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Segundo o coordenador da Defesa Civil, Darlison Maia, Rio Tapajós oscilou e o órgão Intensificou monitoramento climático. Se rio não subir, a previsão é para uma seca severa em Santarém.
Nesta terça, a régua marcava 6,26 metros. — Foto: Jones Maia/ TV Tapajós
A Defesa Civil de Santarém, oeste do Pará, informou, no início da tarde desta terça-feira (28), que Rio Tapajós está 90cm abaixo do nível registrado no mesmo período do ano passado, período que antecedeu a forte estiagem que atingiu toda a região. Nesta terça, a régua marcava 6,26 metros.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Darlison Maia, embora as chuvas deste ano tenham sido maiores em comparação ao ano passado, o nível do rio ainda está abaixo do normal e, caso o nível continue a baixar, a seca deste ano pode ser tão severa quanto a do ano passado.
A Defesa Civil está monitorando constantemente tanto as chuvas quanto o nível do rio, para estar preparada para qualquer eventualidade.
O planejamento para junho dependerá do comportamento do nível do rio nos próximos meses. Serão realizadas pelo órgão vistorias nas comunidades mais afetadas pela seca do ano passado, para avaliar a necessidade de apoio, como acesso à água potável e cestas básicas. Segundo Darlison Maia, no ano passado, a situação de emergência decretada foi por causa da seca, algo incomum, pois normalmente o decreto é feito devido à inundação por altos níveis do rio.
Em relação às chuvas, Darlison Maia acredita que o cenário pode mudar. Embora a quantidade de chuva este ano esteja ligeiramente acima do ano passado, a distribuição tem sido diferente.
Boletim diário da Defesa Civil — Foto: Divulgação
Com o monitoramento, a Defesa Civil registrou, há cerca de um mês, que o nível do rio apresentou grandes oscilações. Primeiro baixou, depois subiu novamente devido ao retorno das chuvas nas cabeceiras, e agora está estagnado. Essa instabilidade reflete a situação em outros municípios próximos, indicando a imprevisibilidade das mudanças climáticas atuais.
Este ano, as chuvas começaram a partir de março e podem se prolongar até junho, o que poderia alterar a situação atual da seca. Por isso, a Defesa Civil vai continuar monitorando para embasar possíveis decretos de situação de emergência.
Essa preparação antecipada é importante, segundo Darlison Maia, para que os governos municipal, estadual e federal tenham tempo de se planejar e disponibilizar os recursos necessários para atender as famílias afetadas pela seca na região.
*Colaborou, Heliany Rodrigues/ Produtora de Jornalismo da TV Tapajós