sábado, 26 de outubro de 2013

Embate na Militância

Petistas chamam governo Dilma de 'conservador' e Temer de 'sabotador'


Em encontro dos seis candidatos à presidência do partido, leilão do campo de Libra é condenado e as alianças, sobretudo com o PMDB, são questionadas.

Desabafo. Ao ouvir colegas, Falcão disse sentir uma certa melancolia com as críticas; apoiado pela corrente majoritária do PT, ele é favorito na disputa

Críticas ao governo Dilma Rousseff, pregações contra a aliança com o PMDB e inconformismo com o leilão do campo de Libra marcaram o último debate entre os seis candidatos à presidência do PT, na noite de quinta-feira, em Brasília. O vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) chegou a ser chamado de "sabotador" por um dos concorrentes e a administração de Dilma foi definida como "conservadora" e de "instabilidade" econômica. ...

Ao defender o governo e a parceria com o PMDB, o presidente do PT, Rui Falcão, ouviu vaias da plateia e até gritos de "pelego" vindos do fundo do auditório da Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde foi realizado o debate. Provável coordenador da campanha de Dilma em 2014, e candidato a novo mandato no PT, o deputado disse ter visto com "muita melancolia" os ataques à administração petista.

"Às vezes dá a impressão de que somos oposição ao nosso governo", afirmou Falcão, que acabou aplaudido. "Devemos defender o governo da presidenta Dilma e manter a aliança com o PMDB e com os outros partidos da coligação. Qual é a política de alianças que se põe no lugar dessa?", indagou Falcão.

Revoltados, petistas se queixaram de Temer, do senador José Sarney, do governador do Rio, Sérgio Cabral, e do vice-governador do Distrito Federal, Tadeu Filippelli, todos do PMDB. "Não concordo com a proposta de retirar Filippelli da chapa do governador Agnelo Queiroz (PT)", insistiu Falcão, favorito na disputa com o apoio da corrente Construindo um novo Brasil (CNB), majoritária no PT.

Para o deputado Paulo Teixeira (SP), candidato do grupo Mensagem ao Partido, é preciso fazer um "adensamento à esquerda" em eventual segundo mandato de Dilma e de outros governos petistas. "Não sou daqueles que quer isolar o PT, mas também não podemos dissolver o partido nas alianças", reagiu Teixeira, que é secretário-geral da sigla.

"O vice-presidente da República é um sabotador e agiu contra o plebiscito da reforma política", esbravejou Markus Sokol, candidato da corrente "O Trabalho". "Agora vão de novo se agarrar ao órgão do PMDB para não deixar a coalizão naufragar?" No auditório cheio de cartazes contra o leilão do pré-sal de Libra, o clima era de encontro estudantil, com torcidas organizadas, aplausos e vaias. A eleição que renovará o comando do PT está marcada para 10 de novembro, em todo o País, com voto dos filiados.

"Dilma privatizou rodovias, portos, aeroportos, o pré-sal e diz que não foi privatização. Não foi? Chamaram a Shell, a Total e as estatais chinesas para morder o nosso petróleo. É um processo de pilhagem", protestou Serge Goulart, candidato da "Esquerda Marxista", que defendeu a reestatização de todas as empresas privatizadas.

"Você concorda em estatizar a livraria que você tem na rua Tabatinguera, em São Paulo?", provocou Falcão, dirigindo-se ao colega, longe do microfone, com um sorriso irônico.

Piloto automático. Secretário de Movimentos Populares do PT, o deputado Renato Simões disse que a eleição de Dilma corre risco se o partido não sair do "piloto automático" na campanha. "Vivemos turbulências em junho e julho, o avião deu solavancos, subiu, desceu, agora a bonança voltou e acham que o piloto automático vai nos levar ao céu em 2014. Não será assim. Há uma crise internacional e o governo Dilma é de instabilidade econômica", afirmou Simões, que concorre pela corrente "Militância Socialista".

Na avaliação de Valter Pomar, candidato da "Articulação de Esquerda", o PT precisa mudar de tática para a eleição presidencial. "Não basta estabelecer como objetivo reeleger Dilma. É necessário criar condições para que o segundo mandato dela seja melhor do que o primeiro, assim como fizemos com Lula."

Embora a última pesquisa Ibope, realizada em parceria com o Estado, tenha indicado que Dilma venceria a disputa no primeiro turno, se a eleição fosse hoje, Pomar foi cauteloso: "Não nos iludamos com pesquisas. A campanha de 2014 vai ser duríssima." Foi ovacionado.
Fonte: BLOG DO SOMBRA

Denúncia

A farra de Henrique


Deputado Henrique Eduardo Alves transforma a presidência da Câmara em reduto de apadrinhados que não dão expediente e até de condenados pela Justiça

CREDIBILIDADE?
Henrique Eduardo tem à dispoisção 58 funcionários que recebem salários
de até R$ 14,8 mil. Na lista há gente séria, mas há aproveitadores também

Em 1987, quando dirigia a Assembleia Constituinte que colocou de pé o mais amplo regime de liberdades da história republicana, o deputado Ulysses Guimarães possuía uma equipe de 30 pessoas para ajudá-lo nas tarefas burocráticas da presidência da Câmara de Deputados. Em 2013, três décadas e meia depois, quando o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) ocupa a cadeira de Ulysses, o número praticamente dobrou: são 58 funcionários. O salário desses cidadãos começa em R$ 3,2 mil e pode chegar a R$ 14,8 mil mais benefícios, como tíquete alimentação de R$ 800 reais e diárias por serviços externos. O aspecto mais curioso dessa turma é que ali há de tudo. Não faltam  cidadãos que acordam cedo para pegar no batente e justificam cada centavo recebido. Mas há casos surpreendentes, inclusive de pessoas condenadas pela Justiça que conseguiram ser contratadas antes de cumprirem a pena.  ...

Lobista condenado a quatro anos de prisão por desvio de recursos da União, Eurípedes Marinho dos Santos chegou a ser preso durante a Operação Carranca, da Polícia Federal. Como tem direito a cumprir pena em regime aberto, Eurípedes logo teve a ideia de bater às portas da Câmara – e foi atendido com a ajuda do deputado  licenciado e prefeito de Coruripe (AL), Beltrão (PMDB). “O Eurípedes estava pleiteando uma vaga para trabalhar na presidência da Casa e eu concedi apoio”, diz Beltrão. A contratação de Eurípedes ocorreu no início do ano, ainda que seu caso devesse chamar a atenção numa instituição que mexe com dinheiro público, pois fora condenado por formação de quadrilha e corrupção passiva. Ao apurar a situação do funcionário-condenado, ISTOÉ descobriu um fato espantoso. Nem mesmo a assessoria do presidente Henrique Eduardo sabia das pendências judiciais do caso. Num esforço para diminuir a repercussão, a Câmara resolveu demitir Eurípedes na semana passada. “Assim que o gabinete da presidência foi informado sobre a situação jurídica do servidor, decidiu-se por sua exoneração” informou, em nota, a presidência da Casa.

 DIÁRIO OFICIAL
Os funcionários contratados pela Câmara: Eurípedes chegou a ser preso e Dheyfesson e José Geraldo costumam se ausentar do trabalho, segundo colegas

O ambiente de descontrole da Câmara é antigo. Em 2006, quando ocupou a presidência da Casa, o atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), estabeleceu regras para deixar claro que os ocupantes de cargos conhecidos pela sigla CNE (ou Cargo de Natureza Especial) são funcionários administrativos da Casa. Isso quer dizer que não podem exercer qualquer atividade política. Outra determinação é que tenham residência em Brasília e não se ausentem da capital federal em dia de expediente. Essa cláusula, nem sempre é cumprida. Na semana passada, ISTOÉ tentou localizar funcionários que, conforme os colegas, são notados pela ausência no trabalho. Um deles é o agropecuarista José Geraldo Moura da Fonseca Júnior. Apadrinhado pelo próprio Henrique Eduardo, José Geraldo tem um contracheque de R$ 11,1 mil reais. No ano passado, questionado sobre a atividade profissional do apadrinhado, o então líder do PMDB Henrique Eduardo respondeu que ele ficava na sede do partido, em Natal, onde recebia prefeitos do interior. Hoje dirigente do Sindicato dos Pecuaristas do Rio Grande do Norte, José Geraldo dá expediente todas as tardes na sede do sindicato em Natal, segundo uma funcionária da entidade. Procurado por ISTOÉ, ele não retornou as ligações.

Outro funcionário conhecido pela ausência em Brasília é Dheyfesson Pinheiro, um dos líderes do PRP de Roraima. Ele foi preso em 2010, acusado de comprar votos. Quando recuperou a liberdade, Dheyfesson recebeu proteção do senador Romero Jucá (PMDB-RR), maior liderança do Estado, apontado como intermediário do pedido de nomeação assinada por Henrique Eduardo Alves. Através de sua assessoria, Jucá nega ter prestado o favor: “O senador não tem qualquer indicação de funcionário na presidência da Câmara”. Embora tenha recebido recados para comentar o caso, Dheyfesson não retornou as ligações da revista.  
Fonte: BLOG DO SOMBRA

Decisões às Escuras

Corrida contra o tempo


Presidente do Senado se compromete a incluir PEC do voto aberto na pauta de quarta-feira, mesma data em que os distritais devem julgar Raad em sigilo. Mudança constitucional, ao entrar em vigor, deverá ser aplicada no DF.

Para a Justiça, Raad Massouh deve ser julgado por voto secreto
Em discussão no Congresso Nacional, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui a análise aberta para votações no Poder Legislativo pode mudar a sessão de julgamento do deputado distrital Raad Massouh (PPL). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se comprometeu com líderes partidários, entre os quais o senador Rodrigo Rollemberg (DF), do PSB, a levar o texto à votação no plenário na próxima quarta-feira. Caso seja aprovada sem modificações, a PEC poderá ser promulgada imediatamente.

Para o promotor de Justiça Antônio Suxberger, a nova regra passa a vigorar automaticamente em todo o legislativo e valerá, inclusive, para processos já em andamento, como é o caso do distrital. “Estando vigente, a mudança na Constituição deverá ser aplicada imediatamente no Distrito Federal”, explica o assessor para Controle de Constitucionalidade da procuradora-geral de Justiça do DF, Eunice Amorim Carvalhido. ...

Entre os defensores do voto aberto, começa agora uma corrida contra o tempo. O presidente da Câmara Legislativa, Wasny de Roure (PT), convocou para terça-feira reunião da Mesa Diretora em que será definida a data do julgamento de Raad. O distrital é suspeito de participar de esquema de desvio de recursos públicos de uma emenda, de sua autoria, no valor de R$ 100 mil, destinada a evento em Sobradinho, em 2010. É provável que a sessão que vai definir em sigilo a condenação ou absolvição de Raad ocorra justamente no dia em que o Senado votará a PEC do voto aberto.

Por decisão unânime do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT), a Câmara Legislativa deverá adotar o voto fechado no caso de Raad, apesar de a Lei Orgânica do Distrito Federal estabelecer o contrário.

Com origem no Ministério Público, o deputado distrital Chico Leite (PT), autor do projeto que instituiu no DF a transparência nas votações, diz que a Câmara Legislativa deveria esperar um posicionamento do Congresso. “O ideal é aguardar. A sociedade ganha com isso”, acredita.

Povo fala

Você é a favor do voto sob sigilo em cassação de mandato parlamentar?

Pedro Henrique de Oliveira Santos Ribeiro, 22 anos, estudante, morador da Asa Norte


“Sou contra. Vivemos em um país democrático. Os parlamentares estão nos representando. Só estão lá por conta dos votos e com o objetivo de defender os interesses de quem confiou neles. Sendo assim, nós temos o direito de saber qual foi a escolha que fizeram. Só com transparência, a democracia é real.”

Nancy Alves, 28 anos, secretária, moradora de Ceilândia

“Sou completamente contra. O político tem que mostrar a cara. As pessoas têm o direito de saber se o candidato em quem votou defende ou não as maracutais. Se é aliado ou não dos corruptos. Assim, a gente pode pensar e decidir melhor se vota de novo no mesmo ou se procura outro para votar. O voto secreto nega esse direito ao eleitor.”

Márcio Mazani, 36 anos, funcionário público, morador de Samambaia

“Sou contra, lógico. Eu quero saber o que político em quem eu votei para me representar está fazendo. Os parlamentares estão lá porque as pessoas votaram nele e o elegeram. Além de saber como cada um se manifestou, eu acho que eles tinham que explicar a decisão deles. Expor os motivos que o levaram à decisão.”

João Batista, 71 anos, funcionário público, morador de Vicente Pires

“Sou contra. As decisões dos políticos tinham que ser claras e explícitas para toda a população. No caso de cassação de mandato, tem que parar com essa pouca vergonha de encobrir quem não presta por amizade, por interesse. Com o fim do voto em sigilo, a gente vai saber, pelo menos, quem quis ajudar o colega que é ladrão.”

Patrick Sales, 20 anos, estudante, morador do Recanto das Emas


“Sou a favor do voto secreto. Se o voto for aberto, os políticos vão ter que se manifestar de acordo com a base deles. Para evitar problemas com partido ou alguma coisa assim, podem ajudar quem não presta. Assim, vai ficar bem mais difícil para os políticos votarem de acordo com o que realmente pensam e querem.”

Ueslei Pedro Rangel, 22 anos, militar, morador de Brazlândia

“Sou contra o sigilo. Os parlamentares precisam mostrar a cara. Nós temos o direito de saber como os políticos votaram. Quem sabe assim eles param de encobrir o sujeito que aprontou, por companheirismo ou algum interesse. Sabendo a cara de quem ajudou o colega o corrupto, a população deixa de ser enganada e passa a saber o que estão aprontando. Chega de corrupção!”
Fonte: BLOG DO SOMBRA

Alexandre Padilha:

"O PT me vê como um nome para acabar com os 20 anos de PSDB"


Indicado pelo PT para disputar o governo paulista, o ministro da Saúde fala de sua candidatura, da renovação do PT e defende o programa Mais Médicos

MAIS CANDIDATO
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele foi apontado pelo PT para disputar o governo de São Paulo (Foto: Igo Estrela/ÉPOCA)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está saindo da toca. Há dois meses, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o investiu como candidato petista ao governo de São Paulo. Padilha terá uma tarefa árdua: impedir a reeleição do tucano Geraldo Alckmin e encerrar duas décadas de comando do PSDB no Estado mais rico do Brasil. Na semana passada, Padilha se sentiu mais apto à tarefa. A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei do programa Mais Médicos, com que Padilha pretende coroar sua gestão. Será seu principal trunfo para a campanha eleitoral no próximo ano. Ainda reticente no figurino de candidato, nesta entrevista ele dá as primeiras estocadas no PSDB.
 
ÉPOCA – O senhor é candidato ao governo de São Paulo?
Alexandre Padilha – Estou atento às manifestações do PT, do ex-presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva) e de aliados da presidente Dilma Rousseff que dizem que meu nome é forte, positivo e renovador. Fico feliz em ser visto como um nome para acabar com o cansaço de 20 anos de governo do PSDB em São Paulo. O PT me vê como esse nome, mas nunca tratei do tema com a presidente. Quero merecer sua confiança para ficar no ministério o tempo que ela quiser. Se a presidente falar para ficar, eu fico. Quem determina meu futuro é ela. ...
 
ÉPOCA – Caso sua candidatura seja consolidada, como defende o PT paulista, o que pode ser feito para melhorar a saúde no Estado?
Padilha – Os debates eleitorais começam em 2014. Estive e estou concentrado no programa Mais Médicos e nas outras tarefas do ministério.

ÉPOCA – Entre as muitas críticas ao Mais Médicos, sobressai a de que ele desvia o foco dos verdadeiros problemas da saúde, a falta de dinheiro e a má gestão.
Padilha – O Mais Médicos quebrou um tabu: dizer que não faltam médicos no país. Mudou também o conceito de que só se faz saúde dentro de um hospital cheio de equipamentos. Nos últimos anos, o Brasil reduziu a mortalidade infantil mais que a América Latina e os Brics. As crianças precisam, agora, de pediatra. Aumentamos o acesso a medicamentos de hipertensão e diabetes, e a mortalidade cardiovascular caiu. É preciso, agora, mudar os hábitos relacionados a essas doenças. O perfil epidemiológico do país mudou. O SUS tem quatro desafios. O primeiro é formar médicos. O Brasil não terá saúde universal com, proporcionalmente, menos médicos que a Argentina. O segundo é o financiamento. Com o fim da CPMF, a saúde perdeu R$ 40 bilhões. O terceiro é a gestão. É preciso aprovar a Lei de Responsabilidade Sanitária, que estabelece regras e punições para quem não cumpri-las. O quarto é aumentar a capacidade de produzir e ofertar medicamentos.

ÉPOCA – O senhor se debruçou sobre as questões de saúde de São Paulo?
Padilha – De São Paulo e do Brasil inteiro. Os municípios e o governo estadual podem aproveitar mais as oportunidades que o Ministério da Saúde dá. Com relação ao combate ao crack. Colocamos à disposição do Estado R$ 500 milhões para ampliar a rede de enfrentamento à droga, com consultórios na rua.

ÉPOCA – Há posições antagônicas sobre o combate ao crack. A prefeitura petista defende o tratamento dos dependentes nas ruas. O governo estadual tucano defende a internação. Quem tem razão?
Padilha – É preciso haver menos polêmica e mais ação. Não existe verdade absoluta nisso. Milhares de jovens e famílias sofrem com o crack. Tem espaço para todo mundo. O ministério atuará para que instituições públicas ou privadas ampliem a rede de atendimento. Essa é a diferença do programa Crack – É Possível Vencer em relação a outras iniciativas. Propusemos a construção de uma rede que ofereça tipos de atendimentos diferentes para situações diferentes. Ele só não dá espaço para quem não respeita direitos humanos e trata o paciente de crack como traficante. Ou seja, com segurança, com autoridade e com polícia.

ÉPOCA – Como conter, então, a violência associada ao crack?

Padilha – Com uma ação articulada entre cuidado, prevenção e segurança. É a diferença entre o programa Crack – É Possível Vencer e iniciativas que não geram ações articuladas. Não se mexe na realidade urbana sem cooperação entre as guardas municipais, as polícias militares e a Polícia Federal. É preciso combinar o combate ao tráfico com ações de saúde.


ÉPOCA – Interceptações telefônicas comprovaram recentemente que o tráfico em São Paulo é controlado das cadeias. Como se resolve um problema de segurança dessa magnitude, que causa uma epidemia de dependentes?
Padilha – Não é só qualquer paulista, como eu, que fica preocupado quando conhecem diálogos. É qualquer brasileiro. A chave para resolver o problema está na forte cooperação entre a Polícia Federal e estruturas estaduais e municipais de combate ao tráfico e de garantia da ordem pública.

ÉPOCA – O senhor se considera um exemplo de renovação do PT?
Padilha – 
Não tenho dúvida de que sou de uma nova geração do PT, como o (prefeito) Fernando Haddad. Sou de uma geração que começou na política na primeira eleição de Lula, mas vivi e aprendi muito com as gerações anteriores. Respiro política desde que nasci. Meu pai, Anivaldo Padilha, era da Ação Popular durante a ditadura. Foi preso e exilado no Chile, nos Estados Unidos e na Suíça. Tinha 6 anos quando o abracei pela primeira vez. Eu me comunicava com meu pai por gravações de fita cassete ou por carta. Quando encontrei um dos meus irmãos, ele tinha 4 anos. Ele pensava que eu morava na caixinha do gravador onde meu pai guardava minhas fitas. Minha mãe, doutora Léa, pediatra, era do PCdoB. Até meus 4 anos, ela e eu moramos em vários bairros de São Paulo, em Minas Gerais e Maceió. São Paulo foi a locomotiva. Agora, tem de ser um avião supersônico nos temas nacionais   O ex-presidente Lula sempre apostou em formar novas lideranças e dar oportunidades a novas gerações. Em 2004, me nomeou ministro da Secretaria de Relações Institucionais. Aprendi muito. Sinto-me muito feliz de ser visto como uma renovação do PT. Mas essa renovação não é só de nomes, pessoas e faixa etária. O PT precisa compreender, e acho que compreende, seu novo papel. Nos últimos dez anos, mudamos o país. Agora, temos de construir um projeto que continue os avanços.

ÉPOCA – E como o Estado de São Paulo se encaixa nessa mudança? Pode dar um exemplo?
Padilha –
 Existe um cansaço em relação aos 20 anos de PSDB em São Paulo. Não é só o PT que sente isso. Outros partidos terão candidatura, porque também sentem isso.
Nosso Estado sempre cresceu mais que a média do país. São Paulo foi a locomotiva do Brasil. Outro dia, disse que tem de ser um avião supersônico, para voltar a crescer mais que a média e influenciar nos temas nacionais. O PSDB perdeu a capacidade de renovação e de entender o que mudou para dar um novo salto. O Brasil ocupou outro lugar no mundo. São Paulo tem de ocupar um novo espaço também. Tem de ser referência para políticas públicas desenvolvidas na Europa, nos Estados Unidos, no Sudeste Asiático para enfrentar a pobreza, para a segurança e para a inovação tecnológica.

ÉPOCA – Pode dar um exemplo de como fazer isso?
Padilha – 
A política de inovação tecnológica que desenvolvemos no Ministério da Saúde. Ela permite que indústrias privadas instaladas em São Paulo desenvolvam tecnologias com parcerias público-privadas. Pode ser um exemplo para o mundo. Com os hospitais públicos e privados que tem, São Paulo pode ser uma cidade de turismo de saúde. Também pode ser um polo de atração de turismo médico, indústria médica, produtos e insumos, recuperando também a capacidade de atrair indústrias. São Paulo já tem a segunda maior feira hospitalar do mundo. Pode disputar, não só em quantidade de pessoas, mas em tecnologias a incorporar. Isso pode ser feito com estímulos tributários e financeiros.

ÉPOCA – Que outros problemas o senhor vê na atual gestão?
Padilha –
 Não vou elencar. Mas, como paulista e paulistano, sei que um dos maiores problemas é o transporte público na capital e na região metropolitana. Ele precisa ser enfrentado com coordenação e cooperação entre o governo federal, do Estado e dos municípios. O cidadão às vezes perde duas horas no trânsito. É ruim também para quem tem carro e faz a região metropolitana de São Paulo perder competitividade na economia. 
Fonte: BLOG DO SOMBRA


Eleições 2014

Campos e Aécio querem apoio do PPS


Presidente do PSB conversa com Freire, que também deverá se reunir com tucano.

Em um esforço para aumentar o tempo nos palanques eletrônicos para a campanha à sucessão presidencial, PSDB e PSB iniciaram nas últimas semanas uma disputa pelo apoio do PPS, partido de oposição ao governo federal. Ontem, em viagem à capital paulista, o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, reuniu-se com o dirigente nacional do PPS, Roberto Freire, em encontro agendado no início desta semana. Em almoço, discutiram sobre a filiação de Marina Silva ao PSB e sobre os resultados da Pesquisa Ibope, divulgada na quinta-feira. ...

Nas últimas semanas, o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, também iniciou uma ofensiva para garantir o apoio do PPS nas eleições presidenciais do ano que vem. O comando nacional tucano tem mantido conversas semanais com a direção da sigla de oposição e há expectativa de um encontro entre Roberto Freire e Aécio Neves na semana que vem, em Brasília.

O PPS era uma das legendas que disputava a filiação de Marina Silva após ter sido negado o registro para a criação da Rede. Em conversa com o GLOBO, Roberto Freire confirmou o encontro ontem com Eduardo Campos e reconheceu que um apoio do PPS ao PSB é "uma das alternativas" para as eleições do ano que vem. Segundo ele, há integrantes do partido que defendem uma candidatura própria, mas não se trata da maioria da sigla.

- Há pessoas que defendem candidatura própria. Eu posso dizer que a (opinião) majoritária está entre Aécio Neves e Eduardo Campos - disse Freire.

Ontem, em entrevista à Rádio Estadão, Eduardo Campos defendeu que, na campanha presidencial do ano que vem, seja promovido um "debate qualificado" entre os candidatos e avaliou que, na disputa eleitoral de 2010, da qual fazia parte a sua aliada Marina Silva, faltou profundidade nas discussões de temas como Educação, saneamento e moradia. Segundo ele, o resultado da Pesquisa Ibope foi positivo para o PSB e a definição de quem ocupará a cabeça de chapa na candidatura da legenda ficará para 2014.

- Nós vamos acertar um método para que, até junho, possamos ter os programas definidos para apresentarmos ao grande debate nacional que será a campanha. Diferente de 2010, em que a gente não teve um debate em profundidade sobre temas como Educação, que é estratégico para melhorar a qualidade de vida, sobre ciência e tecnologia, sobre inovação, sobre a questão do saneamento, da moradia. Esses temas serão objeto de grande reflexão - afirmou.

Em evento na capital paulista, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, avaliou que não se trata de uma "perseguição" o pedido para que o governo de Pernambuco devolva aos cofres federais recursos repassados ao Porto de Suape. Segundo ele, a cobrança é feita pelos órgãos de controle, sem relação política.

- A presidenta não tem nada a ver com essa história, é uma história que os órgãos de controle que estão trabalhando. Não esperem nunca de nenhum de nós ato persecutório ou discriminatório em relação a outro candidato.

Em viagem ao interior de São Paulo, Aécio Neves respondeu às críticas de Dilma a governos anteriores pela falta de investimentos em metrô:

- A Dilma está com a memória fraca. Durante a gestão do presidente Lula, as principais capitais do país ficaram esperando recursos, que nunca vieram. Não houve um palmo de metrô em Belo Horizonte e Porto Alegre.
 
Fonte: BLOG DO SOMBRA

Corrupção

Corrupção em dose dupla


Investigações mostram que o lobista acusado de intermediar propinas da Siemens no escândalo do Metrô também operou para a Alstom.

LIGAÇÕES SEGURAS
Alquéres exalta ainda a cooperação entre a Alstom e autoridades paulistas.
Cita o governador Geraldo Alckmin e o então prefeito eleito José Serra

A cada passo que damos nas investigações sobre o cartel, nos deparamos com o mesmo personagem: Arthur Teixeira.” A frase dita por um integrante do Ministério Público encontra eco entre colegas da Procuradoria da República e da Polícia Federal envolvidos na apuração dos crimes cometidos pela máfia formada por empresas de transporte sobre trilhos para vencer e superfaturar licitações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô paulista. Os investigadores do caso estão convencidos de que o lobista Arthur Teixeira é uma das peças-chaves neste esquema criminoso que se perpetuou durante sucessivos governos do PSDB em São Paulo. Ele une duas qualidades que, segundo as apurações, tornam seus préstimos concorridos e recomendados. Teixeira circula com desenvoltura no tucanato paulista e em gabinetes das estatais e ainda é dono de uma sofisticada engrenagem financeira de intermediação de propinas. Em momentos distintos, tanto a Siemens como a Alstom – as duas principais empresas do cartel – recorreram aos seus serviços para vencerem certames com o governo paulista. ...
 
LIGAÇÕES PERIGOSAS
Ex-presidente da Alstom, José Luiz Alquéres (à esq.) elogia para executivos na matriz os serviços
do “consultor” Arthur Teixeira (acima), também investigado por pagar propinas para outras empresas do cartel
Documentos enviados há duas semanas pelo MP suíço para autoridades brasileiras deixam clara a importância de Teixeira na obtenção dos contratos superfaturados. Entre eles, há um e-mail revelador com o título “Uma estratégia vencedora para oportunidades de curto prazo para o Setor de Transporte do Estado de São Paulo”. A mensagem foi enviada em novembro de 2004 pelo então presidente da Alstom no Brasil, José Luiz Alquéres, a executivos da matriz na França. “Assim como em muitas outras negociações, nós temos sido auxiliados pelo consultor Arthur Teixeira, da Procint”, escreveu Alquéres. Ele destacou, entre aspas, que a eficiência de Teixeira revelou-se “tanto em bom quanto em mau tempo”. O então dirigente da Alstom também expõe o cenário da operação da empresa em contratos na área de transporte com o governo. “Sofremos duas grandes derrotas nas licitações públicas, as primeiras em muitos anos”, comenta. Ele, no entanto, salienta a “longa história de cooperação” da Alstom com as autoridades do Estado de São Paulo. “O novo prefeito recém-eleito (José Serra) participa das negociações que nos permitem reabrir a Mafersa como a Alstom Lapa, assim como o atual governador (Geraldo Alckmin)”, narra Alquéres. Na mensagem, o executivo diz acreditar no sucesso em quatro licitações da CPTM e do Metrô que ocorreriam, em breve, e que representariam “um total de 250 MEUR (milhões de euros)”. Para obter êxito nelas, recomenda a “utilização da expertise” do lobista Arthur Teixeira nesses projetos. Na semana passada, Alquéres alegou que os serviços contratados foram lícitos e que se alguém fez pagamentos de proprina que “arque com as consequências perante a Justiça”.

Como ISTOÉ mostrou em julho, Arthur Teixeira também operou para outras companhias do cartel dos trilhos. Ele é citado por um ex-dirigente da Siemens em uma carta enviada ao ombudsman da empresa em 2008. Nela, o executivo revela que para viabilizar o contrato da CPTM Linha G, que passou a ser a linha 5 do Metrô paulista, “cada empresa tinha sua própria forma de pagar a propina ao pessoal do PSDB e à diretoria da CPTM”. A Alstom e a Siemens se utilizaram das empresas de consultoria, relata, de Arthur Teixeira e do seu irmão Sérgio Teixeira, morto em 2011.



O esquema usado por Arthur Teixeira para intermediar os acordos envolve diversos países. As companhias do cartel contratam a offshore uruguaia Gantown Consulting S/A ou a brasileira Procint – de sua propriedade – para serviços oferecendo porcentagens em contratos da CPTM e do Metrô paulista a serem licitados. Os valores são creditados, mas o trabalho realizado na prática é outro. Por meio de suas contas bancárias, como a 524374 Rockhouse, no banco Credit Suisse em Genebra, Arthur Teixeira realiza o pagamento de suborno a autoridades do governo paulista. Foi por essa engrenagem, por exemplo, que ele efetuou um depósito de US$ 103,5 mil na conta Milmar em 27 de abril de 2000. O beneficiário foi João Roberto Zaniboni, diretor de operações da CPTM entre 1999 e 2003 (gestões dos tucanos Mário Covas e Geraldo Alckmin). 
Fonte: BLOG DO SOMBRA
FARRA OFICIAL EM MOSCOU VAI CUSTAR MUITO CARO
FARRA OFICIAL DE SENADORES EM MOSCOU VAI CUSTAR CARO AO CONTRIBUINTE

Parece mixaria diante dos gastos estratosféricos no Congresso, mas a inutilidade da viagem a Moscou dos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) para “interceder” pela libertação da bióloga brasileira do Greenpeace, Ana Paula Maciel, custará ao otário e exaurido contribuinte, em passagens e hotel, no mínimo R$ 50 mil. Mas só se ambos optarem por viajar em classe executiva. Leia mais na Coluna Cláudio Humberto.

FONTE: DIÁRIO DO PODER
EX-MINISTRO PERDE ANTT, MAS GANHA ‘BOQUINHA’
EX-MINISTRO PAULO SÉRGIO PASSOS (TRANSPORTES) GARANTIU CARGO EM ESTATAL

Paulo Sergio Passos - Antonio Cruz

O ex-ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos garantiu uma “boquinha” na estatal Empresa de Planejamento e Logística (EPL), dois dias depois de ser convidado a desistir da sabatina no Senado, quarta-feira (23). A presidenta Dilma resolveu dar um “drible” nos senadores, depois de ser informada que eles rejeitaram a indicação de Passos para a diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Leia mais naColuna Cláudio Humberto.

FONTE: DIÁRIO DO PODER

Felipe treina no Flamengo após torcer joelho e enfrenta a Portuguesa


Não passou de um susto a lesão do goleiro Felipe na última sexta-feira. Após torcer o joelho esquerdo, o camisa 1 do Flamengo se recuperou e treinou normalmente neste sábado no CT Ninho do Urubu. Ele está liberado e enfrenta a Portuguesa, domingo, às 16h (de Brasília), no estádio Castelão.
Felipe realizou todos os movimentos que da posição sem queixar-se de dores. O lateral João Paulo também treinou e pode atuar caso seja escolhido pelo técnico Jayme de Almeida.
Suspenso, o meia Carlos Eduardo será substituído por André Santos. Apesar de enfrentar o Goiás na semifinal da Copa do Brasil, quarta-feira, em Goiânia, o Rubro-Negro vai com força máxima no objetivo de reduzir ainda mais qualquer risco de rebaixamento.
O time deve entrar em campo com a seguinte escalação: Felipe; Léo Moura, Wallace, Chicão e João Paulo; Amaral, Luiz Antonio, Elias e André Santos; Paulinho e Hernane.

FONTE: UOL ESPORTES

Satisfeito com classificação, Massa promete largada ousada na Índia


Felipe Massa fechou o treino de sábado na quinta posição
Felipe Massa fechou o treino de sábado na quinta posição

O brasileiro Felipe Massa ficou satisfeito com o quinto lugar obtido na classificação para o Grande Prêmio da Índia de Fórmula 1, que será realizado no próximo domingo. Sobretudo porque a posição no grid permitirá que ele tente um início ousado na prova.
Massa vai largar uma posição atrás de Mark Webber, da Red Bull, que usará pneus médios no início da prova de domingo. O brasileiro começará a prova com um conjunto macio, o que justifica o otimismo.
"Como os carros terão diferentes estratégias, qualquer coisa pode acontecer amanhã [domingo]. Eu vou tentar passar Webber na largada, esperando tirar proveito do fato de ele estar com pneus médios", explicou Massa.
A estratégia de pneus é uma das principais questões sobre a prova do próximo domingo. Na classificação, o companheiro de Felipe Massa na Ferrari, Fernando Alonso optou por um conjunto médio e fez apenas o oitavo tempo.
"Eu escolhi usar os pneus macios por causa de Nurburgring, quando eu fiz uma opção diferente e não tive sucesso. Muito vai depender do comportamento dos pneus no domingo", explicou o brasileiro.
Entre os pilotos que ficaram à frente de Massa no grid, apenas Webber fez a qualificação com pneus médios. Por isso, o brasileiro aprovou o rendimento da Ferrari dele no treino deste sábado.
"Eu não consegui fazer uma volta perfeita, mas fiquei razoavelmente satisfeito. Perdi um pouco de tempo no segundo setor, e isso deve ter custado uma ou duas posições", finalizou o piloto.
FONTE: UOL ESPORTES

DF mobilizado em campanha de reciclagem


Brasilienses saíram de casa para participar, na manhã de hoje, do mutirão de coleta de materiais reutilizáveis do movimento "Limpa Brasil, Let's Do It!"
 BRASÍLIA (26/10/13) – A abertura do movimento "Limpa Brasil, Let's Do It!" foi realizada em Brasília, na manhã de hoje, com a participação de brasilienses, ambientalistas e representantes do governo local e federal, no parque Olhos D'água, na Asa Norte, um dos 56 pontos de coleta, que funcionará até as 13h.

"Brasília é a capital do País e é importante movimentos como esse para desenvolver essa consciência na população. Com esse tipo de trabalho estamos criando uma nova geração, sensibilizada com o problema que atinge toda a sociedade", defendeu o governador em exercício, Tadeu Filippelli, ao participar da abertura do evento.

A iniciativa, promovida com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente e de Recursos Hídricos (Semarh) e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), tem como meta incentivar a reflexão para a mudança de atitude do cidadão brasileiro em relação ao hábito de jogar lixo em locais inadequados.

Para isso, os órgãos ambientais disponibilizaram outros 11 parques, 41 escolas e 5 estações de metrô para que a população participe, até o horário permitido, com a entrega de material reciclável, que pode ser metal, plástico e papel.

Entre os parques estão o Uso Múltiplo do Lago Norte; Jequitibás, em Sobradinho; Ermida Dom Bosco, no Lago Sul; Uso Múltiplo, da Asa Sul; Urbano Bosque, do Sudoeste; e Três Meninas, em Samambaia. (veja a lista completa de locais abaixo).

Sebastião Santos, o catador do aterro de Gramacho, no Rio de Janeiro, que participou do documentário Lixo Extraordinário enalteceu as iniciativas sustentáveis em Brasília. "A capital federal está avançando no sentido de utilizar a reciclagem para resolver problemas ambientais. Pela primeira vez encontrei cooperativas organizadas para trabalhar conjuntamente para reciclagem no lixão da Estrutural", disse.

Além disso, quem decidiu participar da iniciativa também teve acesso à retirada de kit, que contém uma luva e um saco de 100 litros. A ideia é que as pessoas saiam de casa e retirem das ruas todos os recicláveis que encontrarem.

Todos os produtos recolhidos serão doados a cooperativas de catadores de Brasília.

INICIATIVA - O movimento "Limpa Brasil, Let's Do It!" percorreu 18 cidades desde 2011, com mais 1,2 mil tonelada de material reciclável coletado, graças à participação de mais de 117 mil voluntários e à capacitação de 18 mil professores e coordenadores de escolas públicas.

SHOWS – O evento será encerrado no fim do dia com shows gratuitos no palco coberto, atrás do Museu da República, às 17h.

As apresentações serão da Orquestra Sinfônica Brasileira, Banda Amanita, Lenine e Monobloco, que cobrarão dos espectadores a limpeza do espaço, propondo que cada um se responsabilize pelos resíduos que produzir.


Relação dos pontos de coleta de material reciclável

Escolas Públicas

Brazlândia
Escola Classe 08 - PIQ 04 Lote 01 Setor Veredas
Centro de Ensino Especial 01 - EQ 24 Lote A Setor Norte

Ceilândia
Escola Classe 27 - EQNN 07/09
CEF 32 - EQ 500/700 Pôr do Sol
CEF 26 - EQNO 05/07(antiga EC 30)
CEF 10 - EQNN/25 AE
Escola Classe 65 - QNR 02 AE 04

Gama
Escola Classe Córrego Barreiro - BR 060 DF 180 Km 08
CEM 03 - EQ 05/11 AE F Setor Sul
CEF 03 - EQ 6/11 AE Setor Leste

Guará
CED 01 - EQ 34/36 AE B
EC 02 da Estrutural - Q 03 conjunto A A/E nº 6 CID
CEF 08 - EQ 13/15 AE

Núcleo Bandeirante
Centro de Infantil 1 do Riacho Fundo - QN 7 AE RF 1
Centro de Ensino Fundamental Telebrasília - QN 01 Praça Central Lt 02

Paranoá
CEF 01 do Paranoá - Qd 03 AE 06
CEF Doutora Zilda Arns - Qd 04 Conjunto A AE
CED do PAD/DF - BR 251 Km 07 PAD DF

Planaltina
Escola Classe 13 - Qd 07 AE 01
CEF São José - DF 250 NR S. José(Rural)
Plano Piloto/Cruzeiro
CEM Setor Leste - SGAS 611/612 Conjunto E
CEF 04 de Brasília - SQS 113
EC 05 do Cruzeiro - SHCES EQ 201/203 Lote 01

Recanto das Emas
CED 104 - Qd 104 conjunto 10ª AE
CEF 115 - Qd 113 conjunto 08 AE 1
CEF 801 - Qd 801 AE

São Sebastião
CEF Cerâmica São Paulo - R 01 Lt 101 Bairro S.Pulo

Samambaia
EC 410 - QN 410 AE 01
Santa Maria
EC 100 - QR 100 Conj."T" AE 01
CEF 418 - EQ 417/418 – 517/518 Lote 01

Sobradinho
Escola Classe Brochado da Rocha - BR 020 Acampamento DVO
EC Sonhem de Cima - DF 330 Leste PA Contagem
CED 03 de Sobradinho - QR – AE 05
CED 04 de Sobradinho - QR 15 AE 02
EC Olhos D'Água - BR 020 CH Olhos D'água
Centro Educação Infantil 01 de Sobradinho - Qd 02 RO-1 AE

Taguatinga
EC 11 de Taguatinga Sul - QSE 12/14 AE Vila Dimas
CEF 16 de Taguatinga Norte - QNL 22
CEF 19 de Taguatinga Norte - QNL 10/12 Área Especial
Centro de Ensino Fundamental 17 - EQNM 38/40 Lote A M Norte
CEF Vila Areal - QS 6 430B Área Especial

Parques
Parque Ecológico Burle Max (Ecológico Norte)
Parque de uso múltiplo do Lago Norte - RA Lago Norte
Parque Ecológico e de uso múltiplo Olhos D'Água - Asa Norte
Parque Jequitibás - Sobradinho
Parque da Cidade Sarah Kubitschek – Eixo Monumental Sul
Parque Ecológico da Ermida Dom Bosco - Lago Sul
Parque Ecológico Bernardo Sayão ( Ecológico do Rasgado) – Lago Sul
Parque de uso múltiplo da Asa Sul
Parque Urbano Bosque do Sudoeste
Parque Três Meninas - Samambaia
Parque de uso múltiplo Vila Planalto – Vila Planalto
Parque de uso múltiplo Taguaparque - Taquatinga
Estações de Metrô
Central
Galeria
Shopping
Feira
Praça do Relógio

FONTE: AGÊNCIA BRASAÍLIA
Começa a limpeza da galeria pluvial de onde veio óleo que atingiu o Paranoá

Segundo um servidor do GDF, se chover, a emulsão usada no recapeamento das vias pode chegar ao lago (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
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Segundo um servidor do GDF, se chover, a emulsão usada no recapeamento das vias pode chegar ao lago

Os trabalhos para a limpeza da galeria pluvial atingida pelo vazamento de óleo, há duas semanas, devem se estender por este fim de semana. Ontem, equipes do Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) e da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) estiveram no estacionamento do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) das 8h30 às 16h15 para tentar empurrar o resíduo, impregnado nas paredes do canal, até o ponto final, no Lago Paranoá, na altura do Iate Clube de Brasília.

A previsão é de que até amanhã a operação seja finalizada. Cerca de 35 servidores da Novacap e 30 militares, com três caminhões pipa, participaram do esquema, no primeiro dia. O grupo previa usar uma espuma absorvente para recolher o óleo, mas o instrumento limitava a vazão da água. Os bombeiros decidiram, então, recorrer a uma mangueira. Com seis bicos na ponta, ela dispara jatos de alta pressão em 360º graus. Dessa forma, a equipe carregou o resíduo do poço de visita (PV) abaixo do Hran para a saída no estacionamento fora da unidade de saúde.

Neste fim de semana, o trabalho continua até chegar ao acesso final, do lago. Funcionários da Petrobras estão posicionados, todos os dias, na orla do Iate para conter o óleo. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) recolherá a substância poluidora para reciclagem em uma cimenteira. Uma faixa do Eixinho Norte, sentido Asa Norte/Rodoviária, deverá ser fechada hoje para continuidade da operação.

Segundo o tenente-coronel Alan Araújo, do Grupamento de Proteção Ambiental do CBMDF, a mancha da galeria está contínua e bem definida, na altura de um meio-fio. %u201CVamos descer, aos poucos, até o Paranoá. Das 600 Norte em diante, já cabe alguém em pé dentro da rede, aí o trabalho será mais ágil. Ainda assim, deu mais resultado que esperávamos. Na segunda-feira, faremos avaliação geral de todo o canal, por meio do robô de videoinspeção%u201D, completou.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
Itália resgata 775 imigrantes do norte da África no MediterrâneoGuarda Costeira realizou cinco operações na madrugada. Premiê pressiona bloco
Soldado caminha diante de imigrantes africanos socorridos perto da Ilha de Lampedusa: vigilância na Sicília (Filippo Monteforte/AFP)Soldado caminha diante de imigrantes africanos socorridos perto da Ilha de Lampedusa: vigilância na Sicília
A Guarda Costeira italiana resgatou 775 imigrantes que partiram do norte da África em direção à Europa, na maior operação de resgate desde os naufrágios do começo do mês — nos dois desastres, mais de 550 pessoas morreram. A ação fez parte do reforço anunciado recentemente pelo governo da Itália, chamado de Mare Nostrum, que visa aumentar a vigilância no Mar Mediterrâneo. A constante chegada de imigrantes à União Europeia (UE) afeta, principalmente, os países do sul, mas motiva uma crise em todo o bloco. Em caráter de urgência, o assunto entrou na pauta do segundo e último dia de reuniões do Conselho Europeu. Apesar da pressão por medidas imediatas, representantes do bloco concordaram em discutir ações concretas apenas no fim do ano.

Ao todo, cinco operações de resgate ajudaram os refugiados que tentavam chegar à Europa pelo Mar da Sicília, na noite de quinta para sexta-feira. Os passageiros foram encaminhados para a pequena ilha de Lampedusa e para outras localidades próximas, onde vão aguardar a análise dos pedidos de permanência. Lampedusa é um dos lugares mais afetados pela chegada de imigrantes, e o centro de recepção da ilha sofre com a superlotação. O local comporta um número máximo entre 250 e 300 pessoas, mas chegou a abrigar mil, no começo do mês. Apenas em 2013, mais de 32 mil migrantes chegaram de barco ao sul da Itália, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). A maioria deles saiu da Síria, Líbia, Eritreia e Somália.

FONTE: CORREIO BRAZILIESNE