sábado, 13 de agosto de 2016

OLIMPÍADAS

Scola é carrasco do Brasil, mas você não tem motivos para odiá-lo


Elsa/Getty Images
Luis Scola, da Argentina, em ação na partida contra a Nigéria. Argentinos seguem na frenteimagem: Elsa/Getty Images
Dos 12 jogadores da Argentina que enfrentarão o Brasil neste sábado em duelo decisivo da Olimpíada do Rio, nenhum é tão carrasco da seleção nacional quanto o ala-pivô Luis Scola. O atleta de 36 anos sempre eleva seu nível quando vê pela frente o time nacional e coleciona muito mais vitórias do que derrotas, sempre com atuações decisivas.
E o que dizer então do último encontro olímpico, em 2012, quando foi o cestinha de seu time com 17 pontos no triunfo por 82 a 77 nas oitavas de final?
Neste sábado, na Arena Carioca 1, uma nova atuação de gala de Scola poderá deixar o Brasil perto da eliminação. Mas ainda que isso aconteça, não há motivos para odiar o camisa 4 da seleção argentina.
Scola jamais se envolveu em confusões com atletas brasileiros, brigas em quadra ou discussões ásperas. Sempre foi respeitoso e nunca inflamou a rivalidade, com palavras contidas em seu discurso, como fez na noite de quinta-feira após revés para a Lituânia.
"É uma partida a mais para os dois. Vale o mesmo para nós ganhar do Brasil do que ganhar da Espanha. Vamos sair a jogar e espero que a torcida se porte bem. Seria terrível que passasse algo nas arquibancadas. Vamos sair a jogar, será um dia genial e já está. Quem ganhe ou perda, depois já será outro dia", disse o argentino.
O ala-pivô também já havia condenado a rivalidade com tons futebolísticos entre as torcidas logo após a estreia na Olimpíada. Na ocasião, afirmou também ter apreço pelo Brasil.
 
"Não tenho nada contra o Brasil. Não quero que o Brasil perca, a não ser quando jogue contra nossa equipe. Sempre fui muito bem tratado aqui", afirmou.
 
Fora da quadra, Scola nutre uma amizade muito especial com Tiago Splitter. Os dois se conheceram há mais de dez anos quando atuavam no Tau Cerámica, da Espanha. Foi o argentino quem abraçou o brasileiro, que chegou ao Velho Continente muito jovem. 
 
Como forma de homenagear o amigo, batizou seu filho de Tiago. Hoje o garoto já está com nove anos de idade.
 
Em caso de derrota para a Argentina, o Brasil precisará ganhar da Nigéria na última rodada para ter chances de se classificar em quarto lugar. Em caso de vitória, a vaga nas quartas de final ficará bem encaminhada.


Fonte: Uol Esporte

FUTEBOL

Roger dá puxão de orelha na torcida do Grêmio contra 'trauma de casa cheia'



  • Lucas Uebel/Divulgação/Grêmio
    Pressão da torcida precisa auxiliar o Grêmio e intimidar adversários, diz Roger
    Pressão da torcida precisa auxiliar o Grêmio e intimidar adversários, diz Roger
Jogar com apoio da torcida é naturalmente positivo. Mas para o Grêmio, os números remam contra tal afirmação. Dos 10 jogos com maiores públicos na história da Arena, apenas em dois o objetivo foi alcançado. E contra o 'trauma de casa cheia', o técnico Roger Machado deu um puxão de orelha em sua torcida. 
"Contra o Santa Cruz (em casa, a última rodada), com 20 minutos de jogo, nossa torcida estava extremamente impaciente. Acreditando que pelo fato de ser um time que estava abaixo na tabela, com 20 minutos era para estar 3 a 0. Não vai acontecer. Neste jogo não foi, não será contra o Corinthians. E o estádio estará cheio. Temos que criar um clima que intimide nosso adversário, e não o nosso time. O torcedor - que vai bater recorde de público no domingo - tem que saber que as dificuldades serão grandes, mas o futebol e o desejo para superar isso será ainda maior. Se criarem um clima que permita nosso time confiante, e o adversário intimidado. Não o contrário", reclamou o técnico gremista. 
 
No duelo do próximo domingo às 11h (horário de Brasília) contra o Corinthians, a expectativa supera os 50 mil torcedores. Sendo assim, baterá com facilidade o recorde do estádio que é 48.204 presentes no empate em 0 a 0 com o Internacional no começo deste ano. Desde quinta-feira os ingressos já estavam esgotados. 
 
Mas atuar sob olhar de tantos torcedores não tem significado facilidade para o Grêmio. Apenas nas duas goleadas sobre o Internacional (2014 e 2015) é que o objetivo foi atingido em jogos de grande público. Para alterar tal situação, a postura precisa mudar, na avaliação de Roger. 
 
"Se o torcedor não gostar durante o jogo do que está vendo, tudo bem. Depois que o juiz apitar, que faça sua manifestação. Mas durante a partida, temos que criar na Arena o clima que muito eu vivi no Olímpico como jogador. Talvez isso falte um pouco. Criar-se na Arena um ambiente em que o adversário se sinta intimidado", completou. 
 
Em disputa neste domingo, uma posição muito próxima do primeiro lugar no Brasileiro. Se vencer, mesmo com um jogo a menos, o Grêmio pode ficar apenas um ponto atrás do primeiro colocado. Com dois pontos a mais que o Tricolor, o Corinthians vê na vitória a chance de ser líder.
 
"O Corinthians é um time de toques rápidos, triangulações pelo lado da bola, linha de fundo com laterais em amplitude. Uma equipe que tem jogadores que agridem a área e uma ótima bola parada. Será um jogo difícil, assim como foram todos os nossos compromissos. O jogo contra o Corinthians vale o mesmo do que valeram os jogos contra Santa Cruz e América, em que tropeçamos", finalizou Roger.
 

Confira os 10 maiores públicos da história da Arena em jogos oficiais:

 
06.03.2016 - Grêmio 0 x 0 Inter (48.204 torcedores) - O jogo valia pelo Gauchão e pela Primeira Liga. O empate deixou o Tricolor na frente no Estadual, mas eliminou os azuis da outra competição. 
30.04.2014 - Grêmio 1 x 0 San Lorenzo (47.244 torcedores) - A vitória levou a decisão para os pênaltis e o Grêmio acabou eliminado. 
13.09.2015 - Grêmio 1 x 2 São Paulo (49.915 torcedores) - Derrotado em casa, o Grêmio perdeu chance de se aproximar do primeiro colocado do Brasileiro. 
26.04.2015 - Grêmio 0 x 0 Inter (49.909 torcedores) - O empate em casa não era o que a torcida esperava. Combinado com a derrota no Beira-Rio fez do Inter campeão gaúcho. 
01.10.2014 - Grêmio 0 x 1 São Paulo (46.441 torcedores) - A derrota afastou o Tricolor dos planos de se classificar para a próxima Libertadores. 
09.11.2014 - Grêmio 4 x 1 Inter (46.473 torcedores) - Foi a consagração para os aficionados. Goleada sobre o rival com direito a provocações a D'Alessandro e muita celebração.
09.08.2015 - Grêmio 5 x 0 Inter (46.010 torcedores) - Se o 4 a 1 de 2014 já tinha sido bom, o 5 a 0 do ano seguinte foi histórico. Quebrou marcas centenárias e ficará para sempre na lembrança dos torcedores. 
30.08.2015 - Grêmio 0 x 0 Coritiba (46.000 torcedores) - O Grêmio sonhava em brigar ponto a ponto pelo título do Brasileiro, mas marcou passo contra um rival da ponta inferior da tabela. 
30.09.2015 - Grêmio 1 x 1 Fluminense (45.751 torcedores) - O empate com gols significou a eliminação do Grêmio da Copa do Brasil. 
06.11.2013 - Grêmio 0 x 0 Atlético-PR (43.899 torcedores) - O empate sem gols significou a eliminação do Tricolor da Copa do Brasil. 
 

Fonte: Uol Esporte

OLIMPÍADAS

No sufoco! Brasil se vinga da Austrália e vai à semi no futebol feminino


Após uma primeira fase tranquila, que contou com duas goleadas sobre China e Suécia, a seleção feminina de futebol fez seu jogo mais difícil na Olimpíada nesta sexta-feira (12). Mas com muito sofrimento, o time arrancou uma vitória nos pênaltis por 7 a 6 sobre a Austrália no Mineirão, após empate sem gols no tempo normal, e avançou à semifinal.
De quebra, o triunfo serviu como revanche, já que as australianas eliminaram o Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo de 2015.
O Brasil enfrenta na semifinal a Suécia, adversário que já foi atropelado por 5 a 1 na primeira fase. O jogo acontece às 13h (de Brasília) da próxima terça-feira (16), no Maracanã.

Bárbara brilha em disputa eletrizante nos pênaltis

REUTERS/Mariana Bazo
imagem: REUTERS/Mariana Bazo
A decisão por pênaltis não foi para os fracos de coração. Após oito cobranças perfeitas, quatro de cada lado, Marta, logo ela, perdeu a quinta batida do Brasil, parando em defesa da goleira Williams. A Austrália só precisava fazer seu último pênalti para avançar, mas Bárbara, de 1,73 m, voou no canto para espalmar o chute de Gorry.
Seis cobranças mais tarde, Bárbara novamente brilhou e defendeu a batida da zagueira Kennedy para selar a classificação. Já Andressa Alves, Andressinha, Beatriz, Rafaelle, Debinha, Mônica e Tamires foram as responsáveis por balançar a rede na disputa decisiva.

Vigiada de perto, Marta aparece pouco e perde sua cobrança

Eugenio Savio/AP
imagem: Eugenio Savio/AP
A principal estrela da seleção sofreu com um posicionamento diferente e uma marcação cerrada. Sem a lesionada Cristiane, Marta foi deslocada da ponta direita para a faixa central do campo, e teve dificuldade para escapar das atenções da volante Van Egmond. Sem liberdade para arrancar com seus dribles característicos, Marta foi mais importante para abrir espaço para as companheiras e na cobrança das bolas paradas.
Já a partir do segundo tempo, ela voltou a atuar mais aberta e subiu de produção, mas não conseguiu ser decisiva com a bola rolando. Nos pênaltis, foi a única brasileira a errar sua cobrança, mas acabou "salva" por Bárbara.

Marcação australiana complica, mas Brasil perde muitas chances

Eugenio Savio/AP
imagem: Eugenio Savio/AP
O Brasil enfrentou um adversário totalmente diferente dos três da primeira fase. Em vez de se retrancar, a Austrália adiantou a marcação e complicou bastante o jogo da seleção, que sofreu diante de um time muito forte fisicamente.
Apesar disso, as oportunidades no tempo normal apareceram e as brasileiras não souberam aproveitar: Thaísa bateu fraco após boa bola ajeitada por Formiga, Debinha atirou por cima depois de uma enfiada de bola magistral de Andressa Alves, e a própria Andressa bateu torto ao sair na cara do gol no segundo tempo. No final, Williams ainda fez milagre ao salvar desvio de Andressa Alves à queima-roupa.

Mesmo cansada, seleção não para de atacar

Mariana Bazo/Reuters
imagem: Mariana Bazo/Reuters
Tanto Brasil como Austrália mostraram sinais claros de cansaço no tempo extra. A equipe da Oceania recuou a marcação e passou a apostar em contra-ataques que levaram perigo ao Brasil – duas vezes, as australianas tiveram chance de finalizar e erraram o alvo.
Já as brasileiras seguiram atacando sem parar e voltaram a ter chances, mas não tão claras quanto as do tempo regulamentar. Vadão só mexeu no time faltando cinco minutos para o fim, colocando Andressinha no lugar de Thaísa, e o placar não saiu do zero.

Austrália repete time que eliminou Brasil em 2015 e mostra força

Eugenio Savio/AP
imagem: Eugenio Savio/AP
Com a saída por lesão de Catley e a entrada de Logarzo ainda no primeiro tempo, a Austrália ficou em campo com as exatas 11 jogadoras que eliminaram o Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo do ano passado. E mostrou novamente ter um ótimo time: o meio-campo marcou e rodou bem a bola, as pontas Kerr e De Vanna atacaram com velocidade e as centroavantes Simon e Heyman brigaram com muita força física. Foi sem dúvida o adversário mais complicado para a seleção até aqui.

FICHA TÉCNICA

Brasil 0 (7) x (6) 0 Austrália
Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data: 12/08/2016
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitra: Carol Anne Chenard (Canadá)
Cartões amarelos: Tamires, Marta e Andressa Alves (Brasil); Alleway, Foord e Kennedy (Austrália)
Brasil: Bárbara; Fabiana (Poliana), Mônica, Rafaelle e Tamires; Formiga e Thaísa (Andressinha); Andressa Alves, Marta e Debinha; Beatriz. Técnico: Vadão
Austrália: Williams; Foord, Alleway, Kennedy e Kellond-Knight; Van Egmond; Kerr, Gorry, Catley (Logarzo) e De Vanna (Polkinghorne); Simon (Heyman). Técnico: Alen Stajcic

Fonte: Uol Esporte

FUTEBOL

Lucas Barrios perde chance de, enfim, conquistar espaço com Cuca



  • Ricardo Nogueira/Folhapress
    Barrios se machucou e perdeu a chance de, enfim, embalar sobre o comando de Cuca
    Barrios se machucou e perdeu a chance de, enfim, embalar sobre o comando de Cuca
O ano de 2016 surge como um dos mais duros na carreira de Lucas Barrios. Depois de quase deixar o Palmeiras, após discussão pública com o técnico Cuca, o atacante paraguaio sofreu uma lesão no momento em que poderia, enfim, embalar sob o comando do atual treinador. O problema físico abateu o jogador.
"É um momento complicado. Quem me conhece sabe o tanto que trabalho sério e me dedico, mas, infelizmente, aconteceu", lamentou o atacante paraguaio, imediatamente interessado em acelerar o processo de recuperação.
"No esporte, nós estamos sujeitos a passar por essas situações e não posso perder tempo lamentando. Já comecei o trabalho de recuperação com o departamento de fisioterapia do clube e farei de tudo para voltar o mais rápido possível", acrescentou o atacante.
A primeira previsão do departamento médico corresponde a um mês de ausência para Barrios. O paraguaio, desta forma, não terá a oportunidade esperada de emplacar pelo Palmeiras, aproveitando-se das lesões de companheiros e a ausência da estrela Gabriel Jesus.
Um dos jogadores mais valorizados do elenco, Lucas Barrios foi titular apenas na estreia do Campeonato Brasileiro com Cuca. Desde a primeira rodada, o paraguaio recebeu apenas mais cinco chances.
Em meio a este período, uma discussão pública quase levou Barrios a deixar o clube de Palestra Itália. O Palmeiras chegou até a pedir à Crefisa, responsável pela contratação, a procurar um novo destino ao atacante. Passadas semanas, nenhuma equipe surgiu com propostas.
Sem alternativas, Barrios precisou esperar a recuperação física plena de um problema muscular na panturrilha direita. Contra o Vitória, Leandro Pereira se machucou logo no início, e o paraguaio recebeu os minutos que cobrava e precisava.
Em campo, ele correspondeu ao anotar o primeiro gol da vitória por 2 a 1 sobre os baianos. No entanto, minutos depois – mais precisamente no segundo tempo -, Barrios sentiu dores no adutor da coxa e deve ficar por até quatro semanas afastado dos gramados.
Sem a lesão, Barrios inevitavelmente receberia uma chance. Jesus se encontra com a seleção olímpica; Leandro Pereira também está vetado para domingo, enquanto Alecsandro recebeu uma suspensão dura de dois anos do TJD-SP (Tribunal de Justiça Desportiva) pelo uso de agentes anabólicos.

Fonte: Uol Esporte

OLIMPÍADAS

COI ignora ficha suja nos EUA e dá credencial a Del Nero na Rio-2016


Pedro Ivo Almeida/UOL
Marco Polo Del Nero na estreia do futebol feminino do Brasil na Rio-2016imagem: Pedro Ivo Almeida/UOL
O COI (Comitê Olímpico Internacional) deu credencial de dirigente ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, apesar de sua ficha suja nos Estados Unidos, onde responde a processo por supostamente receber propina. Órgãos de segurança do governo brasileiro checaram processos criminais para todas as pessoas que obtiveram credenciais e repassaram a informação ao comitê. Era do comitê a palavra final sobre quem ganhava o direito ao acesso às sedes olímpicas, levando em conta as regras de seguranças.
Os dados levantados para cada credencial são sigilosos. Nos casos de suspeita de terrorismo, houve veto ao acesso às instalações.
Mas, em outras situações, os órgãos de segurança entregaram os dados para o COI que tomou a decisão sobre o credenciamento. Del Nero é acusado de receber propina por contratos da CBF. Assim, é réu em processo acusado de três crimes nos EUA no "caso Fifa": crimes de conspiração, fraude eletrônica e lavagem eletrônica. São considerados delitos graves e por isso há um mandado de prisão nos EUA contra o dirigente.
Esse dado aparece em qualquer levantamento junto ao FBI que tocou a investigação e colaborou com a polícia brasileira. Na verdade, qualquer um que acesse os documentos do Departamento de Estados dos EUA ou páginas da Justiça norte-americana verá o nome do cartola.
Del Nero é ainda alvo de inquérito da Polícia Federal no Brasil para apurar se os dados descobertos nos EUA configuram crimes no Brasil por conta de acordo de cooperação.
Ainda assim, o COI deu uma credencial de OCOG (Comitê Organizador Local) para o presidente da CBF. Ela tem uma tarja vermelha e dá acesso a todos os locais de futebol da Olimpíada. São três dirigentes por federação de cada país que têm direito a esse status.
Del Nero tem ido a jogos da seleção masculina e feminina com sua credencial. Outro que tem o mesmo status é o vice-presidente da confederação, Coronel Nunes.
Questionado por mais de uma semana sobre a credencial, o COI se recusou a responder. A Sesge também foi procurada para explicar os critérios de busca dos credenciados, mas não respondeu.
Del Nero não é o único cartola envolvido em escândalo de corrupção que é bem-vindo pelo COI. O ex-presidente da Fifa João Havelange, que comprovadamente recebeu propina por contratos da entidade quando a dirigia, foi convidado para ir aos Jogos na tribuna de honra. Ele recusou o convite.
Havelange era membro do COI, mas renunciou justamente porque foi instaurado um processo para apurar as propinas que recebeu no caso ISL por contratos da Fifa. Com sua renúncia, o comitê olímpico encerrou as investigações.

Fonte: Uol Esporte

FUTEBOL

Santos já cogita copiar o Palmeiras e liberar Gabigol só no fim do ano



  • Lucas Figueiredo / MoWA Press
    Santos espera utilizar mesma estratégia do Palmeiras e liberar Gabigol só em dezembro
    Santos espera utilizar mesma estratégia do Palmeiras e liberar Gabigol só em dezembro
O Santos aguarda a resposta de Gabriel Barbosa em relação as propostas que recebeu da Europa para colocar em prática uma estratégia utilizada pelo Palmeiras na transferência de Gabriel Jesus para o Manchester City, da Inglaterra.
A ideia da diretoria santista é vender o jogador, mas espera liberá-lo somente no final desta temporada. Assim a equipe santista permanece forte para a disputa dos títulos nacionais – tanto da Copa do Brasil, como do Campeonato Brasileiro.
O Santos aguarda Gabriel se decidir por Juventus, Inter de Milão ou Leicester, da Inglaterra, para sugerir a liberação do camisa 10 somente no fim do ano, como fez o Palmeiras na venda de Gabriel Jesus ao futebol inglês.
"Se tiver que acontecer (negociação), a menor. Menor prejuízo seria esse. Exatamente (mesma coisa que Gabriel Jesus)", afirmou o técnico Dorival Júnior.
Dorival torce pela permanência de seus principais jogador, principal do trio olímpico – Gabriel, Zeca e Thiago Maia, que estão na mira do futebol europeu.
"Não tem negociação nenhuma até esse momento. Propostas acontecem, mas firme até agora, nada que eu saiba ou que tenham me passado", disse.
"Não falaram nada até agora. Se não tocaram no assunto, é porque não tem nada acontecendo. Negociações são dinâmicas, e podem ser concluídas do dia pra noite, mas até agora, nada", completou.
O Santos espera receber 18 milhões de euros na transferência de Gabriel Barbosa. Segundo Wagner Ribeiro, a maior proposta pelo atacante vem do Leicester, da Inglaterra, que sinalizou com o pagamento de 27 milhões de euros (R$ 94,3 milhões). Modesto Roma, presidente do Santos, diz não ter recebido nenhuma proposta oficial do clube inglês.

A Internazionale de Milão ofereceu o valor de 25 milhões de euros (R$ 87,3 milhões), superior a Juventus, que quer desembolsar 20 milhões de euros (R$ 69,8 milhões).
O Atlético de Madri, ainda de acordo com Wagner, ofereceu o mesmo valor da Juventus e tem esperanças de contratar o atacante. Para este caso, Modesto Roma admitiu que esteve com o presidente do Atlético de Madri, mas disse que não recebeu proposta pelo atacante. Segundo ele, a conversa foi sobre parcerias para o futuro. 

Fonte: Uol Esporte

FUTEBOL

Há 3 anos, ele fazia testes. Hoje, vale R$ 12 mi e interessa ao Corinthians



  • Fernando Ribeiro / site oficial do Criciúma
    Gustavo é um dos destaques da Série B; há três anos, ele sequer era jogador de futebol
    Gustavo é um dos destaques da Série B; há três anos, ele sequer era jogador de futebol
De um simples teste na Grande São Paulo para a artilharia da Série B do Brasileiro. Em um período de três anos, a vida de Gustavo Henrique da Silva Sousa mudou. Sensação do Criciúma nesta temporada, Gustavo despertou a atenção do Corinthians. A multa de R$ 12 milhões estipulada pelos catarinenses – o contrato vale até dezembro de 2019 - chega até a assustar o jogador de 22 anos.
"Tem a multa de 12 milhões que eu acho um absurdo, mas é o que está estipulado", disse o atacante.
A incredulidade de Gustavo ocorre em virtude do passado simples, artilheiro do campeonato da segunda divisão com 11 gols. O atacante mais badalado da Série B do futebol nacional, até três anos atrás, nem sequer imaginava pisar em um gramado como profissional. Categoria de base, para ele, é um luxo.
"Comecei no Taboão da Serra mesmo (...). Foi em 2013, com 19 anos. Eu não fiz base, cheguei no final do ano de 2013 para jogar a Taça São Paulo em janeiro de 2014. Era para eu fazer um teste e jogar a Taça São Paulo", contou.
Do teste, uma grande atuação serviu para mudar o futuro de Gustavo, um dos oito irmãos de uma família da cidade de Registro (SP). Dores no joelho do titular deram a oportunidade para o centroavante mostrar serviço e convencer o Taboão sobre quem deveria usar a 9 na Copinha.
"Ele era o quarto reserva. O treinador da época, o Fábio Cunha, cogitou até em mandá-lo embora no momento. O Gustavo era reserva, o titular se chamava Joel, mas não jogou contra o Santos um último amistoso em 2013, alegou dores no joelho. Gustavo entrou e fez os três gols na nossa derrota por 4 a 3", relembrou Anderson Nóbrega, presidente do Taboão da Serra.
"Isso foi em 23 de dezembro (três gols contra o Santos). Depois, no dia 27, tivemos outro amistoso, e o Gustavo fez mais dois gols. O Gustavo roubou a posição do cara na última semana e foi o artilheiro da Copa São Paulo. Quase que ele não joga a Copa São Paulo, foi coisa de Deus mesmo", acrescentou o dirigente.
O próprio Gustavo relembra a semana com carinho (e ainda uma pitada de surpresa). "Eu não sabia se seria titular ou não. Quando o roupeiro veio com a 9 para mim, eu até brinquei com ele: 'está certo mesmo? Tem certeza que é para mim?' (risos). Eu perguntava: 'não me deram o número errado?"
Da Copinha, Gustavo foi para o Criciúma. Antes de viajar a Santa Catarina, o destino, porém, quase o levou ao Parque São Jorge, clube mais predisposto a tirá-lo neste momento do Heriberto Hulse – o Corinthians apresentou uma proposta oficial pelo futebol do centroavante.
Agora consolidado a nível nacional, Gustavo coloca o futuro nas mãos do Criciúma. Os catarinenses continuam irredutíveis em relação às ofertas corintianas. Inevitável, para quem há três anos sequer vestia uma camisa, sonhar com a oportunidade em um clube do porte do atual campeão brasileiro.
"Ah, a gente sonha, né? (risos) Procuro sonhar não só com a camisa do Corinthians, mas qualquer grande clube e com a camisa da seleção", disse Gustavo, que, se dependesse da opinião da família, já sabe para qual destino iria ainda nesta temporada de 2016.
"A maioria da minha família é corintiana, e a vontade da maioria da minha família eu já sei qual é que é (risos). A minha família bem, eu ficarei bem também. Espero definir se eu fico ou saio até o dia 20 de agosto, quando começará o segundo turno da Série B", finalizou o centroavante.

Carreira impulsionada após fim de drama familiar

A carreira de Gustavo começou definitivamente na Copa São Paulo de 2014, depois de aprovado no teste pelo Taboão da Serra. Enquanto aparecia para o futebol nacional, o atacante testemunhava ao mesmo tempo a reviravolta na vida do pai, o senhor Aluísio Antônio de Sousa.
"Aconteceu, agora eu não sei explicar o motivo o que aconteceu, mas eu só sei que ele ficou preso sim. Na Taça São Paulo de 2014, ele saiu e conseguiu assistir alguns jogos na reta final", recorda-se o centroavante, ainda sob as memórias duras do tempo de cárcere do pai.
"Ele ficou muito tempo preso. Administrar isso para mim era muito difícil, não conseguia visita-lo. Ele mandava carta e dizia que estava tudo tranquilo, era assim que eu ficava realmente tranquilo", relatou a nova sensação do futebol nacional, que desperta a atenção do Corinthians.
Fonte: Gazeta Esportiva