sexta-feira, 12 de agosto de 2016

FUTEBOL

Acordo de Bento com gregos faz Cruzeiro economizar R$ 6 milhões


  • Lucas Uebel/Light Press/Cruzeiro
    Paulo Bento ficou pouco mais de dois meses no Cruzeiro
    Paulo Bento ficou pouco mais de dois meses no Cruzeiro
Paulo Bento foi anunciado, nessa quinta-feira (11), pelo Olympiacos, da Grécia. O acordo de duas temporadas com os gregos faz com que o Cruzeiro tenha um alívio em suas contas. Os mineiros teriam que desembolsar R$ 6,8 milhões até dezembro de 2017. Contudo, o novo contrato altera esta cláusula. O clube de Belo Horizonte pagará 30% da diferença entre o que português receberá e o que ele faturava no Brasil. A economia ultrapassa R$ 6 milhões.
Conforme o antigo vínculo, o lusitano teria direito a embolsar R$ 400 mil mensais enquanto permanecesse desempregado. A validade do acordo era até dezembro de 2017, quando se encerraria o compromisso na Toca da Raposa II. A partir de agora, portanto, o gringo embolsará R$ 36 mil por mês dos cofres celestes, o que acarreta em R$ 612 mil em sua totalidade.
A mudança é devido à nova remuneração de Paulo Bento. Na Europa, o treinador receberá R$ 280 mil por mês. Ele fez um acordo para que os mineiros seguissem desembolsando um valor inferior, mas que representasse 30% da subtração do antigo salário – R$ 400 mil mensais – pelo atual – R$ 280 mil. O resultado da operação é R$ 36 mil mensais.
Conforme a  resolução anterior, Paulo Bento faturaria R$ 6,8 milhões devido à demissão do Cruzeiro, uma vez que teria direito a 17 meses de vencimentos. De acordo com a atual, o clube vai poupar cerca de R$ 6,2 milhões. O montante não inclui os demais membros da comissão técnica do português.
Os salários dos auxiliares Ricardo Peres e Sérgio Costa, do observador Vitor Silvestre e do preparador físico Pedro Pereira não entrariam na conta. O quarteto recebia R$ 130 mil por mês em Belo Horizonte.
Um dia após a demissão de Paulo Bento, o Cruzeiro anunciou a contratação de Mano Menezes. O gaúcho recebe cerca de R$ 500 mil mensais na Toca da Raposa II. Com a permanência do europeu na folha salarial, o clube desembolsará R$ 536 mil por mês somente com treinadores.

Fonte: Uol Esporte


FUTEBOL

Corinthians vive "dia D" para contar com Fagner e prepara time sem Elias



  • Mauro Horita/AGIF
O Corinthians vive nesta sexta-feira (12) o chamado "dia D" para saber se poderá ou não contar com Fagner no jogo deste domingo, em Porto Alegre, contra o Grêmio.

Suspenso pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) por causa da entrada em Ederson, do Flamengo, o lateral direito tem a expectativa de ser liberado por conta de um efeito suspensivo.

Apesar de não ter sido advertido na mesma hora por causa da jogada, o atleta foi punido após denúncia feita com base no vídeo da partida. Heber Roberto Lopes era o árbitro do jogo e também recebeu punição por ter deixado o lance passar em branco. Ele está suspenso por 20 dias.
Caso o efeito suspensivo seja concedido, Fagner ficará livre para jogar contra o Grêmio, mas poderá ser punido mais à frente. O procedimento padrão é que outro julgamento seja feito para analisar a transformação da pena. O clube poderia pagar uma multa em dinheiro, por exemplo, para livrar o jogador.

Além de Fagner, Cristóvão Borges precisa pensar na formação do time com outro problema. Suspenso, Elias não poderá entrar em campo e deve ser substituído por Rodriguinho. O técnico, no entanto, ainda não confirmou tal troca e fez mistério ao fechar parte do treino na última quinta-feira.

O time treina mais uma vez na sexta-feira para que o comandante confirme sua escalação. O provável time para encarar o Grêmio fica com a seguinte formação: Cássio, Léo Príncipe (Fagner), Yago, Balbuena e Uendel; Bruno Henrique, Rodriguinho, Giovanni Augusto e Marquinhos Gabriel; Romero e André. 

Fonte: Uol Esporte

FUTEBOL

Como jovem do Flu saiu da mira do Barcelona para ser emprestado ao Paysandu

  • Divulgação
Tratado como um dos principais talentos da sua categoria na base do Fluminense, Robert ainda não conseguiu confirmar tal expectativa nos profissionais. Tanto que passou a ser emprestado pelo clube para ganhar mais experiência fora de casa. Em oito meses, ele trocou o Barcelona pelo Paysandu, na Série B do Brasileiro.
Sem espaço no Fluminense, Robert viu com bons olhos o interesse do Barcelona. Ele iniciaria os treinamentos no time B e, caso se destacasse, poderia até mesmo ser integrado à equipe principal. Nada disso aconteceu. Pelo contrário. O atacante não agradou e foi devolvido para o Tricolor antes mesmo do fim do empréstimo por seis meses.
Na Espanha, Robert ganhou o apelido de 'Neymar gordo' dos torcedores do Barcelona. A imprensa local, inclusive, publicou uma entrevista do jogador, que teria dito que havia comido muito biscoito e refrigerante, o que o havia deixado fora de forma. O jogador não confirma esse fato.
De volta às Laranjeiras, tinha como objetivo mostrar serviço nos treinamentos após decepcionar na Espanha. Estava mordido e queria dar a volta por cima. Até teve bom desempenho em algumas atividades, mas nada que despertasse o interesse do técnico Levir Culpi.
Com o pacotão de reforços, Robert ficou completamente sem espaço e decidiu defender o Paysandu, atualmente na 12ª posição da série B. O objetivo do Fluminense é fazer com que o jovem consiga entrar em campo mais vezes e possa se desenvolver como jogador. O próprio Tricolor já se beneficiou dessa prática com Gustavo Scarpa, que só explodiu no FLu após empréstimo ao Red Bull Brasil, em 2015.
O empréstimo também servirá para aliviar a folha salarial do Fluminense, que dividirá os custos do atleta com o Paysandu. Robert foi campeão sul-americano com a seleção sub-15, disputou o Sul-Americano sub-17 e assinou, em 2012, o primeiro contrato profissional, com multa rescisória de R$ 190 milhões. O vínculo atual vai até o fim de 2019.

FUTEBOL

Ex-promessa do Grêmio se aposenta aos 25 anos: "quero voltar como médico"



  • Bruno Colombo/Aguante Comunicação
    Gabriel Spessatto foi formado na base do Grêmio e decidiu deixar o futebol
    Gabriel Spessatto foi formado na base do Grêmio e decidiu deixar o futebol
O título do Campeonato Brasileiro sub-20 de 2009 deixou ao Grêmio boas impressões sobre as categorias de base. E um dos principais nomes daquela equipe era o capitão Gabriel Spessatto. Lateral direito formado no clube desde a escolinha, ele despontava na briga por oportunidades, que nunca chegaram a acontecer. Sete anos depois, ele desistiu do futebol sem mágoas. Quer mudar de vida, estudar e se tornar médico. 
Com 25 anos, eu acho complicado 'pagar para ver' até ter 30 ou 35 anos. Sou novo, e tenho tempo de fazer outra coisa"
"O futebol nunca foi fácil. Fui criado no Grêmio, fiz minha carreira para jogar em alto nível, quem sabe Série A ou até fora do país, uma carreira, digamos, de jogador 'grande'. Me preparei para isso. Entrei no Grêmio com 10 anos e fiz toda carreira visando isso. De certa forma me considero com êxito, pois permanecer 13 anos em um clube como o Grêmio é difícil. Mas alguns fatores atrapalham", afirmou.
 
"Tive duas cirurgias complicadas na porta de ter mais chances no profissional. Acho que isso me atrapalhou um pouco. São coisas do futebol. O motivo foi que me preparei para ser um grande jogador, mas as coisas andaram de forma diferente. Com 25 anos, eu acho complicado 'pagar para ver' até ter 30 ou 35 anos. Sou novo, e tenho tempo de fazer outra coisa", completou.
 
E ao contrário do que muitos ex-atleta, o objetivo não é ser empresário, preparador físico ou mesmo treinador. Spessatto quer estudar medicina para posteriormente voltar ao mundo da bola. 
 
Me sinto realizado por ter sido jogador profissional do clube que sou torcedor"
 
"Recebi convites com coisas ligadas ao futebol, mas não é o que eu quero agora. Pretendo me preparar e voltar mais na frente com medicina esportiva. Quero fazer faculdade de medicina, me focar na área de traumatologia e entrar no meio esportivo novamente", explicou. 
Marinho Saldanha/UOL Esporte
Spessatto, na direita, quando era aposta das categorias de base do Grêmio
Os 90 minutos de futebol são lindos. Mas o entorno dele é muito feio e você só conhece quando está dentro"

 

Carreira de expectativa

Destaque nas categorias inferiores, ele subiu ao profissional do Grêmio em 2011, com Julinho Camargo no comando. Mas quando esperava ser aproveitado, acabou sofrendo duas lesões. De fora, fez sua recuperação e permaneceu no time de cima com Celso Roth. Chegou a ser testado entre os titulares algumas vezes, mas não teve oportunidade em jogos oficiais. No ano seguinte, Caio Júnior chegou e informou que ele não seria aproveitado. 
 
"Eu acho que de alguma forma eu poderia ter sido melhor aproveitado. Vinha muito bem na base, principalmente. Fomos campeões brasileiros, tínhamos sido vice na Taça BH, eu era o capitão do time. E logo que eu subi tive uma lesão, e em seguida outra. Mas no retorno eu acabei perdendo espaço... Subi com o Julinho [Camargo] , permaneci com o Celso [Roth], e depois veio o Caio Jr, e segundo a direção ele não me conhecia e não tinha interesse em aproveitar muitos jovens. Optaram por começar a me emprestar. Depois que começa a ser emprestado é complicado para voltar para o clube", contou. "Não tenho mágoa dele [Caio Júnior]. Ele vinha de fora, fazia o papel dele, não tinha que conhecer um menino da base, que tinha feito muito por lá, mas voltava de cirurgia. Caberia mais à direção indicar, apostar, falar que valia a pena", disse. 
 
E não foram poucos clubes em seguida. Cerâmica, Barueri, Juventude, Aversa Normana (da terceira divisão da Itália), Novo Hamburgo, São José, São Paulo-RS e Brasil de Farroupilha. Em 2014, ele ainda teve nova chance no Grêmio, na equipe B - que disputou o começo do Gauchão. E ao lado de Luan, Everton e companhia, fez suas últimas participações vestindo azul, branco e preto. E uma trajetória que terminou sem mágoas. 
 
"Os clubes pelos quais passei sempre abraçaram o jogador. A torcida, a direção... Mas é uma realidade completamente diferente. Jogar domingo para poder pagar dia 10. São coisas que não acontecem em clube grande. Não tinha noção disso. A decepção foi mais minha, porque me preparei para atuar em clubes grandes. E não vinha mais acontecendo", disse.
 
"Me sinto realizado por ter sido jogador profissional do clube que sou torcedor. Me criei, fui torcedor do Grêmio, e agradeço ao futebol ter conhecido mais de 10 países. Fiz amizades, convivi com pessoas que não conviveria. Tive a oportunidade de conhecer um vestiário de futebol, poucos tem esta chance. O futebol me proporcionou momentos ímpares, que um garoto não teria estudando. Aconselho os meninos a tentarem a carreira. Mas tem que ver até onde vale a pena. No meu caso, vi que não valia mais. E vá sabendo uma coisa: os 90 minutos de futebol são lindos. Mas o entorno dele é muito feio e você só conhece quando está dentro", finalizou.

OLIMPÍADAS

Ary Graça fala sobre polêmica da premiação e de entreveros com Bernardinho



Divulgação
Ary Graça, presidente da FIVBimagem: Divulgação
O presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), Ary Graça, está empolgado com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Da Casa do Vôlei, espaço criado pela entidade em uma escola municipal para receber personalidades da modalidade durante a Olimpíada.
Ary não se negou a responder nenhuma pergunta. O presidente falou sobre temas polêmicos do esporte, como o doping da Rússia, a suposta crise entre ele e a seleção masculina de vôlei, os projetos da entidade e ainda sobre o fato das mulheres ganharem menos que os homens nas competições da FIVB. A diferença na premiação gerou revolta nas redes sociais e reclamação de alguma jogadoras da seleção brasileira.

Por que as mulheres ganham menos que os homens?

Mercado. Como faz? Aqui com os homens, tenho uma receita cinco vezes maior, então posso pagar cinco vezes mais. Aqui (no feminino), tenho receita cinco vezes menor, então não posso pagar, porque não tenho dinheiro. O que está acontecendo agora? Nós estamos fazendo um trabalho na Ásia e Estados Unidos. Certamente digo que a partir do ano que vem, a receita do feminino vai subir estupidamente, porque redescobrimos a Ásia. Só esse semestre, eu fui três vezes para lá. Assim que a receita do Grand Prix subir, automaticamente sobe o prêmio. Nada impede que se a receita passar dos homens, elas vão ganhar mais. Não é preconceito contra A ou B, nada.

Relação com jogadores da seleção brasileira

Dizer que não me relaciono com os atletas é loucura. 18 anos que me relaciono, nunca tive problema. Serginho me adora e eu adoro ele. Agora, teve um pequeno desentendimento com treinador e Murilo ficou do lado do treinador, só. Ninguém mais e o filho do Bernardinho. Se vai ter constrangimento de dar medalha? Zero. Eles são profissionais e eu também. Nada pessoal. Vou lá, meto a medalha no cara, cumprimento, dou abraço e vou embora. E eles também vão fazer isso. Mais da metade dos garotos que estão aí nem sabem o que se passou. Esse negócio que não fui cumprimentar.

Jogos do Brasil em horário de balada (após 22h)

Não é a televisão, são as televisões. Quem paga mais é a NBC, tanto que botou natação essa hora. NBC que pediu para botar. Entre nós, estão pagando muito dinheiro.

Crise financeira da CBV

Quando saí, deixei todas as contas pagas, não devia nada, zero. Mais de R$ 40 milhões no caixa sem compromisso. É o que posso dizer.

Acusações de desvio de dinheiro dos patrocinadores na CBV

Foi um jornalista que fez aquele escândalo todo. Vamos falar na prática. Estou preso? Tem inquérito contra mim? Tem Ministério Público? Não tem nada, zero. Sabe por que? Porque é mentira.

Vôlei é entretenimento

Decidimos que vôlei precisa ser um show. Não quero concorrer com famosos. Quero fazer meu trabalho bem feito. Quero que meu fã se sinta muito confortável no estádio de vôlei. Tem de ter absoluta segurança, tem de ter entretenimento, ter interação com público. Jogo de vôlei é como se fosse um trio elétrico estático. Tudo isso foi criado de uma maneira não tão espontânea, mas foi induzindo o público a gostar do vôlei brincando.

Liberação de russos no vôlei da Rio-2016

Quando surgiu o problema, chamei o departamento médico, departamento de doping, pedi para fazer levantamento geral. Passa a régua para saber o que houve. Veio a resposta que não tinhas problemas nenhum em princípio. Fomos além. Quais foram os exames que foram feitos na Rússia? Aí falaram que foram trazidos para Alemanha e Canadá. Os poucos que foram feitos lá não estão nos convocados. O que me importava era ser o primeiro a dizer que vôlei é esporte limpo. Alguns que nunca tinham feito, são novos, mandamos fazer exame. Para não ter dúvida. Mandamos exigir a lista dos 30, verificamos todos os exames, em um por um, e nenhum tem nenhum tipo de problema.

Atraso na obra do vôlei de praia

Pronta ia ficar, a preocupação maior era outra. Sou garoto de Copacabana, na época não tinha surfe, era tábua, a gente descia onda de tábua. Todo agosto tinha ressaca. Já peguei ressaca de parar na rua. Preocupação é se vier ressaca da brava se poderia afetar as bases da nossa arena. Inicialmente queriam fazer de concreto. Falei: 'não precisa, o Leme se defende'. De fato, teve a ressaca e não fomos afetados. A preocupação era essa.

Ausência da Sérvia, atual campeã da Liga Mundial, na Olimpíada

Olimpíada é o lugar dos melhores. Para chegar a dizer que você é melhor, começa qualificação três anos antes. Se você no segundo ano fica pelo caminho, depois aparece com outro time sensacional, é a regra do jogo. É exatamente o que aconteceu com a Sérvia. Time estava muito mal, não conseguia jogar, tanto masculino como feminino. Feminino ainda escapou porque foi campeão europeu. Esse time que está aí já deveria estar na Olimpíada desde Londres porque era um time juvenil sensacional. Agora, a Sérvia ter ganhado a Liga Mundial, foi surpresa para todo mundo. Linguajar esportivo, time encaixou naquele momento. Não posso tirar um para colocar um que jogou bem em um torneio.

Fonte: Uol Esporte 

OLIMPÍADAS

Natação do Brasil depende de prova imprevisível para atingir meta na Rio-16



Dominic Ebenbichler/Reuters
Após tropeço de Thiago Pereira, o velocista Bruno Fratus virou a esperança da CBDAimagem: Dominic Ebenbichler/Reuters
A meta realista de CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) e COB (Comitê Olímpico do Brasil) para a natação brasileira na Rio-2016 era conseguir ao menos um pódio na piscina do Estádio Aquático Olímpico, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Nesta sexta-feira (12), todo o peso desse plano estará sobre as costas de Bruno Fratus, 26.
O francês Florent Manaudou, 25, é o atual campeão olímpico e mundial da prova. No entanto, os dois outros componentes do pódio de Londres-2012 eram o norte-americano Cullen Jones e o brasileiro Cesar Cielo, que nem sequer chegaram à Rio-2016. Dos oito finalistas dos 50 m livre em Kazan-2015, três (o russo Vladimir Morozov, o italiano Marco Orsi e o grego Kristian Gkolomeev) também estão fora da briga pelo ouro neste ano, o que ratifica a rotatividade da disputa.
Outro fator que contribui para a imprevisibilidade dos 50 m livre na Rio-2016 é o desempenho dos nadadores. Entre os dez melhores tempos da distância no planeta neste ano, sete foram registrados em eliminatórias ou semifinal no Estádio Aquático Olímpico. Fratus avançou à decisão com 21s71, oitava marca do mundo na temporada.
“Da raia 1 à raia 8, todo mundo tem uma chance. Todo mundo começa na mesma linha, e essa é uma prova em que tudo pode acontecer”, analisou Fratus. Medalhista de bronze dos 50 m livre no Mundial de 2015, o brasileiro manteve-se entre os dez primeiros do planeta na distância em todo o ciclo após Londres-2012.
Clive Rose/Getty Images
Atual campeão olímpico e mundial, francês Manadou será um dos rivais de Fratus na provaimagem: Clive Rose/Getty Images
Naquela edição dos Jogos Olímpicos, a prova final dos 50 m livre foi uma frustração para Fratus. O brasileiro completou o percurso em 21s61 e ficou com o quarto lugar. O compatriota Cesar Cielo, medalhista de bronze, fez 21s59.
Até aquela altura, Cielo era soberano na prova rápida em âmbito nacional. Fratus seguiu consistente, mas só destronou o medalhista de ouro de Pequim-2008 no ano passado, quando venceu um duelo entre os dois no Troféu Maria Lenk e coletou sua primeira medalha em Mundiais (bronze em Kazan) ao nadar a prova em 21s37, recorde pessoal.
O processo evolutivo de Fratus, contudo, foi interrompido neste ano. O nadador teve um problema lombar na época do Troféu Maria Lenk, em abril. Ligou sinal de alerta de CBDA e COB, que enviaram médicos para Auburn (Estados Unidos), onde o atleta vive, para tentar acelerar o tratamento.
Nesse período, segundo dirigentes das duas entidades, uma decisão de Fratus teve papel determinante. O brasileiro fez todo o tratamento indicado para a região lombar, mas disse que gostaria de perder o menor número possível de sessões de treino.
“Não tenho mais 17, né? Quando você fica dando paulada no corpo todo dia sendo atleta de alto rendimento, alguma coisa vai reclamar. Mas agora eu estou bem, e essas dores são parte da rotina. Lidar com lesão, machucadinho e contratura é normal no dia a dia. Calhou só de chegar num timing bem ruim neste ano. Em toda temporada eu tenho alguma coisa, mas neste ano foi bem no Maria Lenk. Agora eu estou bem”, avisou o nadador.
Clayton de Souza/Nopp
Bruno Fratus melhorou a parte física durante a preparação para os Jogos do Rioimagem: Clayton de Souza/Nopp
Funcionários do estafe técnico da CBDA também dizem que Fratus está totalmente recuperado. Aliás, melhor do que recuperado: como optou por um tratamento menos radical e quis continuar treinando, o brasileiro teve de fortalecer drasticamente as costas e a região abdominal. Como consequência, chegou à Rio-2016 com o abdômen muito mais “rasgado” do que o normal.
A final disputada por Fratus será a sexta da natação brasileira na Rio-2016. O país igualou seu maior número de provas decisivas em Jogos, que havia sido registrado em Pequim-2008, mas tem registrado desempenho bem inferior ao de anos passados. A delegação nacional não passa uma edição olímpica da modalidade sem conseguir uma medalha sequer desde Atenas-2004.

Fonte: Uol Esporte

OLIMPÍADAS

Talismã de Micale, Luan quis deixar futebol por causa do banco de reservas



Lucas Figueiredo/MoWa Press
Luan comemora gol marcado contra a Dinamarca, na quarta-feiraimagem: Lucas Figueiredo/MoWa Press
Difícil, quase impossível, encontrar apenas um destaque na goleada do Brasil sobre a Dinamarca na última quarta-feira. Mas, se houve um fato novo nos Jogos Olímpicos, um diferencial em relação aos decepcionantes empates nos jogos anteriores, com certeza foi o gremista Luan. 
Arquivo Pessoal
Luan, aos 13 anos em Rio Preto, com Alex Sandro: não teve forças contra o banco de reservasimagem: Arquivo Pessoal
Alex Sandro Rocha Pinheiro, professor de educação física em Rio Preto e incentivador da carreira de Luan, precisou persistir. "Aos 15 anos, eu levei ele ao Rio Preto Esporte Clube. Mas ele desanimou porque, durante um ano, ele nem era convocado, só treinava e não participava. Como era muito franzino, muito fraquinho fisicamente, ele preferiu voltar ao futsal", conta.
Luan e Alex se conheceram antes, quando o atacante tinha 9 anos e passou a jogar no projeto social Missão Resgate, no bairro carente Vila São Jorge. Dali em diante, foram altos e baixos. Se hoje mostra persistência para mudar a realidade da seleção a partir do banco de reservas, nessa época Luan precisava de alguns empurrões. A vida não era fácil, é verdade, então aquele impulso definitivo veio aos 18 anos. 

Por R$ 50 por jogo, Luan quase perdeu a chance da vida

"Dos 16 aos 18 anos, o Luan só jogava futsal, porque ele era muito bom ali. Tem um drible curto e consegue se sobressair em espaços reduzidos", destaca Alex. Órfão de pai e filho de empregada doméstica, ele ajudava a família e se mantinha graças ao sucesso com a bola mais pesada. Para cada partida, ganhava R$ 50. Por isso, ao ser chamado para jogar a Copa São Paulo em 2013, ele hesitou. 
"O América de Rio Preto tinha prometido uma ajuda de custo de R$ 500 e não dava nada, então ele falou que não ia jogar. Dois dias antes de fecharem as inscrições, ele disse 'não me dão nada, aqui em Jales (cidade paulista), com o futsal, eu ganho por jogo'", recorda Alex, que enfim convenceu Luan de que aquela poderia ser a oportunidade da vida dele. E foi mesmo. 
Hoje atacante de seleção brasileira, ele foi inscrito pelo América no último dia para a Copa São Paulo. Rapidamente virou titular, anotou seis gols e conseguiu uma transferência para o Grêmio, que precisou vencer a concorrência do rival Inter.Preparado por seis meses nos juniores gremistas, foi promovido em 2014 e explodiu. Hoje, o clube pede R$ 100 milhões para vendê-lo à Europa. 

O diferencial para a goleada do Brasil

Quem se beneficia de tudo isso é Rogério Micale e a seleção sub-23. Na mudança do 4-3-3 para o 4-2-3-1, Luan entrou como falso centroavante e mostrou suas armas contra a Dinamarca: sem posicionamento fixo, apareceu na ponta direita para dar um gol de presente para Gabriel Jesus. Depois, pelo centro da área, concluiu para fazer o primeiro dele na Olimpíada. Foi o principal responsável por aproximar meio-campo e ataque, setores distantes nos jogos anteriores do Brasil. 
Micale ainda não confirma a escalação para enfrentar a Colômbia no sábado e indicou, inclusive, que talvez possa adotar uma estratégia diferente em São Paulo. Seja no início ou se voltar à reserva, Luan já aprendeu a lição: se esperar e se confiante, pode fazer a diferença. 

Fonte: Uol Esporte

FUTEBOL

Palmeiras aumenta o muro e separa de vez o CT do São Paulo após 26 anos

  • Danilo Lavieri/UOL Esporte
    Muralha palmeirense derrubará uma tradição de 26 anos
    Muralha palmeirense derrubará uma tradição de 26 anos
Uma tradição de décadas perto do fim. Depois de 26 após a inauguração da Academia de Futebol, o Palmeiras definitivamente se separará do São Paulo, dono do CCT da Barra Funda, localizado exatamente ao lado do centro de treinamentos do clube alviverde. Uma muralha se ergue para negar qualquer tentativa de espiada do outro lado.
A reforma no espaço utilizado pelo departamento profissional do Palmeiras já era planejada antes mesmo da chegada do técnico Cuca. Mais do que qualquer melindre em relação ao rival, o muro erguido servirá para manter a boa convivência entre são-paulinos e palmeirenses.
Segundo apuração, a construção servirá como uma forma de precaução contra espionagem em relação aos rivais. Não de são-paulinos e de palmeirenses, mas de profissionais da própria imprensa.
Ricardo Nogueira/Folhapress
Em 2009, do lado do CT do Palmeiras, homem observa o goleiro Rogerio Ceni bater pênaltis durante treino do São Paulo realizado no CCT da Barra Funda, zona oeste da capital
Em algumas oportunidades, funcionários do Palmeiras flagraram câmeras dentro da Academia de Futebol com as lentes viradas para o CCT da Barra Funda. A 'Muralha' servirá para afastar qualquer possibilidade de alguém observar as atividades são-paulinas.
Atualmente, um muro de cerca de dois metros e mais árvores separam os dois centros de treinamento. A Academia de Futebol, porém, fica mais alta e, através das árvores, há espaços possíveis que permitem a visualização de um campo da casa são-paulina. Estas lacunas, a partir de agora, ficarão no passado.
Do outro lado, o campo de visão é quase nulo: quem está no São Paulo visualiza apenas o estacionamento da Academia de Futebol. Os campos estão posicionados do outro lado do terreno.
O muro dividirá de vez os dois clubes. Para alguém quiser espiar, agora precisará se reinventar. O espaço entre as tradicionais árvores, utilizado já por Luiz Felipe Scolari para enxergar o rival, ficou no passado.

Fonte: Uol Esporte




FUTEBOL

São Paulo faz proposta e se aproxima de R. Gomes, insatisfeito com Botafogo



  • Vitor Silva / SSPress
O São Paulo enviou na noite desta quinta-feira uma proposta para contratar Ricardo Gomes. A oferta escancarou um clima ruim entre o técnico e o Botafogo, com quem tem contrato até o fim de 2017. Isso porque em maio, quando foi procurado para assumir o Cruzeiro, o treinador ganhou um aumento e não viu o Alvinegro cumprir a promessa de um novo contrato – apenas viu o vencimento crescer.
Essa situação deixou o treinador chateado, já que ficava sem segurança para trabalhar no Botafogo, que poderia manda-lo embora sem pagar a multa acordada de R$ 1 milhão. Como nada disso foi para o papel, Ricardo Gomes, por outro lado, pode trocar de clube sem qualquer problema.
O Botafogo já avisou o treinador de que não concederá novo aumento, já que acredita que o salário acordado em maio seja justo o suficiente para seguir no comando. O problema é que a oferta do São Paulo é praticamente o dobro do que ele recebe no Alvinegro – R$ 250 mil para R$ 400 mil.
Vale lembrar que Ricardo Gome já recusou oferta maior do Cruzeiro para ficar no Botafogo. Mesmo com o aumento salarial que recebeu, a quantia dos mineiros ainda seria maior. O que pesa para a saída do treinador é justamente a chateação com promessas não cumpridas.
A primeira é justamente o fato de a diretoria do Botafogo não ter colocado no papel o novo contrato. Outro fato que incomodou foi a não chegada de jogadores de peso para a disputa do Brasileiro. Internamente, havia o discurso que isso ocorreria com a abertura da janela internacional. Chegaram Camilo, Rodrigo Pimpão e Canales.
Internamente, o Botafogo vê a situação como muito complicada. A situação está realmente nas mãos de Ricardo Gomes e o treinador parece inclinado a aceitar a proposta do São Paulo. O presidente do Alvinegro, Carlos Eduardo Pereira, disse que não considera ninguém insubstituível.
"Eu não tenho nenhum temor nisso. O Botafogo não depende de uma pessoa, nem eu, nem ninguém da diretoria, da comissão técnica acaba sendo considerado insubstituível. O contrato dele tem prazo determinado [fim de 2017] e é permitido tanto ao Botafogo, como ele [Ricardo Gomes], a rescisão de forma amigável", disse o presidente do clube de General Severiano.
"No futebol, tem que ter um plano B, C, D. A gente está sempre acompanhando essa dinâmica, estudando e pensando essas situações. Mas eu prefiro não antecipar nada. O que se vê é uma situação dentro da normalidade do mercado e se vier a ocorrer alguma negociação, será analisado por nós", finalizou Carlos Eduardo Pereira.