segunda-feira, 15 de agosto de 2016

MUNDO

Contra "cadeados do amor", Paris espalha mensagens aos casais nas pontes



  • Jacques Demarthon/ AFP
    Turistas observam placa que diz "nossas pontes não resistirão ao seu amor", na Pont Neuf, em Paris
    Turistas observam placa que diz "nossas pontes não resistirão ao seu amor", na Pont Neuf, em Paris
A luta de Paris para acabar com os "cadeados de amor" que os casais penduram para expressar sua relação nas pontes que atravessam o rio Sena foi reforçada com uma nova campanha que insiste tanto na segurança como no respeito ao patrimônio.
A iniciativa prevista pela prefeitura parisiense, segundo o vice-prefeito, Bruno Julliard, contempla a instalação de painéis e marcas viárias sobre várias pontes, mas sobretudo na Pont Neuf.
Depois que a famosa Pont des Arts sofreu o desmoronamento de uma de suas grades em 2014, a prefeitura tirou as 70 toneladas de cadeados que esta sustentava e instalou em seu lugar barreiras de vidro que impedem a possibilidade de pendurar qualquer artefato.
Mas isto não impediu os apaixonados de seguir expressando o amor, já que a tradição mudou para um local a 400 metros de distância, na Pont Neuf, e para outras pontes, como a do poeta Léopold Sédar Senghor e a do Arcebispo, situada diante da catedral de Notre Dame.
Os vendedores ambulantes veem possibilidades de negócio com os cadeados e incentivam sua compra.
Um deles, Hamza, disse que os cadeados não prejudicam ninguém. "Estas pontes são de pedra e ferro, não há perigo. Que a prefeitura deixe as pessoas expressarem seu amor como quiserem. Há turistas que vêm de muito longe já com seu cadeado gravado para pendurá-lo aqui".
A campanha de dissuasão com sinais e cartazes, em inglês e francês, tentará persuadir os amantes com palavras de ordem como "Não aos cadeados, Paris agradece" ou "Declare seu amor de outro modo".
Outras medidas serão tomadas a partir de setembro, em reunião com as equipes técnicas e arquitetos do patrimônio que avaliarão possibilidades para que isso não volte a ocorrer.
"Paris é uma cidade muito romântica e particularmente o Sena e suas pontes, mas é preciso proteger também o patrimônio. As pessoas podem se declarar de outra forma, não precisam de cadeado", disse Julliard.
María e Ángel, dois espanhóis que puseram seu cadeado do amor durante sua visita em Paris, não gostaram da decisão. "Se é por algo estético não estou de acordo. Ao contrário, acredito que tem mais encantamento com eles. Mas, se é por segurança e preservação, então me parece ok", disse o casal.
Para o casal, as autoridades devem mudar as grades "a cada período como fazem em outras cidades".
Não é conhecida muito bem a origem desta tradição que prolifera em muitas capitais, embora em Paris tenha virado moda em 2008, por causa do romance "Ho voglia di te" ("Tenho vontade de ti", em tradução livre) de Federico Moccia, no qual os personagens principais colocavam um cadeado na Ponte Milvio de Roma para imortalizar seu idílio.
Alguns dos que se deixam levar por essa moda, como um casal de Ciudad Real que visita a capital francesa pela primeira vez, dizem fazer isso "um pouco por inércia".
"É uma demonstração de amor à pessoa que amo, mas está claro que para mostrar meu amor não é necessário pôr um cadeado. Basta dizer o que sinto e expressar com meus atos dia a dia", acrescentou o rapaz em um comentário que lhe valeu um beijo.
Fonte: Uol Notícias 

POLÍTICA

Temer x Dilma: quem ganha nas homenagens aos medalhistas brasileiros?




  • Alan Marques - 2.mar.2016/Folhapress
    Dilma Rousseff e Michel Temer em março deste ano
    Dilma Rousseff e Michel Temer em março deste ano
Enquanto os atletas do Brasil buscam títulos nos Jogos Olímpicos do Rio, Dilma Rousseff e Michel Temer travam uma disputa particular que não tem nada a ver com o processo de impeachment. Nas redes sociais, a presidente afastada e o presidente interino não deixam passar uma chance de parabenizar os medalhistas brasileiros.
Até a tarde desta segunda (15), a delegação brasileira havia conquistado oito medalhas (uma de ouro, três de prata e quatro de bronze). Em todas elas, Dilma e Temer usaram o Twitter para dar parabéns aos vencedores e dizer que são brasileiros com muito orgulho, com muito amor. 
Na corrida pelos parabéns, Temer seria o velocista e Dilma, a maratonista. Em todas as medalhas brasileiras, o interino postou seus parabéns antes da presidente afastada, mas sempre foi breve, se manifestou com apenas um tweet para cada atleta.
Dilma pode chegar depois, mas se estende nas celebrações; raramente manifesta seu orgulho olímpico em apenas uma mensagem, e tem dado especial atenção às mulheres vencedoras de medalhas. As conquistas das judocas Rafaela Silva e Mayra Aguiar mereceram quatro tweets, cada uma, da presidente afastada. A nadadora Poliana Okimoto, o judoca Rafael "Baby" Silva e o atirador Felipe Wu foram parabenizados com dois posts. Já os ginastas Diego Hypolito, Arthur Nory e Arthur Zanetti aparecem em uma publicação cada.
A presidente afastada também tem destacado os recursos do governo federal destinados aos medalhistas brasileiros. O principal programa de apoio é o Bolsa Pódio, implantado em 2013 e voltado para atletas com chances de disputar finais e medalhas. As bolsas variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil por mês. 
No entanto, segundo a agência Lupa, da revista Piauí, quase 40% dos atletas beneficiados pelo programa não disputam a Rio-2016.
Depois do Twitter, eles aproveitam para repetir algumas das mensagens de parabéns no Facebook.
Os Jogos Rio-2016 chegam ao fim no dia 21, mas Dilma e Temer continuarão competindo, desta vez para ficar na presidência. A partir do dia 25, o Senado começa a julgar a presidente afastada, na etapa final do processo de impeachment.
Fonte: Uol Notícias 

MUNDO

Polícia prende suspeito de assassinar clérigo muçulmano em Nova York

Clérigo Maulama Akonjee e seu ajudante foram mortos no sábado.
Assassinatos poderiam ter relação com rixa entre muçulmanos e hispânicos.

Clérigo Maulama Akonjee (foto) e seu ajudante foram mortos no sábado (Foto: Abdul Chowdhury/AP)Clérigo Maulama Akonjee (foto) e seu ajudante foram mortos no sábado (Foto: Abdul Chowdhury/AP)
A polícia de Nova York prendeu na noite de domingo (14) um homem suspeito de ter assassinado um imã e seu assistente no último sábado perto de uma mesquita no condado do Queens, informou nesta segunda-feira (15) a imprensa local.
O suspeito está sendo interrogado em uma delegacia da cidade, mas ainda não foram apresentadas acusações formais contra ele e sua identidade não foi revelada pelas autoridades, segundo o jornal "Daily News".
O crime aconteceu no sábado, quando um homem se aproximou do clérigo Maulama Akonjee, de 55 anos, e de seu ajudante, Thara Uddin, de 64, e atirou neles à queima roupa em plena luz do dia, perto da mesquita Al Furqan Jame Masjid, no bairro de Ozone Park.
Após o crime, de acordo com novas imagens captadas pelas câmaras de segurança, o suspeito fugiu em um veículo e, durante o trajeto, se chocou contra um ciclista, que anotou o número da placa antes de denunciar o incidente à polícia.
Com os dados do veículo, agentes da Unidade de Fugitivos da polícia de Nova York rastrearam o proprietário até localizá-lo em uma área no condado do Brooklyn, segundo o tabloide "New York Post".
Ainda são desconhecidos os motivos que levaram ao assassinato do imã, mas o caso gerou revolta na comunidade muçulmana. As autoridades suspeitam que o crime possa ter alguma relação com o crescente enfrentamento entre muçulmanos e latinos no bairro de Ozone Park.
Segundo fontes da investigação citadas pelo "Daily News", o assassinato poderia ser uma resposta a um incidente que teria ocorrido algumas semanas antes, quando um grupo de muçulmanos teria atacado outros hispânicos no bairro.
Akonjee, casado e pai de três filhos, era um respeitado líder religioso original de Bangladesh que chegou a Nova York há dois anos e que, segundo pessoas próximas dele, tinha ganhado o respeito da comunidade e não tinha problemas com ninguém.
"Meu pai só queria paz. Espero que o responsável se apresente voluntariamente à Justiça. Isso é a única coisa que nós queremos, que a justiça seja feita e que saibamos os motivos que o levaram a matar meu pai", disse ao "New York Post" um filho do imã, Niam Akonjee.
O prefeito da cidade, Bill de Blasio, ofereceu no domingo suas condolências às famílias das vítimas, assim como sua solidariedade com a comunidade muçulmana porque, segundo ele, essas pessoas são "alvos constantes do fanatismo".
"Continua sendo crítico que trabalhemos para acabar com as barreiras que ameaçam minar a grandeza de nossa cidade e de nossa nação. Enquanto isso, nosso departamento de polícia levará o assassino à Justiça", acrescentou De Blasio.
Fonte: G1