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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Candidato da direita lidera pesquisas de intenção de votos em Portugal

 MUNDO

Luis Montenegro, da Aliança Democrática, tem 23% da preferência dos eleitores, segundo pesquisa do IPESPE

Luís Montenegro, da Aliança Democrática, e Pedro Nuno Santos, do Partido Socialista, lideram as pesquisas de intenção de votos REUTERS

Depois de oito anos de governo socialista, Portugal pode ter um líder da direita. O país se prepara para as eleições legislativas antecipadas que acontecem em 10 de março depois que o presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, dissolveu o parlamento e convocou o novo pleito.

A medida foi tomada depois que o premiê António Costa, que foi alvo de operação sobre tráfico de influência, renunciou ao cargo.

A Aliança Democrática, coligação que integra o PSD (Partido Social Democrata), o CDS-PP (Partido Popular) e o PPM (Partido Popular Monárquico), lidera as intenções de votos. Segundo a pesquisa, se as eleições legislativas acontecessem hoje, 23% dos entrevistados votariam na coalizão liderada pelo candidato Luís Montenegro.


No início do mês, em uma eleição regional na Ilha dos Açores, a Aliança Democrática conseguiu três assentos a menos para conseguir maioria absoluta. Montenegro recusou a oferta de ajuda do Chega para negociar assentos e prometeu rejeitar novamente a coligação em nível nacional.

Pedro Nuno Santos, do Partido Socialista, vem na segunda posição com 22% das intenções. Representando a esquerda, Santos, de 46 anos, se descreve como “neto de sapateiro, filho de empresário”.


Já o partido de extrema-direita e anti-imigração Chega, do candidato André Ventura, ficou em terceiro lugar na pesquisa IPESPE, com a preferência de 16% dos entrevistados.

Ainda de acordo com a sondagem, a percepção da população portuguesa é que o Partido Socialista, de Pedro Nuno Santos, ganhe as eleições, independentemente da preferência dos eleitores. 22% dos entrevistados acreditam que Santos tem tido melhores desempenhos nos debates e entrevistas pré-eleições.

Outro dado importante é que 65% dos portugeses esperam que, a partir das eleições legislativas de 10 de março, algumas mudanças na forma de governar o país ocorram, mas que outras continuem da mesma forma.


Dados da pesquisa

A pesquisa ouviu 600 eleitores nos dias 21, 22  e 23 de fevereiro de 2024. A margem de erro máxima estimada para o total da amostra é de 4,1 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95,45%.

Campanha eleitoral

As campanhas oficiais começaram oficialmente neste domingo (25). Nem a centro-esquerda, nem a centro-direta devem conquistar a maioria de assentos no parlamento português e a expectativa é que haja um impasse pós-eleitoral, podendo haver uma nova votação após 10 de março.

Fonte: CNN Brasil 






segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Macron é recebido com protesto de produtores em feira agrícola na França

 MUNDO

Produtores pressionam o governo a ajudá-los, em meio à insatisfação por conta dos custos, da burocracia e das regulamentações ambientais.


O presidente francês, Emmanuel Macron, o ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar, Marc Fesneau, e a vice-ministra da Agricultura e da Soberania Alimentar, Agnes Pannier-Runacher, conversam com os agricultores franceses no dia da abertura da 60ª edição internacional Feira de Agricultura, em Paris — Foto: Ludovic Marin/Pool via REUTERS


O presidente francês, Emmanuel Macron, foi recebido com protesto em uma feira agrícola em Paris, neste sábado (24). Produtores pressionam o governo a ajudá-los, em meio à insatisfação por conta dos custos, da burocracia e das regulamentações ambientais.


Além de Macron, o ministro da Agricultura e da Soberania Alimentar, Marc Fesneau, e a vice-ministra da Agricultura e da Soberania Alimentar, Agnes Pannier-Runacher, conversaram com os agricultores franceses no dia da abertura da 60ª edição internacional do Salon de l'Agriculture.

Os manifestantes enfrentaram a segurança feita por dezenas de policiais. Os agricultores gritaram e vaiaram, pedindo a renúncia do presidente francês e usando palavrões dirigidos a ele. Ao menos uma pessoa foi presa, segundo a agência Reuters.

 Macron teve um encontro com líderes sindicais de agricultores franceses durante o café da manhã, e deveria caminhar pelas vielas da feira depois. “Estou dizendo isso para todos os agricultores: vocês não estão ajudando nenhum dos seus colegas destruindo barracas, vocês não estão ajudando nenhum dos seus colegas ao tornar a feira impossível e, de certa forma, assustando as famílias para que não compareçam”, disse.

O presidente francês disse que fará uma reunião com representantes dos sindicatos de agricultores e outras partes interessadas dentro de três semanas, e cancelou um debate que pretendia realizar na feira com agricultores e processadores de alimentos.

A abertura do evento foi atrasada em mais de uma hora. A feira agrícola de Paris atrai cerca de 600 mil visitantes durante nove dias.

Aviso foi dado

Agricultores foram às ruas de Paris na sexta-feira (23) para alertar Emmanuel Macron de que ele deveria esperar uma "dura recepção" na abertura da feira agrícola. Em mais um protesto da categoria, dezenas de tratores entraram na capital francesa buzinando.

Um trator carregava uma placa com os dizeres: "Macron, você está plantando as sementes para uma tempestade -- cuidado com o que você colherá".

Os agricultores franceses haviam suspendido os protestos — que incluíam o bloqueio de rodovias e o despejo de esterco em frente a prédios públicos —, depois que o primeiro-ministro Gabriel Attal prometeu novas medidas no valor de 400 milhões de euros.

O caso não é isolado, já que agricultores têm protestado em toda a Europa por renda maior, menos burocracia e denunciando a concorrência desleal de produtos ucranianos baratos, devido à ajuda pelo esforço de guerra na Ucrânia.


Polônia, Espanha e República Tcheca também registraram manifestações. Partidos de extrema-direita, para os quais os agricultores representam um eleitorado crescente, são os principais beneficiários, pensando nas eleições de junho para o Parlamento Europeu.


* Com informações a agência Reuters