quinta-feira, 11 de agosto de 2016

CIÊNCIA

Chuva de meteoros Perseidas ilumina céus nesta sexta-feira

Fenômeno é bem mais perceptível no Hemisfério Norte.
Evento ocorre quando Terra atravessa cauda do cometa Swift-Tuttle.


 Chuva de meteoros Perseidas iluminam o céu em agosto de 2009  (Foto: Nasa/JLP)Chuva de meteoros Perseidas iluminam o céu em agosto de 2009 (Foto: Nasa/JLP)
Com regularidade absoluta, em 12 de agosto a Terra atravessa a cauda do cometa Swift-Tuttle, resultando num espetáculo celeste de luzes e estrelas cadentes. Mas o fenômeno também suscita dúvidas e gera riscos.
A chuva de meteoros Perseidas é um evento anual quase tão pontual quanto o Natal. Sua data precisa pode variar, dependendo das posições relativas da Terra e do Sol, ou se se o ano é bissexto, mas ela é confiável.
Portanto é fato científico que as Perseidas terão seu pico nesta sexta-feira (12), e durante mais de uma semana o céu noturno no Hemisfério Norte – o fenômeno é bem menos perceptível nos países abaixo do equador – estará povoado por aparições espetaculares, como brilhantes luzes e estrelas cadentes.
Apesar dessa aparência mágica, o fenômeno – cujo antigo nome era "Lágrimas de São Lourenço" – ocorre quando, ao orbitar em torno do Sol, a Terra atravessa o rastro de poeira e rochas – os meteoroides – na cauda do cometa Swift-Tuttle.
Quando se vê uma estrela cadente, isso significa que um meteoroide acaba de se chocar com a atmosfera terrestre, entrando em incandescência. Os que têm sorte conseguem resistir à fricção do ar e chegar até o solo, passando então a ser chamados meteoritos.
Espetáculo celeste em dose dupla
John Mason, da Associação Astronômica Britânica, conta que "as Perseidas possuem um grande número de meteoros brilhantes, muitos com rastros persistentes, e as pessoas gostam de observá-los numa noite quente de verão". E para 2016 está previsto um "duplo pico".
"A expectativa é que a Terra passará através de um número de filamentos densos do cometa, na noite anterior ao ápice usual. Devemos ter uma breve eclosão, do início da noite de 11 agosto até o alvorecer da sexta-feira, e depois o ápice principal, na noite seguinte, até a manhã do sábado", antecipa Mason.
Pessoas acampam em lugar aberto à espera da chuva de meteoros Perseidas enquanto uma estrela cadente cruza o céu sobre Ramon Carter, em Israel. A mancha da Via Láctea também é vista no céu (Foto: Amir Cohen/Reuters)Pessoas acampam em lugar aberto à espera da chuva de meteoros Perseidas enquanto uma estrela cadente cruza o céu sobre Ramon Carter, em Israel, em 2015. A mancha da Via Láctea também é vista no céu (Foto: Amir Cohen/Reuters)
Há, ainda, estimativas de que durante o pico haverá o dobro das estrelas cadentes costumeiras. No entanto Detlef Koschny, especialista de objetos próximos da Terra (Near Earth Objects ou NEO) do grupo de pesquisa da Agência Espacial Europeia (ESA), não está convencido. "Estou curioso para ver se isso se confirmará. Se você pergunta: 'Quantas estrelas cadentes há, em termos absolutos?' – esse é um problema."
Veículo de história cósmica
O nome oficial do cometa por que a Terra passa é 109P/Swift-Tuttle. Descoberto em 1862, ele tem um ciclo orbital de cerca de 130 anos, e seu último encontro com a Terra foi em 1992. Ao passar. Ele deixa densos filamentos de poeira, cada camada dos quais contém grande volume de informações sobre o universo.
"Ficamos sabendo sobre o próprio cometa, sobre a evolução da poeira no sistema solar", explica Mason. "A poeira dos cometas é importante, por ser um dos materiais mais primitivos do sistema solar."
Meteoro Perseida cruza o céu de Potsurnentsi, na Bulgária (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)Meteoro Perseida cruza o céu de Potsurnentsi, na Bulgária, em foto de arquivo (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)
Sabe-se, por exemplo, que partículas interplanetárias tendem a ser ricas em sódio, e é possível até mesmo datar a poeira através de modelos computadorizados.
"Os modelos traçam a evolução do cometa ao longo de milhares de anos e calculam a posição exata de cada filamento de poeira deixado a cada 130 anos. E então vê-se como os planetas perturbam essas partículas e pode-se predizer quando passaremos por esses rastros de poeira específicos", diz Mason.
A chuva de meteoros é denominada Perseidas pelo fato de aparentemente se originar na constelação de Perseu, no hemisfério celeste setentrional. Essa trilha mede mais de 1 milhão de quilômetros, com as minúsculas partículas que a formam se deslocando a cerca de 60 quilômetros por segundo. É devido a tamanha velocidade que elas produzem tanta energia e incandescem tão fortemente ao colidir com a atmosfera terrestre.
Questões em aberto
Apesar de todo o conhecimento já existente sobre as Perseidas, ainda há muito que se precisa saber.
Em primeiro lugar, há uma questão de ciência básica: meteoroides se originam de cometas, e estes – assim como outros objetos celestes – são nosso contato mais próximo com o Big Bang, a explosão que, segundo se acredita, teria criado o universo.
"Se encontrarmos resquícios de material orgânico num meteoroide, poderemos entender um pouco melhor como a vida chegou à Terra", exemplifica Koschny, da ESA. Contudo, é igualmente necessário entender melhor a distribuição da poeira no sistema solar, pois essas minúsculas representam um perigo para os veículos espaciais.
"Ao se chocar contra um artefato espacial, uma partículas dessas pode gerar uma carga elétrica, uma mini-nuvem de plasma, provocando curto-circuito num satélite. Satélites são muito sensíveis, e não possuem condutores de proteção, ou fios-terra, como todo equipamento na superfície do planeta. Portanto uma alteração do potencial elétrico pode causar danos."
Meteoros Perseidas vistos em 12 agosto de 2008 no estado americano de Nevada (Foto: Ethan Miller/Getty Images North America/AFP)Meteoros Perseidas vistos em 12 agosto de 2008 no estado americano de Nevada (Foto: Ethan Miller/Getty Images North America/AFP)
Além disso, há uma questão de números absolutos: nos últimos dez anos os cientistas têm tentado prever o número de partículas, a fim de estimar quantas estrelas cadentes serão observadas. Mas tudo ainda é "muito relativo", aponta o especialista em NEO.
"Um modelo pode predizer 200 estrelas cadentes por hora, e aí os observadores registram 50 por hora, ou vice-versa. Então é nisso que se está trabalhando agora, no que chamamos de densidade de fluxo."
Não se trata apenas de antecipar a magnitude do espetáculo anual: o estudo "é muito relevante devido ao risco de impacto contra os satélites", complementa. "Os operadores de veículos espaciais querem saber se há probabilidade de eles serem atingidos uma vez por ano ou a cada dez anos."
Uma câmera no céu?
Grande parte do trabalho de observação dos meteoroides é realizado a partir da Terra. Mas, se se quer saber mais sobre eles, não faria mais sentido procurar acessá-los antes que se consumam na atmosfera?
"Há muito tempo vimos tentando colocar câmeras no espaço para também observar os meteoros", confirma Koschny. "Melhor ainda seria uma câmera registrando o céu permanentemente, mirando para baixo, digamos, a partir de uma estação espacial. E se eu acrescentar diante da minha câmera um espectógrafo, uma rede de difração com objetivas, eu obtenho um espectro, e posso analisar a composição química do objeto, saber de que ele é feito."
Para tal, só seria necessário uma câmera de vídeo "normal", filmando a 25 quadros por segundo para capturar o movimento, e um sensor bidimensional. Mas, apesar de concordar teoricamente quanto às vantagens da observação a partir do espaço, John Mason tem ressalvas.
"O que não podemos fazer a partir do solo é coletar grãos de poeira e analisá-los antes do contato com a atmosfera – em vez de observar de cima os rastros luminosos na atmosfera. Mas não se precisa de uma câmera para isso: existe um monte de detectores de partículas que voaram em missões cometárias anteriores, e eles dariam conta desse serviço muito bem."
Fonte: G1 

RIO DE JANEIRO

Russo faz relato de assalto no Rio e usa foto de 2012 de jornal americano

Ex-nadador postou imagem de crianças armadas no Instagram.
Sites interpretaram que assaltantes posaram para a vítima após o roubo.


Ex-nadador russo Evgeny Korotyshkin fez relato de um roubo em Ipanema na rede Instagram (Foto: Reprodução)Ex-nadador russo Evgeny Korotyshkin fez relato de um roubo em Ipanema na rede Instagram (Foto: Reprodução)
O ex-nadador e presidente da Federação de Natação de Moscou, Evgeny Korotyshkin, afirma no Instagram que foi assaltado a caminho de um restaurante nas proximidades da Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Junto à postagem desta quinta-feira (11) havia uma foto de duas crianças com armas que, em uma busca na internet, revela ser de um ensaio de 2012 para o jornal norte-americano "Los Angeles Times".
Não há registro pela polícia do Rio, até a manhã desta quinta, sobre o que foi relatado pelo russo.
Em seu perfil na rede social, Korotyshkin, medalha de prata na Olimpíada de Londres 2012, conta: "Antes de tudo quero informar que acabou tudo bem comigo. Eles foram embora amigavelmente. Eu dei a eles tudo que estava na minha carteira em troca de uma história emocionante para posteridade. [Não perdi] Nada de valor. Mas é algo preocupante."
O post no Instagram deu margem para os sites da BBC, do norte-americano Huffington Post e do jornal inglês "The Sun" interpretarem que o russo conseguiu que os assaltantes posassem para uma foto após o crime relatado.
Origem da foto
Um comentário no post questiona Korotyshkin sobre a origem da foto. Outro internauta responde que é uma "foto aleatória, a história, verdadeira". A imagem é de autoria do fotógrafo Michael Robinson Chavez e faz parte de um ensaio sobre as favelas cariocas.
A 13ª Delegacia de Polícia, em Copacabana/Ipanema, disse que não há registro do crime.
Foto usada pelo ex-nadador russo é de ensaio publicado pelo jornal "Los Angeles Times em 2012 (Foto: Reprodução)Foto usada pelo ex-nadador russo é de ensaio
publicado pelo jornal "Los Angeles Times" em
2012 (Foto: Reprodução)
A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (DEAT) informou que, "após tomar ciência das informações veiculadas em rede social, instaurou um procedimento para apurar o assalto sofrido por um atleta russo no bairro Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. O delegado pede ao atleta que compareça à sede da unidade para prestar mais detalhes sobre o ocorrido".

Fonte: G1 

SAÚDE

Ministro diz que homem cuida menos da saúde porque 'trabalha mais'

Pasta vai abordar maridos de gestantes atendidas na rede pública.
Eles são os provedores e 'não acham tempo para saúde', diz Ricardo Barros.


O ministro da Saúde, Ricardo Barros, divulga o resultado de pesquisa sobre a frequência dos homens nos serviços de saúde, em Brasília (Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil)O ministro da Saúde, Ricardo Barros (Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil)
O ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), anunciou nesta quinta-feira (11) a criação de um plano para aumentar as estatísticas de atendimento a homens na rede pública de saúde do Brasil. Para o ministro, os homens vão menos aos serviços de saúde porque trabalham mais.
"Eu acredito que é uma questão de hábito. Os homens trabalham mais, são os provedores da  maioria das famílias e não acham tempo para a saúde preventiva. Isso precisa ser modificado. Nós queremos capturá-los para fazer os exames e cuidar da saúde. A meta destes guias é fazer que nossos servidores  orientem os homens, que normalmente estão fora [de casa], trabalhando", disse o ministro nesta quinta-feira.
Apesar da declaração do ministro, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2014 mostram que as mulheres têm uma jornada semanal de quase cinco horas a mais que os homens, incluindo a jornada de trabalho doméstico. Apenas no trabalho doméstico, a jornada feminina, de 20,6 horas, é mais do dobro da observada para os homens, de 9,8 horas por semana. Considerando a "dupla jornada", elas trabalham em média 56,4 horas semanais, contra 51,6 horas deles.
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Os planos “Homem que se cuida curte todas as fases da vida de seus filhos – pré-natal também é coisa de homem!” e “Diagnóstico: homens morrem mais que mulheres e doenças que mais matam podem ser prevenidas” foram anunciados durante evento no Ministério da Saúde.
O ministério planeja aumentar os índices de atendimento a homens na rede pública de saúde. De acordo com a pasta, a cada três pessoas adultas que morrem por “causas externas”, dois são homens.
'Pré-natal do homem'
Com a iniciativa, a pasta quer aproveitar o momento em que a gestante faz o pré-natal acompanhada do marido para “capitanear” o homem, que está em um momento “mais sensível”. A entrega das duas cartilhas deve ser realizada por agentes comunitários de saúde.
De acordo com o levantamento, homens de 20 a 59 anos morrem mais que mulheres por doenças relacionadas a circulação e aparelho digestivo. Em média, os homens vivem 7,3 anos a menos que mulheres.
O estudo aponta que 31% dos homens afirmaram ao Ministério da Saúde que não buscam atendimento em postos de saúde. A justificativa da maioria (55,1%) é de nunca ter necessitado do serviço
O Ministério da Saúde já realiza o atendimento estendido aos homens em São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Paraná, segundo Barros.  A capacitação de cerca de 800 profissionais de saúde de todos os estados e do DF ocorre até dezembro de 2016. Desde 2009 existem orientações na Política Nacional de Saúde do Homem sobre a realização do “pré-natal do homem”.
Segundo Barros, os estados que adotaram a mudança de comportamento na atenção básica reduziram "significativamente" a necessidade de encaminhar os pacientes à rede de saúde. O ministério lança as cartilhas na semana em que é comemorado o dia dos pais para alcançar "todos os membros da família" sobre a importância dos atendimentos preventivos.
Fonte: BEM ESTAR

ECONOMIA

Acordos para reduzir salários e jornada quadruplicam no 1º semestre

Indústria metalúrgica, química e de construção civil lideram pactos do tipo.
Horas de trabalho e renda caíram na média 20% com 209 acordos, diz Fipe.


Com a crise, indústria repassam menos verba ao Senai (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)63% das negociações que reduziram a jornada aconteceram fora do PPE (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)
Saltou quatro vezes no primeiro semestre de 2016 o número de empresas que reduziram o salário de seus funcionários, por meio de acordos que cortaram as horas de trabalho. Os dados são de uma amostra pesquisada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) no Ministério do Trabalho.
A maior parte dessas reduções (63%) aconteceu fora do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), lançado no ano passado para desestimular demissões em empresas que alegam ter dificuldades financeiras. Sindicatos e patrões fecharam 209 acordos do tipo com a promessa de manter os empregos, contra 49 nos seis primeiros meses do ano passado. A jornada e os salários caíram, em média, 20%.
Acordos de redução de jornada
Negociações com e sem o PPE
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Fonte: Fipe
A indústria metalúrgia foi o setor com o maior número de acordos no semestre (122), seguida pela indústria química, farmacêutica e de plásticos (19) e da construção civil (13). Também houve casos de jornada menor no setor de serviços, em especial no segmento de contabilidade e consultoria.
Dificuldades do PPE
A fornecedora de máquinas para a indústria automotiva Prensa Schuler, sediada em Diadema (SP), foi uma das que tentaram, mas não conseguiram se enquadrar nas exigências do PPE. A solução para não demitir foi fazer um acordo coletivo direto com o sindicato no fim do ano passado para reduzir a jornada em quatro dias num período de dois meses.
Nesse intervalo, um grande pedido de exportação reduziu a capacidade ociosa e levou à interrupção do acordo, segundo a assessoria de imprensa da Schuler. Se o pacto não tivesse sido fechado, informou a empresa, os funcionários recém-demitidos teriam que ser admitidos para atender ao pedido.
PPE
Dentro do PPE, o trabalhador que tem a jornada reduzida em 30% recebe uma salário até 15% menor – já que os outros 15% são complementados por uma ajuda do governo, vinda do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Fora do programa, não há essa compensação e a redução salarial pode ser maior, desde que aceita pelo sindicato. Em troca, a empresa fica impedida de demitir.
Muitas indústrias tiveram dificuldade em aderir ao programa. Para se enquadrar, é preciso estar em dia com as obrigações trabalhistas e comprovar que demitiu mais trabalhadores do que contratou nos últimos 12 meses. Também é necessário ter esgotado o primeiro o uso do banco de horas e períodos de férias, inclusive as coletivas.
Antes, os sindicatos lutavam por reajustes acima da inflação. Mas com a retração da economia eles passaram a lutar apenas para manter direitos"
Zilmara Alencar, especialista em relações do trabalho
Na prática, o programa do governo atendeu quase que exclusivamente empresas do setor metalúrgico. “Outros setores, como o comércio e serviços, têm muita dificuldade em se enquadrar no programa e não se beneficiaram”, avalia a advogada especializada em relações do trabalho e consultora de entidades sindicais, Zilmara Alencar.
O diretor da secretaria jurídica do Sindicato dos Químicos de São Paulo, Edson Passoni, conta que boa parte das empresas do setor tentou aderir ao PPE, mas não atendeu aos requisitos  do programa por estar inadimplente ou com atrasos no pagamento de direitos trabalhistas.
“No nosso setor, as empresas ainda têm preferido esgotar todas as possibilidades previstas em lei, como recorrer à licença-remunerada ou férias coletivas para aliviar a ociosidade na produção. Redução de salário seria a última alternativa antes da demissão”, diz.
Quem perdeu a carteira de trabalho, pode consultar via internet se ela foi recuperada (Foto: Josmar Leite/RBS TV)Governo quer enviar projeto para flexibilizar leis trabalhistas até o fim do ano (Foto: Josmar Leite/RBS TV)
Como o PPE vence em dezembro de 2017, o governo interino anunciou que vai enviar ao Congresso um projeto para torná-lo permanente. Se nada for feito, após esse prazo nenhuma nova empresa pode aderir ao programa e aquelas que já participam terão o benefício extinto até lá.
Até maio, o programa atendeu desde sua criação 49 mil trabalhadores, cinco grandes montadoras e 53 fornecedores. Doze dessas empresas já prorrogaram a participação. Para o professor da USP e coordenador da pesquisa da Fipe, Hélio Zylberstajn, esse número ainda é muito baixo perto de um mercado de 40 milhões de trabalhadores assalariados.
Acordos por setor
Redução de jornada no 1º semestre de 2016
1221913832MetalúrgicoQuímico/farmacêuticoConstrução civilContabilidade/consultoriaConfecções/vestuário/calçadosAtacado e varejo050100150
Fonte: Fipe
Flexibilização da CLT
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse no último dia 21 de julho que defende a prevalência dos acordos coletivos sobre as leis trabalhistas somente em “pontos específicos”. Ele citou como exemplos a flexibilização da jornada de trabalho e dos salários, um dia após anunciar que o governo enviará ao Congresso propostas de mudanças na CLT ainda este ano.
“Antes os sindicatos lutavam por reajustes acima da inflação e tinham conquistas reais, mas com a retração da economia eles passaram a lutar apenas para manter direitos conquistados”, afirma Zilmara.
Segundo a advogada, a possibilidade real de demissões tornou as negociações entre patrões e trabalhadores “desproporcional”. Em sua avaliação, os acordos tomaram força quando os sindicatos perderam a margem de negociação. “Eles acabam cedendo a tudo em troca da manutenção do emprego”, diz.
A curta duração dos empregos seria outro estímulo para mais acordos, acredita. Segundo o Dieese, cerca de 65% dos trabalhadores não completam um ano em empregos com carteira assinada. “A alta rotatividade contribui para que os empregados aceitem qualquer condição para não ser demitidos”.
Para Zylberstajn, a criação de leis que flexibilizam as regras trabalhistas atende à demanda de empresários que querem ampliar a jornada em períodos de maior produção e reduzí-la quando houver ociosidade.
Muitas empresas gostariam de ter uma jornada anual e não semanal para adaptar picos de trabalho, com possibilidade de horas extras em períodos com maior demanda por produtividade"
Hélio Zylbertajn, coordenador do Salariômetro
“Muitas empresas gostariam de ter uma jornada anual e não semanal para adaptar picos de trabalho, com possibilidade de horas extras em períodos com maior demanda por produtividade”, diz Zylberstajn.
Uma possível flexibilização também poderia alterar regras de políticas salariais, horas extras e remuneração variável, segundo o economista.
Acordos anulados pela justiça
A Constituição prevê que a redução dos salários e da jornada só pode ocorrer por negociações coletivas. Mas boa parte dos tribunais, com jurisprudência consolidada no TST, têm dado ganho de causa aos trabalhadores quando os acordos são questionados na justiça. Algumas decisões chegam a anular a redução salarial e obrigam a empresa a pagar os salários integralmente, observa Zilmara.
Segundo a advogada, a criação de leis específicas de flexibilização pode desautorizar os tribunais a anular esses acordos, assunto que é alvo do interesse dos empresários. “Esses acordos deveriam vir acompanhados de alguma compensação para o trabalhador, como a ampliação da licença-maternidade e outro benefício, para que ele não atenda apenas às necessidades financeiras da empresa”, acrescenta.
Fonte: G1 

MINAS GERAIS

MP diz que Samarco não pagou cerca de R$ 1 milhão a atingidos

Nova ação foi movida para garantir direitos já acordados, diz promotor.
Cento e cinco famílias não foram assistidas pela mineradora e controladoras.


Bento Rodrigues (Foto: Alexandre Nascimento/G1)Bento Distrito de Bento Rodrigues foi devastado pelo desastre em 2015 (Foto: Alexandre Nascimento/G1)
O Ministério Público de Minas Gerais afirma que a Samarco – cujas donas são a Vale e a BHP – descumpriu a garantia de direitos dos atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, e entrou com nova ação na Justiça pedindo que a mineradora pague valor estimado em R$ 1 milhão a 105 famílias.
As garantias foram pedidas em ação anterior, datada de dezembro de 2015, mas, segundo o promotor Guilherme Meneghin, não houve o cumprimento para todas as famílias. Em audiência de conciliação entre as partes, foi reconhecido o direito a casa alugada pelas empresas, cartão de auxílio-financeiro no valor de um salário mínimo mais 20% por dependente e cesta básica para aqueles que perderam renda, antecipação de indenização para pessoas que perderam a moradia.
Em 5 de novembro de 2015, a estrutura da Samarco se rompeu, despejando mais de 35 milhões de metros cúbicos de rejeitos no meio ambiente. O desastre causou 19 mortes. Em Mariana e Barra Longa, 369 pessoas tiveram suas casas afetadas.
A nova ação foi ajuizada nesta terça-feira (9) pela 2ª Promotoria de Justiça de Mariana. Segundo a promotoria, por meio de um inquérito civil, foi apurado que estas famílias não foram amparadas, mesmo após acionamento judicial e audiência de conciliação.

“Todavia, a Samarco Mineração S/A vem recusando-se a reconhecer esses direitos às famílias de atingidos e, assim, no curso das investigações do Inquérito Civil, apurou-se 105 (cento e cinco) casos de descumprimento dos acordos. Buscou-se, extrajudicialmente, resolver as demandas, porém a empresa persistiu com os descumprimentos”, diz nota do Ministério Público.

Do total, 49 famílias não receberam auxílio-financeiro assistencial após o desastre, 30 não receberam antecipação de R$ 10 mil e outras 14 no valor de R$ R$ 20 mil. Também houve descumprimento de oito ressarcimentos de aluguéis, três indenizações por perda de veículo e uma alteração de moradia não atendida, segundo a promotoria. Meneghin afirma que os valores devidos totalizam o montante estipulado na ação contra a Samarco, Vale e BHP.

"A partir do momento que a ação for aceita [pela Justiça], se não houver o cumprimento espontaneamente, o MP pedirá o bloqueio dos recursos para distribuir para as famílias", disse o promotor Guilherme Meneghin.

Passados mais de nove meses da tragédia, Meneghin considera que as inadimplências são consideradas “totalmente injustificáveis” e que “empresas lesam novamente os sobreviventes do desastre”. Afirma também que “os agentes da empresa aproveitam-se da ignorância e ingenuidade dessas famílias, postergam a resposta aos seus direitos”.
A Samarco não foi notificada da ação citada. Porém, a partir das informações divulgadas pela mídia, a empresa entende que vem cumprindo as obrigações e os critérios de elegibilidade definidos nos acordos celebrados com o Ministério Público de Minas Gerais. A Vale e a BHP ainda não se posionaram.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) ainda não confirma o recebimento da ação.
Fonte: G1 

MÚSICA

Obama cria 'playlist de verão' com faixa de Caetano Veloso; veja lista

Música mexicana 'Cucurrucucú Paloma' na voz de Caetano está em lista.
Jay Z, Prince, Manu Chao, Janet Jackson e outros foram escolhidos.



GIF 1 - Obama dança música queniana (Foto: Reprodução/YouTube)Obama dança música queniana (Foto:
Reprodução/YouTube)
A Casa Branca divulgou nesta quinta-feira (11) duas "playlists de verão" do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no serviço de streaming de música Spotify. Uma das músicas escolhidas pelo presidente é "Cucurrucucú Paloma" na voz de Caetano Veloso.
Obama fez duas listas de músicas para o verão (no hemisfério norte): uma para o dia e outra para a noite. A faixa na voz de Caetano Veloso está na lista da noite. A música é composição do mexicano Tomás Méndez e a versão de Caetano ficou conhecida no mundo no filme "Fale com ela" (2002).
As listas de Obama também têm músicas de Billie Holiday, Fiona Apple, Miles Davis, Janet Jackson, Jay Z, Manu Chao, Prince, Courtney Barnett e outros (veja lista completa abaixo).
Clique para ouvir a nova lista de músicas para o dia e a lista para a noite.
Playlist criada por Barack Obama para o Spotify (Foto: Divulgação)Playlist 'diurna' criada por Barack Obama para o Spotify (Foto: Divulgação)
Playlist 'noturna' criada por Barack Obama para o Spotify (Foto: Divulgação)Playlist 'noturna' criada por Barack Obama para o Spotify (Foto: Divulgação)
Barack Obama discursa na cúpula da Otan neste sábado (9) (Foto: WOJTEK RADWANSKI/AFP)Barack Obama discursa na cúpula da Otan (Foto: WOJTEK RADWANSKI/AFP)

Fonte: G1 

MUNDO

Hillary ataca plano de Trump e diz que criará 10 milhões de empregos

Candidata democrata critica corte de impostos proposto por Trump.
Eleições serão no dia 8 de novembro.


Hillary Clinton fala de economia nesta quinta-feira (11) em Michigan (Foto: AP Photo/Andrew Harnik)Hillary Clinton fala de economia nesta quinta-feira (11) em Michigan (Foto: AP Photo/Andrew Harnik)
Hillary Clinton, candidata democrata à presidência dos EUA, criticou nesta quinta-feira (11) o plano econômico anunciado por seu concorrente republicano Donald Trump no início desta semana e disse que vai criar mais de 10 milhões de empregos se for eleita nas eleições de 8 de novembro.
"Com o nosso plano, a economia vai criar 10,4 milhões de empregos", disse em discurso em Warren, no estado de Michigan.

"Estou concorrendo para presidente para construir uma economia que trabalhe para todo mundo e não só para aqueles que estão no topo", afirmou.

Segundo Hillary, "até os especialistas conservadores dizem que a agenda de Trump vai levar nossa economia de volta à recessão".
Disse que o plano de Trump de cortar impostos de algumas empresas beneficiaria suas empresas. "Ele pagaria menos impostos do que milhões de famílias de classe média", afirmou. "Donald Trump quer dar trilhões em benefícios fiscais para pessoas como ele".

A democrata prometeu conseguir um grande investimento para a criação de empregos. "Começando no primeiro dia, vamos trabalhar com os dois partidos para passar o maior investimento em empregos novos e que paguem bem desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou.

"Cada americano disposta a trabalhar duro deveria poder encontrar um emprego que ofereça dignidade, orgulho e pagamento decente que pode sustentar uma família", acrescentou.

A candidata também prometeu investir US$ 10 bilhões em parcerias para incentivar a manufatura em todo o país.
Hillary ainda disse que vai trabalhar para melhorar os sistemas de água, investir em energia limpa e melhorar as escolas e faculdades. Defendeu que as faculdades tenham matrícula gratuita para a classe média e disse que vai acabar com o crédito estudantil.

Falou que é contra qualquer acordo de comércio que "mate empregos ou mantenha baixos salários" e se opôs ao Tratado de Livre Comércio Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês). O acordo de livre-comércio foi defendido por Obama e pretende eliminar tarifas entre 12 países para a comercialização de determinados bens e serviços. Hillary chegou a defender o tratado quando era secretária de Estado, mas se opôs a ele no ano passado.

Olimpíada
A candidata usou a Olimpíada para atacar a retórica de Trump, e o criticou por promover o medo entre os americanos. "Trump pode falar bastante sobre comércio, mas sua abordagem é baseada no medo, não força. Medo de que não podemos concorrer com o resto do mundo", disse.

"Se a equipe americana fosse tão medrosa como Trump, então Michael Phelps e Simone Biles estariam encolhidos no vestiário, com medo de sair e competir. Ao contrário, eles estão lá ganhando medalhas de ouro", acrescentou.

"A América não tem medo de competir", disse. 
Fonte: G1

MUNDO

Bombas explodem em resort na Tailândia e ferem turistas estrangeiros

Ao menos uma pessoa morreu e onze ficaram feridas.
Explosivos foram colocados em vasos de planta em resort em Hua Hin.


Ao menos uma pessoa morreu e onze ficaram feridas com a explosão de duas bombas em um resorte em Hua Hin, na Tailândia, na noite de quinta (11). Há estrangeiros entre os feridos, mas ninguém foi identificado oficialmente até o momento.
De acordo com a BBC, as bombas foram escondidas em vasos de plantas a 50 metros uma da outra e explodiram com um intervalo de meia hora. A detonação foi acionada com telefones celulares, segundo a polícia. Há a suspeita de que os condutores de duas motos tenham participado.
Testemunhas afirmam que a mulher que morreu vendia saladas em um carrinho do lado de fora do resort e que a maioria dos feridos é estrangeira.
Hua Hin fica no Golfo da Tailândia e é um destino que atrai muitos turistas estrangeiros, especialmente europeus. O local também abriga o palácio favorito do rei tailandês, Bhumibol Adulyade.
Fonte: G1