terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

MUNDO


Presidente da Câmara dos Comuns britânica é criticado por se opor a discurso de Trump

Ele foi acusado de se exceder em suas funções devido a sua negativa de que o presidente dos EUA, Donald Trump, discurse no Parlamento quando for a Londres.





O presidente da Câmara dos Comuns britânica, John Bercow, foi acusado nesta terça-feira (7) de se exceder em suas funções por seus colegas conservadores devido a sua negativa de que Donald Trump discurse no Parlamento quando for a Londres.
Em uma INTERVENÇÃO INCOMUM NA segunda-feira na Câmara Baixa, muito aplaudida pelos deputados da oposição, Bercow, cujo título é o de "speaker", porta-voz ou presidente, disse que se opunha "energicamente" a permitir, como é o costume durante as visitas de Estado, que o presidente americano se dirija as duas câmaras do Parlamento de Westminster.
Bercow e outros dois funcionários de alto escalão do Parlamento precisam dar sua aprovação para a intervenção de um líder estrangeiro.
"Nossa oposição ao racismo e ao sexismo e nosso apoio à igualdade ante a lei e a independência da justiça são enormemente importantes na Câmara dos Comuns", argumentou Bercow, um deputado conservador.
"Bem feito, senhor Bercow", respondeu o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, enquanto os deputados nacionalistas escoceses aplaudiam.
No entanto, entre os conservadores do governo, que têm a maioria absoluta na Câmara, as palavras de Bercow caíram mal, num momento em que o governo de Theresa May busca estabelecer boas relações com a Casa Branca visando o Brexit.
O presidente do comitê de Relações Exteriores, Crispin Blunt, afirmou que Bercow não está ciente dos arranjos da visita de Estado, para a qual não há data, "e é por isso que os presidentes da Câmara não expressam sua opinião".
"Esta é a questão central porque, caso contrário, não podem permanecer neutros e acima das batalhas políticas", acrescentou.
O deputado conservador Nadhim Zahawi, que, como nascido no Iraque pode ser afetado pela proibição de entrar nos ESTADOS UNIDOS decretada por Trump, convocou Bercow a refletir sobre sua posição e se explicar no Parlamento.
Zahawi também sugeriu que Bercow é um hipócrita porque recebeu outros líderes polêmicos como o presidente chinês Xi Jinping ou o emir do Kuwait.
"Acredito que é, para mim, pouco inteligente, porque se expõe a ser acusado de hipocrisia", disse Zahawi à rádio BBC 4.
"É pouco inteligente vetar o presidente legitimamente eleito dos Estados Unidos, nosso aliado mais próximo", acrescentou.
Fonte: G1

MUNDO


Homem tenta atear fogo ao 

próprio corpo na Grande 

Mesquita de Meca, diz polícia

Ele estava ao lado da Kaaba, prédio em formato de cubo reverenciado por muçulmanos, na segunda-feira. Homem foi preso e teria problemas psicológicos.


Um homem tentou atear fogo ao próprio corpo encharcado com gasolina na segunda-feira (6) ao lado da Kaaba, prédio em formato de cubo reverenciado por muçulmanos, dentro da Grande Mesquita de Meca. Ele foi preso antes que pudesse completar o ato, informou a polícia da Arábia Saudita.
"Suas ações sugerem que ele é doente mental", informou o serviço policial da mesquita em comunicado, acrescentando que a polícia iria tomar medidas sobre o incidente. A polícia informou que o homem tinha por volta de 40 anos.
Um vídeo circulando nas redes sociais mostrava um homem sendo empurrado da Kaaba por peregrinos e guardas da segurança. A Reuters não pôde verificar de forma independente as filmagens.
Fonte: G1

MUNDO

Diminuição do papel dos EUA no mundo é 'inevitável', diz ex-conselheiro da Casa Branca

Adoção, sob comando de Donald Trump, de política externa mais voltada para defesa de interesses nacionais pode levar a 'realinhamento global de maior alcance em mais de um século', diz William McIlhenny.



A busca por uma política externa voltada mais para interesses nacionais primários e diretos e menos para manter a posição de "hegemonia" econômica e ideológica mundial "pode sinalizar o começo do período de realinhamento global de maior alcance em mais de um século", afirma um ex-conselheiro diplomático da Casa Branca.
Para William McIlhenny, ex-diretor para América do Norte no Conselho Nacional de Segurança dos EUA durante o primeiro mandato de George W. Bush e atualmente analista sênior do centro de reflexão The German Marshall Fund of the US, essa mudança de foco "é inevitável".
"Nos últimos 70 anos, os EUA deixaram recair sobre si muito do custo e da responsabilidade pelos resultados políticos e de segurança em outros países. Com 4% da população mundial e 16% da economia, não podemos manter isso sem sacrificar nossa própria economia", afirma em entrevista à BBC Brasil.
Ao assumir a Presidência, Donald Trump confirmou sua plataforma de campanha e deixou claro que daria prioridade a interesses imediatos dos EUA em detrimento de acordos multilaterais econômicos e militares.
Como presidente desde 20 de janeiro, ele retirou oficialmente o país do Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP) e anunciou planos para renegociar o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), assinado em 1992 com México e Canadá, argumentando que ambos prejudicam as empresas americanas.
A Casa Branca, segundo ele, passará a dar prioridade a acordos bilaterais, que deverão responder mais adequadamente às expectativas dos EUA.
Trump também causou reações adversas na comunidade internacional ao autorizar a construção de um muro na fronteira com o México, elogiar a decisão do Reino Unido de abandonar a União Europeia e qualificar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de obsoleta, gerando dúvida sobre a permanência dos EUA na aliança militar ocidental.

Hegemonia mundial

McIlhenny reconhece que o papel de "hegemonia mundial" era "indiscutivelmente um interesse primário, até existencial", dos EUA depois da Segunda Guerra Mundial e durante a Guerra Fria.
"Mas as realidades de hoje são diferentes. O mundo já é multipolar, econômica e politicamente, ainda que os EUA tenham uma força geopolítica inigualável. Não queremos, e realmente não podemos nos permitir, pagar o alto preço político e econômico de continuar como hegemonia mundial", argumenta.
A intervenção norte-americana no Iraque é uma amostra do "difícil e extremamente elevado custo de tentar afetar resultados políticos e de segurança distantes" no mundo de hoje, afirma o ex-conselheiro.
"A guerra no Iraque se tornou uma poderosa demonstração de um mundo que já está mudando, no qual os EUA foram incapazes de alcançar o resultado que buscavam a um preço aceitável, apesar de sua potência geoestratégica incomparável."
O conflito "dramatizou as limitações até mesmo de uma potência forte e tecnologicamente sofisticada", como os EUA, observa.

Presença seletiva

Para o analista, sob Trump, a defesa da democracia ou dos direitos humanos no palco internacional fica em segundo plano. Em seu lugar, a política externa passará a ser orientada pela defesa de interesses nacionais "primários" e diretos, que envolvem geralmente o comércio.
Ele ressalta que não se trata de uma "retirada" ou de um "declínio" do império americano.
"O resultado inevitável dessa definição mais estreita de interesses primários seria uma mudança no papel dos EUA em um mundo no qual (o país) segue sendo um ator forte, provavelmente o mais forte, e influente. Mas é muito mais seletivo na forma como usa esse poder", acredita.
A força desse poder no cenário internacional dependerá principalmente do resultado que as políticas de Trump terão sobre a economia nacional, afirma McIlhenny.
A influência do país também será afetada por "percepções e sentimentos".
"Desse modo, políticas implementadas desastrosamente, que ofendem sensibilidades internacionais, como o recente decreto antiimigração, ainda poderiam reduzir influência a curto prazo, e os EUA devem prestar atenção a isso", adverte.
Ele se refere ao decreto que suspende por tempo indeterminado o programa de recepção de refugiados sírios e proíbe a entrada nos EUA de cidadãos de sete países de maioria muçulmana. A medida foi suspensa por uma ordem judicial na sexta-feira.
"Se, como alguns temem, a administração Trump se deixar ser corretamente caracterizada como étnico-nacionalista, isso obviamente afetaria de uma maneira importante as percepções externas e internas."

Realinhamento global

Nessa mudança de rumo na política externa, a grande questão para Trump é "como os EUA poderão se livrar do peso" da responsabilidade internacional "sem criar um vácuo que cause desestabilização generalizada, e ainda manter uma força adequada para proteger seus interesses em um cenário internacional mais competitivo", coloca McIlhenny.
"Nesse ambiente, obviamente, outros se sentirão mais livres para competir por interesse e influência. Este é um dilema que qualquer futura administração americana teria que enfrentar", assegura o ex-conselheiro.
McIlhenny diz que "é mais difícil que nunca" prever o resultado do realinhamento global, mas acredita que nenhum país assumirá sozinho a posição de potência mundial.
"De um ponto de vista prático, não acho que a China possa assumir o papel (de líder de uma ordem internacional liberal), ou que o mundo aceitaria isso."
Ele não descarta uma aproximação entre EUA e Rússia, mas observa que, para isso, Moscou "também teria que interpretar seus interesses de maneira mais criativa, menos ultratradicional do que o governo parece ser capaz de fazer no momento".
A mudança na ordem mundial "não significa necessariamente a morte das alianças tradicionais, porque muitas delas tendem a ser sustentados por interesses coesivos", matiza McIlhenny.
"Mas todas (as alianças) estarão abertas a revisão e talvez até a uma reconfiguração baseada em novos cálculos de interesses."

Dilema

McIlhenny afirma que a redução na intervenção externa dos EUA já vinha sendo discutida pelas altas esferas do governo americano há pelo menos uma década, desde quando ele fazia parte da equipe.
Se não foi feito antes é, em parte, devido aos "grandes interesses econômicos e de outro tipo investidos no 'status quo'".
"Isso faz com que, para qualquer presidente fruto do 'establishment', seja difícil resistir. Trump chegou ao poder opondo-se a esse 'establishment'. Ele ainda tem que governar, mas está menos preso a isso que qualquer outro presidente na história moderna", observa.
O analista acredita que a mudança na administração norte-americana "pode sinalizar o começo do período de realinhamento global de maior alcance em mais de um século".
Ele destaca que os efeitos do governo Trump se combinarão com outras "mudanças profundas" que estão ocorrendo em questões fundamentais.
Cita como exemplo a evolução tecnológica, que "está liderando uma completa redefinição da natureza do emprego", e o "desafio" imposto pelo envelhecimento da população.
"Para mim, este é realmente um desses raros momentos definidores da história, quando giramos para uma nova era. Quando se pensa na administração Trump, é importante vê-la como um primeiro passo. Difícil de dizer se para o lado, para frente ou para trás. Mas é, certamente, o impulso em um processo de mudança global mais amplo", afirma McIlhenny.

Fonte: G1

MUNDO

Ivanka, a face amável de Trump na China

Para professor de Universidade de Pequim, filha de Trump está tomando uma atitude muito positiva em relação à China e tenta projetar imagem amistosa.




A china ainda olha com suspeitas para os Estados Unidos da era Donald Trump, de quem até agora só recebeu ameaças, mas recentemente surgiu um inesperado ponto de encontro: Ivanka, a filha predileta do presidente e talvez sua melhor arma de "soft power" com Pequim.
Embora ainda pareça estar pensando que papel vai assumir no poder, e negue que vá atuar como primeira-dama - como se especulou perante a discrição da esposa de Trump, Melania -, as habilidades diplomáticas de Ivanka já foram percebidas na China, um dos países mais criticados por seu pai.
Neste mês, a filha de Trump foi protagonista de vários artigos, vídeos e comentários no país asiático depois que apareceu de surpresa na embaixada chinesa em Washington para participar da festa do Ano Novo lunar, e postou um vídeo de sua filha Arabella, de cinco anos, cantando em mandarim para desejar um próspero Ano do Galo.
Seu gesto foi publicamente elogiado até pelo Ministério das Relações Exteriores chinês e foi visto como uma tentativa de suavizar a dura retórica de seu pai, que voltou a quebrar uma tradição entre Washington e Pequim ao não enviar uma felicitação pessoal nesta data tão significativa.

"Ivanka está tomando uma atitude muito positiva em relação à China e tenta projetar uma imagem amistosa, o que ajudará a diminuir a dureza de Trump", opinou em declarações à Agência Efe Wang Dong, professor de Estudos Internacionais da Universidade de Pequim.
Outros analistas concordam com ele e destacam o papel que Ivanka pode exercer em uma das relações bilaterais mais importantes do planeta.
"Trump é diferente de qualquer outro presidente anterior e também na relação com sua família: valoriza muita sua opinião", destacou Wang.
Apesar de não ostentar nenhum cargo oficial, ao contrário de seu marido, que é assessor na nova Administração, a filha do presidente esteve presente em encontros com líderes mundiais e acompanhou seu pai em atos dos quais habitualmente costuma participar a primeira-dama, razão pela qual alguns analistas salientam que Ivanka poderia ser a face amável de Trump com a China.
"Por um lado, Trump quer exercer pressão sobre a China, mas, por outro, quer manter o contato, porque sua família também tem investimentos no país e precisa manter a relação", afirmou Jin Canrong, especialista em relações internacionais da Universidade Renmin de Pequim.
Na opinião de Jin, Trump quer separar o plano público do privado e Ivanka pode lhe ajudar a estender pontes sem ter de modificar seu discurso.
Por enquanto, a sociedade chinesa parece ter sido fisgada. O vídeo do Ano Novo chinês de Arabella e os comentários de sua mãe já têm milhões de visualizações, como seu hit anterior, de novembro do ano passado, quando a menina também chamou atenção com uma demonstração de seu nível de mandarim.
"Trata-se de um completo exercício de relações públicas. Trump atua como um magnata do mundo do espetáculo (...) Está se centrando na sociedade chinesa mais que nos próprios líderes chineses, esperando pressioná-los utilizando sua família", considerou Jean-Pierre Cabestan, sinólogo da Universidade Batista de Hong Kong.
Estas aproximações, no entanto, não afastam a incerteza que se vive no país sobre os passos que serão dados por Trump: "Não podemos ser ingênuos. Em termos de políticas teremos que esperar", advertiu o professor Wang.
Depois que Trump acirrou os ânimos em Pequim conversando por telefone com a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e ameaçando impor elevadas tarifas e sanções aos produtos chineses, analistas ligados ao governo preveem turbulências.
"A China será um dos principais rivais de Trump e suas principais áreas de enfrentamento serão as questões de segurança e comércio", afirmou recentemente Teng Jianqun, diretor do Departamento de Estudos Americanos do Instituto de Estudos Internacionais da China, ligado ao governo.

Fonte: G1

DF

Câmara do DF define nesta terça composição das 10 comissões permanentes

Com 5 membros, elas funcionam como 'etapas iniciais' antes que projeto seja discutido em Plenário. Votação está prevista para começar às 15h.





 A câmara Legislativa do Distrito Federal define nesta terça-feira (7) a composição das dez comissões permanentes, pelos próximos dois anos de atividade. A votação está prevista para as 15h. As comissões funcionam como “etapas iniciais” por onde passam os projetos antes de serem apreciados em Plenário.
Nesta terça, os deputados também estabelecem qual será o papel de cada um nestas comissões, como a escolha dos presidentes. Pela tradição da Câmara, não costuma ser um dia com embate político, já que os parlamentares vão com os assuntos pré-articulados.
As comissões mais importantes ficam para quem faz parte dos maiores blocos – na prática, quem tem mais apoio. Os distritais chegaram a se reunir na manhã desta segunda (6) para esboçar um primeiro desenho de como elas ficarão divididas.
As comissões permanentes têm funções de propor leis e de fiscalizar o Executivo, cada uma abordando um tema diferente. Uma das mais importantes é a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que determina se os projetos discutidos não ferem outras leis. A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) trata dos assuntos que envolvem números.
Normalmente, trabalham com cinco membros definidos, incluindo presidente e vice-presidente. Também contam com cinco deputados suplentes. As comissões costumam se reunir pela manhã.

Lista de comissões

  • Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
  • Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof)
  • Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc)
  • Comissão de Assuntos Sociais, Comissão de Defesa do Consumidor
  • Comissão de Segurança; Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo
  • Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle
  • Comissão de Assuntos Fundiários
  • Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar