da Caesb (Companhia
de Saneamento Ambiental do Distrito Federal) e o estabelecimento da água
é feito de forma gradativa e monitorada para evitar danos. “Em caso de
rompimentos, o morador deve acionar imediatamente a companhia de
abastecimento para providenciar o devido reparo e manutenção. No caso de
lesão, deve entrar com uma solicitação para ressarcimento dos danos
materiais causados pelo rompimento”, explicou.
Saiba como fazer a correta instalação da caixa d’água Primeiramente,
para escolher a caixa d’água mais adequada, é necessário mensurar o
consumo diário de água dos moradores. No DF, o cálculo é feito levando
em consideração uma estimativa de 153 L/hab.dia. “Basta multiplicar esse
valor pelo número de habitantes da casa e depois multiplicar por dois.
Esse valor garantirá uma autonomia de dois dias para a família. Isso
significa que numa casa onde moram três pessoas, será gasto uma média de
918 litros de água da caixa em dois dias de racionamento”.
A caixa d’agua deverá ficar localizada no local mais alto da casa, pois o abastecimento dos tubos acontece por “gravidade”.
• Verifique se o local suporta o peso da caixa d’água cheia. •
A caixa d’água deve estar sempre tampada e em perfeito estado, livre de
rachaduras, trincas e buracos, que podem se tornar pontos de
contaminação. • As caixas d’água devem ser limpas pelo menos duas vezes ao ano. Caça-vazamentos
Os
principais meios de vazamento em casa são goteira nas torneiras,
chuveiros e descargas, que são visíveis e podem ser sanados com reparo
ou substituição das peças. Carlos Ferreira aponta algumas dicas simples
para identificar o problema em casa:
• No vaso sanitário, a dica é remover a tampa da caixa e tentar escutar qualquer barulho de perto. •
Feche todas as torneiras, chuveiros, válvulas e registros. Se o
hidrômetro continuar girando, é um alerta para vazamento em casa. •
Feche todas as torneiras e registros, marque o nível de água na caixa
d’água e observe se, após alguns minutos, o nível do reservatório
baixou. •
Nas áreas de jardim e terreiro, observe as áreas de terra fofa e úmida,
além de regiões onde a grama está mais verde do que o restante. Nesses
locais há grandes indícios de vazamentos não visíveis.
Ontem (26), o clássico entre Vasco e Flamengo acabou em empate, mas o segundo gol do Vasco veio após um lance polêmico. O
juiz, Luiz Antônio Silva dos Santos, marcou um pênalti para o Vasco,
por ter achado que Renê encostou a mão na bola quando, na verdade, a
bola tocou na barriga do jogador. Luiz e seu assistente, Daniel do Espírito Santo vão ser afastados do
quadro de árbitros por tempo indeterminado, como decidiu o Grupo de
Gerenciamento de Problemas (GGP) da Federação de Futebol do Rio (Ferj).
O pastor Custódio Gonçalves da Assembleia de Deus Ministério Apascentando Ovelhas Foto: Reprodução internet
O pastor evangélico Custódio Gonçalves foi assassinado a tiros na
noite deste domingo, em Itaboraí (RJ). O crime ocorreu dentro da igreja
Assembleia de Deus Ministério Apascentando Ovelhas, no bairro Santo
Antônio, onde Custódio ministrava cultos desde 2015. Os tiros
foram registrados às 21h20, durante uma celebração na igreja. Segundo a
Polícia Civil, o pastor tinha mais de 60 anos e morreu em decorrência
dos disparos. Ainda não há informações sobre quem teria cometido o crime. A
investigação, que está sendo conduzida pela Delegacia de Homicídios de
Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, já teve acesso às câmeras de segurança
do local e espera identificar o responsável nas próximas horas. A
Polícia afirmou que as diligências estão em andamento e que não fala
sobre possíveis suspeitos.
A Companhia de
Saneamento Ambiental do Distrito Federal - Caesb comunica que realizará
manutenção no sistema de abastecimento de água na próxima quarta-feira
(29/03/2017) e, para isso, o abastecimento de água será interrompido das
8h às 21h nas seguintes localidades:
SOBRADINHO:
Quadra 01; Quadra 02; Quadra 06 (somente os conjuntos E, F, G, H e Centro de Ensino 6);
Setor de Expansão Econômica de Sobradinho I;
Quadra Central.
A Companhia
informa, ainda, que toda unidade usuária deverá contar com reservação de
volume mínimo correspondente ao consumo médio diário, de acordo com o
artigo 50 da Resolução da Adasa nº 14, de 27 de outubro de 2011, que
estabelece as condições da prestação e utilização dos serviços públicos
de abastecimento de água e de esgotamento sanitário no Distrito Federal.
Com isso, os usuários não deverão ser afetados pela interrupção no
fornecimento de água. Segundo o Parágrafo Único, o usuário é responsável
pela limpeza e desinfecção da instalação predial de água e do
reservatório predial antes da ligação definitiva de água, e
posteriormente pela limpeza e desinfecção semestral do reservatório
predial.
Mais informações para a população pelo número: 115.
Moradores deixam suas casas na Austrália com a chegada da ciclone 'Debbie' (Foto: Reprodução/Associated Press)
Milhares de australianos saíram de casa nesta segunda-feira devido à
chegada de um ciclone a cidades litorâneas de Queensland, onde as
autoridades pediram que 30 mil pessoas se retirassem de áreas baixas
mais suscetíveis a inundações e ventos de até 300 km/h.
O ciclone
Debbie deve ganhar força antes de tocar o solo no Estado do nordeste do
país no início da terça-feira, e o Escritório Australiano de
Meteorologia estimou uma tempestade de categoria 4, só um nível abaixo
da categoria mais perigosa. A preocupação crescente levou o
governo estadual a alertar cerca de 25 mil pessoas que vivem em partes
de Mackay, cidade localizada cerca de 950 quilômetros ao norte da
capital estadual Brisbane, a procurar locais mais elevados no sul. "Por
causa da intensidade deste ciclone... estamos muito preocupados, no
momento, com a perspectiva de uma inundação costeira em Mackay", disse a
primeira-ministra do Estado, Annastacia Palaszczuk, a repórteres, nesta
segunda-feira. "Está muito claro que a hora de as pessoas saírem é agora". A
debandada de Mackay será a maior vista na Austrália desde que o ciclone
Tracy atingiu Darwin, cidade do norte do país, em 1974. As
autoridades estaduais já haviam aconselhado milhares de moradores de
dois municípios centenas de quilômetros ao norte de Mackay a partir,
embora algumas estivessem se preparando para enfrentar a tempestade. Imagens
de televisão mostraram residentes em áreas nos arredores de Townsville,
cerca de 400 quilômetros ao norte de Mackay, protegendo casas e lojas
com sacos de areia e placas de madeira compensada. "Vamos fazer uma tentativa e trabalhar juntos", disse Mike Kennedy, morador de Cungulla, à Australian Broadcasting Corporation. Palaszczuk
avisou que esta será a tempestade mais intensa a se abater sobre o
Estado desde que o Ciclone Yasi destruiu lares, plantações e resorts em
ilhas em 2011. As autoridades criaram 15 centros de retirada em
partes mais seguras de Mackay como forma de providenciar abrigo para as
pessoas mais ameaçadas e impossibilitadas de partir, acrescentou a
premiê. Minas de carvão e portos suspenderam suas operações e
várias empresas aéreas cancelaram vários voos de e para a região nesta
segunda-feira e na terça, mas dados da Thomson Reuters Eikon mostram que
o ciclone não deve atingir a maioria das minas de carvão da região.
Após perder a imunidade presidencial ao ser destituída no último dia 10
de março, a ex-presidente se submeteu a um intenso interrogatório.Foto:
Antonio Cruz/ Agência Brasil
O Ministério Público da Coreia do Sul pediu hoje (27) a um tribunal a
detenção da ex-presidente Park Geun-hye por acusações de corrupção. As
acusações estão relacionadas ao caso "Rasputina", que já provocou sua
destituição como chefe de Estado no início do mês. A informação é da
Agência EFE.
Os investigadores consideram que Park é suspeita de
suborno, abuso de poder, coação e de revelar segredos de Estado a sua
amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina", por sua proximidade com
a ex-presidente, segundo comunicado da procuradoria divulgado por
veículos de comunicação do país.
"Seria injusto não pedir uma
ordem (de detenção), levando em conta que sua cúmplice Choi Soon-sil,
assim como os funcionários que seguiram suas ordens e aqueles que
pagaram subornos, foram todos detidos", destaca o texto.
Após
perder a imunidade presidencial ao ser destituída no último dia 10 de
março, a ex-presidente se submeteu, na semana passada, a um intenso
interrogatório dos procuradores que durou mais de 21 horas. Park, de 65
anos, insistiu em sua inocência.
"Foram recolhidas muitas provas
até agora, mas como a suspeita nega a maioria das acusações, existe a
possibilidade de que tenha destruído provas", acrescenta o comunicado da
procuradoria.
Os investigadores ressaltam que as acusações são
muito sérias, já que acreditam ter provado que Park abusou "de seu
poderoso cargo e autoridade" na hora de permitir que Choi extorquisse
empresas e repassasse segredos de Estado, apesar de a amiga não ter
qualquer cargo público.
Se o tribunal do distrito central de Seul
emitir a ordem pedida pela procuradoria, Park se tornará o terceiro
chefe de Estado sul-coreano a ser detido depois do general Chun Doo-hwan
e de Roh Tae-woo.
Ela foi destituída no último dia 10, quando o
Tribunal Constitucional considerou que feriu a Carta Magna ao confabular
com sua amiga Choi Soon-sil para criar uma rede de troca de favores.
A
decisão representou a primeira cassação de um chefe de Estado
sul-coreano na democracia e obrigou o gabinete do presidente interino ,
Hwang Kyo-ahn, a convocar pela primeira vez eleições antecipadas, já
marcadas para o dia 9 de maio.
Até agora, 30 pessoas foram
acusadas pelo escândalo da "Rasputina", que envolve 53 empresas, entre
elas gigantes como a LG, Hyundai e Samsung, cujo presidente de fato, Lee
Jae-yong, está detido desde fevereiro, processado por supostamente ter
aprovado o pagamento de subornos à rede criada por Choi.
Equipes de resgate trabalham para encontrar estudantes desaparecidos no Japão Foto: UOL Imagens
Pelo menos oito adolescentes morreram e outras 30 pessoas ficaram
feridas depois que uma avalanche surpreendeu nesta segunda-feira um
grupo de estudantes em uma pista de esqui do centro do Japão.
Cerca de 60 adolescentes e professores de sete colégios estavam na
pista de esqui do complexo Nasuonsen Family Ski Resort da cidade de Nasu
- cerca de 200 quilômetros ao norte de Tóquio - no momento da
avalanche, segundo informações das autoridades da região divulgadas pela
emissora pública "NHK".
O departamento regional de bombeiros recebeu uma ligação de emergência
por volta das 9h20 (horário local, 21h20 de domingo em Brasília).
Oito menores foram achados sem sinais vitais, enquanto outras 30
pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave, segundo a agência
de notícias "Kyodo".
A polícia e as equipes de resgate continuam vasculhando a área para determinar se há mais pessoas enterradas sob a neve.
A Agência Meteorológica Japonesa (JMA) tinha ativado no dia anterior um
alerta para avalanches na região depois que se acumularam até 33
centímetros de neve em apenas oito horas.
O governo japonês já iniciou um esquema especial para responder a esta tragédia.
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, afirmou durante uma sessão
parlamentar que seu governo "fará qualquer esforço para responder a este
desastre" e que "a prioridade se concentra agora em resgatar as
vítimas".
Os estudantes se encontravam no complexo realizando um programa de
alpinismo, que começou no sábado e que deveria ter concluído ao meio-dia
desta segunda-feira.
Capacetes azuis do Uruguai no Haiti em 23 de janeiro de 2006 AFP/Arquivos / ROBERTO SCHMIDT
Brasil, Chile e Uruguai,
os países latino-americanos que lideram os capacetes azuis no Haiti, se
preparam para a retirada de suas tropas do país, ao fim de 13 anos de
missão, desgastados pelas consequências dos desastres naturais, dos
escândalos sexuais e das sequelas do cólera. "Fora tropas do
Haiti", lê-se em um muro em frente ao palácio legislativo do Uruguai,
lembrando o acalorado debate em torno do tema pelos parlamentares
uruguaios, que esperam tomar uma decisão em abril sobre a retirada de
seus mais de 250 soldados deslocados para o país caribenho. No Brasil, o Ministério da Defesa disse à AFP que aguardará a determinação da ONU e parece relutante a considerá-la concluída. "Essa foi uma missão muito importante para o Brasil porque
coincide com o tempo em que o governo Lula buscava posicionar-se como
líder no mundo e ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança
da ONU, lembrou à AFP María Cristina Rosas, acadêmica da Universidade
Nacional Autônoma do México e autora de vários livros sobre missões de
paz. "O governo brasileiro atualmente não passa por seu melhor
momento, sua imagem internacional deteriorou-se e o país precisa
continuar fortalecendo sua projeção", avaliou. Já o Uruguai não parece tão resistente a mudanças. "No dia 15 de abril estaremos em condições de regressar", anunciou Jorge Menéndez, ministro da Defesa uruguaio, em dezembro. Para
Gonzalo Novales Mayol, presidente da comissão de Defesa Nacional da
Câmara dos Deputados uruguaia, o Haiti não está pronto para ficar
sozinho. "Acho que isso poderia ser feito paulatinamente até que
nosso país irmão Haiti consiga consolidar uma democracia", disse à AFP
Novales Mayor, do opositor Partido Nacional. Jovenel Moïse assumiu
a presidência do Haiti em fevereiro, depois de uma longa crise que
começou com a anulação das eleições em 2015 e passou também por seu
adiamento um ano depois, por conta dos danos provocados pelo furacão
Matthew. O Chile também anunciou a partida de seus quase 350 soldados do Haiti, o país mais pobre da região América Latina e Caribe. "É
hora de concluir a participação dos efetivos militares que estão na
Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti)",
disse há cerca de um mês Marcos Robledo, ministro da Defesa chileno. A
decisão de retirar os militares da primeira missão de paz na América
Latina liderada por países da região terá que ser ratificada pelos
congressos nacionais. - Fonte de tensão - A ONU chegou ao
Haiti em 1990 com uma missão de observação nas primeiras eleições do
país, vencidas por Jean Bertrand Aristide, derrubado por um golpe
militar no ano seguinte. As missões foram mudando suas
características até chegar na Minustah, em 2004, uma missão de paz que,
segundo especialistas, chegou a reunir até 20.000 militares no terreno. Nesse
tempo o Haiti passou por calamidades. Um terremoto em 2010 resultou na
morte de 220.000 pessoas, incluindo o chefe da missão dos capacetes
azuis. Depois do terremoto veio a epidemia de cólera, que matou mais de
9.000 pessoas, e em outubro do ano passado o furacão Matthew, que deixou
550 vítimas fatais. A imagem da missão da ONU foi abalada pelo
contágio do cólera, introduzido por soldados do Nepal no país após o
terremoto, e pelas denúncias de centenas de mulheres haitianas que, em
2015, admitiram ter mantido relações sexuais com capacetes azuis em
troca de serviços e de bens materiais. "Pelo ponto de vista das
ONGs na América Latina (que denunciam os abusos dos capacetes azuis e a
falta de interesse dos governos da região), pode-se dizer que chegou o
momento de a Minustah se retirar", disse à AFP Juan Battaleme,
especialista em segurança regional e diretor do curso de Relações
Internacionais da Universidade Argentina da Empresa. Para o
especialista, os capacetes azuis se transformaram em uma "fonte de
tensão no Haiti", sem levar melhores condições de segurança. A
missão no Haiti está entre as quatro mais denunciadas de casos de abuso
sexual no mundo, , segundo a ONU, que pretende nomear um defensor dos
direitos das vítimas. Depois que os Estados Unidos anunciaram um
corte na ajuda econômica dada à organização, o secretário-geral Antonio
Guterres propês em documento concluir a Minustah até outubro, com a
retirada dos 2.370 militares que atualmente estão no país,
substituindo-os por 295 policiais.
Egito
e Chile decidiram neste sábado retomar as importações de carne
brasileira depois de terem tomado medidas de suspensão após escândalo
deflagrado pela operação Carne Fraca, da Polícia Federal.
Em
2016, as importações de carne brasileira pelo Egito somaram 690 milhões
de dólares, segundo informações do Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços (MDIC). As do Chile, por sua vez, responderam por
441 milhões de dólares.
Em
comunicado, o ministério de Agricultura egípcio informou que reabriu o
mercado para importações autorizadas de empresas brasileiras,
acrescentando que as remessas estariam sujeitas aos controles tanto no
Brasil quanto no desembarque no Egito.
O
governo chileno também anunciou neste sábado a derrubada das suspensões,
segundo fontes diplomáticas, após uma equipe sanitária do país ter
visitado o Brasil nesta semana e ter recebido explicações do ministério
de Agricultura.
No
caso chileno, ainda continuarão suspensas as importações advindas das 21
fábricas sob investigação na Carne Fraca, que já tiveram suas licenças
de exportação suspensas pelo governo brasileiro.
Neste
sábado, a China também anunciou a reabertura do mercado para a carne
brasileira após intensa mobilização do governo para a retomada dos
desembaraços aduaneiros.
O
governo coordena esforços para impedir o embargo e reverter suspensões à
carne brasileira após a operação da PF ter revelado que frigoríficos
pagavam propina a fiscais do ministério da Agricultura para obterem a
liberação de produtos.
A
intenção é circunscrever as restrições às plantas que estão sob
suspeita. Entre elas, estão unidades de gigantes do setor, como JBS e
BRF.
Fonte: Reuters(Por Dominic Evans e Anthony Boadle; Edição de Marcela Ayres)
Em Hong Kong, a escada de um shopping center mudou de direção repentinamente e aumentou sua velocidade causando ferimentos em 18 pessoas.O acidente ocorreu neste sábado (25) no shopping Langham Place, distrito de Mong Kok.Um porta-voz do local disse que a escala, de 45 metros, passou por inspeção recentemente, mas que, diante dos fatos, uma investigação será realizada no local.