quinta-feira, 1 de setembro de 2016

MUNDO



Terremoto 7,1 graus na escala Ritcher atinge nordeste da Nova Zelândia



Um terremoto de 7,1 graus na escala Ritcher atingiu nesta quinta-feira a cidade de Gisborne, no nordeste da Nova Zelândia, informou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
O tremor aconteceu às 16h37 GMT (13h37, em Brasília), com seu epicentro a uma profundidade de 30,7 quilômetros e a uma distância de 167 quilômetros ao nordeste de Gisborne.
Por enquanto não há notícias de danos e nem feridos.
Gisborne é uma cidade litorânea do nordeste da Nova Zelândia com uma população aproximada de 35,7 mil pessoas.

Fonte: EFE 

MUNDO



EUA e Rússia prosseguem discussões para nova trégua na Síria



Representantes dos mais altos níveis de defesa, segurança e diplomacia dos Estados Unidos e da Rússia estão reunidos em Genebra, na Suíça, para tentar completar os detalhes de um acordo para uma nova trégua na Síria, confirmou nesta quinta-feira o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Staffan de Mistura.
Ele antecipou que seu escritório apresentará uma nova iniciativa política para deter o conflito na Síria antes do início da Assembleia geral da organização, em meados deste mês.
"As discussões atuais (entre EUA e Rússia) vão além da trégua de 48 horas solicitada pela ONU em Aleppo para fornecer ajuda humanitária à população", esclareceu Mistura.
Os responsáveis das Relações Exteriores americano, John Kerry, e russo, Sergei Lavrov, se reuniram na semana passada em Genebra para tentar fechar um acordo de fim das hostilidades na Síria, o que não conseguiram, mas anunciaram que seus especialistas continuariam as discussões para chegar a um entendimento.
"Nós apoiamos essas discussões. Agora todo o restante é marginal porque a ajuda humanitária não está entrando onde precisa por causa dos combates", explicou Mistura.
Sobre a nova estratégia política que prepara, ele adiantou que será "bastante clara" e será divulgada na semana anterior à Assembleia geral para que seja analisada durante o fórum.
Por sua vez, o enviado especial confirmou a "crescente militarização" do conflito sírio e lançou uma chamada aos Estados Unidos, Rússia, Irã, Arábia Saudita e, em geral, aos países com influência no conflito sírio para que ajudem a destravar o acesso humanitário a Aleppo.
Sobre isso ele disse que a ONU "continua lista para transportar a ajuda em qualquer momento, apenas não recebamos as indicações das partes" em conflito. Já sobre o bloqueio da ajuda vital para os civis que se encontram em áreas sitiadas militarmente, informou que ao longo de todo o mês passado foi possível acessar três das 18 localidades cercadas.
A população ajudada em agosto representou menos de um terço da que está em todas as zonas sitiadas do país, a grande maioria pelas forças do regime sírio.
O coordenador desta operação humanitária, Jan Egeland, disse que à ONU espera agora a resposta do governo a seu plano de operação para setembro, com a qual se pretende levar ajuda a 1,2 milhão de pessoas.
Egeland lamentou em particular a situação da população em Daraya, na periferia de Damasco, assediada há quatro anos e aonde chegou apenas um comboio com ajuda durante todo este tempo, apesar de a ONU pede semanalmente às autoridades que lhe permitam entrar com ajuda.
"Precisamos romper com os assédios, mas isto não se alcança simplesmente quando a população se rende pela crise de fome e os bombardeios, mas quando há acesso humanitário e liberdade de movimento para os civis", enfatizou Egeland.

Fonte: EFE

MUNDO

Violento confronto em Hama, na Síria, mata 50 rebeldes e 25 civis



Pelo menos 50 combatentes rebeldes e 25 civis morreram nas últimas horas no norte da província de Hama, na Síria, em lutas entre as facções opositoras e o regime sírio, informaram a imprensa oficial e ativistas nesta quinta-feira.
Segundo a agência estatal "Sana", 50 "terroristas" morreram e 70 ficaram feridos em enfrentamentos ontem com unidades do Exército na cidade de Bayda. Entre os mortos está um suposto líder do Exército do Orgulho, detalhou a "Sana", que acrescentou que a aviação militar bombardeou hoje também os "terroristas" nas regiões de Tibet al Imam, Morek e Suran.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos documentou à morte de um dirigente militar do rebelde Exército da Vitória, que combate junto ao chamado do Orgulho e Jund al-Aqsa (Soldados de al-Aqsa). A ONG também registrou hoje os ataques aéreos a Morek e Suran, assim como fortes combates entre ambos os bandos na cidade de Maardes e o disparo de projéteis pelos rebeldes ao aeroporto militar de Hama.
Os bombardeios do regime sírio causaram ontem à noite a morte de 25 civis, entre eles seis crianças e mulheres, em locais entre a cidade de Al Latamna e o sul da vizinha província de Idlib, indicou o Observatório.
Todas as localidades citadas como alvos de bombardeios caíram nas mãos das facções rebeldes islamitas na segunda-feira passada, quando os insurgentes lançaram uma ofensiva no norte de Hama.
Segundo o Observatório, as facções opositoras conseguiram arrebatar do regime o controle de 13 localidades, além de posições militares, e se situaram a apenas 12 quilômetros da cidade de Hama, a capital província e em poder das autoridades.

Fonte: EFE 

MUNDO

Opositores se concentram em "Tomada de Caracas" para pedir revogatório



Milhares de opositores se concentram nesta quinta-feira em vários pontos do leste da capital venezuelana para participar da "Tomada de Caracas", uma marcha do antichavistas para reivindicar às autoridades uma data para o referendo revogatório do presidente do país, Nicolás Maduro.
Os participantes responderam ao chamado da aliança de partidos Mesa da Unidade Democrática (MUD) e desde começo da manhã se reuniram em seis pontos da cidade vestindo branco e carregando bandeiras da Venezuela. Muitos dos manifestantes que estão na capital venezuelana vieram do interior do país, apesar dos supostos impedimentos das autoridades que, segundo os dirigentes da MUD, restringiram o acesso à cidade bloqueando algumas estradas.
"Estamos pressionando para que nos reconheçam e respeitem o direito constitucional de revogar o governo este ano", disse o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o opositor Henry Ramos Allup.
O também secretário-geral do partido Ação Democrática (AD) afirmou que no final da manifestação "serão anunciadas as próximas ações" com as quais a oposição venezuelana pressionará para a ativação do revogatório este ano. O processo está tramitando desde abril.
Sobre a denúncia do governo de supostos planos violentos para esta manifestação, Allup reiterou que esta atividade deve "terminar conforme aos previsto, de maneira pacífica, democrática, como uma grande demonstração de resposta cívica e desejo do povo venezuelano de ativar o referendo revogatório".
"Não prevemos, não desejamos, nem queremos outro desenvolvimento que não seja esse", acrescentou.
Os pontos de concentração seguem recebendo centenas de partidários, apesar das denúncias dos dirigentes da MUD que "alcabalas" (postos de controle policial) impediram o acesso de muitos opositores até a cidade.
O governo de Miranda, controlada pela oposição e que abrange uma parte de Caracas, disse que veículos tiveram acesso negado por "alcabalas" instalada por agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB). Em resposta a isso, as pessoas decidiram descer dos carros e caminhar pela estrada para tentar chegar a Caracas, segundo o governo.

Fonte: EFE 

POLÍTICA



Unasul consulta chanceleres para possível reunião sobre cassação de Dilma



O secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, iniciou uma rodada de consultas com os chanceleres da região sobre uma possível reunião para tratar sobre a destituição da presidente Dilma Rousseff.
O organismo, com sede em Quito, afirmou nesta quinta-feira em um breve comunicado que a cassação de Dilma "gera preocupação e tem implicações regionais cujo exame justifica uma reunião extraordinária de chanceleres", razão pela qual Samper está entrando em contato com ministros das Relações Exteriores para tratar da eventual reunião.
A destituição da governante motivou diferentes reações entre os governos da região, vários dos quais qualificam de "golpe de Estado" a medida, entre eles Equador, Venezuela e Bolívia, que convocaram seus representantes no Brasil para consultas.
Outros, como Argentina, Colômbia e Estados Unidos, disseram que respeitam as instituições brasileiras e expressaram seu desejo de seguir trabalhando com o governo do agora presidente Michel Temer.
A Unasul está formada por Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

Fonte: EFE 

MUNDO

Doação de tablets ajudará desenvolvimento do Burundi




Organização Internacional para Migrações, OIM, entrega aparelhos para os correios do país, na tentativa de reduzir custos das remessas e ajudar migrantes; serviço será especialmente útil em áreas rurais.
Foto: Banco Mundial/Simone McCourtie

Os Correios do Burundi receberam uma doação de 170 tablets por parte da Organização Internacional para Migrações, OIM, e da União Postal Universal. A ideia é utilizar diferentes componentes do sector postal do país para o alcance do desenvolvimento económico e social, especialmente para os que vivem em áreas rurais.
A entrega dos tablets tem o objetivo de reduzir os custos das remessas e assim, contribuir para o bem estar dos migrantes. Os funcionários dos Correios passam a utilizar um sistema online da UPU para fazer as transferências monetárias.
Internet
Com uma rede de internet 3G, os usuários terão melhor acesso aos serviços de comunicação e o processo de transferência de dinheiro será feito de forma mais rápida, o que reduz os custos das remessas.
A OIM explica que o projeto envolve também a promoção da educação financeira entre moradores de áreas rurais no Burundi. Com os tablets ligados à internet, outros serviços ficarão mais acessíveis, como acesso dos migrantes ao crédito e acesso dos pequenos produtores ao mercado internacional.
Custos
No ano passado, migrantes da África Subsaariana enviaram mais de US$ 35 mil milhões aos seus países de origem. Mas empresas que fazem as transferências das remessas acabam por cobrar demais pelo serviço, segundo a OIM.
Com um custo médio de 9,5% do valor a ser enviado, a África Subsaariana tem a taxa mais alta de transferência de remessas do mundo. Com os tablets, as transferências serão feitas nos correios a um preço menor.
Segundo a OIM, agência parceira da ONU, a iniciativa está de acordo com a política do governo do Burundi de ampliar os benefícios da microfinança e da transferência de dinheiro.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

OMS faz segunda reunião de emergência sobre febre amarela em África




Especialistas apresentaram informações sobre o combate à epidemia em Angola, na República do Congo e na República Democrática do Congo.
Foto: OMS/S. Hawkey

A Organização Mundial da Saúde, OMS, realizou a segunda reunião sobre o surto de febre amarela em África. A Comissão de Emergência foi convocada pela diretora-geral da OMS, Margaret Chan, na quarta-feira, em Genebra.
Os especialistas da agência da ONU falaram sobre a situação e a resposta à epidemia em Angola, na República do Congo e na República Democrática do Congo. Eles também discutiram o caso de estoques globais da vacina contra a doença.
Risco
A Comissão comentou as medidas tomadas para atender os países afetados e parceiros no sentido de controlar a infeção. Desde o dia 23 de junho, não há notificações de casos de contaminação em Angola, e na RD Congo desde 12 de julho.
De qualquer forma, existe uma preocupação de que viagens da população entre a RD Congo e a República do Congo possam representar um risco de contaminação, ampliando assim o surto.
A Comissão de Emergência da OMS foi avisada de que o surto em Uganda já passou e que os casos de infeção importados na China e no Quénia não representam perigo de novas contaminações.
Governos locais
A campanha maciça de vacinação na RD Congo foi considerada um sucesso, atingindo mais de 90% da população da capital Kinshasa.
A OMS não acredita que os surtos de febre amarela em Angola e na República Democrática do Congo sejam motivo para uma emergência de saúde pública em escala internacional. Mas o grupo considera os casos um incidente sério que precisa de providência dos governos locais e do apoio da comunidade internacional.
Os integrantes da Comissão se colocaram à disposição para dar apoio a Angola e à RD Congo nas áreas de vigilância e vacinação em massa, controle integrado e de documentação dos casos. Uma outra área de atenção é a imunização de todos os viajantes, especialmente os trabalhadores migrantes em zonas endémicas.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Quase 145 mil elefantes mortos no continente africano em apenas sete anos




Vice-chefe do Programa das ONU para o Meio Ambiente destaca que caça "não faz nenhum sentido moral, económico e político"; censo mostra que população de elefantes na savana africana diminuiu em 30%.
144 mil elefantes mortos. Foto: Banco Mundial/Curt Carnemark

Um censo realizado em África mostrou que a população de elefantes nas savanas do continente reduziu em 30% entre 2007 e 2014. No período, 144 mil elefantes foram mortos.
O vice-chefe do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma, reagiu aos resultados da pesquisa e condenou a caça. Ibrahim Thiaw afirmou que a prática não faz nenhum sentido moral, económico ou político.
Mali
O representante, que nasceu na Mauritânia, explicou que os elefantes já estão extintos em seu país. Thiaw espera que isso não ocorra em outras nações, apesar de já ser uma possibilidade iminente nos Camarões e no Mali.
O vice-chefe do Pnuma tem esperança, uma vez que em alguns países africanos, as populações de elefantes estão a aumentar. Thiaw lembrou do apoio do público, dos políticos e do sector privado em campanhas como a Feroz pela Vida, uma iniciativa da ONU em prol dos animais selvagens.
Turismo
O especialista avalia que os países africanos estão a ver que essas espécies tem mais valor vivas do que mortas, uma vez que podem gerar renda por meio do turismo. Esses rendimentos tem potencial para financiar projetos de educação, saúde e facilitar o crescimento económico.
Ibrahim Thiaw disse que os números do censo são "deprimentes", mas é possível resolver a crise e salvar os elefantes desde já.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Ban preocupado com incêndios criminosos e protestos no Gabão




Secretário-geral comentou confrontos entre manifestantes e forças de segurança na capital do país, Libreville, após resultado das eleições presidenciais.
Foto: ONU/Staton Winter

As Nações Unidas emitiram uma nota sobre os resultados provisórios das eleições presidenciais do Gabão.
Os números foram divulgados pelo Ministério do Interior do país africano.
Diferença
Segundo agências de notícias, a votação teria concedido vitória ao presidente Ali Bongo por 49,8% dos votos contra 48,2% obtidos pelo candidato da oposição, Jean Ping. A diferença é de quase 5,6 mil votos de vantagem.
Em nota, emitida pelo porta-voz, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon disse estar "profundamente preocupado" com relatos de incêndios criminosos e de confrontos entre os manifestantes e a polícia em Libreville, capital do país.
Ban pediu a todos os líderes políticos e aos simpatizantes que se abstenham de atos que podem minar a paz e a estabilidade da nação africana.
Ele também pediu às autoridades gabonesas que exerçam força moderada em sua resposta aos protestos. E afirmou que os líderes políticos têm de resolver suas diferenças de maneira pacífica.


O secretário-geral da ONU também pediu ao representante especial para África Central e Chefe do Escritório Reginal da ONU, Abdoulaye Bathily, que apoie os atores políticos em seus esforços de acalmar a situação.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

FAO defende maior papel dos oceanos para projetos de economia verde




Mensagem do diretor-geral da agência é que iniciativa ajuda a combater a pobreza rural melhorando a nutrição e promovendo segurança alimentar.
Foto: FAO/Sia Kambou

A aquicultura e a pesca estão a firmar-se com um força de transformação das economias africanas.
Mas segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, mais precisa ser feito para aliviar os impactos da mudança climática e da pesca ilegal nos oceanos e em comunidades costeiras.
Oportunidades
Em encontro esta quinta-feira nas Ilhas Maurício, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, afirmou que oceanos saudáveis e produtivos ajudam a combater a pobreza rural.
Graziano da Silva participa da Conferência Ministerial de África sobre Economias Oceánicas e Mudança Climática. O encontro quer identificar oportunidades de aumentar a habilidade do continente para construir economias resilientes ao clima.
A FAO acredita ainda que a mudança pode ajudar a melhorar a nutrição, promover segurança alimentar e alcançar o objetivo da Fome Zero.
Segundo a agência, os países africanos estão cada vez mais reconhecendo a necessidade de diversificar suas atividades económicas baseadas na terra para explorar a facilidade que muitas nações têm por sua proximidade ao mar. Mas para Graziano da Silva, a mudança climática é um factor de incerteza nessa equação.
Eventos extremos
As comunidades costeiras estão a ser afetadas pela combinação do aquecimento dos oceanos, aumento do nível do mar e eventos extremos climáticos. E também pela acidificação do oceano e da intrusão salina.
A FAO ressaltou ainda os impactos desproporcionais sobre os chamados pequenos Estados-ilha, que travam uma verdadeira batalha por sobrevivência. Nesses países, as populações são mais dependentes dos recursos naturais e menos capazes de se adaptar às mudanças climáticas.
A agência da ONU mencionou o desafio da pesca ilegal e de todos os problemas causados aos oceanos e aos recursos marinhos pela atividade. Todos os anos, governos perdem bilhões de dólares em receita por causa deste tipo de crime.
Atualmente, 13 dos 34 países-ilhas fazem parte de um acordo da FAO de proteção e mitigação. Deste total, nove são africanos. O chefe da agência pediu a todos os governos que tomem providências imediatas para implementar o tratado.
Em meados de setembro, a Conferência "Nossos Oceanos", realizada em Washington, nos Estados Unidos, deverá debater o tema.
Nos últimos 50 anos, a produção de peixe aumentou de 10 quilos para 19 quilos por pessoa por ano. Calcula-se que a atividade económica global dos oceanos esteja entre US$ 3 e 5 trilhões.
Esta é uma via também de destaque para o mercado global: 90 por cento do volume global são feitos por vias marítimas, e mais de 30% do óleo e do gás são extraídos em alto mar.


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Em 10 países, 40% das crianças não têm acesso à educação básica




Libéria é a nação com a taxa mais alta de menores fora da escola, segundo pesquisa do Unicef; no Sudão do Sul, uma em cada três escolas está fechada devido aos conflitos; desastres naturais também influenciam índices.
Foto: ©Unicef/NYHQ2010-0204/Shehzad Noorani (arquivo)

Nos 10 países do mundo com as taxas mais altas de crianças fora da escola, 18 milhões de alunos estão sem acesso ao ensino primário. A pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, foi divulgada esta quinta-feira.
A Libéria é o país com os piores índices, onde quase 65% das crianças não estão a frequentar a escola primária. Na sequência vem o Sudão do Sul, onde a taxa chega a 59%. No país mais novo do mundo, uma em cada três escolas está fechada por causa dos conflitos.
Níger e Nigéria
Os outros países apontados no levantamento do Unicef são Afeganistão (46%), Sudão (45%), Níger (38%) e Nigéria (34%). Para a agência da ONU, os dados deixam claro como crises e emergências humanitárias impedem o acesso dos menores às escolas.
Além dos conflitos, também contribuem para os índices desastres naturais como seca prolongada, cheias, terramotos, além da alta taxa de extrema pobreza em alguns países.
Síria
O Unicef teme que sem acesso à educação, a geração de crianças a viver nesses países cresça sem as habilidades necessárias para contribuir com o progresso económico da nação.
A agência também faz uma observação sobre a Síria: apesar do país não estar entre os 10 com as taxas mais altas de crianças fora da escola, por lá, 2,1 milhões de menores entre cinco e 17 anos não estão a frequentar as salas de aula.
Outras 600 mil crianças refugiadas sírias estão na mesma situação.


No ano passado, as agências humanitárias receberam apenas 31% dos fundos necessários para projetos no sector da educação. O valor foi 66% menor do que o recebido há 10 anos.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Cepal lança banco de dados sobre investimentos na AL e Caribe




Iniciativa conta com a participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, e do Banco de Desenvolvimento da América Latina.
Foto: Banco Mundial/Arne Hoel

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, lançou um novo banco de dados sobre investimentos na região.
A iniciativa, batizada de Infralatam, contou com a participação do Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, e do Banco de Desenvolvimento da América Latina. Os dados estão dispostos numa página de internet para consulta.
Infralatam
O Infralatam vai mostrar quanto foi investido no setor de infraestrutura nos países latinoamericanos e caribenhos.
Nesse primeiro estágio, o programa conjunto divulga dados sobre os investimentos em 15 países, entre eles estão: Argentina, Brasil, Chile México, Paraguai e Uruguai.
As informações buscam medir e promover a análise de investimentos no setor no período entre 2008 e 2013.
Os dados incluem dinheiro aplicado tanto por governos como por empresas na construção de sistemas de abastecimento de água e saneamento básico, energia e de barreiras ou diques de proteção contra enchentes.
Telecomunicação e Transporte
Ainda na lista estão investimentos feitos em sistemas de irrigação, telecomunicações e transportes.
O Infralatam é um projeto que propõe atualizações anuais. A Cepal espera que as informações sejam usadas por instituições responsáveis por políticas e planejamento públicos na região.
Os dados também podem ser utilizados por organizações privadas internacionais, investidores, acadêmicos, construtores e pela sociedade civil de um modo geral.
A comissão afirmou ainda que os dados podem se tornar o principal instrumento de análise do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, ODS 9. Essa meta determina o desenvolvimento de infraestruturas de qualidade, confiáveis, sustentáveis e resilientes.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Ban diz que "futuro do Sri Lanka depende dos jovens"




Secretário-geral fez um discurso sobre o papel do jovem no processo de reconciliação no país; chefe da ONU afirmou que governo deve aumentar investimento nesse grupo que representa 20% da população.
Ban Ki-moon (ao centro) com jovens em evento no Sri Lanka. Foto: ONU/Eskinder Debebe

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou esta quinta-feira que os jovens são importantes no processo de reconciliação e coexistência no Sri Lanka.
Em discurso na cidade de Galle, a cerca de 100 km da capital Colombo, Ban disse que "os jovens representam o maior bem do Sri Lanka e que o futuro do país depende deles".
Conflito e Injustiças
O chefe da ONU declarou que muitos dos jovens nasceram ou viveram durante períodos de conflito, terror ou deslocamento no país. Segundo ele, muitos também sofreram privações e injustiças.
Para Ban, é importante que o governo continue aumentando os investimentos nos jovens, que representam 20% da população do Sri Lanka.
O secretário-geral declarou que "para garantir justiça social, especialmente em países como o Sri Lanka, que estão se recuperando de um conflito, é crucial implementar abordagens que envolvam jovens, mulheres e todos os setores da sociedade".
Parcerias
Ban disse que "as Nações Unidas estão trabalhando para criar e fortalecer parcerias com organizações lideradas e com foco nos jovens para promover a paz e o desenvolvimento".
O chefe da ONU afirmou que o "mundo precisa de líderes jovens para lembrar a todos do objetivo global comum no momento em que a comunidade internacional enfrenta conflitos, violência, desigualdade e injustiça em vários lugares".


Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

Iraque: ONU preocupada com possível recrutamento de crianças para combates




Coordenadora humanitária no país afirmou que envolvimento de menores em conflitos é "totalmente inaceitável"; meninos estariam sendo enviados para lutar contra o movimento islâmico terrorista Isil.
Crianças brincam em nova área no campo de deslocamento de Debaga conhecido como Debaga Dois, na província de Erbil, no Iraque. Foto: Unicef/Lindsay Mackenzie

A coordenadora humanitária da ONU no Iraque expressou grande preocupação sobre relatos de que meninos estão sendo enviados para áreas próximas às linhas de frente da guerra, possivelmente para se juntar a grupos armados lutando contra o grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil.
Lise Grande enfatizou que "envolver crianças nos combates é totalmente inaceitável", citando relatos de recrutamento de menores em pelo menos um campo de deslocados internos.
Mosul
Ela ressaltou que "nada é mais importante do que garantir a segurança dos civis durante o conflito".
Grande, que também é vice-representante especial do secretário-geral para o Iraque, alertou que outras centenas de milhares de civis vão precisar de proteção e assistência devido aos combates para retomar Mosul. Uma operação que deve começar em breve.
As ações militares do Iraque e de países aliados têm o objetivo de retomar áreas sob poder do grupo terrorista islâmico Isil ou Daesh. Os movimentos nessas zonas já estão forçando centenas de milhares de pessoas a fugir de suas casas.
Escudos Humanos
Grande lembrou que a lei internacional humanitária proíbe o recrutamento de menores e ressaltou que "sob nenhuma circunstância, os civis podem ser usados como escudos humanos", o que "viola todos os princípios de humanidade".
Em julho, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, lançou um apelo urgente de US$ 284 milhões para preparar a resposta à Mosul.
Agências humanitárias também buscam financiamento para o plano regular de resposta humanitária em 2016 que fornece assistência a 7,3 milhões de iraquianos.
Valas Comuns
Em comunicado à imprensa, o Escritório também alertou que a ONU está profundamente preocupada com relatos de valas comuns de milhares de civis em áreas anteriormente sob controle do Isil.
De acordo com o Ocha, a crise no Iraque é umas das maiores, mais complexas e voláteis no mundo. Mais de 10 milhões de iraquianos precisam atualmente de alguma forma de assistência humanitária.
Entre eles, 3,4 milhões de civis que estão deslocados internamente, muitos pela segunda ou terceira vez.
Mortos e Feridos
Em agosto, 691 iraquianos foram mortos e outros 1016 ficaram feridos em atos de terrorismo, violência e conflito armados no Iraque, excluindo a província da Anbar.
Os dados foram registrados pela Missão de Assistência das Nações Unidas no país, Unami, que não conseguiu obter informações sobre Anbar.

Fonte: Rádio das Nações Unidas 

MUNDO

"Cultura da Paz" é tema de evento de alto nível na ONU




Reunião marca o aniversário da adoção da Declaração e Programa de Ação sobre o tema; para presidente da Assembleia Geral, Mogens Lykketoft, a "promoção da cultura da paz não poderia ser mais relevante" no mundo atual.
Mogens Lykketoft. Foto: ONU/Manuel Elias

O presidente da Assembleia Geral da ONU, Mogens Lykketoft, reuniu um fórum de alto nível sobre a Cultura da Paz nesta quinta-feira na sede das Nações Unidas, em Nova York.
O evento marca o aniversário da adoção da Declaração e Programa de Ação sobre o assunto.
Relevância
Para o presidente da Assembleia Geral, a "promoção da cultura da paz não poderia ser mais relevante" no mundo atual.
Lykketoft afirmou que a violência em muitos lugares está "levando a morte e ferimento de centenas de milhares de pessoas e ao deslocamentos de milhões,
seja em grandes conflitos como na Síria, Iêmen ou Sudão do Sul, ou pelo terrorismo nas mãos de extremistas em todas as regiões".
Perguntas
Ele também citou "tensões entre comunidades, altos níveis de xenofobia e violência diária a mulheres e meninas" que estão "causando grande dano" às sociedades.
Lykketoft ressaltou, no entanto, que muitas questões importantes permanecem, por exemplo, "como construir uma cultura de paz e não violência no mundo de hoje? Como promover uma aproximação entre culturas e povos"?
Segundo o presidente da Assembleia Geral, aumentar a capacidade da ONU de conduzir operações de paz e de sustentar a paz não é só fundamental para mitigar crises, mas é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Fonte: Rádio das Nações Unidas