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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Vendas no varejo do Brasil avançam 1,3% em agosto, diz IBGE

ECONOMIA

Desempenho ainda não indica aceleração do setor devido ao ambiente de atividade econômica lenta e desemprego elevado no país

Rio de Janeiro/São Paulo – As vendas varejistas subiram em agosto bem acima do esperado e registraram o melhor resultado para o mês em quatro anos, porém em um desempenho que ainda não indica aceleração do setor devido ao ambiente de atividade econômica lenta e desemprego elevado no país.
Em agosto, as vendas no varejo subiram 1,3 por cento na comparação com o mês anterior e interromperam sequência de três meses de perdas, de acordo com os dados informados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters com especialistas de alta de 0,3 por cento e representou a melhor leitura para o mês de agosto desde 2014 (1,7 por cento), além de ser a melhor taxa do ano.
Na comparação com agosto de 2017, houve aumento de 4,1 por cento, contra expectativa de avanço de 1,5 por cento, no resultado mais forte para agosto desde 2013 (6,2 por cento).
Apesar do resultado elevado, a atividade econômica no Brasil continua encontrando dificuldades em imprimir um ritmo mais forte, em um ambiente de incertezas com as eleições presidenciais que vem mantendo o desemprego alto e contendo o ímpeto de compras.
“O resultado não é reversão de tendência ou virada. O que houve em agosto foi uma recuperação de perdas para o comércio depois de desempenhos afetados pela greve dos caminheiros”, explicou a gerente da pesquisa, Isabella Nunes.
“Foi um resultado importante, mas não quer dizer que o comércio vai deslanchar”, completou.
O mês teve um perfil disseminado de alta entre as atividades pesquisadas, com sete das oito categorias apresentando avanços. Os destaques ficaram para Tecidos, vestuário e calçados (5,6 por cento), Combustíveis e lubrificantes (3,0 por cento), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,5 por cento) e Móveis e eletrodomésticos (2,0 por cento).
“Vestuários e calçados e artigos domésticos são atividades ligadas ao dia dos pais, e também houve baixa temperatura em agosto, em que normalmente o comércio faz promoções. Isso estimulou as vendas”, completou Isabella.
A única atividade a apresentar contração nas vendas foi Livros, jornais, revistas e papelaria, com queda de 2,5 por cento.
As vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, tiveram expansão de 4,2 por cento sobre julho, com alta de 5,4 por cento em Veículos, motos, partes e peças e de 4,6 por cento em Material de construção.

REUTERS

terça-feira, 24 de julho de 2018

Brasil perdeu R$ 3,9 bi em exportação para Aliança do Pacífico em 2017

ECONOMIA 
Bloco formado por 4 países: México, Colômbia, Peru e Chile
Divulgação/Porto de Santos
 
O Brasil perdeu R$ 3,99 bilhões em 2017 em exportação para a Aliança do Pacífico, bloco formado por México, Colômbia, Peru e Chile. Os dados são da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Segundo a confederação, de 2008 a 2017, a participação do Brasil no total de importações feitas pelo México caiu de 1,7% para 1,3%. No caso da Colômbia, essa queda foi de 5,9% para 5%. Já no Peru, a diminuição foi ainda maior: de 8% para 6%.
A exceção foi o Chile. A participação brasileira nas importações do país aumentou timidamente, foi de 8,4% para 8,6% nos dez anos analisados.
A indústria brasileira tenta estimular a agenda econômica entre os países do Mercosul e a Aliança do Pacífico. Para a CNI, a discussão de temas não tarifários entre países dos blocos é essencial para aumentar as condições de concorrência do Brasil.
Eis os temas destacados pela confederação:
  • redução de burocracia no comércio exterior entre os blocos;
  • definição de prazos máximos para liberação de mercadoria;
  • eliminação de barreiras técnicas sanitárias e fitossanitárias;
  • alinhamento de regulamentações entre os países envolvidos.
A aproximação entre Mercosul e Aliança do Pacífico teve início em 2014 com reunião dos chanceleres dos países membros. Na ocasião foram discutidas as modalidades e objetivos da integração.
Em 2015, o Chile enviou ao Brasil uma agenda para o diálogo entre os blocos. No mesmo ano, o Mercosul enviou 1 Plano de Ação para diálogo bilateral com foco no aprofundamento dos acordos vigentes, facilitação de comércio e aproximação empresarial.
FONTE: Poder

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Famílias de baixa renda poderão ter gratuidade na conta de luz

ECONOMIA
Câmara aprovou projeto que beneficia milhões de pessoas e, agora, seguirá para votação no Senado
Deputados no plenário da Câmara | Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (10/7) a isenção do pagamento da conta de luz para famílias de baixa renda. A medida, aprovada durante a votação do projeto que viabiliza a privatização de seis distribuidoras de energia controladas pela Eletrobras, deve beneficiar 8,9 milhões de famílias.
A chamada Tarifa Social, beneficia famílias com a isenção do pagamento da conta de luz as famílias com renda mensal menor ou igual a meio salário mínimo e que consumirem até 70 kwh/mês.
Atualmente, os descontos para famílias de baixa renda são calculados com base no consumo, que vai de 30 kwh/mês a 220 kwh/mês com um desconto que varia entre 10% a 65%. E, pela lei atualmente em vigor, somente indígenas e quilombolas cujas famílias são consideradas de baixa renda têm direito ao desconto de 100% na conta de luz. 
A responsabilidade de pagar tudo isso é da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Além disso, famílias beneficiadas com a medida deverão estar incluídas do Cadastro Único dos programas sociais do governo. 
O texto seguirá para votação no Senado e, depois, para sanção do presidente.

FONTE: JORNAL  OPÇÃO
   

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Gás de cozinha já está mais caro nas refinarias

ECONOMIA 

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FOTO: REPRODUÇÃO 
A Petrobras reajustou o produto em 4%, passando de R$ 22,13 para R$ 23,10. Mas, para o consumidor final o valor do aumento deve ser bem maior, já que preço final é composto também por impostos, como PIS/PASEP, Cofins e ICMS e, pela margem de lucro das distribuidoras e revendedoras.

Até o ano passado, a estatal reajustava o GLP, todo mês, mas após críticas dos consumidores, a empresa alterou a medida e passou a mudar o valor a cada trimestre.

A notícia do reajuste causou preocupação nos brasileiros, principalmente nas famílias de baixa renda. A empregada doméstica, Marinalva Costa, conta que pagou R$ 85 na última vez que comprou o botijão e que tem se esforçado para fechar as contas no fim do mês,  mesmo assim, não consegue pagar tudo. Com dois filhos e o marido em casa, ela afirma que economiza ao máximo e que um botijão dá para dois meses. Porém, como o novo aumento, vai ficar ainda mais difícil.

E para quem pensa que, comer na rua pode ser uma saída para economizar o gás está enganado. Isso porque alguns bares, lanchonetes e restaurantes menores usam o gás residencial, aquele de 13 quilos.

De acordo com o presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Brasília, Jael Antônio da Silva, os empreendimentos maiores também sofrem com o aumento, porque acaba sendo replicado em toda a cadeia produtiva.

Ele critica a política de preços da Petrobras e diz que os empresários não tem condições de segurar sozinhos o aumento. Assim, quem vai pagar o reajuste será mesmo o cliente.

De acordo com a Petrobras, o aumento do gás de cozinha se deve à desvalorização do real frente ao dólar, que entre março e junho foi de 16%. O reajuste também é atribuído ao aumento de quase 23% do preço do gás no mercado internacional no mesmo período.

FONTE: EBC

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Vendas no comércio paulistano sobem 4,7% em janeiro

ECONOMIA SP


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FOTO: REPRODUÇÃO ABC MAIS 

As vendas no comércio da capital paulista cresceram em média 4,7% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), divulgado hoje (2). Esse foi o nono mês seguido de alta e a primeira vez que janeiro registra resultado positivo desde 2014. As vendas a prazo aumentaram 6,8% e as à vista, 2,5%.
“O resultado é animador e ajuda a recuperar a perda de janeiro de 2017, quando o movimento caiu 5%. Percebemos uma melhora no desempenho de vestuários, calçados e adereços, provocada pela elevação das temperaturas”, disse o economista da ACSP Marcel Solimeo.
Segundo a entidade, a tendência para os próximos meses é de crescimentos similares ao de janeiro. No entanto, o desempenho pode ser afetado, segundo a ACSP, pela votação da reforma da  Previdência,
mudanças na política econômica norte-americana e a corrida eleitoral brasileira, que poderão alterar o humor dos mercados, o câmbio e os juros futuros, e ter reflexos nas vendas, principalmente nas a prazo.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Saldo das aplicações no Tesouro Direto cai 75% em 2017, para R$ 2,88 bilhões

INVESTIMENTO 
Nos últimos cinco meses do ano passado, resgates superaram as emissões de títulos públicos no programa. Número de investidores registrou aumento de 62,7%.

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FOTO: REPRODUÇÃO



O valor total das aplicações no Tesouro Direto superou em R$ 2,88 bilhões os resgates de investimentos no programa em 2017, informou nesta quarta-feira (24) a Secretaria do Tesouro Nacional. 
Esse montante é 74,8% menor que o verificado no ano anterior, quando o valor das aplicações superou o dos resgates em R$ 11,42 bilhões.
Tesouro Direto: Aplicações X Resgates
Em R$ bilhões
2,512,517,747,7411,4211,422,882,88201420152016201702,557,51012,5
Fonte: Tesouro Nacional
O Tesouro Direto é um programa criado em janeiro de 2002 e que permite a pessoas físicas a compra de títulos públicos pela internet.
Segundo o Tesouro Nacional, a queda nas vendas líquidas, no ano passado, se deve ao aumento dos resgates de títulos públicos.
"Além de duas torres de vencimentos altos em Janeiro e Março de 2017 (1,49 bi e 1,54bi respectivamente), as maiores até hoje no programa, os resgates antecipados aumentaram, em um movimento natural que reflete as condições de mercado, com juros mais baixos e valorização dos papéis", informou a instituição.
Analistas de mercado explicam que a venda de títulos públicos pelos investidores, nos últimos meses, pode estar relacionada com o fato de que os juros básicos da economia vêm caindo, o que faz com que os títulos comprados antes da queda, pelas pessoas físicas, valham mais.

Total de recursos aplicados

O saldo total (estoque) de títulos em mercado, segundo o governo, alcançou o montante de R$ 48,5 bilhões em dezembro, uma alta de 0,76% em relação a novembro (R$ 48,1 bilhões).
Na comparação com dezembro de 2016, quando o saldo estava em R$ 41,01 bilhões, o aumento foi de 18,12%.

"Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 60,1%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 23,1% e, por fim, os títulos prefixados, com 16,8%", informou o Tesouro Nacional.
Apesar da queda nas aplicações líquidas no programa em 2017, houve um forte aumento de 62,7% no número de investidores no ano passado, terminando dezembro em 1,8 milhão de pessoas.
"O número de investidores ativos chegou a 565.758, uma variação de 40,8% nos últimos doze meses", acrescentou a instituição.

Nova ferramenta

Recentemente, o governo lançou uma nova ferramenta do Tesouro Direto para ajudar o investidor a decidir onde aplicar seu dinheiro.
Trata-se de um simulador que permite fazer comparações entre os títulos públicos à disposição, além de compará-los com outras aplicações como poupança, CDB, LCI/LCA e fundo DI.
De acordo com o governo, o objetivo é dar "autonomia e poder de escolha para o investidor", que vai poder identificar rendimentos e vantagens de cada um deles.

FONTE: G1 BRASÍLIA 



quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

GOVERNO

Brasil volta a bater recorde de superávit comercial em 2017


O presidente Michel Temer, em Brasília, em 22 de dezembro de 2017
O Brasil obteve um superávit comercial recorde de 67,001 bilhões de dólares em 2017, 40,5% acima do registrado no ano passado, graças a um aumento no volume e nos preços de suas exportações, segundo dados oficiais divulgados nesta terça-feira (2).
O excedente histórico do ano passado superou em 40,5% o de 2016, graças a um aumento tanto do volume como dos preços das principais exportações do país, de acordo com os dados oficiais divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
O resultado foi alinhado com os 66 bilhões de dólares projetados pelo mercado na pesquisa semanal, realizada pelo Banco Central e na faixa entre 65 e 70 bilhões de dólares, prevista pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
"A expectativa dos mercados era muito grande (...) e as exportações cresceram pela primeira vez após cinco anos", declarou o ministro Marcos Pereira, que lidera o MDIC.
Ele acrescentou que as importações tiveram sua primeira expansão em três anos no calor da melhora registrada pela economia brasileira depois de deixar uma das piores recessões de sua história.
"Isso mostra uma recuperação real da economia", disse Pereira.
O governo espera que a economia se expanda 1,1% em 2017 e 3% em 2018.
- Dólares -
Em dezembro de 2017, a balança teve um superávit de 4,99 bilhões de dólares (+13,2% interanual), o que contribuiu para deixar bem atrás o recorde anterior, de 47,683 bilhões de dólares de 2016.
As vendas ao exterior totalizaram 217,700 bilhões de dólares em 2017, um aumento de 18,5% em relação aos 185,200 bilhões no ano anterior, enquanto as importações acumularam 150,700 bilhões, um aumento de 10,5% em relação aos 137,500 bilhões do ano anterior.
"É bom para o Brasil porque garante a entrada de dólares. Temos um colchão de reserva muito bom e pode aumentar", ressaltou Raul Velloso, consultor econômico e ex-secretário de assuntos econômicos do Ministério do Planejamento.
O Brasil é um importante player do mercado internacional de soja, milho, minério de ferro, carne bovina e aviária e tem crescido no ramo do petróleo, que em 2016 e 2017 teve seus primeiros saldos anuais positivos da história.
Em bens industrializados, o desempenho se sustenta nas vendas de veículos automotores - com forte concentração na Argentina - autopeças e açúcar refinado, entre outros.
Os excedentes no intercâmbio com a China e com a Argentina foram motores da balança comercial de 2017. Já para 2018, tanto funcionários como economistas esperam uma redução do saldo comercial.
"A expectativa é de um superávit robusto, da casa de 50,000 bilhões de dólares, e seria nosso segundo recorde, porque as importações cresceram mais do que as exportações", disse o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto.
Margarida Gutierrez, economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro, se posicionou na mesma linha.
"A balança vai diminuir um pouco porque as importações devem crescer por um maior ritmo de expansão da economia. O PIB vai crescer com maior intensidade que em 2017 e isso vai impulsionar todas as importações de bens de capital, de consumo, insumos industriais", disse. "Mas não será uma queda grande".

FONTE: AFP

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

INDUSTRIA

Brasil tem desafio de melhorar a qualidade da carne, diz empresa


A Minerva Foods é uma das empresas líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne bovina




FILE PHOTO: Workers unload packed meat from a truck in Sao Paulo

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

BRASIL


 Governo anuncia 57 privatizações 

e inclui Casa da Moeda e

Congonhas; leilão de aeroportos 


será no 2º semestre de 2018

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O fortalecimento do PPI também acontece em um momento de forte queda nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - que pode ter, em 2017, o menor orçamento em vários anos. Imagem Reprodução


Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) contempla concessões, privatizações, permissões de serviço público e arrendamentos. Também estão no pacote leilões de portos, rodovias e blocos de linhas de transmissão de energia entre outros. Com fortalecimento, governo espera arrecadar mais. É a maior privatização da história, com 57 leilões.

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (23), em evento no Palácio do Planalto, um fortalecimento do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) em meio à forte crise nas contas públicas - que registram anos seguidos de rombos bilionários.
O PPI engloba concessões, privatizações, permissões de serviço público e arrendamento de bens públicos, entre outros. Com o reforço no programa, a expectativa do governo é de que as receitas também cresçam, contribuindo para o atingimento das metas fiscais.
Entre as novidades, está a intenção do governo em privatizar a Casa da Moeda, que confecciona as notas de reais e, também, os passaportes brasileiros, selos postais e diplomas, entre outros. A expectativa é de que o edital seja publicado no terceiro trimestre do ano que vem, e que o leilão ocorra nos três últimos meses de 2018.
Para este ano e para 2018, respectivamente, o governo persegue uma meta de déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar juros da dívida pública) de até R$ 139 bilhões e de até R$ 129 bilhões, mas já foi encaminhado projeto de lei ao Congresso Nacional para ampliar o rombo para até R$ 159 bilhões nos dois anos - um aumento de R$ 50 bilhões em 2017 e 2018.
O fortalecimento do PPI também acontece em um momento de forte queda nos investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) - que pode ter, em 2017, o menor orçamento em vários anos.
Segundo analistas, com a queda dos juros neste ano e o reforço do PPI, a expectativa é de que as parcerias com o setor privado avancem nos próximos anos e ocupem um espaço maior no setor de infraestrutura.
O que foi incluído no PPI
Foram incluídos no programa, por exemplo, a privatização da Eletrobras, anunciada nesta semana pelo governo federal, e a concessão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o segundo maior do Brasil - o que pode render até R$ 5,6 bilhões aos cofres públicos. Também foram incluídos três blocos de aeroportos, contemplando Cuiabá, Santos Dumont e Recife.

GOVERNO ANUNCIA O MAIOR PACOTE DE PRIVATIZAÇÕES DA HISTORIA (no Estadão)

Com dificuldade para fechar as contas, o governo anunciou nesta quarta-feira, 23, uma série de privatizações e concessões. O conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) confirmou o plano da equipe econômica de privatizar a Eletrobrás.
Um documento divulgado pelo Palácio do Planalto após a reunião do colegiado informa que a operação com a Eletrobrás injetará "expressivos recursos" no Tesouro Nacional. Fontes calculam que a venda da estatal de energia possa render R$ 17 bilhões aos cofres da União.
O PPI qualificou 15 portos para a venda em 2018 e 14 aeroportos, esta última a maior oferta do setor da história.
O aeroporto de Congonhas na capital paulista, segundo maior terminal brasileiro, foi incluído no programa de privatização do governo federal. O calendário do governo prevê que o edital para todos os 14 aeroportos será publicado no 2º trimestre de 2018 e o leilão para todos os terminais ocorrerá no 3º trimestre de 2018. No pacote de desestatização de aeroportos do governo federal também estão os terminais de Recife e Vitória.
No material distribuído pelo Programa de Parceria de Investimento (PPI), o governo diz que a oferta desses aeroportos "representa a maior oferta do setor da história, coerente com a política de governo de melhoria de eficiência para o setor aeroportuário e com a oportunidade gerada pelo apetite dos investidores estrangeiros".
O material distribuído à imprensa não cita os valores que serão arrecadados com a concessão dos aeroportos, mas o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, havia citado que Congonhas era peça importante no plano do governo de arrecadar até R$ 6 bilhões com o repasse dos aeroportos.
Além de Congonhas, o governo vai agrupar 12 aeroportos para a oferta em dois blocos. O primeiro será do nordeste e contará com os aeroportos de Maceió, Aracaju, João Pessoa, Campina Grande, Juazeiro do Norte e Recife. O bloco é vocacionado para o turismo, diz o governo.
O segundo bloco é focado no Mato Grosso com os terminais de Cuiabá, Sinop, Alta Floresta, Barra do Garças e Rondonópolis. O agrupamento desses terminais acontece "em face da relevância que adquiriu a produção de grãos no Estado". Além desses, o governo também prevê qualificar o aeroporto de Vitória e também o de Macaé para a oferta ao capital privado.
O governo federal incluiu na lista de projetos para a concessão no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) 15 terminais portuários e duas rodovias. A previsão é de que esses ativos sejam licitados ao longo do ano de 2018 e devem ajudar o governo a reforçar o caixa no ano que vem para cumprir a meta fiscal, revisada recentemente para um déficit de R$ 159 bilhões.
No caso das rodovias, será concedido o trecho da BR-364 entre Rondônia e Mato Grosso. A rota é importante para o agronegócio, destacou o governo. “Nessa rodovia transitam, com destino a Porto velho, mais de 4 milhões de toneladas de grãos”, diz o governo, em nota. Já o trecho da BR-153 entre Goiás e Tocantins comporá a lista de “projetos prioritários”. A licitação das duas rodovias tem previsão de edital no terceiro trimestre de 2018, com leilão no quarto trimestre do ano que vem.
O Ministério dos Transportes também anunciou a qualificação de 15 terminais portuários: terminais de GLP de Miramar e de granéis líquidos no Porto de Belém (PA), terminais de granéis líquidos em Vila do Conde (PA), terminais de grãos em Paranaguá (PR), terminal de granéis líquidos em Vitória (ES), prorrogação antecipada do terminal de fertilizantes no Porto de Itaqui, e autorização de ampliação de capacidade com novos investimentos do terminal Agrovia do Nordeste, no Porto de Suape (PE).
O maior número de leilões desses terminais deve ocorrer no terceiro trimestre de 2018. Os investimentos nos terminais portuários devem superar R$ 2 bilhões, segundo as estimativas do governo. A estimativa para as rodovias não foi divulgada.
A privatização da Casa da Moeda, que inclusive emite passaportes, é prevista para o 4º trimestre de 2018.
A privatização da Casa da Moeda tem como objetivo evitar que o custo da empresa concorra com outras despesas públicas como saúde e educação, informou ao Estadão/Broadcast um integrante da equipe econômica.
A Casa da Moeda hoje tem um custo 60% maior que a aquisição do produto que ela faz (dinheiro) no exterior. Ela tinha mais de R$ 2 bilhões de receita anual com os sistemas de controle de produção de bebidas e cigarros, mas com o escândalo de corrupção envolvendo a empresa e alguns servidores da Receita Federal, esses programas foram descontinuados, explicou a fonte.
Agora, a estatal está tendo prejuízos e corre o risco de se tornar estatal dependente. A venda da empresa não deve garantir muitos recursos para o caixa do Tesouro, mas evitar ampliação dos gastos do Orçamento.
A desestatização da Casa da Moeda acaba de ser anunciada pelo governo. A empresa foi incluída no programa de privatização com a venda prevista para o quarto trimestre do ano que vem.
O PPI divulgou um calendário de agosto a dezembro de 2017 para privatizações. Segundo o material, o edital da 2ª rodada do Pré-Sal acontecera ainda hoje, dia 23. Já o leilão da 2ª e 3ª rodadas do pré-sal está agendado para o dia 27 de outubro. O governo prevê ainda que no dia 27 de setembro aconteça o leilão das Usinas Hidrelétricas de São Simão, Miranda, Volta Grande e Jaguara, em Minas Gerais.
Apesar da previsão, o leilão das usinas - que a Cemig ainda luta para mandar - está sendo palco de uma disputa política e há uma indefinição sobre o que será feito. A bancada de Minas Gerais no Congresso tem feito pressão no presidente Michel Temer para que o BNDES ajude a empresa a manter a concessão.
Também no dia 27 de setembro está previsto o leilão da 14ª rodada de blocos exploratórios. O calendário divulgado há pouco prevê ainda que o edital da Lotex seja publicado no dia 11 de outubro e o leilão aconteça no dia 10 de dezembro.
Para o dia 31 de agosto, há a previsão de assinatura dos contratos da 4ª rodada de licitações de áreas de acumulação marginal. No dia 28 de setembro, deve acontecer a prorrogações dos Terminais Portuários de Nitport e Nitshore/RJ (apoio Offshore) e Caramuru/SP (grãos). No dia seguinte, dia 29 de setembro, o governo fará a consulta publica do Ferrogrão.
No dia 30 de setembro, o governo prevê a prorrogação do Terminal Portuário DECAL, em Pernambuco, que é de derivados de petróleo. No dia 30 de outubro, haverá a prorrogação Terminal Portuário de Convicon, no Pará.
No dia 16 de novembro, sairá o edital de Terminais Portuários de celulose, veículos e outros produtos. Já no dia 15 de dezembro, está previsto a publicação do edital da Ferrovia Norte-Sul. E, por fim, no dia 27 de dezembro, o edital da Rodovia de Integração do Sul.
O Ministério da Fazenda vai apresentar a modelagem da concessão da Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), conhecida como "raspadinha". Segundo o governo, depois de estudos concluídos recentemente pelo BNDES, definiu-se a alternativa de concessão do direito de exploração da Lotex, por apresentar "maior atratividade ao investidor e maior retorno financeiro ao governo". 
A expectativa é que a concessão gerará recursos para o Tesouro Nacional e para os Estados e municípios por meio dos tributos a serem auferidos na concessão do direito de exploração, do valor de outorga e das taxas destinadas aos beneficiários legais. Pelo calendário definido pelo governo, o edital da Lotex será publicado no dia 11 de outubro e o leilão deve acontecer no dia 10 de dezembro.

Fonte: Reuters + ESTADÃO