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segunda-feira, 25 de março de 2024

Como serão os três dias de visita de Emmanuel Macron ao Brasil

MUNDO

Presidente francês e Lula estarão juntos em Belém, Itaguaí (RJ) e Brasília; em São Paulo, Macron deve passear pela Avenida Paulista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron, na COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (Ricardo Stuckert/PR) 


O presidente da França, Emmanuel Macron, vai chegar ao Brasil na terça-feira para uma viagem de três dias com passagens por Belém, Itaguaí, no litoral do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília. Com exceção de São Paulo, Lula vai acompanhá-lo em todas as cidades.

Além das agendas voltadas para o estreitamento do comércio e dos negócios bilaterais, os chefes de Estado devem discutir as guerras da Rússia na Ucrânia e de Israel em Gaza. A primeira parada de Macron vai ser em Belém, capital do Pará, sede da COP-30, em 2025. Lula e o francês vão fazer um passeio de barco pela baía de Guajará, com parada na Ilha do Combu, onde vão conhecer um grupo de mulheres que cultivam cacau na Floresta Amazônica. Em seguida, os dois vão percorrer um trecho da mata e vão se reunir com líderes das comunidades indígenas locais.

Ainda na terça-feira, Macron vai para Itaguaí, no Rio. Na quarta, ele e Lula vão acompanhar o lançamento do submarino Tonelero (S42), o terceiro dos quatro submarinos construídos no Brasil com tecnologia francesa. Na tarde de quarta-feira, sem Lula, o francês viaja a São Paulo para participar do Fórum Econômico Brasil-França, na Fiesp. O evento não acontece desde 2019. Haverá um encontro com o vice-presidente, Geraldo Alckmin. À noite, Macron vai jantar com artistas e agentes culturais e deve visitar o Museu de Arte de São Paulo (Masp). No trajeto de volta, Macron fará um passeio pela Avenida Paulista. 

Na quinta, Lula volta a receber o presidente francês para uma visita de Estado. Após a cerimônia de recepção, acontece a tradicional reunião bilateral entre os dois países e a assinatura de atos. Espera-se que mais de uma dezena de atos bilaterais em negociação possam ser firmados durante a viagem. Além disso, estarão na pauta os conflitos na Faixa de Gaza, crise de segurança no Haiti, guerra na Ucrânia e as eleições na Venezuela. Durante sua visita, Macron vai almoçar no Palácio Itamaraty e, em seguida, será recebido pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco, e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.


FONTE: VEJA 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Macron é recebido com protesto de produtores em feira agrícola na França

 MUNDO

Produtores pressionam o governo a ajudá-los, em meio à insatisfação por conta dos custos, da burocracia e das regulamentações ambientais.


O presidente francês, Emmanuel Macron, o ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar, Marc Fesneau, e a vice-ministra da Agricultura e da Soberania Alimentar, Agnes Pannier-Runacher, conversam com os agricultores franceses no dia da abertura da 60ª edição internacional Feira de Agricultura, em Paris — Foto: Ludovic Marin/Pool via REUTERS


O presidente francês, Emmanuel Macron, foi recebido com protesto em uma feira agrícola em Paris, neste sábado (24). Produtores pressionam o governo a ajudá-los, em meio à insatisfação por conta dos custos, da burocracia e das regulamentações ambientais.


Além de Macron, o ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar, Marc Fesneau, e a vice-ministra da Agricultura e da Soberania Alimentar, Agnes Pannier-Runacher, conversaram com os agricultores franceses no dia da abertura da 60ª edição internacional do Salon de l'Agriculture.

Os manifestantes enfrentaram a segurança feita por dezenas de policiais. Os agricultores gritaram e vaiaram, pedindo a renúncia do presidente francês e usando palavrões dirigidos a ele. Ao menos uma pessoa foi presa, segundo a agência Reuters.

 Macron teve um encontro com líderes sindicais de agricultores franceses durante o café da manhã, e deveria caminhar pelas vielas da feira depois. “Estou dizendo isso para todos os agricultores: vocês não estão ajudando nenhum dos seus colegas destruindo barracas, vocês não estão ajudando nenhum dos seus colegas ao tornar a feira impossível e, de certa forma, assustando as famílias para que não compareçam”, disse.

O presidente francês disse que fará uma reunião com representantes dos sindicatos de agricultores e outras partes interessadas dentro de três semanas, e cancelou um debate que pretendia realizar na feira com agricultores e processadores de alimentos.

A abertura do evento foi atrasada em mais de uma hora. A feira agrícola de Paris atrai cerca de 600 mil visitantes durante nove dias.

Aviso foi dado

Agricultores foram às ruas de Paris na sexta-feira (23) para alertar Emmanuel Macron de que ele deveria esperar uma "dura recepção" na abertura da feira agrícola. Em mais um protesto da categoria, dezenas de tratores entraram na capital francesa buzinando.

Um trator carregava uma placa com os dizeres: "Macron, você está plantando as sementes para uma tempestade -- cuidado com o que você colherá".

Os agricultores franceses haviam suspendido os protestos — que incluíam o bloqueio de rodovias e o despejo de esterco em frente a prédios públicos —, depois que o primeiro-ministro Gabriel Attal prometeu novas medidas no valor de 400 milhões de euros.

O caso não é isolado, já que agricultores têm protestado em toda a Europa por renda maior, menos burocracia e denunciando a concorrência desleal de produtos ucranianos baratos, devido à ajuda pelo esforço de guerra na Ucrânia.


Polônia, Espanha e República Tcheca também registraram manifestações. Partidos de extrema-direita, para os quais os agricultores representam um eleitorado crescente, são os principais beneficiários, pensando nas eleições de junho para o Parlamento Europeu.


* Com informações a agência Reuters