Como o futebol inspirou motorista 'salvador'
A compaixão de Barton salvou a vida de uma jovem anônimaFoto: Reprodução
(*) Por Antonio Campos
Neste mundo em que a máxima de um bom número de pessoas é cada um por si e Deus por todos, chamou a atenção uma notícia vinda dos Estados Unidos e que foi destaque na imprensa norte-americana.
O motorista de ônibus escolar, Darnell Barton, de 37 anos, fazia a rota costumeira pela via expressa de Búfalo (Nova York). Era meio da tarde e o veículo transportava para casa cerca de 20 jovens.
Ao chegar perto de um viaduto ele reparou em uma jovem parada em pé na beirada da ponte, após a barreira de proteção, e de frente para o espaço vazio. Um passo em falso e ela cairia para a morte certa.
Ao lado da moça, pedestres caminhavam alheios ao que se passava. Um ciclista também circulava nas proximidades sem dar importância. Mas Barton ficou preocupado com a situação daquela jovem.
Sem pensar duas vezes, ele parou o ônibus no viaduto ao lado da mulher, abriu a porta e disse:
- Oi senhora. Você precisa de ajuda? Está tudo bem?
A moça se virou para ele e não respondeu nada. Parecia distante. Fora do ar. Barton solicitou apoio da polícia e tomou a segunda atitude inusitada: desceu do ônibus e se aproximou da jovem.
Com calma, colocou o braço sobre o ombro da moça que não aparentava ter mais de 20 anos, e perguntou de modo acolhedor:
- Você não gostaria de vir para este lado da proteção?
Pela primeira vez, a mulher respondeu e concordou com a proposta:
- Sim.
O motorista ajudou a jovem a ultrapassar a barreira, gentilmente permitiu que ela sentasse na calçada e ele fez o mesmo com seu corpanzil. E começaram a conversar enquanto aguardavam a chegada da ajuda.
- Nós nos sentamos na calçada ali na Elmwood Avenue e eu perguntei: “De onde você é?" Eu tentei obter algumas informações . Ela olhou para baixo e, em seguida, olhou para cima e disse: ' Você tem um cheiro bom. Eu ri porque tinha passado um pouco mais de perfume naquele dia , afirmou o motorista, que não ficou sabendo o motivo pelo qual a jovem pretendia cometer o suicídio.
Toda esta cena foi gravada por uma câmera instalada dentro do ônibus e que você pode conferir abaixo.
Obviamente a imagem se tornou um sucesso na internet.
Entrevistado posteriormente, Barton explicou que tomou a atitude porque aquilo tinha que ser feito. E fez uma analogia com o futebol:
- Eu sou um cara de futebol, então quando você está no banco e o treinador chama o seu número, você tem que ir lá fazer uma jogada, fazer o que o jogo pede, e eu acho que isso é o que eu fiz, explicou Barton.
E foi uma jogada e tanto. Ele mesmo disse que a cena parecia irreal.
- Não parecia real, principalmente com as coisas que estavam acontecendo ao seu redor. O tráfego estava normal e ninguém parava para ver o que estava acontecendo, pedestres caminhavam perto dele e até um ciclista estava próximo. Quero dizer, eles estavam a centímetros dela, mas ninguém parecia notar, comentou Barton.
O que este motorista fez foi exercitar algo que não estamos muito habituados a praticar em nosso dia a dia: a compaixão.
O filósofo alemão Arthur Schopenhauer tratou largamente do tema na obra Sobre o fundamento da moral. Para ele, esse sentimento é fruto da compreensão de que se um outro ser humano sofre, todos nós sofremos.
Schopenhauer também qualificou de problema de caráter quem não tem compaixão por seu semelhante. E aqueles que são seletivos, ou seja, ajudam uns e outros não, ainda não reconhecem que todos somos iguais.
Aqui no Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) exercita esta compaixão há 52 anos por meio do trabalho de voluntários que 24 horas por dia atendem casos como o desta jovem norte-americana. Assim como fez Barton, eles se importam com o outro e são acolhedores com as pessoas que ligam no 141.
- Situações como essas colocam o que é importante em perspectiva. Você abraça seus filhos um pouco mais apertado, beija a sua esposa um pouco mais. Você é grato. A vida pode não ser perfeita, mas, como se costuma dizer, tem muita coisa boa, disse o motorista.
Outro golaço de Barton.
Neste mundo em que a máxima de um bom número de pessoas é cada um por si e Deus por todos, chamou a atenção uma notícia vinda dos Estados Unidos e que foi destaque na imprensa norte-americana.
O motorista de ônibus escolar, Darnell Barton, de 37 anos, fazia a rota costumeira pela via expressa de Búfalo (Nova York). Era meio da tarde e o veículo transportava para casa cerca de 20 jovens.
Ao chegar perto de um viaduto ele reparou em uma jovem parada em pé na beirada da ponte, após a barreira de proteção, e de frente para o espaço vazio. Um passo em falso e ela cairia para a morte certa.
Ao lado da moça, pedestres caminhavam alheios ao que se passava. Um ciclista também circulava nas proximidades sem dar importância. Mas Barton ficou preocupado com a situação daquela jovem.
Sem pensar duas vezes, ele parou o ônibus no viaduto ao lado da mulher, abriu a porta e disse:
- Oi senhora. Você precisa de ajuda? Está tudo bem?
A moça se virou para ele e não respondeu nada. Parecia distante. Fora do ar. Barton solicitou apoio da polícia e tomou a segunda atitude inusitada: desceu do ônibus e se aproximou da jovem.
Com calma, colocou o braço sobre o ombro da moça que não aparentava ter mais de 20 anos, e perguntou de modo acolhedor:
- Você não gostaria de vir para este lado da proteção?
Pela primeira vez, a mulher respondeu e concordou com a proposta:
- Sim.
O motorista ajudou a jovem a ultrapassar a barreira, gentilmente permitiu que ela sentasse na calçada e ele fez o mesmo com seu corpanzil. E começaram a conversar enquanto aguardavam a chegada da ajuda.
- Nós nos sentamos na calçada ali na Elmwood Avenue e eu perguntei: “De onde você é?" Eu tentei obter algumas informações . Ela olhou para baixo e, em seguida, olhou para cima e disse: ' Você tem um cheiro bom. Eu ri porque tinha passado um pouco mais de perfume naquele dia , afirmou o motorista, que não ficou sabendo o motivo pelo qual a jovem pretendia cometer o suicídio.
Toda esta cena foi gravada por uma câmera instalada dentro do ônibus e que você pode conferir abaixo.
Obviamente a imagem se tornou um sucesso na internet.
Entrevistado posteriormente, Barton explicou que tomou a atitude porque aquilo tinha que ser feito. E fez uma analogia com o futebol:
- Eu sou um cara de futebol, então quando você está no banco e o treinador chama o seu número, você tem que ir lá fazer uma jogada, fazer o que o jogo pede, e eu acho que isso é o que eu fiz, explicou Barton.
E foi uma jogada e tanto. Ele mesmo disse que a cena parecia irreal.
- Não parecia real, principalmente com as coisas que estavam acontecendo ao seu redor. O tráfego estava normal e ninguém parava para ver o que estava acontecendo, pedestres caminhavam perto dele e até um ciclista estava próximo. Quero dizer, eles estavam a centímetros dela, mas ninguém parecia notar, comentou Barton.
O que este motorista fez foi exercitar algo que não estamos muito habituados a praticar em nosso dia a dia: a compaixão.
O filósofo alemão Arthur Schopenhauer tratou largamente do tema na obra Sobre o fundamento da moral. Para ele, esse sentimento é fruto da compreensão de que se um outro ser humano sofre, todos nós sofremos.
Schopenhauer também qualificou de problema de caráter quem não tem compaixão por seu semelhante. E aqueles que são seletivos, ou seja, ajudam uns e outros não, ainda não reconhecem que todos somos iguais.
Aqui no Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) exercita esta compaixão há 52 anos por meio do trabalho de voluntários que 24 horas por dia atendem casos como o desta jovem norte-americana. Assim como fez Barton, eles se importam com o outro e são acolhedores com as pessoas que ligam no 141.
- Situações como essas colocam o que é importante em perspectiva. Você abraça seus filhos um pouco mais apertado, beija a sua esposa um pouco mais. Você é grato. A vida pode não ser perfeita, mas, como se costuma dizer, tem muita coisa boa, disse o motorista.
Outro golaço de Barton.
Fontes: Band sports